Machine Head lançou um dos melhores discos de 2011 com grande apoio de fãs e mídia |
Desde que saiu do Vio-lence e fundou a sua própria banda (isso no ano de 1992), Robb Flynn sempre teve no seu Machine Head uma sucessão de altos e baixos. Se o começo com álbum “Burn My Eyes” (1994) foi destruidor levando a banda a ser considerada os sucessores do Pantera, os álbuns seguintes foram ladeira abaixo, sendo que as influências de Alternametal auxiliava muito a expulsar os fãs mais tradicionais.
A banda poderia ser condenada ao ostracismo, porém “Through The Ashes of Empires” de 2004 foi uma volta sadia às raízes, indicando que a banda tinha aprendido com os erros do passado e a partir dali sua discografia iria ser finalmente consistente, prova disso veio com o irretocável “The Blackening” (2007).
Robb Flynn agita muito nos shows da banda, esbanjando agressividade |
Contudo, 4 anos se passaram e é muito gratificante pode dizer que estamos frente a um álbum que será elevado ao posto de clássico em curto período de tempo, pois o que se encontra em “Unto the Locust” (2011) são influências do Metal tradicional, do Thrash e até mesmo do progressivo (todas as músicas aqui passam dos seis minutos), tudo isso associada à agressividade que já é característica da banda.
A maturidade vigente nas músicas se apresenta também nas composições. Aqui é inegável apontar que a dupla Robb Flynn (vocal e guitarra) e Phil Demmel (guitarra) voltou a funcionar, impossível não lembrar em algumas passagens de clássicos da época do Vio-lence como “Eternal Nightmare” (1988).
Machine Head fez sua primeira turnê no Brasil em outubro de 2011 (Road to Metal conferiu de perto) |
“I Am Hell” pode até enganar porque começa com uma passagem mais climática, cantada em latim, mas rapidamente um riff invade o som e a pancadaria começa. A musica é dividida em 3 partes e nenhuma delas se torna cansativa, o mesmo raciocínio vale para a ultima faixa do CD, “Who We Are”, que tem como intro um coral de crianças, mas como já foi dito, é rápido e legal destacar que nessa faixa Flynn canta mais agressivo, fechando o trabalho da mesma maneira que começou: destruidor.
Não poderia fechar essa resenha sem salientar duas músicas em especial: “Locust” que foi escolhida como primeiro single e apresenta um duelo de guitarras que deixariam Adam Smith e Dave Murray (Iron Maiden) orgulhosos tamanha a sincronia e peso dessa composição, e “Darkness Within” que possui um andamento que pode até mesmo ser chamado de balada, mas não espere aquele som insosso pois aqui a banda transmite uma grande carga de emoções e impossível não se impressionar com essa faixa. Na real, impossível é não se impressionar com o CD inteiro.Finalmente, Machine Head conseguiu marcar seu nome na história do Metal e lançar um CD marcante para todos os fãs de música pesada em um ano com tantos bons lançamentos, “Unto The Locust” é merecedor do título de clássico com folga.
Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Ficha técnica
Banda: Machine Head
Álbum: Unto The Locust
Ano: 2011
País: EUA
Tipo: Thrash Metal
Formação
Robb Flynn (Vocal e Guitarra)
Phil Demmel (Guitarra e Vocais de Apoio)
Adam Duce (Baixo)
Dave McClain (Bateria)
Tracklist
1. 'I Am Hell (Sonata In C#)'/'Sangre Sani (I)'/'I Am Hell (II)'/'Ashes To The Sky (III)'
2. 'Be Still And Know
3. Locust
4. This Is The End
5.Darkness Within
6.Pearls Before The Swine
7. Who We Are.
Acesse e conheça mais sobre a banda
Assista o vídeo oficial de “Locust”
Um comentário:
fuckin' great
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