Mostrando postagens com marcador New Wave of American Metal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador New Wave of American Metal. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Riot V: O Orgulho Nova-iorquino Não Desaponta

 

Fundado em 1975, em Nova Iorque, o Riot, segue firme superando as adversidades, como as trocas de integrantes, mudanças no cenário musical e mais recentemente, em 2012, a morte do guitarrista e fundador Mark Reale. Desde a morte de Reale o grupo adicionou em sua homenagem o número romano "V", sendo "rebatizado" a partir daí como "Riot V". Um grupo que possui uma bagagem considerável, tendo contado em sua fileira com músicos excelentes, como Bobby Rondinelli (Rainbow, Blue Öyster Cult), Bobby Jarzombek (Demons And Wizards, Halford, Fates Warning), John Macaluso (ARK, TNT) e Tony Moore, vocalista na época do maior clássico do Riot, o álbum "ThunderSteel" (1988).

Este "Armor of Light", traz o mesmo line-up de seu antecessor, "Unleashed the Fire" (2014), destacando os vocais de Todd Michael Hall, que encaixaram muito bem na banda. O mascote Johnny mais uma vez aparece na capa, que, diga-se de passagem, essas últimas capas estão bem mais legais que muitas das antigas, que eram bem feiazinhas! Com um Johnny bem esquisito, e agora deu uma melhorada. ha ha!


Mas o principal é falarmos da sonoridade de "Armor of Light", que traz o som clássico do Riot revigorado e atual. Aquele "Speed" Heavy Metal recheado de riffs e duelos das guitarras, vocais altos e poderosos. Metal Clássico, com traços da NWOBHM e do  "American Metal", que sempre soou um pouco mais rápido e agressivo que o Metal europeu.

A abertura com "Victory" já escancara o Metal Clássico e veloz dos nova-iorquinos, trazendo também uma veia bem NWOBHM, com um refrão bem tradicional e marcante. "End of the World" e "Messiah" seguem por essa mesma linha, mas também temos momentos mais Hard Rock e com groove, como em "Burn the Daylight".

Entre uma ou utra faixa abaixo das demais, temos "Angel's Thunder, Devil's Rage", que com suas bases cavalgadas remete à NWOBHM, e não dá pra não destacar uma canção que tem frases como "Heavy Metal runs through my veins"; a excelente "Heart of a Lion", que discorre sobre a histórica figura do Rei Ricardo Coração de Leão, traz uma grande performance de Todd e refrão épico. O instrumental é veloz e de muita técnica, onde podemos destacar também a performance das guitarras. E ainda destaco a faixa título, "Armor of Light", naquela linha Speed Metal clássica e melodiosa, e a regravação encorpada para o clássico "ThunderSteel".


A edição nacional traz ainda CD bônus com o show ao vivo do Riot V no festival "Keep it True", na Alemanha, em 2015, onde a banda, em uma performance empolgante, desfila vários clássicos e músicas mais recentes. 

O orgulho do Metal nova-iorquino segue firme, e não decepcionará os fãs ou o ouvinte amante da sonoridade do American Metal Clássico e da NWOBHM. Um lançamento cheio de bons motivos para aquisição, valorizado por excelentes momentos e também pelo CD bônus.

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Riot V
Álbum: "Armor of Light" (2018)
Estilo: Heavy Metal, Speed Metal
País: EUA
Produção: Chris Collier (Metal Church, Flotsam And Jetsam entre outros)
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records

Adquira o álbum no site da gravadora
Facebook Riot V

Line-up:
Todd Michael Hall: Vocais
Don Van Stavern: Baixo
Mike Flyntz: Guitarras
Nick Lee: Guitarras
Frank Gilchriest: Bateria

CD1

2. End Of The World
3. Messiah
4. Angel’s Thunder, Devil’s Reign
5. Burn The Daylight
6. Heart Of A Lion
7. Armor Of Light
8. Set The World Alight
9. San Antonio
10. Caught In The Witches Eye
11. Ready To Shine
12. Raining Fire
13. Unbelief
14. Thundersteel (2018 version)

