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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Clássicos Brasil: "Blemished Redemption" - Um Divisor de Águas no Death Metal Nacional

Álbum é um marco no Death Metal nacional

Já fazem quase 7 anos que o Metal extremo nacional ganhou uma obra prima gravada pela horda gaúcha Mental Horror. “Blemished Redemption” não é apenas um CD de Death Metal e sim um divisor de águas, isso porque em poucos casos é possível ver uma banda sendo extrema, mas incorporando elementos do Metal tradicional,:riffs brutais e memoráveis, um trabalho que a cada audição é imperativo o rótulo de clássico.

Atente primeiramente a capa e ao encarte. A arte de Marcos Miller é um primor. O uso das cores, os detalhes da cidade sendo destruída são impressionantes. Já ganha o respeito dos bangers pela capa e já te prepara para o apocalipse que vai comer solto.

A formação da banda na época contava com Adriano Martini (guitarra e  vocal, ou melhor dizendo, urros), Marcos Seixas (guitarras),  César China (baixo) e Sandro Moreira (bateria). Aqui vale um adendo: acompanho a carreira do Mental Horror há algum tempo e na época fiquei meio receoso com a saída de Robles Dresh, pois a velocidade que ele colocava na batera da banda era impressionante, porém após o anúncio da entrada de Sandro fiquei mais tranquilo, pois conhecia bem o trabalho desse monstro das baquetas, afinal de contas, ele tocou no não menos bestial Rebaelliun.

Banda é uma das atrações da nona edição do Obscure Faith Festival em Santa Maria/RS (12/01/13)

Time completo, é hora de gravar e, como disse acima, já acompanhava a obra do Mental através de trabalhos como “Abyss of Hypocrisy” e “Proclaiming Vengeance”, mas o que eles fizeram aqui é um absurdo. Poucas vezes pudemos conferir a evolução de uma banda de forma tão gradativa.

Claro que o que você encontra aqui é Death Metal com influências de Nile, Morbid Angel, Krisiun, mas o mais legal são os riffs vindos diretamente do Metal Tradicional, bem naquela veia anos 80, lado a lado de blast beats bem encaixados, ou seja, um massacre.

A arte externa completa; imagens refletem o massacre sonoro do álbum

É até uma heresia apontar destaques, mas “Observe the Martyr”, com um toque de Slayer nas suas guitarras, “Setra Achra", que já tem uma pegada de Metal tradicional no meio da música e depois desaba para a brutalidade, assim como a desgraçada “Haunted” e “God of the Pest and Flies", que tem  a participação de Sebastian Suarez (ex-Karkadam). Além das presenças de Leonardo Schneider (ex-vocalista da Decimator) na faixa “Denying the Scars".

Ao final temos a faixa “Outro” com uma viagem na guitarra que cria uma calmaria após a tempestade. Assim, é logo tempo de correr para colocar o CD para repetir e preparar o pescoço. 

Sem dúvida um marco que ao lado de álbuns como “Ageless Venomous” (Krisiun) coloca o Brasil no pódio de bandas do Death Metal mundial.

Texto: Harley
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda:  Mental Horror
Álbum: Blemished Redemption
Ano: 2006
País: Brasil
Tipo: Death Metal

Formação
Adriano Martini (Vocal/Guitarra)
Marcos Seixas (Guitarras)
Cesar Meireles (Baixo)
Sandro Moreira (Bateria)

Tracklist
1. Observe the Martyr
2. Denying the Scars
3. Haunted
4. Tears of God
5. Sentenced to Believe
6. God of the Pest and Flies
7. Setra Achra
8. I Walk for Eternity
9. Corrupting the Immaculate
10. Enuma Elish
11. Outro

Acesse e conheça mais sobre a banda


Evento conta com apoio Road to Metal

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Clássicos Brasil: “VIDA The Play Of Change" - Se Você Olha Dentro do Abismo Ele Olhará Dentro de Você

Um dos maiores clássicos do Metal brasileiro



Logo após o impressionante “Images From The Shady Gallery" (1998), o Imago Mortis provava que não existem barreiras na sua sonoridade e principalmente na sua capacidade criativa, o que dava um verdadeiro nó na cabeça de quem tentava rotular a sonoridade do grupo. Porém, o ápice ainda estava por vir...
Em 2002 da formação original contavam apenas Fabio Barreto (Baixo e Backing Vocal) e Fabricio Lopes (Guitarra e Backing Vocal), sendo que foram recrutados Alex Guimarães (Teclado, Órgão, Hammond e Backing Vocal), André Delacroix (Bateria) e o impressionante vocalista Alex Voorhees (ex-Dust From Misery), com o time completo estava tudo pronto para a obra prima “Vida The Play Of Chance” (2002).

