Quem ainda pensa que o “underground” é um termo recente,
não parou para observar o distante passado glorioso das décadas vindouras e,
tão pouco, desvendar as árduas trajetórias dos grandes nomes do Metal nacional,
que nos dias de hoje carregam, o que foi conquistado com muito suor, status de ‘lenda’, despontando todo
seu trabalho para diversos cantos do globo.
O nome, para a minoria, é traduzido como algo pejorativo, mas para as bandas que estão na luta para achar um lugar ao sol, com o advento da internet e de tantos outros meios afins (assessorias de imprensa, por exemplo), é o percurso convencional para o alicerce perfeito de um futuro brilhante. A caminhada é longa, claro, mas que agrega grandes resultados. Já para os apressados, é melhor não emitir comentários, pois querem o sucesso do dia para a noite. Vindo de uma turnê satisfatória na Europa e fruta dessa jornada, eis que surge, em São Leopoldo (RS), o In Torment, promovendo “Sphere Of Metaphysical Incarnations”, terceiro disco da carreira.
Um desfile de Death Metal intenso, bruto e destrutivo. Esses são os três adjetivos que resume a desenvoltura extrema e arruínam-te desses gaúchos, integrado por Alex Zuchi (vocal), Alexandre Graessler e Rafael Giovanoli (guitarra), Bruno Fogaça (baixo) e Dionatan Britto (bateria), denotando e difundindo riffs de guitarra cadenciados (introduzindo precisão e geniosidade), vocais frenéticos (guturais incandescentes) e uma cozinha rítmica obscena e belicosa (peso na sua devida medida), insinuando contornos bem sutis de pura melodia e técnica bastante apurada nas partes instrumentais deste quinteto, o que dá uma dimensão e realce especiais, acrescentando também toadas opressivas e requintadas.
O nome, para a minoria, é traduzido como algo pejorativo, mas para as bandas que estão na luta para achar um lugar ao sol, com o advento da internet e de tantos outros meios afins (assessorias de imprensa, por exemplo), é o percurso convencional para o alicerce perfeito de um futuro brilhante. A caminhada é longa, claro, mas que agrega grandes resultados. Já para os apressados, é melhor não emitir comentários, pois querem o sucesso do dia para a noite. Vindo de uma turnê satisfatória na Europa e fruta dessa jornada, eis que surge, em São Leopoldo (RS), o In Torment, promovendo “Sphere Of Metaphysical Incarnations”, terceiro disco da carreira.
Um desfile de Death Metal intenso, bruto e destrutivo. Esses são os três adjetivos que resume a desenvoltura extrema e arruínam-te desses gaúchos, integrado por Alex Zuchi (vocal), Alexandre Graessler e Rafael Giovanoli (guitarra), Bruno Fogaça (baixo) e Dionatan Britto (bateria), denotando e difundindo riffs de guitarra cadenciados (introduzindo precisão e geniosidade), vocais frenéticos (guturais incandescentes) e uma cozinha rítmica obscena e belicosa (peso na sua devida medida), insinuando contornos bem sutis de pura melodia e técnica bastante apurada nas partes instrumentais deste quinteto, o que dá uma dimensão e realce especiais, acrescentando também toadas opressivas e requintadas.
A produção não poderia ser de ninguém menos que do
conceituado produtor Sebastian Carsin, tudo feito e gravado dentro do
Hurricane Studio, escoltado pelo ótimo trabalho de mixagem e masterização de
Zack Ohren, deixando a qualidade sonora com total clareza e compreensão no
momento da audição do disco, conseguindo sintetizar todo peso e melodia nota
a nota. Além de ótimos músicos profissionais, Rafael Giovanoli, que fez um
representativo trabalho nas guitarras, foi o responsável por gerar uma bela
arte gráfica, mostrando o contexto humano e filosófico nas letras.
O som do In Torment é calcado nas grandes bandas do
gênero, remetendo ao Morbid Angel e Suffocation como exemplos principais, mas
que, ao mesmo tempo, sempre impõem inovação em arranjos harmoniosos, cheios de
feeling através de energia e empolgação esmeraldina, tornando o registro diferenciado e uma das pérolas mais preciosas do Metal extremo nacional, se comparado a
outros trabalhos do gênero.
