O trio Thrasher brasileiro, formado por Prika Amaral, Fernanda Lira e Pitchu Ferraz chega ao seu full-lenght, "Agony", mostrando evolução e composições mais maduras, e embora menos cru, não perde a agressividade e pegada demonstrada no debut "Victim of Yourself", e com este álbum e mais as apresentações fora do país, essas garotas conquistaram um status elogiável, sendo citadas por diversas publicações como um dos principais nomes do Metal vindo do Brasil, pois além de Angra, Sepultura e Krisiun, mesmo tendo algumas outras bandas que tiveram algum êxito, não vejo outra que tenha tido um momento como o Nervosa está tendo, lançando já o segundo trabalho pela gravadora austríaca Napalm Records (e disponibilizado no Brasil pela Shinigami Records).
A honestidade e crueza do Nervosa, aquela pegada do primeiro trabalho, evoluiu em composições melhor acabadas, mas mantém a fúria, com aquelas influências que passam pelas bandas Norte Americanas como Slayer, e a escola alemã de Sodom e Kreator. O Thrash Metal é o estilo do Nervosa, mas traços de Death Metal ainda são encontrados, embora em menor escala do que no início da banda, e agora nuances mais Metal Tradicional estão presentes, além de algumas outras surpresas e características do Thrash mais moderno também aparecem, mas nada "polido" ou "modernoso" demais que descaracterize o bom e agressivo Thrash de raiz.
As meninas descem a mão, com Fernanda Lira soltando os demônios, atacando seu baixo com fúria e vocalizações ferozes, mostrando ainda mais desenvoltura, formando com Pitchu uma cozinha pesada e agressiva, e juntando-se à rifferama de Prika, o trio mostra uma unidade cada vez mais sólida.
São 12 faixas, e "Arrogance" e "Intolerance Means War" e "Hypocrisy" talvez estejam um patamar acima das demais, porque trazem alguns dos melhores riffs do álbum, aquelas mudanças de ritmo tradicionais, e uma pegada que remete imediatamente aos grande nomes do Thrash, trazem de volta aquela sensação que tínhamos ao ouvir álbuns de bandas como Slayer ou Kreator lá nos anos 80, quando demonstravam uma vontade, uma energia inesgotável e uma capacidade de produzir riffs e mais riffs empolgantes. O nível é muito bom no geral, alternando faixas que trazem mais variações rítmicas, com outras mais velozes e alguns elementos que se somam ao Thrash, o que não deixa que você perca o interesse no álbum, como acontece em muitos casos em que as estruturas das músicas se parecem demais.
Destaco ainda "Deception", que beira o Death Metal, e com mudanças de ritmo, que embora bem tradicionais ao gênero Thrash/Death, empolgam pela pegada e honestidade que transpiram, "Guerra Santa", cantada em português, que me lembra algo do Ratos de Porão, e o bônus, que é bem surpreendente, "Wayfarer", que deve ter sido colocada dessa forma, por arriscar algo mais Rock and Roll e bluesy/soul nos vocais. Ficou bem legal mesmo. Com certeza, no próximo trabalho estarão ainda mais à vontade para arriscar.
Destaco ainda "Deception", que beira o Death Metal, e com mudanças de ritmo, que embora bem tradicionais ao gênero Thrash/Death, empolgam pela pegada e honestidade que transpiram, "Guerra Santa", cantada em português, que me lembra algo do Ratos de Porão, e o bônus, que é bem surpreendente, "Wayfarer", que deve ter sido colocada dessa forma, por arriscar algo mais Rock and Roll e bluesy/soul nos vocais. Ficou bem legal mesmo. Com certeza, no próximo trabalho estarão ainda mais à vontade para arriscar.
Tem caminho pela frente ainda, mas
os resultados até aqui são muito positivos, muito promissores, e se a banda
continuar focada, e buscando evolução, a exemplo deste segundo e muito bom álbum, o Nervosa vai conquistar ainda muito mais. O
futuro é muito animador, e pode abrir portas para mais grupos aqui do Brasil. Para finalizar, parodio as palavras do Schmier (Destruction), quando comentou sobre o primeiro álbum do Nervosa: "Tem tudo que um álbum de Thrash tem que ter.".
Texto: Carlos Garcia
Revisão: V. Furnier
Informações da Banda/Álbum:
Banda: Nervosa
Álbum: "Agony" 2015
País: Brasil
Estilo: Thrash Metal, Death/Thrash
Produção: Brendan Duffey
Mixagem e Masterização: Andy Classen
Selo: Napalm Records/Shinigami Records
Adquira o álbum na Shinigami
Line-Up:
Fernanda Lira: Baixo e Vocais
Pitchu Ferraz: Bateria
Prika Amaral: Guitarras
Track List:
Arrogance
Theory of Conspiracy
Deception
Intolerance Means War
Guerra Santa
Failed System
Hostages (clique no link e assista ao vídeo)
Surrounded By Serpents
Cyberwar
Hypocrisy
Devastation
Wayfarer
Saiba Mais Sobre a Banda:
Site Oficial
Facebook
Contacts: nervosathrash@gmail.com
Texto: Carlos Garcia
Revisão: V. Furnier
Informações da Banda/Álbum:
Banda: Nervosa
Álbum: "Agony" 2015
País: Brasil
Estilo: Thrash Metal, Death/Thrash
Produção: Brendan Duffey
Mixagem e Masterização: Andy Classen
Selo: Napalm Records/Shinigami Records
Adquira o álbum na Shinigami
Line-Up:
Fernanda Lira: Baixo e Vocais
Pitchu Ferraz: Bateria
Prika Amaral: Guitarras
Track List:
Arrogance
Theory of Conspiracy
Deception
Intolerance Means War
Guerra Santa
Failed System
Hostages (clique no link e assista ao vídeo)
Surrounded By Serpents
Cyberwar
Hypocrisy
Devastation
Wayfarer
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Contacts: nervosathrash@gmail.com
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