Com sua sonoridade cativante, trazendo as influências do que era feito a partir da metade dos anos 70 e na década de 80, os suecos colocam no seu caldeirão musical o Classic Rock, AOR, Progressivo e até Disco, Black Music e Pop Rock. Em "SWAE" eles praticamente seguem a mesma fórmula bem sucedida do álbum anterior, onde parecem ter encontrado o balanço perfeito para sua sonoridade.
Há algumas diferenças, já que neste novo disco as composições estão, digamos, um pouco mais leves e ainda mais pegajosas. Destaque para a dupla fundadora, Björn Strid, que se mostrou um grande vocalista no estilo, e David Andersson, sendo que este compôs a grande maioria do material.
Há algumas diferenças, já que neste novo disco as composições estão, digamos, um pouco mais leves e ainda mais pegajosas. Destaque para a dupla fundadora, Björn Strid, que se mostrou um grande vocalista no estilo, e David Andersson, sendo que este compôs a grande maioria do material.
São 12 faixas e mais uma bônus track nesta edição nacional, todas repletas de melodias e refrãos grudentos e irresistíveis. Os backing vocals femininos, adicionados desde o álbum anterior, tornaram-se parte essencial. Os teclados com arranjos orquestrais e melodias pop e dançantes estão mais presentes também, como já podemos perceber na vibrante abertura com "This Time", que tem um comecinho que lembra a abertura de "Space Truckin'". "Turn to Miami" tem um refrão pra lá de grudento, mesclando o AOR com batida dançante; as influências da Disco aparecem bem nítidas em "Paralyzed", que é coberta de suingue. É simplesmente tudo muito legal!
São vários hits instantâneos, como as duas primeiras faixas, já citadas acima, e algumas outras que também se sobressaem, ressaltando que é um álbum que dá vontade de ouvir sem pular nenhuma, mas preciso destacar "Lovers in the Rain", Melodic Rock absolutamente contagiante, com grande potencial "radiofônico', e além dela, as também ótimas "Can't Be That Bad", "Barcelona" e a progressiva "Last of the Independet Romantics", que tem uma certa veia de Kansas. Realmente, eles encontraram o ponto perfeito, e possuem talento inegável para forjar excelentes melodias, e fazem com criatividade e entusiasmo.
Encerrando esta matéria, transcrevo aqui trecho da entrevista de David Andersson para o Decibel Magazine, onde ele, entre outras coisas, falou sobre o conceito dos dois últimos álbuns (que seriam uma espécie de Sci-Fi Feminist Space Opera), e também sobre algo bem preocupante na sociedade atual, que inclusive estamos vivenciando aqui no Brasil, que é a intolerância. Confira abaixo:
São vários hits instantâneos, como as duas primeiras faixas, já citadas acima, e algumas outras que também se sobressaem, ressaltando que é um álbum que dá vontade de ouvir sem pular nenhuma, mas preciso destacar "Lovers in the Rain", Melodic Rock absolutamente contagiante, com grande potencial "radiofônico', e além dela, as também ótimas "Can't Be That Bad", "Barcelona" e a progressiva "Last of the Independet Romantics", que tem uma certa veia de Kansas. Realmente, eles encontraram o ponto perfeito, e possuem talento inegável para forjar excelentes melodias, e fazem com criatividade e entusiasmo.
Encerrando esta matéria, transcrevo aqui trecho da entrevista de David Andersson para o Decibel Magazine, onde ele, entre outras coisas, falou sobre o conceito dos dois últimos álbuns (que seriam uma espécie de Sci-Fi Feminist Space Opera), e também sobre algo bem preocupante na sociedade atual, que inclusive estamos vivenciando aqui no Brasil, que é a intolerância. Confira abaixo:
"Há um conceito por trás de Amber
Galactic e Sometimes the World Ain’t Enough”, que é uma ópera espacial com uma
agenda feminista. Eu sempre sonhei em fazer álbuns baseados no espaço e ficção
científica, e mesmo que não seja um álbum conceitual no verdadeiro sentido da
palavra, é baseado em um conceito ideológico com sci-fi e conotações futuristas.
Eu sempre acreditei que as
mulheres são um gênero superior e espero que, eventualmente, elas, juntamente
com a comunidade HBTQ (também conhecida como LGBT), sejam as líderes do mundo.
O livro The Spirit Level, de Wilkinson and Pickett, de 2009, onde mostram
estudos bastante convincentes sobre como os níveis de igualdade em uma
sociedade são um fator preditivo independente quando se trata de como a
sociedade prospera em vários níveis, meio que confirmou o que eu suspeitava há
muito tempo.
David Andersson |
E se você olhar para universidades na Suécia e em muitos outros
lugares, hoje em dia há uma maioria de mulheres nos programas de alto status,
como direito, medicina, etc. Ao mesmo tempo, há forças poderosas no mundo
atualmente que querem regressar a um paradigma masculino heterossexual branco,
muito conservador e intolerante."
Extremamente cativante e bem feito, a banda transforma sua influências e inspirações em uma sonoridade bem própria. O mundo talvez não seja o bastante, mas eles já merecem pelo menos uma boa fatia dele!
Texto: Carlos Garcia
Ficha Técnica:
Banda: The Night Flight Orchestra
Álbum: "Sometimes the World Ain't Enough" (2018)
País: Suécia
Estilo: Classic Rock/Melodic Rock
Produção: The Night Flight Orchestra
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records
Adquira o álbum na Shinigami
Line-up:
Björn Strid – Vocal
Sharlee D’Angelo – Baixo
David Andersson – Guitarra
Richard Larsson – Teclado
Jonas Källsbäck – Bateria
Sebastian Forslund – Guitarra,
Percussão
Anna-Mia Bonde – Backing Vocals
Anna Brygård – Backing Vocals
Tracklist:
01. This Time
02. Turn To Miami
03. Paralyzed
04. Sometimes The World Ain't Enough
05. Moments Of Thunder
06. Speedwagon
07. Lovers In The Rain
08. Can't Be That Bad
09. Pretty Thing Closing In
10. Barcelona
11. Winged And Serpentine
12. The Last Of The Independent Romantics
13. Marjorie (bônus track)
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