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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Deep Purple: Mais História na Terra do Sol Nascente




Qual fã do Deep Purple não venera o lendário "Made in Japan" (1972), que registra a primeira passagem da banda pelo Japão? Aliás, álbum que todo fã de Classic Rock e Heavy Metal deve ter na coleção, e marca essa história do Purple com relação aos seus tradicionais e clássicos discos ao vivo, além de ser o mais bem sucedido ao vivo do ingleses em termos de vendas, tendo diversos discos de ouro e platina.

Mas o interessante é que no Japão ele não teve disco de ouro, alcançando essa marca com o segundo "Live" por lá, o "Last Concert In Japan" (77), bom, fato é que é um país onde a banda possui um grande público, o qual é conhecido por ser um ávido consumidor do som pesado em geral, e em 2015 o Deep Purple solta o terceiro álbum ao vivo na terra do sol nascente, "....To the Rising Sun (In Tokyo)", disponibilizado aqui neste primeiro semestre de 2016 via Shinigami Records, assim como "From the Setting Sun...(in Wacken)", tendo os brasileiros acesso a edição nacional desses lançamentos simultâneos da banda em 2015 (disponíveis em CD duplo e DVD), com a mesma qualidade de som e imagem, e o melhor, com preço bem mais acessível.


Se "....To the Rising Sun" vai alcançar o mesmo sucesso dos seus antecessores, não sei, não é provável, afinal estamos em uma outra era, onde os álbuns físicos já não alcançam as vendas de outrora, mas uma coisa posso afirmar, é um ótimo álbum, que traz uma bela apresentação desses mestres. É uma banda que quando toca, quando vemos no palco, transmite aquela sensação de que realmente os caras estão curtindo o que estão fazendo, nos passa aquele feeling, como nós, ouvintes mais "experientes" (para não dizer "mais velhos"), gostam de dizer "uma banda real, com música de verdade, que tocam de verdade!".

O legal também desses dois álbuns ao vivo, são as vibrações e os set lists levemente diferentes, pois se no Wacken o show é ao ar livre, com uma diversidade de fãs vindos de várias partes do mundo, em Tokyo o show é em local fechado, e é de uma certa maneira mais introspectivo, embora seja estranho dizer isso de um show com alguns milhares de pessoas, mas são as diferenças de cultura, o público japonês é mais comedido geralmente, mas é isso mesmo, no Wacken foi mais explosivo, por conta do enorme e diverso público, de ser a primeira vez da banda no festival, enquanto que no Budokan mais introspectivo, e com o set contando com músicas mais "progressivas" do mais recente álbum, "Now What?!".


Se em "From the Setting Sun...." eles abrem com "Highway Star", afinal sendo a primeira vez lá, e com muita gente que certamente estava vendo, ou até conhecendo a banda pela primeira vez, não dava pra deixar essa de fora, em "....To the Rising Sun" a progressiva "Apres Vous" é que abre o espetáculo, e, assim como as demais músicas mais novas, ganhou mais força ao vivo. 

"Uncommon Man" também aparece no set no Japão, faixa composta em homenagem a Jon Lord, assim como "Above and Beyond", presente em ambos os shows, e durante a execução imagens do tecladista vão aparecendo no telão, e é impossível não causar comoção e saudade. Falando em imagens, o DVD conta com muitas câmeras que captaram ângulos muito legais São 12 câmeras em HD), permitindo que sintamos e observemos mais detalhadamente e mais de perto a performance dos músicos.


Vários outros clássicos e mais músicas do álbum novo se misturam, para deleite do público, diante de toda a classe e história desses senhores. Então temos clássicos consagrados como "The Mule", que também está lá no lendário "Made in Japan", "Smoke on the Water", "Black Night" e as mais jovens da família, como "Vincent Price" e "Hell to Pay", tudo regido com maestria, feeling e classe, diante de uma plateia, que embora na maior parte do tempo mais contida, percebe-se a satisfação e emoção por presenciar tamanha lenda.

Adquira os dois álbuns ao vivo (estão disponíveis os DVDs e CDs duplos), pois vale totalmente a pena. Valeria só pelo fato de ser mais um registro impecável de uma banda que realmente faz do palco seu habitat (claro que a energia explosiva dos primeiros anos foi sendo substituída por mais experiência), pois em estúdio qualquer pode se passar pelo que não é, mas além disso, são dois grandes shows, cada um com características e vibrações diferentes, pelo local, variedade de público e diferenças culturais. 


Resenha: Carlos Garcia

Ficha Técnica:
Banda: Deep Purple
Álbum: "...To the Rising Sun (Live Tokyo)" 2015
País: Inglaterra
Estilo: Classic Rock, Hard Rock
Selo: ear Music/Shinigami Records



Disco 01
  1. Apres Vous
  2. Into The Fire
  3. Hard Lovin Man
  4. Strange Kind Of Woman
  5. Vincent Price
  6. Contact Lost
  7. Uncommon Man
  8. The Well-Dressed Guitar
  9. The Mule
  10. Above And Beyond
  11. Lazy


Disco 02

  1. Hell To Pay
  2. Don Airey's Solo
  3. Perfect Strangers
  4. Space Truckin
  5. Smoke On The Water
  6. Green Onions / Hush 
  7. Black Night



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Deep Purple "From the Setting Sun, in Wacken": Não Somente Mais um "Ao Vivo", Um Momento Especial



Os álbuns ao vivo eram itens muito festejados pelos fãs, e praticamente obrigatórios para as bandas, com muitos registros tornando-se peças clássicas, as quais não podem faltar em nenhuma coleção, discos como o "Kiss Alive", "Unleashed in the East", do Judas Priest, "Tokyo Tapes", do Scorpions,  "Framptom Comes Alive", acho que o álbum ao vivo mais vendido da história, e "Made in Japan", do Deep Purple, só para citar algumas dessas joias. 

