Os gaúchos da Evil Emperor vem cada vez mais ganhando prestigio no underground, e está prestes a lançar seu primeiro álbum.
Abaixo confira uma entrevista com o baterista André Rodrigues, o baixista Rodrigo “Lamazuus” Lin e com o novo vocalista da banda Rodrigo Volkweis, que nos contam sobre sua trajetória, seu momento atual e a expectativa sobre o lançamento do primeiro álbum.
Road to Metal: Primeiramente, agradecemos a vocês pela entrevista, e claro, gostaríamos que nos contassem um pouco da trajetória da Evil Emperor até seu momento atual.
André / Rodrigo Lin: A banda está quase completando 10 anos de existência e todos temos muito orgulho em fazer parte de um projeto tão duradouro. Como qualquer banda do cenário do metal underground, tivemos um começo árduo. Sofremos com todos os problemas que qualquer banda pode ter, desde a troca de formação até a falta de apoio dos organizadores de eventos. Mas acreditamos que isso seja um processo natural que todas as bandas sempre terão de passar para atingir um nível mais avançado de reconhecimento. Após o lançamento da primeira demo (The Evil Birth), uma reformulação ocorreu na banda: mudanças de integrantes e o próprio foco das composições começaram a definir os moldes para o trabalho que é executado atualmente. O resultado foi extremamente positivo e veio sob a forma de uma segunda demo (Butcher of Souls), a qual foi aclamada pela crítica especializada e distribuída gratuitamente na internet. Desde então, a banda solidificou sua presença no cenário nacional.
RtM: André, nos conte um pouco sobre o processo de gravação do primeiro álbum da banda (que está previsto para sair ainda este ano) e também sobre a questão de composições, pois se compararmos as músicas novas que estão disponíveis no MySpace, com as músicas do Split – “Execution”, temos duas bandas diferentes. O que levou vocês a está determinada mudança?
André / Rodrigo Lin: Este primeiro álbum reúne as melhores composições ao longo de todos os anos de existência da banda. Demoramos bastante para lançá-lo devido aos transtornos de mudanças de formação, mas depois que obtivemos uma consolidação do grupo, tudo fluiu com naturalidade e obtivemos um resultado melhor que o esperado. Na verdade, o processo de gravação é bastante simples: gravamos a bateria com uma guia de guitarra, depois todas as bases de guitarra e baixo são executadas, para por fim encaixarmos os vocais e os solos. Algumas horas em estúdio e temos o resultado cru, que recebeu a masterização do Fábio Lentino (Estúdio 1000). Aliás, todo este processo foi exatamente igual nas músicas da demo que estão presentes no Split Execution. A impressão de serem duas bandas diferentes talvez esteja mais ligada ao vocal e à clareza da gravação, que mantiveram o som pesado, mas se tornaram muito mais destacados.
RtM: A Evil Emperor vem ganhando bastante reconhecimento no underground, devido aos shows e a qualidade sonora que vocês vêm demonstrando. Como é para a banda estar na ativa já há algum tempo com uma cena underground cada vez mais disputada?
André / Rodrigo Lin: Não foi um caminho fácil, mas temos muita satisfação em dizer que a banda hoje está mais forte e ávida por conquistar seu espaço do que nunca. Temos um grupo excepcional e estamos muito satisfeitos com nosso trabalho, bem como esperamos que o público também goste. Conquistar espaço no cenário underground é bem complicado, principalmente para quem não tem nenhum tipo de apadrinhamento. Acho que por isso temos tanto orgulho de todo o espaço que nós obtivemos até agora e, além disso, a qualidade do nosso trabalho fala por si só para explicar como chegamos até aqui.
Evil Emperor: pronta para desbravar o Metal extremo
RtM: Rodrigo, nos conte como foi o convite para integrar a Evil Emperor? E como é para você estar com esses guerreiros do Death Metal, sendo que sua última banda não tinha muito haver com o Metal extremo [Nota do Redator: Rodrigo gravou o primeiro álbum da banda de Metalcore It’s All Red, “Vicious Words From The Heart” lançado em 2008]?
Rodrigo Volkweis: No final de 2010, recebi um convite para fazer um teste. Desde o começo, houve um entrosamento natural e, logo após alguns ensaios, perguntaram se eu queria ingressar oficialmente na banda. Desde então, sou o vocalista da Evil Emperor. Fazer parte deste grupo é extremamente gratificante, pois temos uma grande união tanto pelo lado profissional quanto pela amizade fora dos palcos. Não somos uma banda convencional a meu ver, pois acredito que todo o sucesso e reciprocidade do público é só uma conseqüência de estarmos fazendo algo que realmente gostamos. A banda da qual eu participava anteriormente realmente não tinha muito a ver com o metal extremo, mas esse foi justamente o motivo da minha saída e agora sim estou cantando o tipo de música que eu gosto!
RtM: E com essa nova formação, prestes a lançar o primeiro álbum, o que podemos esperar da Evil Emperor?
André / Rodrigo Lin: Podem esperar uma Evil Emperor cada vez melhor, mantendo nossa sonoridade agressiva e diversificada, aliada aos temas sobrenaturais e sanguinolentos das letras. Temos uma banda musicalmente estruturada e que seguirá essa linha de maneira evolutiva, que refletirá em shows cada vez mais intensos. Esperamos agradar ao público e ver cada vez mais pessoas bangueando com o nosso som.
Capa do primeiro álbum que sai este ano
RtM: Atualmente temos uma cena Metal praticamente destruída e que afeta demais as bandas nacionais que nunca tem o devido reconhecimento ou apoio. Como vocês encaram isso, sendo que lançar um CD atualmente é cada vez mais difícil...
André / Rodrigo Lin / Rodrigo W: É preciso lutar para atingir seus objetivos. Infelizmente muita gente sonha que é só juntar algumas pessoas para tocar e já estarão fazendo sucesso. No cenário do metal underground isso não acontece e muito menos se deve esperar apoio. Então, restam duas opções: ou você passa o tempo reclamando que tudo está ruim na cena, ou você arregaça as mangas e trabalha para mudar isso.
RtM: Bom gostaríamos de agradecer a Evil Emperor pelo tempo cedido e deixo as considerações finais a vocês.
André: Agradecemos pelo espaço. A cena underground precisa muito de espaços como o que vocês estam nos disponibilizando, pois sem divulgação e pessoas apoiando, as bandas não chegam a lugar nenhum!
Entrevista: Renato Sanson
Revisão/Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Quem quiser acompanhar as novidades da Evil Emperor pode acessar os links abaixo:
Formação
Rodrigo Volkweis (vocais)
Eduardo Fallavena (guitarra)
Rikardo Schroeder (guitarra)
Rodrigo “Lamazuus” Lin (baixo)
André Rodrigues (bateria)
Confira a resenha do Split-CD “Execution” feita aqui.
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