Um dos grandes nomes da cena carioca de todos os tempos
Poucas vezes um trabalho apresentou tanta consistência no Metal nacional até aquela data, isso porque o Imago não gravou apenas mais um CD e sim um verdadeiro tratado acerca da Vida e da Morte, levando o ouvinte a uma experiência extra sensorial, já que ouvir o CD e acompanhar as letra é uma sensação inesquecível para quem se habilita a tal experiência.
A temática envolve o fato de um personagem (Me) que está sofrendo de uma doença terminal e incurável chamada Vida, na primeira faixa “Long River” você descobre que o personagem está em uma ambulância a caminho do hospital e o seu contato com Caronte (o barqueiro do Inferno) é um presságio para o descanso eterno, por isso o personagem irá passar pelas cinco etapas que antecedem a morte: Negação, Raiva, Barganha, Depressão e Aceitação. Para conseguir sintetizar esses estudos a banda teve contato com pacientes terminais e através do relato deles que a história foi se traçando.
Mas é evidente que não importaria ter uma temática tão rica se a música em si não acompanhasse e é ai que o Imago Mortis se destaca porque as composições caminham lado a lado da sonoridade, ou seja, as variações instrumentais ocorrem de acordo com o sentimento que o personagem está vivendo como no momento de redenção (“Me and God”) ou nos momentos de raiva (“Pain”), onde não posso deixar de mencionar que Alex rouba a cena com seus vocais extremamente agressivos, lembrando muito as bandas inglesas de Death/Doom Metal. Além desses estilos a banda apresenta flertes com o Hard Rock, Prog Metal e até mesmo Metal Melódico, mostrando mais uma vez a versatilidade de todos os músicos.

Banda está de volta à ativa 
Fechando o trabalho vem duas musicas que merecem uma atenção em especial: “Unchained Prometheus”, uma faixa instrumental que representa o enterro do personagem e “Saudade”, uma faixa cantada em português que não poderia ter outro nome, pois o lirismo da mesma é de uma qualidade ímpar.
Se tudo isso não te convencer a ter esse material vale ainda dizer que “Vida” contém uma faixa interativa “O Jogo da Mudança”, na realidade um jogo, onde uma junção de I Ching com as letras das músicas permitem o ouvinte mudar a história apresentada no CD.
Após esse lançamento, Imago viria com “Trascedental” (2006) que apresenta uma banda ainda mais evoluída e criando seu próprio estilo, mas o estrago já estava feito e o grupo carioca marcaria seu nome no Metal nacional. Não deixe de ouvir o quanto antes, afinal de contas, a vida é uma doença terminal. 
Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Durante o show da volta, em 2011
Ficha Técnica
Banda: Imago Mortis
Álbum: Vida The Play Of Change
Ano: 2002
País: Brasil
Tipo: Doom/ Heavy Metal/Hard
Gravadora/selo: Die Hard 

Formação
Alex Voorhees (Vocal)
Fabrício Lopes (Guitarra e Backing vocal)
Fabio Bareto (Baixo e Backing vocal)
Alex Guimarães (Teclado, Órgão, e Backing Vocal)
André Delacroix (Bateria)

Tracklist
1) Long River
2) Central Hospital
3) Three Parchae
4)Pain
5) Envy
6) Me And God
7) The Silent King
8) Insomnia
9) Terminal Christ
10) Unchained Prometheus
11) Saudade


Links

Leia entrevista exclusiva com Alex Voorhees clicando aqui.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Clássicos Brasil: Libertae (Spartacus) - Qualidade e Profissionalismo

Spartacus é uma das bandas mais antigas ainda na ativa no Rio Grande do Sul
Uma das bandas mais respeitadas do underground gaúcho está prestes a lançar seu novo álbum, com previsão para sair neste ano de 2012, mas enquanto o disco não sai, vamos falar então do primeiro lançamento destes gigantes da Spartacus, que já tiveram como baterista o “polvo” Aquiles Priester (Hangar) no inicio dos anos 90.

