sábado, 11 de abril de 2015

Cobertura de Show - Slash: Chuva de Clássicos em Porto Alegre! (20/03/15, Pepsi On Stage - Porto Alegre/RS)


Dia 20 de março foi marcado pelo o encontro de dois ex-integrantes da banda Guns N’ Roses na capital gaúcha, não preciso nem citar a importância que o Guns N’ Roses tem para o rock mundial, foi uma das bandas de maior sucesso no fim dos anos 80 e início dos 90, arrastando milhões de pessoas em mega shows. Desembarcou em Porto Alegre um dos pilares da banda o guitarrista que até hoje é considerado o principal músico do Guns, nada mais nada menos que Slash, ele veio a América do Sul divulgar o novo álbum “World on Fire” e acompanhando ele veio outro ex-membro do GNR, o guitarrista Gilby Clarke, o mesmo foi responsável pela abertura dos shows em toda a turnê.

As filas ainda estavam gigantescas ao lado de fora do Pepsi On Stage, quando pode-se ouvir  o tema de abertura da série Game of Thrones, era o DJ Ricardinho F. responsável por animar os milhares de guners que estavam lá, com clássicos do rock mundial ele usou muito bem o espaço que teve e fez o público cantar junto e bater palmas diversas vezes, os maiores destaques foram “Iron Man” (Black Sabbath) e uma junção  da parte instrumental de “Back  in Black” (AC/DC) e os vocais de (We Will  Rock You) da lendária banda Queen.



Chegada a hora da primeira banda entrar no palco, o público gritava em coro o nome de Gilby Clarke, que entrou acompanhado pela banda Coverheads: Gaby Zero (guitarra), Dani Chino (baixo) e Dukke (bateria).

Primeira música escolhida foi “Wasn't Yesterday Great” seguida por “Under the Gun” do álbum “Swag”. Era claro que a maioria dos presentes não conheciam estas canções, então logo a banda mandou “Motorcycle Cowboys”cover de Kill for Thrills, banda que Gilby tocava antes de entrar no Guns N’ Roses e se tornar mundialmente famoso.


O show seguiu com “Black” do álbum “Pawnshop Guitars” primeiro de sua carreira solo, a banda estava animada, muitas brincadeiras entre os músicos faziam o clima no palco ficar leve.



No show do Gilby não poderia faltar músicas dos The Rolling Stones, poucos sabem além de grande fã da banda, ele já fez alguns shows junto com as lendas vivas do rock, não é para qualquer um tocar com os Stones e com o Guns N’ Roses, então com “It's only Rock'n'Roll (but I like it)”  dos Stones Gilby fez o público pular e dançar, para manter o clima quente mandaram “Knockin' on Heaven's Door” música de Bob Dylan, mas que  a maioria conheceu pela versão do Guns, está os fãs cantaram junto o tempo inteiro, destaque negativo eram os milhares de celulares erguidos, que além de atrapalhar muita gente deixam um clima meio chato, afinal com um grande show na frente, qual a necessidade de vê-lo pela tela de um celular?


Não podia faltar um cover de Slash’s Snkepit afinal Slash e Gilby gravaram o álbum “It's Five O'Clock Somewhere” em 1995, a música escolhida foi “Monkey Chow”. Gilby chamou sua filha Frankie Clarke e juntos tocaram “Dead Flowers” outro cover dos Stones, o show do Rolling Stone boy estava chegando ao fim depois de “Cure Me... Or Kill Me...” ele encerrou com “Tijuana Jail”.

Logo em seguida quando começou a troca de palco, caiu a bandeira no fundo do Gilby Clarke dando lugar a enorme bandeira da banda Slash feat. Myles Kennedy and The Conspirators, formada por Slash (guitarra), Myles Kennedy (voz), Frank Sidoris (guitarra), Todd Kerns (baixo) e Brent Fitz (bateria).



O público estava eufórico no palco já podíamos ver os cabeçotes Marshall AFD100 com a assinatura de Slash e várias caixas Marshall também com a marca dele, além de diversos bonecos enfeitando o palco.

Logo a banda entrou em cena e quando o homem da cartola apareceu com sua guitarra Epiphone o público foi a euforia, com “You are a Lie” do álbum “Apocalyptic Love” eles fizeram a abertura dos trabalhos, bastaram os primeiros acordes de “Nightrain” do Guns N’ Roses para todos pularem de alegria, era difícil não ver ninguém cantando junto com Myles Kennedy, que possui uma voz diferenciada, muito potente com agudos poderosos, na hora do solo Slash foi para frente do palco e por alguns minutos podíamos nos sentir nos anos 80 e 90. Slash está em ótima forma tocando como se ainda fosse o jovem garoto do Guns.



O show seguiu com “Ghost” e “Back From Cali” ambas do álbum de 2010 do Slash, era o momento de inserir no set as músicas do álbum novo. “Wicked Stone” e “Too Far Gone” precederam um dos momentos mais marcantes do show, Myles chamou Gilby para voltar ao palco, Slash e Gilby juntos no palco tocaram Mr. Brownstone (Guns N’ Roses), após abraçar todos os integrantes Gilby deixa o palco novamente e Brent Fitz puxa na bateria “You Could Be Mine” um dos maiores sucessos do Guns, que foi trilha sonora do filme “Terminator II”, a recepção dos fãs não poderia ser melhor.

Myles chamou para os vocais o baixista Todd Kerns que executou “Dr. Alibi” (Slash, 2010) e “Welcome to the Jungle” (Guns N' Roses) outra música que fez o público ir às alturas literalmente, podíamos ver todos pulando, cantando e fazendo solos com guitarras imaginarias. Slash falou pela primeira vez no microfone, chamou Myles novamente, então tocaram mais uma dobradinha do “World On Fire”, “The Dissident” e “Beneath the Savage Sun”.



Na música Rocket Queen (Guns N’ Roses), Slash abusou na hora do solo, obviamente é ótimo ver ele tocando com tanta vontade, mas 10 minutos em um solo  acaba se tornando muito cansativo, mas nada que não possamos perdoar afinal ele era a grande estrela da noite, ao termino do gigantesco solo de Slash, a banda deu continuidade com “Rocket Queen”, então Myles sentou e começaram os primeiros acordes de “Bent to Fly” balada do último álbum de Slash que por sinal é muito boa e todos sabiam a letra na ponta da língua. “World on Fire” e “Anastasia” encerraram as músicas do Slash, está última com um riff maravilhoso já na introdução.

Existe uma música que nunca pode faltar em um show onde o Slash se encontre, considerado um dos melhores e mais clássicos riffs de guitarra, “Sweet Child O' Mine” (Guns N’ Roses cover) é obrigatória e não poderíamos esperar nada além de muita alegria vinda dos fãs, a essas alturas já dava para ver muitas garotas chorando e emocionadas.



A penúltima do show, foi uma das mais festejadas, talvez por ter sido a única da banda Velvet Revolver, “Slither” representou a banda que Slash teve com Duff e Matt ex-companheiros de Guns n Roses, e para o final uma grata surpresa com “Paradise City” (Guns n Roses), com direito até a chuva de papel picado e assim o show chegou ao fim, um show longo com muitos clássicos do Guns N’ Roses, mas sem perder de mostrar seu trabalho solo, Slash o homem cartola fez a noite de todos muito feliz, 5 horas de show não seriam suficiente para ouvir tudo que queríamos, mas ficamos na esperança que logo ele volte.


Cobertura por: Marlon Mitnel
Fotos: Marlon Scopel
Revisão/edição: Renato Sanson

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