domingo, 2 de janeiro de 2011

Os Melhores lançamentos de 2010 na opinião dos redatores do Road to Metal

Apresentamos aqui os CDs que em nossa opinião, principalmente por gosto pessoal foram destaques neste ano que passou, que foi bem interessante em termos de lançamentos. Tivemos alguns retornos muito saudados, como o do Accept e Mr. BIG, novos do Iron Maiden, Therion, Star One, Grave Digger, Ozzy, Tarja, sendo que alguns desses estão na nossa lista. Com certeza muitos dos CDs escolhidos vão estar nas listas de outras pessoas e publicações, assim como muitos vão gerar controvérsias, logicamente, pelo que já dissemos, pelo gosto pessoal de cada um!

Esperamos que 2011 nos reserve muita coisa boa. Pessoalmente estou na expectativa do novo Van Halen e, claro, do terceiro ato do nosso destaque Soulspell.

No nosso player também colocamos várias músicas relacionadas à nossas escolhas!
Segue abaixo os nossos “Top Ten” de 2010 !!!

Os Escolhidos de EddieHead :











Soulspell – Labyrinth of Truths


Maior orgulho nacional. Maior ousadia brasileira, diga-se de passagem. Soulspell Metal Opera, do honorável Heleno Vale, merece a posição de melhor álbum nacional. Também pudera, já que reuniu os melhores vocalistas brasileiros, além de Jon Oliva e Zak Stevens (Savatage). Este disco colocou o projeto num patamar mundial e os frutos desse perfeito disco e dessa primeira turnê por todo o Brasil deverá se expandir mais em 2011, ainda mais com o lançamento do terceiro ato dessa Metal Opera.

Accept – Blood of Nations

A real volta do Accept. Lendária banda alemã que sabia, como poucas no mundo, o que significa o termo Heavy Metal. Após anos “esperando” uma volta com Udo nos vocais, soltaram esse petardo com o “desconhecido” Mark Tornillo e lançaram um dos três melhores álbuns de toda carreira. As vendagens e aclamação mundial pelo disco não foi à toa.





Therion – Sitra Ahra

Mais um álbum do Therion que comprova a genialidade de Christofer Johnsson em unir arte, misticismo e Heavy Metal, sem exagerar em nenhuma das partes. Na medida certa, podemos dizer. “Sitra Ahra” não é apenas um dos melhores discos do ano, mas provavelmente se tornará um dos clássicos do Metal Sinfônico. Para mim, já está entre os meus dois favoritos da banda. Uma pena que apenas um show dessa turnê tenha acontecido aqui no Brasil. Não sei o que os produtores estão esperando de levá-los a outras capitais.


Halford – Made of Metal


Disco novo do Metal God em pessoa sempre configura entre os grandes discos do ano. Ano passado o fraco e sem pretensões “Winter’s Songs” (2009) parecia dar a mensagem de que Rob Halford estava acabado. “Made in Metal” (2010) foi na contramão do esperado e superou todas as expectativas. Esse é um dos poucos discos de 2010 que há quase unanimidade em relação a grande qualidade do som: Heavy tradicional, daquele que Halford nunca devia ter deixado de fazer. Uma aula de como se manter fiel as raízes, mas soando atual.

Tierramystica – A New Horizon
Disco de estréia da revelação do Metal nacional e arrisco dizer sul-americano. Além do Tierramystica mostrar ter um espírito empreendedor (colocaram-se em turnê com grandes nomes como Scorpions, Epica, Hangar e Soulspell), souberam usufruir da bela música andina acrescida de um Power Metal sem frescuras, mas bem construído. O álbum é de tamanha perfeição que é difícil não nos emocionarmos com as lindas passagens acústicas e melódicas, ou sentirmos orgulho pela cultura de base de nosso continente. A expansão da banda deve tomar maiores proporções em 2011. É o que esperamos ver.

Vanden Plas - Seraphic Clockwork

Metal progressivo nunca foi muito o forte da Alemanha. Mas Vanden Plas deve ser um dos orgulhos daquele país. “Seraphic Clockwork” foi um dos álbuns mais bem construídos e bonitos que ouvi na vida. Nada de muito virtuosismo, com teclados perfeitos, os vocais se encaixando perfeitamente com a banda... Difícil colocar em palavras a beleza que se ouve nesse álbum que é, definitivamente, o melhor lançamento de Metal Progressivo do ano, na minha humilde opinião. Se não conhece, ouça e nem precisa me agradecer depois.