A Spartacus é com certeza uma das bandas mais antigas da cena Metal do Rio Grande Do Sul. Iniciou suas atividades nos anos 80, mas foi lançar seu primeiro álbum somente em 2004, o excelente “Libertae” que trás a tona o clima oitentista que a banda nunca deixou de lado, aliado a um Heavy Metal tradicional com letras em português que podem ser consideradas grandes poesias, tamanha a beleza do enredo.

Nesta época a Spartacus contava com a seguinte formação: Marco Di Martino (baixo), Marco Canto (vocal), Victor Petroscki (guitarra) e Erick Lisboa (bateria), com esta formação estabilizada lançaram o disco “Libertae” que teve ótima aceitação tanto entre público quanto em critica. (Os únicos membros que permanecem na banda até os dias de hoje são o fundador Marco Di Martino, e o vocalista Marco Canto).

E o fato de as 10 composições serem cantadas em nossa língua mãe se torna um atrativo a mais tamanha a qualidade das letras e dos temas abordados, dando de fato um tapa na cara da sociedade e em toda a forma de monopólio da vida humana. Comprove isso em “A Máscara” e “Seguidores da Eternidade” com letras fortes que te dizem a verdade em uma forma literária, aliada ao peso dos riffs junto com a cozinha que esbanjam competência.

Destaque também para a poderosa “Depois da Tormenta” com instrumental pesado e denso com o peso tomando conta, grandes solos de guitarra e Marco Canto mostrando todo o seu poder vocal. E “Príncipes da Grande Falácia” mostrando o lado mais épico do Heavy Metal tradicional.

10 composições que merecem serem ouvidas com toda atenção, pois ouvir uma vez só se torna impossível, tamanha a qualidade musical que este grupo esbanja e continua esbanjando depois de mais de duas décadas de existência.

Agora é aguardar e torcer que o próximo álbum saia logo.

Texto: Renato Sanson
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Spartacus
Álbum: Libertae
Ano: 2004
País: Brasil
Tipo: Heavy Metal
Gravadora: Independente

Formação
Marco Canto (Vocal)
Victor Petroscki (Guitarra)
Marco Di Martino (Baixo & Letrista)
Erick Lisboa (Bateria)




Tracklist
01. A Máscara
02. Seguidores da Eternidade
03. Depois Da Tormenta
04. Quando A Chama Faz Arder
05. Por Que Deveria Saber
06. O Segredo da Dor
07. Príncipes da Grande Falácia
08. Libertae
09. Luz
10. No Sul da América Antártida

Acesse e conheça mais sobre a banda

domingo, 27 de novembro de 2011

Clássicos do Brasil: “Smile” (Leviaethan) – Um Clássico à Frente de Seu Tempo

Banda liderada por Flávio (em destaque) é um marco da cena gaúcha

Seria impossível falar de álbuns clássicos de Metal do Brasil e não lembrar desse que marcou época no underground nacional. Estamos falando de “Smile” (1990) da banda gaúcha Leviaethan, um álbum que mudaria a história do cenário gaúcho.

Nascida em 1983, uma das bandas mais respeitadas do Brasil, fundada por Flávio Soares (vocal e baixo), o Leviaethan participou logo no seu início da coletânea Rock Garagem com “Guerreiros Das Rua”, música que teve bastante repercussão e levou o nome da banda a percorrer os becos de Porto Alegre.

Após esta boa recepção dos bangers à música lançada na coletânea, o Leviaethan entra em estúdio para gravar sua primeira demo “Thrash Your Brain”, levando de vez a banda a ficar conhecida no meio underground pelo seu Thrash rápido e agressivo, influenciado por bandas como Exodus, Testament, Venom e Motorhead (por ironia do destino, atualmente Flávio Soares tem uma banda tributo ao Motorhead chamada Iron First RS).

