Tudo que começa como um sonho
bom, não pode se transformar em algo que traga decepção. Desse jeito surge a
ideia de unir bandas que movimentam nossa cena local. "E se convidássemos
algumas bandas locais para, juntas, promover um Fest?". Claro, a ideia não
é original, mas quem já tentou sabe o quão isto é difícil e envolve fatores
externos à vontade, para que se torne uma realidade.
Dos organizadores Tiago Alano (All
That Metal) e Renato Sanson (Heavy and Hell/Heavy And Hell Press/Road To
Metal), partiu a iniciativa de "juntar umas bandas" para fazer um
som, e ver no que daria. O tom do comentário faz referência à brincadeira, mas
na realidade o assunto foi tratado com muita seriedade e responsabilidade.
Vamos ao fato.
Dia 28 de março de 2015, São
Leopoldo (que já adquiriu identidade com extremismo sonoro) foi palco de mais
uma grande noitada de muito peso. Rolou a primeira União Extrema Fest, quando
foi possível conferir a qualidade e excelência de cinco, grandes, bandas gaúchas.
Se estamos falando de Metal pesado e São Leo, só há uma casa capaz de suportar
tanto peso: Embaixada do Rock!
Losna |
A noite começou ao som das
damas da Losna, uma verdadeira injeção de adrenalina direto no coração (ao
melhor estilo “Pulp Fiction”). Como foi o primeiro show da noite, rondava o
medo de que este fosse o show mais desprivilegiado de público. Porém a noite
revelou que a Embaixada, nessa noite, não abrigaria muito mais gente do que já
se encontrava lá para ver a LOSNA. Um set enxuto, porém primado de muita
qualidade sonora e brutalidade
descontrolada. Nossas gurias estão cada vez mais afiadas, e contam com o
suporte firme do Marcelo Pedroso na bateria. Honraram o thrash metal gaúcho e
os anos de experiência, mais uma vez, com uma apresentação que se enquadra no
estilo: Arma de destruição em massa!
Em continuidade da noite, os
próximos a assumirem o palco, foram os integrantes da Bloody Violence. A jovem
banda na ativa desde 2013, nesta noite foi desfalcada por um inseto. Cantídio
Fontes, vocal da Bloody, não esteve em condições físicas de estar presente na
noite do fest. Estava sob tratamento intensivo por suspeita de ter contraído
dengue.
Bloody Violence |
Cantídio fez muita falta nessa
noite, mas nem por isso a banda se prejudicou na apresentação. Bem pelo
contrário, o show foi sólido como uma das paredes de Alcatraz (em seus melhores
dias). Nos momentos em que os vocais eram imprescindíveis, Israel
"Sava" Savaris (Baixo) assumiu o microfone. Em outros momentos,
Cantídio foi muito bem representado pela instrumentação das músicas. O Público
presente pareceu um pouco "assustado”, mas depois se familiarizou e se
aproximou do palco. Bloody apresentou as algumas músicas do novo álbum (Devine
Vermifuge) e do EP (Obliterate).
CxFxCx |
A noite já se apresentava por
inteira no céu, e dentro da Embaixada era a hora da CxFxCx tomar conta do que
já tinha sido preparado anteriormente pela Losna e Bloody Violence. Não só um
show, mas o 1º União Extrema Fest, foi também um encontro de estilos e gêneros
diferentes, todos unidos em nome do bem maior: METAL!
CxFxCx comandou com maestria a
destruição Crossover, e agora a galera se sentia mais a vontade para começar as
"rodas punk's", um claro sinal que a noite estava agradando! E lá se foi mais uma grande noite para a
CxFxCx. Complementando o show, o vocalista Renato realizou alguns registros da
noite insana, que que você confere no vídeo a seguir.
Já se encaminhando para as
horas finais do festival, era a hora da Revogar retomar a podreira no palco.
Exibindo uma sonoridade perfeita, as guitarras era um convite ao
"headbang". A banda promoveu um verdadeiro passeio pelo "Vale
dos Suicidas" (primeiro trabalho da banda). Se ainda não conhece, acessa a
Page da banda pelo Facebook, confere os vários links disponíveis na página e não
tenha pena do seu pescoço. Se nos vídeos, a sonoridade transborda qualidade e
energia, no palco a banda exagera (e por isso somos muito gratos) em
brutalidade e um profissionalismo que nos enche de orgulho (nível “gringo”).
Revogar |
A chave de ouro que encerrou a
noitada, foi trazida pela "Chute no Rim" casualmente a mesma chave
usada para abrir os portões do inferno. Os alvoradenses mantiveram o pico de energia dissipado pela noite, e botaram a
turma pra "bater cabeça" sem limites. Dá gosto de ver como a Chute no
Rim melhora a cada apresentação.
Cinco bandas com muita
experiência e sonoridade perfeita, das mais jovens às mais antigas. Uma noitada
brutal que o ingresso custou dez reais. Se essa noitada fosse recriada em
qualquer local que falasse a língua do “mundo antigo”, a noite custaria uns 30
ou 40 euros (tranquilamente) e provavelmente lotaria. Mas...
A União Extrema Fest é a prova
de que vale a pena, cada sacrifício, cada noite insone, cada “NÃO” e cada
dificuldade passada até o Fest se realizar.
Chute No Rim |
Agradecemos imensamente à
Embaixada do Rock, por abrir as portas, coração e palco, mais uma vez.
Agradecemos aos que estiveram lá nessa noite, todos nós (organizadores, bandas
e Embaixada) pensamos em vocês quando tomamos a decisão de tornar o Fest uma
realidade.
Teu retorno foi tão excelente
que a segunda noite alucinante já tem data, mas isso é assunto para outro dia e
saberás como foi, por aqui, quando for a hora!
Às bandas, ficam os nossos
“Parabéns”, e quando muitos ainda falam da “cena”, nós falamos de vocês e sobre
vocês. São motivo de orgulho e enquanto vocês não desistirem, nós também não
desistiremos. A vontade de vocês de continuar, é nosso combustível para
acreditar que “amanhã” será bem melhor!
Face das bandas que tocaram no 1º União Extrema Fest:
Chute no Rim: https://www.facebook.com/chutenorimofficial
Link para o evento da União Extrema II:
Cobertura e fotos: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson
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