Neste ‘debut’, o quarteto
obedece bem às regras no Symphonic Metal, como a influência da música clássica e melodias graciosas, mas a banda vai muito além desses "clichês" já tradicionais, conseguindo fazer interagir o requinte clássico com boa dose de peso e
vocais agressivos (Adrienne Cowen, também vocalista do Light and Shade, foge dos tradicionais vocais líricos do estilo, apresentando variações interessantes), trazendo algo de inovador e moderno. Buscando essa originalidade e fuga do lugar comum, mostra personalidade e um jeito único de compor.
Em questão de sonoridade, o álbum
imposta equilíbrio, tangendo uma qualidade imprescindível ao estilo, a qual também soa orgânica, difundido
bem os pontos mais radiantes e pesados, chegando à soma final com a mixagem e
masterização dos conceituados produtores Sascha Paeth e Miro, que deram o toque
final para que tudo soe bonito e apurado. A capa exibe o aspecto teatral,
transparecendo detalhes decorados e elegantes.
O vasto repertório, fechado com 15
músicas, nos coloca em abundantes experiências, com canções altamente
energizadas e precisas, digerido por autênticos arranjos de guitarra, vocais
que vão do limpo ao mais violento. A parte rítmica soa precisa, e o
teclado faz papel magistral nas composições da banda. Sei que pode ser exagero da
minha parte, mas aqui tudo soa bem e perfeito.
Não é tarefa fácil escolher quais
são os principais destaques desde disco, mas já começo com a “Encounter”, que
possui um andamento duro e carregado, onde as partes sinfônicas da os sinais de
grandiosidade; “The Cabaret Of Dreams” gaba ações teatrais, explorando raízes
clássicas com ricas harmonias e orquestrações bem encaixadas; “Choices”
evidencia o peso das guitarras com riffs intricados e solos virtuosos, além do
baixo e a bateria exibirem concordância no quesito rítmico; “Closure” abrange
seu poder de fogo, mas que ganha tonalidades polidas com os arranjos de piano e
os vocais melodiosos no refrão.
“100 Days” introduz um clima mais
suave, trabalhado nos pianos, teclados e vocais limpos, não demorando muito pra
guitarra e o baixo entrarem de forma explosiva; “Paradox” chega destruindo
tudo, detido de passagens extremas e linhas vocais agonizantes, seguindo a
mesma textura para “Serenity”, assimilando com maestria vocais ríspidos e
limpos no refrão; “Distant Lights” é guiada de energia, impulsionada por um
andamento mais Power e rápido; “Burn” é caracterizada pela técnica e dinamismo,
como se fosse um resumo do disco inteiro em longos 8 minutos, o qual encerra com a
bombástica “Ashes”;
Que discaço! Aqui o Seven Spires
passou da prova do primeiro disco, e merece notas altas pelo trabalho bem feito!
Texto: Gabriel Arruda
Edição/Revisão: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
Ficha Técnica
Banda: Seven Spires
Álbum: Solveig
Ano: 2017
Estilo: Symphonic Metal
Gravadora: Hellion Records (Nac.)
Assessoria de Imprensa: TRM Press
Formação
Adrienne Cowan (Vocal)
Jack Kosto (Guitarra)
Peter Albert de Reyna (Baixo)
Chris Dovas (Bateria)
Track-List
1. The Siren
2. Encounter
3. The Siren (Reprise)
4. The Cabaret Of Dreams
5. Choices
6. Closure
7. 100 Days
8. Stay
9. Paradox
10. Serenity
11. Depths
12. Distant Lights
13. Burn
14. Ashes
15. Solveig
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