Blind Guardian – At the Edge of Time

Uma das bandas que mais demora para finalizar um disco, mas cuja demora vale a pena esperar. O Blind Guardian há 4 anos não lançava nada e, ao liberar “At the Edge of Time”, também merece destaque como um dos melhores discos do ano. E olha que o Power Metal mais clássico, feito pela banda, sem muitas levadas progressivas, já estava saturado. Mas com esse lançamento, um novo fôlego e ousadia surgiu na banda. Apelando para as sinfônias, trouxe de volta alguns elementos iniciais, principalmente em vocais mais rasgados e coros de arrepiar. Alta produção tanto no processo de compor quanto de gravar, mas que não afeta o disco (muitas vezes isso torna um álbum muito barulhento, exigindo força para escutar todo).

Anaxes – Antithesis

Mais uma revelação nacional. Poderia fazer um top 10 só de álbuns nacionais que já seria difícil nomear os melhores. Hesitei bastante entre este disco de estréia da Anaxes e muitos outros de bandas que também mereceriam estar aqui. A banda gaúcha (que divide todos os seus membros com outros grupos, dentre eles Hibria, Astafix e Tierramystica) simplesmente detonou com “Antithesis”. O álbum, cuja arte temática e musical surpreende na primeira vista/audição, nos brinda com um disco perfeito de Metal Progressivo. É incrível a habilidade desses músicos, tanto técnica quanto musicalmente falando. Não há uma faixa “enjoativa”, exagerada. Todas parecem ter sido medidas e polidas com esmero para chegar ao resultado final. Um álbum que merece maior divulgação e uma banda que merece maior atenção. Obs: Gui Antonioli tem seus vocais gravados em três dos quatros discos nacionais da lista. O cara realmente merece.

Witchery – Witchkrieg

Confesso que Metal extremo não é minha praia favorita. Por isso o único representante dentre tantos grandes álbuns lançados neste ano aqui nesta lista é o álbum “Witchkrieg” do Witchery. Está entre os melhores lançamentos, pois sabe como empolgar um ouvinte. Temos peso, agressividade, violência, mas na dose certa. Exageros muitas vezes são legais, mas tornam um disco enjoativo e ruim de escutar muitas vezes. Aqui o que acontece é o contrário. Ao ouvir a primeira música, você não o tira da sua lista de reprodução até acabar com a última. Obviamente há destaques (que cito na resenha do disco), mas como um todo é um dos grandes álbuns de Thrash/Black deste ano.

Pastore – The Price For the Human Sins

Primeiro álbum solo do grande (literalmente) Mário Pastore. Este ano também foi dele. Além de interpretar o personagem principal do álbum do Soulspell Metal Opera que citamos acima, nos brindou com um real e verdadeiro álbum de Heavy Metal. Chegando muito próximo ao que Halford e Dickinson fizeram e ainda fazem em suas carreiras solo. Mas há muita personalidade aqui. Particularmente penso ser uma falta de respeito ficar apenas comparando-o com outros vocalistas, já que desde os vocais graves aos agudos (não à toa apelidado de Pedaleira Vocal) Pastore coloca muito do que aprendeu em seus mais de 20 anos dedicados ao Metal brasileiro. Além disso, a banda que o acompanha e as composições são as de mais alta capacidade. Um grande álbum e, para mim, melhor disco solo nacional já feito.

Iron Maiden – The Final Frontier

Não consegui deixar de for a o novo disco do Iron Maiden. Ainda corre forte nas minhas veias o fanatismo por essa banda, embora certa decepção. “The Final Frontier” não é ruim, longe disso. Parece que é um dos maiores sucessos comerciais de toda a carreira da banda e não é por pouca coisa. Realmente há músicas muito empolgantes, enquanto outras seguem a linha que a banda tem desenvolvido e que já está saturada e em vias de um colapso. Mas trata-se de Steve Harris e companhia (e que companhia). Talvez o disco não merecesse estar aqui, mas faz parte deste top 10 pela história dessa banda e pelas suas apresentações ao vivo.


