terça-feira, 12 de julho de 2016

Asteroides Trio: O Punkabilly do Espaço!


O Asteroides Trio é um trio de rockabilly da cidade de Arujá, Grande São Paulo. Com 10 anos de banda, vem tocando o terror por onde passam, sempre com irreverência e muito groove - e, claro, uma pitada de anarquia!

Conversamos um pouco com eles a respeito do som e da cena, confere aí:

Road to Metal: Essa ideia da mistura do punk rock com o rockabilly dá muito certo, como já sabemos. De onde veio essa inspiração de vocês?

Asteroides Trio: É o tipo de música que nos agrada, com início, meio e fim. Sem muitas complicações. Quando punk surgiu no final da década de 70, trouxe de volta um pouco dessa energia que estava sendo esquecida pelas bandas de rock progressivo e afins.

RtM: Poderiam citar algumas influências?

AT: Algumas influências em comum entre todos da banda: Ramones, Buddy Holly and the Crickets, The Meteors, Cramps, Ritchie Valens, Undertones, Gene Vincente, Eddie Cochran, Johnny Thunders, Los Saicos, Cólera, Restos de Nada, etc.

Bebemos muito da fonte do Punk 77, rock n’ roll e rockabilly dos anos 50's e psychobilly clássico dos anos 80's.


RtM: Vocês já frequentavam a cena punk e/ou rockabilly antes de formarem os Asteroides?

AT: Sempre tivemos contato com o punk desde a década de 90. Mas na época, a pessoa que esteve mais envolvida diretamente foi o Weasel Rocker. Eu, o Formiga e o Weasel Rocker, antes do Asteroides, tínhamos uma banda de punk rock chamada Asterix. Também toquei numa banda de hardcore em Guarulhos chamada Faces da Miséria.

Comecei a frequentar festas rockabilly em São Paulo no início dos anos 2000. Um cara que nos inseriu nesse universo foi o Eric von Zipper, que até hoje organiza eventos do gênero em São Paulo.

RtM: Como vocês encaram a cena hoje? Ainda rolam gigs legais ou 'antigamente era melhor'?

AT: Sou otimista. Eu acredito que a coisa está melhorando. Não dá para ficar de braços  cruzados, apenas no saudosismo. O punk nos ensinou muito com o lance do "faça você mesmo", da ajuda mútua e colaboração entre as bandas. Ainda vejo essa sinceridade no punk. Mas é claro que nada é perfeito.


RtM: E tretas? Por estarem ligados ao punk rock, já rolaram brigas em gigs ou algo do tipo?

AT: Brigas sempre rolam, desde sempre, não somente no meio punk. Em balada de sertanejo universitário é o que mais tem. Eu particularmente, sou contra conflitos entre pessoas da mesma classe social, contra o sectarismo. Respeito é tudo. Mas sempre evitamos contato e amizades com pessoas preconceituosas, racistas, homofóbicas, etc.


RtM: E para finalizar: como vocês enxergam a cena do rock (em geral) hoje em dia? Há futuro para o rock?

AT: Existem muitas bandas, músicos excelentes, arregaçando as mangas e fazendo a coisa acontecer. Basta sair um pouco da internet e participar, seja como público, seja tocando. Quem faz arte, com certeza não está na grande mídia.

Para finalizar, agradecemos a oportunidade e interesse pela banda. Grande abraço e... Sigam os Asteroides!

Entrevista por: Caius Caesar
Revisão/edição: Renato Sanson

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