O Asteroides Trio é um trio de rockabilly da cidade de Arujá, Grande
São Paulo. Com 10 anos de banda, vem tocando o terror por onde passam, sempre
com irreverência e muito groove - e, claro, uma pitada de anarquia!
Conversamos um pouco com eles a respeito do som e da cena, confere aí:
Road to Metal: Essa ideia da mistura do punk rock com o rockabilly dá
muito certo, como já sabemos. De onde veio essa inspiração de vocês?
Asteroides Trio: É o tipo de música que nos agrada, com início,
meio e fim. Sem muitas complicações. Quando punk surgiu no final da década de
70, trouxe de volta um pouco dessa energia que estava sendo esquecida pelas
bandas de rock progressivo e afins.
RtM: Poderiam citar algumas influências?
AT: Algumas influências em comum entre todos da banda: Ramones,
Buddy Holly and the Crickets, The Meteors, Cramps, Ritchie Valens, Undertones,
Gene Vincente, Eddie Cochran, Johnny Thunders, Los Saicos, Cólera, Restos de
Nada, etc.
Bebemos muito da fonte do Punk
77, rock n’ roll e rockabilly dos anos 50's e psychobilly clássico dos anos
80's.
RtM: Vocês já frequentavam a cena punk e/ou rockabilly antes de
formarem os Asteroides?
AT: Sempre tivemos contato com o punk desde a década de 90. Mas na
época, a pessoa que esteve mais envolvida diretamente foi o Weasel Rocker. Eu,
o Formiga e o Weasel Rocker, antes do Asteroides, tínhamos uma banda de punk
rock chamada Asterix. Também toquei numa banda de hardcore em Guarulhos chamada
Faces da Miséria.
Comecei a frequentar festas
rockabilly em São Paulo no início dos anos 2000. Um cara que nos inseriu nesse
universo foi o Eric von Zipper, que até hoje organiza eventos do gênero em São
Paulo.
RtM: Como vocês encaram a cena hoje? Ainda rolam gigs legais ou
'antigamente era melhor'?
AT: Sou otimista. Eu acredito que a coisa está melhorando. Não dá
para ficar de braços cruzados, apenas no
saudosismo. O punk nos ensinou muito com o lance do "faça você
mesmo", da ajuda mútua e colaboração entre as bandas. Ainda vejo essa
sinceridade no punk. Mas é claro que nada é perfeito.
RtM: E tretas? Por estarem ligados ao punk rock, já rolaram brigas em
gigs ou algo do tipo?
AT: Brigas sempre rolam, desde sempre, não somente no meio punk. Em
balada de sertanejo universitário é o que mais tem. Eu particularmente, sou
contra conflitos entre pessoas da mesma classe social, contra o sectarismo.
Respeito é tudo. Mas sempre evitamos contato e amizades com pessoas
preconceituosas, racistas, homofóbicas, etc.
RtM: E para finalizar: como vocês enxergam a cena do rock (em geral)
hoje em dia? Há futuro para o rock?
AT: Existem muitas bandas, músicos excelentes, arregaçando as mangas
e fazendo a coisa acontecer. Basta sair um pouco da internet e participar, seja
como público, seja tocando. Quem faz arte, com certeza não está na grande
mídia.
Para finalizar, agradecemos a
oportunidade e interesse pela banda. Grande abraço e... Sigam os Asteroides!
Entrevista por: Caius Caesar
Revisão/edição: Renato Sanson
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