          

CD 2 (Live at Keep It True Festival 2015)

1. Ride Hard Live Free (live)
2. Fight Or Fall (live)
3. On Your Knees (live)
4. Johnny’s Back (live)
5. Metal Warrior (live)
6. Wings Are For Angels (live)
7. Sign Of The Crimson Storm (live)
8. Bloodstreets (live)
9. Take Me Back (live)
10. Warrior (live)
11. Road Racin’ (live)

12. Swords And Tequila (live)
13. ThunderSteel (live) 


       


       


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Lamb of God: A Essência do Pure American Metal

Norte americanos atacam com disco pesado e agressivo


A imprensa Metal mundial tem uma tendência natural de criar rótulos e períodos para catalogar a música pesada em geral, isso de certa forma é até benéfico, pois facilita aos fãs a identificarem o seu estilo favorito.

Vindo nessa premissa, podemos dizer que o Lamb Of God foi um dos baluartes do NWOAM (New Wave of American Metal - Nova Onda do Metal Americano, não confundir com o New Metal de grupos como Korn). Sendo que  faziam parte dessa nova tendência ainda o Machine Head (com o destruidor “Burn My Eyes” de 1994) e o Trivium.

Com mais de uma década nas costas, esses grupos foram responsáveis por conseguir atrair um pouco mais a atenção da mídia para a música pesada nos EUA (conhecido por seus modismos) e por mais que tenham tido alguns deslizes nas suas carreira, todos lançaram trabalhos consistentes e muito pesados, vide o Trivium com o  seu “In Waves” (2011) e Machine Head com “Unto the Locust” (2011) e agora chegou a vez do grupo liderado por Randy Blythe com “Resolution” (2012).

Ao lado de Trivium e Machine Head, Lamb of God tem se destacado no cenário norte-americano


Desde a época que se chamava Burning the Priest, o Lamb Of God sempre foi um grupo difícil de se rotular. No começo da carreira lembrava muito o Pantera (influência positiva que mantém até hoje), em trabalhos posteriores teve flertes com o Metalcore, Metal Industrial, Death Metal e principalmente o Thrash, sendo que para resumir todas essas influências os caras criaram seu estilo próprio, aquele que aparece lá no titulo dessa matéria.

Agora com seu sétimo trabalho, o grupo formado por Randy Blythe (vocal), Willie Adler (guitarra), Mark Morton (guitarra), John Campbell (baixo) e Chris Adler (bateria) decidiu incrementar ainda mais essa mistura trazendo para os fãs um trabalho que dá gosto de ouvir, parecendo mesmo um Best Of com tudo que os Cordeiros de Deus fizeram de bom em sua carreira.

Então se você quer matar as saudades do tempo do Pantera, ouça “Ghost Walking” e “Guilty”. O lado mais industrial está presente com faixas como “Straight From the Sun”, agora se procura velocidade e pancadaria em forma de música, não deixe de ouvir “The Undertow” e “Desolation”.

Mas é claro que toda banda procura sempre evoluir e um lado experimental aparece na última faixa do trabalho, “King Me”, onde a banda ousa e se dá bem acrescentando uma orquestra e vocais femininos e o mais interessante que nada disso parece forçado, mostrando apenas o processo de evolução natural dos músicos e deixando o ouvinte ao final da audição extasiado.

Nadando contra a maré da sua terra natal, o LOG mantém a fidelidade ao seu estilo mandando um grande dedo do meio para as modinhas da indústria da música.

Ah, eu ia esquecendo: Randy Blythe para presidente dos EUA... Não entendeu?? Veja o vídeo aqui.

Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Lamb Of God
Álbum: Resolution
Ano: 2012
País: EUA 
Selo: Roadrunner

Formação
Randy Blythe (Vocal)
Willie Adler (Guitarra)
Mark Morton (Guitarra)
John Campbel (Baixo)
Chris Adler (Bateria)





Acesse e conheça mais sobre a banda


Assista ao vídeo "Ghost Waliking"