E o Purple, como uma das bandas que mais lançou álbuns ao vivo, continua mantendo a tradição, afinal era algo que se tornou uma marca, sempre era aguardado um novo ao vivo após cada tour, tendo a banda inglesa uma coleção invejável de grandes e memoráveis discos ao vivo, e não só nos anos 70, mas continuou lançando registro memoráveis - além de inúmeros outros concertos que foram sendo recuperados e lançados posteriormente, como o "California Jammin" e "BBC Sessions" -  como os concertos no Montreaux Jazz Festival  e o "Live at the Royal Albert Hall" (2000), acompanhado de orquestra, recriando o clássico "Concert For Group and Orchestra" (1969), contando nesse espetáculo com convidados como Dio, Margo Buchanan, Sam Brown e Steve Morris.


Mas, para uma banda que tem essa tradição, um grupo que tem realmente seu habitat natural no palco, dentre tantos álbuns ao vivo, já estava tardando uma apresentação no Wacken Open Air, hoje o maior festival de Metal/Heavy Rock do mundo, e em 2013 finalmente aconteceu, tendo um dos pilares do Heavy Metal a oportunidade de se apresentar para uma plateia, em que provavelmente muitos estavam tendo contato com a banda pela primeira vez, e que os recebeu com grande entusiasmo.

"From the Setting Sun...Live in Wacken" (o primeiro dos dois álbuns ao vivo que o Purple lançou em 2015, sendo que o seguinte, "...To the Rising Sun...In Tokio", também sairá aqui no Brasil. Note que os títulos são interligados, "From the Setting Sun, referindo-se ao show que iniciou à tardinha no Wacken, com o sol se pondo, e o outro no Japão, terra do sol nascente...to the rising sun) possui uma energia fantástica, com o público recebendo de forma calorosa e empolgada clássicos como "Highway Star", que abre o show, além de "Strange Kind of Woman", "Perfect Strangers" talvez uma das mais conhecidas das gerações mais novas, causando uma reação ainda mais efusiva, "Space 
Truckin'".

 
E outra que também causou, e sempre causa, uma reação explosiva no público, "Smoke on the Water"! Afinal, quem nunca ouviu esse riff? Pude ver de perto a reação que ela causa, durante o show do Purple aqui no RS em 2014. Durante sua execução a banda teve Uli Jon Roth (Ex-Scorpions) como convidado especial, para dar ainda mais brilho ao momento.

Mas a banda também mandou novas músicas do seu álbum mais recente, "Now What?!", como a pesada "Vincet Price", que achei melhor ao vivo, além de "Above and Beyond", que também é outra que caiu muito bem nos shows, e "Hell to Pay", pena que não tocam a "All the Time of the World", uma das melhores  desse álbum. 

Bom, e claro, como é tradição, temos vários solos individuais, improvisos e jams, destacando a já também tradicional "Well-Dressed Guitar", onde Steve Morse mostra um pouco de sua técnica e feeling, sendo depois acompanhado pelos demais, emendando em "Hell to Pay" para terminar com "Lazy", outra que é talhada para os improvisos e jams do grupo. O solo de Don Airey sempre é muito legal também, onde o tecladista toca trechos de vários clássicos, trilhas e outras surpresas.


Conforme citei antes, a explosão de entusiasmo com "Smoke on the Water" é sucedida por "Green Onions" como introdução para o gran-finale com "Hush" e "Black Night"! 

A banda estava especialmente animada, certamente pelo momento histórico, de estar no palco do Wacken pela primeira vez, assim como a plateia, extremamente calorosa e empolgada. Não há o que falar da categoria dos músicos da banda, e Gillan, apesar de já não alcançar mais as notas mais altas, continua com a classe de sempre, e soube ir adaptando o modo de cantar com as mudanças e limitações que o tempo lhe trouxe.

Mais um grande registro ao vivo da banda, captando um momento especial, esta primeira vez no Wacken, onde o público, formado por milhares de pessoas vindas de todas as partes do globo, pode presenciar ao vivo clássicos atemporais de um dos pilares do Heavy Metal, que forma a "santíssima trindade" do estilo ao lado do Sabbath e do Zeppelin.  O show está disponível em CD duplo e DVD, lançado no Brasil pela Shinigami Records. Vale demais a aquisição!


Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Banda: Deep Purple
Álbum: From the Setting Sun, in Wacken (2015)
Categoria: Live Álbum (disponível em CD duplo e DVD)
Estilo: Classic Rock/Hard Rock
Selo: Ear Music/Shinigami Records

Adquira o álbum na Shinigami



Tracklist:


    Highway star
    Into the fire
    Hard lovin' man
    Vincent Price
    Strange kind of woman
    Contact lost
    The well-dressed guitar
    Hell to pay
    Lazy
    Above and beyond
    No one came
    Don Airey solo
    Perfect strangers
    Space truckin'
    Smoke on the water (feat. Uli Jon Roth)
    Green onion / Hush
    Black night