Capa do disco de estreia da Leviaethan

Após algumas mudanças de formação, somente em 1989 se estabilizam com os seguintes membros: Flávio Soares (baixo e vocal), Danillo Pizzato (bateria), Carlos “Lots” Henrique e Alexandre Colletti (guitarras) e entram em estúdio para gravar seu primeiro álbum - “Smile” - que foi lançado no segundo semestre de 1990 pela Rock Brigade Records. Então o estrago estava feito: “Smile” é lançado e realmente mexeu com a cena, pois o que ouvimos no álbum é um Thrash Metal maduro, técnico e agressivo, deixando muitos espantados: como quatro jovens malucos por som pesado conseguiram fazer tamanha proeza?

Pois bem, ao ouvir o álbum podemos constatar como conseguiram, porque o que se ouve não é apenas música, mas sim uma paixão pelo que se faz transparecendo cada sentimento de brutalidade em cada faixa.

De cara o álbum abre com “The Last Supper”, mostrando muito feeling e técnica deste quarteto e é notória a influência de bandas como Exodus e Testament, principalmente nas vociferações de Flávio. Esta faixa em especial tem um solo surpreendente com um arpejo que surge do nada surpreendendo o ouvinte e sem contar os riffs que essa dupla dispara, e a cozinha não fica pra trás, o baixo de Flávio marcante e dando ainda mais peso à música e Danilo segurando muito bem as pontas na bateria.

Os garotos da Leviaethan no início da carreira nos anos 80

“Live Free Or Die” vem para fazer os ouvidos sangrarem, com um início mais cadenciado e quebrado, logo cai em uma riffarama sem fim, com Danilo dando um show na bateria, um refrão que gruda na cabeça, pois mesmo sendo de uma agressividade tamanha, a banda sabia onde colocar seus toques de melodia.

“AIDS” começa mais cadenciada e mórbida, mas isso é só os primeiros 30 segundos, depois cai no Thrash Metal característico, mas com um pouco mais de cadencia fazendo o banger perder o pescoço.

Para quebrar pescoço de vez, “Echoes From The Past” com um riff fenomenal que marca a música até o seu final, um refrão característico e grudento, que fica no seu cérebro por semanas. “Bred To Die” dispensaria qualquer comentário: técnica, rápida, pesada e perfeita! Um dos melhores sons do play com riffs intrincados e uma bateria marcante acompanhado do baixo de Flávio que segue de perto as batidas.

“Pilgrimage To Insanity” com certeza a faixa mais agressiva do play lembrando muito o Thrash praticado pelo Exodus, com uma violência descontrolada, fazendo você quebrar tudo ao seu redor. Flávio soltando vociferações mais que agressivas e Danilo esmurrando a bateria sem dó, sem contar na variação rítmica desta faixa que é de cair o queixo e os riffs e solos altamente técnicos da dupla Carlos “Lots” e Alexandre Colletti.

Ao meio a essa brutalidade o Leviaethan faz uma versão bem-humorada para um clássico infantil Pimponeta que com um toque da Leviaethan se tornou “Pimponetta”. Exatamente com 1 minuto de duração, faz abrir muitas rodas em seus shows devido à velocidade em que é tocada.

Agora um momento em especial: a faixa que fecha o disco, a que pra mim é a melhor música do play sem dúvidas... Estamos falando da épica “Spanish Blood” com seus mais de 7 minutos. Muitas variações e a banda ousando e utilizando vários elementos da música espanhola, levando o ouvinte a uma viagem inesquecível! O que temos aqui são violões, riffs na velocidade da luz, baixo pesado, variado e uma bateria massacrante, sem contar as mudanças rítmicas que acontecem no decorrer do som.

Eis aí mais uma banda que figura entre os grandes no Brasil, mesmo tendo somente dois álbuns lançados, o respeito e admiração que a cena tem pela Leviaethan é fantástico e para alegria dos fãs “Smile” será lançado em CD ainda neste ano de 2011, contando com metade da demo “Thrash Your Brain” de bônus.

Enfim, um grande nome que merece todo nosso respeito e admiração.