“The Unnatural Conception” da o ponta pé no CD de forma avassaladora e bruta, expressando fúria através de riffs azedos e ríspidos, imprimindo nuances rítmicas bem interessantes e colocando técnica no meio de tanto peso; “Divine Universal Awareness” apresenta levadas, abrasivas, caracterizado por timbres agonizantes, destacando novamente a versatilidade técnica do grupo, principalmente vindo da bateria (com um ótimo trabalho de dois bumbos) e do baixo (enfocando acordes marcantes); vigorosa e atrativa, “Into Abyssal Landscapes” entrelaça momentos de puro alto astral à mudanças de tempo e de ritmo, predominando inteligência e facilidade em encontrar soluções criativas, sem perder o quesito principal da banda, que é o peso e a sabedoria técnica.
“The Unnatural Conception” da o ponta pé no CD de forma avassaladora e bruta, expressando fúria através de riffs azedos e ríspidos, imprimindo nuances rítmicas bem interessantes e colocando técnica no meio de tanto peso; “Divine Universal Awareness” apresenta levadas, abrasivas, caracterizado por timbres agonizantes, destacando novamente a versatilidade técnica do grupo, principalmente vindo da bateria (com um ótimo trabalho de dois bumbos) e do baixo (enfocando acordes marcantes); vigorosa e atrativa, “Into Abyssal Landscapes” entrelaça momentos de puro alto astral à mudanças de tempo e de ritmo, predominando inteligência e facilidade em encontrar soluções criativas, sem perder o quesito principal da banda, que é o peso e a sabedoria técnica.
“The Threshold (Transcending The Matter)” enfatiza efeitos melodiosos em determinadas partes, que é nitidamente notável nos solos de guitarra, penteado por timbres cadenciados e precisos, conjugando, claro, brutalidade na sua devida medida; com menos densidade, só que mais arrastada, a faixa título nos proporciona mais uma vez ponteados arranjos melódicos, ousados e experimental, de maneira bem moderada, sobressaídos por belos riffs de guitarra e solos exterminantes; absurdas viradas de bateria dão inicio para a agressiva “Far Beyond Mortality”, saqueando harmonias cadenciadas através de vocais guturais bem postados sem perder o fôlego; estigmas melodiosos imperam novamente em “Mechanisms Of Domination”, epilogando texturas ácidas e vibrantes nos riffs de guitarra, contando com a participação de Renato Osório, do Hibria, nos solos; o castigo grosseiro é aplicado em “The Extinction Process”, imprimindo manifestações ardentes nos vocais e na parte rítmica; clima tristonho e objetiva, “Beholding The Everlasting” fecha o disco, brutal, chegando a ser épica e ao mesmo tempo sombria.
Como já falei inúmeras vezes, esta pessoa que vos escreve não é um aficcionado em Death Metal, mas o In Torment me impressionou com sua genialidade passada em sua música. Sem dúvida, um dos melhores discos de Metal extremo de 2014.
Texto: Gabriel
Arruda
Edição/Revisão: Carlos
Garcia/Renato Sanson
Fotos: Divulgação
Ficha
Técnica
Banda: In
Torment
Álbum: Sphere
Of Metaphysical Incarnations
Ano: 2014
Estilo: Death
Metal
Gravadora: Eternal
Hatred Records/Rapture Records
Assessoria: Ms
Metal Agency
Formação
Alex
Zuchi (vocal)
Alexandre
Graessler (guitarra)
Rafael
Giovanoli (guitarra)
Bruno
Fogaça (baixo)
Dionatan
Britto (bateria)
Track-List
01. The
Unnatural Conception
02. Divine
Universal Awareness
03. Into
Abyssal Landscapes
04. The
Threshold (Transcending The Matter)
05. Sphere
Of Metaphysical Incarnations
06. Far
Beyond Mortality
07. Mechanisms
Of Domination
08. The
Extinction Process
09. Beholding
The Everlasting
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