Os escolhidos de Caco Garcia











Soulspell – The Labyrinth of Truths

Um projeto que já tinha tido um resultado muito bom no primeiro disco, em 2008, o Legacy of Honor, o segundo ato apresentou uma evolução ainda maior, tornando-se um dos lançamentos mais empolgantes do ano. Com participação de grandes nomes do Metal nacional e novos talentos, composições cheias de feeling e alma, Heleno Vale escreveu um capítulo importante do Metal nacional. (Aguardem resenha especial do CD)



Kens Dojo – Reincarnation

Ken Ingwersen, guitarrista e produtor norueguês, talvez mais conhecido por fazer parte da Banda de Ken Hensley (ex-Uriah Heep, criador de clássicos da Banda como The Wizard, July Morning, Rain, e muitos outros), gravou esse projeto solo, que, apesar de ser de um guitarrista, não é nada parecido com lançamentos solo tradicionais de guitarristas, geralmente cheios de músicas instrumentais, e que acabam interessando somente a um público específico. Ken fez o disco num clima bem descontraído, com várias participações de amigos como Glenn Hughes, o próprio Hensley, Mike Eriksen e Chesney Hawkes(sim, o cantor inglês, que fez sucesso nos anos 90 e, como tantos, sumiu) e outros, resultando em músicas que trazem influências do Classic Rock, Melodic Rock e Progressivo. Viciei em faixas como Reincarnation, Surrender (com Glenn Hughes destruindo, como sempre!!) Keep the Flame Alive, Set This Angel Free, Demons and Diamonds...bah, todo o álbum. (Aguardem entrevista com o Ken no Road to Metal e resenha especial do cd).

Therion – Sitra Ahra

Depois de uma parada, reformulação do line up, Cristofer lançou mais um grande trabalho, com tudo o que os fãs esperam.É uma das minhas Bandas favoritas e não me decepcionou. Uma Banda que criou uma identidade.








Accept – Blood of the Nations

Grande retorno, grande disco, é ouvir e berrar: “isto é Heavy Metal”. Wolf Hoffmann e seu arsenal de riffs, mais a adição de Tornillo nos vocais, não deixaram pedra, e, para quem (a grande maioria, com certeza) não via o Accept sem Udo, o novo vocal caiu como uma luva!








Pastore – The Price of Human Sins

A espera por um trabalho levando seu nome valeu a pena. Mário Pastore, nosso “pedaleira vocal”, junto com uma Banda de músicos experientes e excelentes, nos brindou com um grande álbum de Metal. Metal Tradicional com alma!!!








Allen & Lande – The Showdown

Terceiro trabalho reunindo dois dos maiores vocalistas atuais do Metal, Russel Allen e Jorn Lande. Hard, Heavy, AOR.. .refrões e melodias empolgantes, grandes interpretações dos vocalistas. Arrisco dizer que é o melhor dos três.








Terry Brock – Diamond Blue

Um músico excepcional, que neste ano, além desse solo, ainda lançou ao lado do Giant um cd excelente, e trouxe de volta a ativa o Strangeways.
Melodic Rock e AOR para fã nenhum botar defeito!










Star One – Victims of the Modern Age

Arjen sempre nos brinda com grandes trabalhos, o primeiro álbum desse seu projeto, foi um grande sucesso, e este novo álbum, segundo o próprio Arjen, vem mais pesado, mais dark e mais moderno, e nos traz mais uma vez o seu Space Metal, sempre recheado com grandes músicos como Russel Allen, Damien Wilson e Floor Jansen, nos transportando a outras dimensões, com músicas inspiradas e baseadas em filmes de ficção científica. Long live Star One!






Shining Line-First

Este ano foi bem legal para os fãs de Melodic Rock e AOR, e entre vários lançamentos muito bons, destaco mais este projeto, levado a cabo pelo italiano Pierpaolo Zorro Monti, reunindo um timaço, como por exemplo, Michael Bormann, Robin Beck, Michael Voss.
Um prato cheio para os fãs, composições com tudo que um admirador do estilo espera e com certeza também agradou e agradará qualquer fã de boa música.





Orphaned Land – The Never Ending Way of ORwarriOR

A música não tem fronteiras, e agora com a internet, fica muito mais fácil o acesso, na década de oitenta ia ser complicado da gente conseguir, quem sabe, até saber da existência de algumas Bandas, tanto que muita coisa dos anos 70, 80 e até 90, com certeza estamos “descobrindo” agora, tem muitas pérolas perdidas por aí! Filosofias à parte, a banda Israleense vem ano a ano galgando seu espaço, este sucessor do excelente “Mabool”, trabalho importantíssimo também, porque mostrou a Banda ao mundo, não que não tivesse fãs espalhados pelos 4 continentes, mas teve uma exposição maior e é realmente um trabalho diferenciado, assim como este novo e aguardado play, onde mais uma vez o Orphaned mostra seu Metal com influências étnicas, também criando sua identidade.


Enviem-nos também a sua lista dos 10 melhores discos de 2010 para o email roadtometal@hotmail.com


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