Para os mais desinformados o Leviaethan continua na ativa, único remanescente desta formação é o guerreiro e fundador Flávio Soares. Os mesmos seguem por todo Brasil fazendo shows e mais shows, divulgando a cena e apoiando para que todos sejam grandes, um pensamento coletivo que todas as bandas grandes e pequenas deveriam adotar.


Texto: Renato Sanson

Revisão/edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Leviaethan

Álbum: Smile

Ano: 1990

País: Brasil

Tipo: Thrash Metal

Selo: Rock Brigade Records


Formação

Flávio Soares (Vocal e Baixo)

Danilo Pizzato (Bateria)

Carlos "Lots" Henrique (Guitarra)

Alexandre Colletti (Guitarra)


Tracklist

01 - The Last Supper

02 - Live Free Or Die

03 – AIDS

04 - Bred To Die

05 - Echoes From The Past

06 - Pilgrimage To Insanity

07 – Pimponetta

08 - Spanish Blood


Acesse e conheça mais sobre a banda:

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Clássicos Brasil: “Jewel Box” - Uma Jóia Ainda Pouco Conhecida


Em tempos que parece que a música vai se tornando cada vez mais plástica, sem emoção e se aproximando perigosamente dos simples bussines, é uma luz no fim do túnel bandas que honram suas raízes e fazem um som de responsa, que bebe nas boas fontes, mas mesmo assim conseguem criar um trabalho deveras original e muito bom. Por isso mesmo “Jewel Box” já é um clássico.

Formado em 91 em Apiaí/SP, a banda Kappa Crucis é composta por F. Dória (bateria e vocal), G. Fischer (vocal e guitarra), R. Tramontin (baixo) e A. Stefanovitch (teclados) e está na batalha a bastante tempo, mas nunca se renderam ao comercialismo, pelo contrário, nadando contra a maré seu som lembra as grandes bandas dos anos 70 e 80 pegando tudo de bom que formações como Deep Purple, Uriah Heep, Led Zepellin, Thin Lizzy, Lynyrd Skynyrd ofereceram ao mundo e colocando um toque pessoal e altas doses de bom gosto.


Se você gosta do velho e clássico Heavy Rock, não apenas pode conferir sem medo, mas deve!

Sabe aquele tipo de som que faz você viajar? Pois é exatamente essa sensação que temos, já que os músicos são virtuosos, mas não ficam em disputa para ver quem toca mais notas por segundo. O som é feito por quem conhece e toca com emoção,”apenas” isso.

O CD abre com a pulsante “Back to the Water’, e essa faixa ao lado de “A New Seed” deveriam vir com uma proibição de ser ouvida ao volante, porque mesmo sem perceber você meteria o pé no acelerador...

Já em faixas como "Parallel Lines", "Handcuffs" ou "Judgement” os teclados roubam a cena, lembrando muito o mestre Jon Lord (ex-Deep Purple), além de leves pitadas de Prog Metal que trazem um tempero todo especial para o CD.

Vale destacar também o belo timbre de voz de G. Fischer, mas arrisco dizer que a jóia principal dessa caixa (com perdão do trocadilho) é a faixa “Son of The Moonlight”, a balada do CD. O leitor do Road deve ter pensado “Harley, seu desgraçado, elogiando uma balada?!”. É, mas aqui não é uma simples música feita para menininhas, é uma canção com uma carga de emoções que arrepia e o melhor: acabou o CD e eu estava cantando essa melodia que não saiu da minha cabeça até agora.

Esse é um trabalho que consegue uma verdadeira proeza: unir o Hard Rock ao Metal mais extremo, tudo em prol da boa música.


Texto: Harley

Revisão/edição: Eduardo Cadore


Ficha Técnica

Banda: Kappa Crucis

Álbum: Jewel Box

Ano: 2009

País: Brasil

Tipo: Hard Rock/Heavy Rock

Selo: Atomic Cellar


Formação
G. Fischer (Vocal e Guitarra)
R. Tramontin (Baixo)
A. Stefanovitch (Teclados)
F. Dória (Bateria e Vocal)


Tracklist

01. Back To The Water
02. Merchant Of Illusions
03. Parallel Lines
04. Faces
05. Son Of The Moonlight
06. Handcuffs
07. Judgement
08. Beyond The Envy Torch
09.
Loadstar
10. A New Seed

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Site oficial
Myspace

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domingo, 31 de julho de 2011

Clássicos Brasil: “Reality In Chaos” (2005) do Heavenfalls - O Poder do Vocal Feminino no Power Metal Nacional

Hoje vocais femininos no Metal são comuns em bandas nacionais como Holiness e Shadowside, porém em 1999 na nossa cena isso era visto como incomum e quando algumas bandas optavam por esse caminho era sempre aquele dueto entre “a bela e a fera”, muito comum no Gothic Metal.

Mas nadando contra a maré, a banda Heavenfalls escala para seu time a vocalista Sabrina Carrión que apresentava à frente da banda vocais fortes que se encaixavam muito bem no Power Metal perpetuado pelos mesmos.


Banda foi grande destaque da cena brasileira na década passada

Com algumas trocas de integrantes, a banda lança o seu primeiro trabalho, um EP intitulado “Winter's Dance”. Continuando sua jornada, em 2002 sai o trabalho “Ethereal Dreams”, um CD com nove faixas que trouxe uma surpresa para os fãs antigos: a participação do ex Heavenfalls Hugo Navia no vocal de “Castles of Illusion” e “And The Heaven Falls”.

Para um álbum de estréia a repercussão foi extremamente positiva, ganhando notas altas em todas as resenhas. Tudo ia muito bem até que há a troca de integrantes, dessa vez sai Daniel White, sendo substituído por Carlos Janarelli (baixo) e Davis Vasconcelos (segundo guitarra, deixou a banda que a partir daí passa a ter uma guitarra só aos comandos do membro fundador Victor Montazão). Entrava, também, o tecladista José Luiz Faulhaber. Unindo forças a Sabrina e André Andrade (bateria).

Troca de integrantes e pressão de um novo trabalho, tudo isso era uma realidade e um caos (ahah, que trocadilho, hein, Harley), pois tudo isso foi crucial para o nascimento de um clássico.

O grande segredo desse trabalho é, em primeiro lugar, o cuidado tanto com a produção, que é muito melhor que os primeiros lançamentos, quanto à parte gráfica e as letras.

Além disso, os caras tiveram a “manha” de misturar uma pegada moderna ao nosso tão adorado Metal dos anos 80, ou seja, massacre para nossos pescoços.

O que você vai encontrar nesse CD é uma boa dosagem de Power, Prog, Thrash extremamente bem intercalado. Toma pancadaria com “No Sorrow”, “Fly High Away” e “Masquerade Down” ou “H.W.L.”.

Em “Through The Ruins” e Self To Self”, um clima meio medieval e melancólico invade o ar e os vocais de Sabrina conseguem mostrar grandes variações, dando um brilho todo especial para a canção, sem abusar dos líricos forçados.

Outra que rouba a cena é “Rising Of A New Soul” que compõem uma trilogia que se inicia com teclados inspirados para depois cair no peso e na melodia, uma verdadeira viagem musical.

Então bangers, lançado em 2005, essa foi uma grande obra do Metal brasileiro e merecedor de todos os elogios.

Infelizmente no Myspace dos caras não achei atualizações e realmente não sei por onde eles andam. Se alguém tiver uma notícia avisa ai e para quem ainda não conhece não perca mais tempo e se renda ao brilhantismo do Heavenfalls.

Texto: Harley

Revisão/Edição: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: Heavenfalls

Álbum: Reality in Chaos

Ano: 2005

Tipo: Power/Heavy Metal

País: Brasil

Selo: Hellion Records


Formação

Sabrina Carrión

Victor Montalvão (guitarra)

Carlos Janarelli (baixo)

José Faulhaber (teclados)

André Andrade (bateria)

Pedro Motta (guitarra)

Tracklist
1. No Sorrow
2. Fly High Away
3. Masquerade Down
4. Through The Ruins
5. H.W.L.
6. Self To Self
7. New Reality
8. Rising Of A New Soul
a) Conception
b) First Breath
c) Growing Again
9.
Awakening
10. Evolution
11. Go Away

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