domingo, 7 de março de 2010

E O Metallica Esteve Por Aqui...


O ano de 2010, à exemplo de 2008 (quando o Iron Maiden voltou à Porto Alegre), ficará para sempre marcado pela passagem de um dos, senão o maior, grupo de Heavy Metal da história: Metallica.

A banda esteve no final de janeiro em São Paulo (com dois shows) e Porto Alegre (show que abriu a passagem deles no Brasil), apresentando a World Magnetic Tour 2009-2010 em todo o seu esplendor do verdadeiro retorno da banda ao Metal, já que desde 2003 (com o estranhíssimo “St. Anger”) a banda não lançava nenhum material inédito de qualidade como fizera em 2008 com “Death Magnetic”.

Além de estar com material inédito com toda a energia que a banda pode oferecer aos fãs, e da volta de solos de guitarra do mestre Kirk Hammet, nessa turnê os caras resolveram deixar de lado os sons dos álbuns menos expressivos (pelo menos aos fãs de Metal) como o já citado de 2003, “Load” (1996) e “Reload”(1997) (este aqui contando apenas com uma faixa, variando de um show ao outro), e caíram de cabeça nos cinco primeiros álbuns, à saber “Kill’em All” (1983) (tocando músicas como “Motorbreath” e “Seek and Destroy”), “Rid the Lightning” (1984) (com a faixa título, “Fade to Black, “Creeping Death” e “For Whom the Bells Told”), “Master of Puppets” (1985) (“Battery” e faixa título), “...And Justice For All” (1988) (com “One”, “Blackned”, “Dyers Eve” e “Harvester Of Sorrow”) e, por fim, o maior clássico popular da banda, o “Black Album” (1991) (com “Nothing Else Matters”, “Enter Sandman” e “Sad But True”).

Falaremos aqui mais sobre o show da banda em Porto Alegre (a resenha do show você encontra neste blog em breve), que contou com 26 mil fãs pirados no Parque Condor para verem a banda novamente depois de 11 anos. Obviamente, para grande parte daquelas pessoas, seria a primeira vez que ouviriam um dos pais do Thrash Metal.

Pessoas de todas as partes do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e até mesmo Paraná se deslocaram para a capital gaúcha para acompanhar o Metallica no seu primeiro dos três shows que realizariam aqui nessa que esta sendo a segunda maior turnê d abanda em toda a sua carreira, afinal, estão tocando à quase dois anos sem parar, tocando em países e cidades pela primeira vez.

Do noroeste do estado partiram dois ônibus levando cerca de 70 fãs da banda e várias outras pessoas foram de carro ou mesmo ônibus, esperando dias na fila. Entre eles, Rafael Antunes, da pequena cidade de São Luiz Gonzaga, que há anos canta Metallica em sua banda, tendo inclusive tatuagem com o logo do Metallica.

Para ele, o ponto alto do show foi “o solo do Kirk, que os caras jogaram a imagem de lua na Les Paul e em seguida rolou Nothing Else Matters”. Sendo um grande fã do grupo, diz escutar a banda desde 1997 e não pode ir no show de 1999. Mas, em compensação, achou o set list “perfeito! Até Phantom Lord, mas se tivesse rolado Fuel e Unforgiven, teria ficado 200%”.

O grupo no show em Porto Alegre optou por tocar “Memory Remains”, ao invés de “Fuel”, música mais rápida e que quase sempre consta nas turnês desde 1997. Rafael conta que o público “recebeu bem música, soando mais pesado que o normal”.
Finaliza dizendo que o “som estava muito bom”, o que era um medo de muitos fãs, afinal, show a céu aberto geralmente apresenta graves problemas de som (tudo depende também da produtora).

Mateus Fiuzza, um dos colaboradores deste Blog, também esteve no show e, embora sinta que o “James não está nem perto do seu auge, como vocalista, o Metallica está longe de terminar...”.

Entre os pontos altos da apresentação, continua, esta em ouvir “Creeping Death, For Whom the Bells tolls e Ride the Lightning... uma paulada atrás da outra, é algo espetacular...”.

Mas, se não bastasse o show do Metallica, como abertura em Porto Alegre, a banda local Hibria deu um show a parte, tocando para 26 mil pessoas, sendo que muitas ainda não conheciam o som da banda, mesmo eles tendo tocado ultimamente pelo Brasil e, especialmente, pela Europa e Ásia, inclusive abrindo em novembro passado para o Megadeth em Nagoya, no Japão, no maior festival de Metal do país (vide matéria sobre aqui no blog).

Hibria, embora com apenas dois álbuns lançados, é um dos grupos nacionais da nova geração do Metal que mais tem se destacado no mundo todo, inclusive tendo sido eleitos o 10º melhor show no Japão em 2009.

Metallica mostrou com o lançamento do magnífico “Death Magnetic” (2008), uma turnê com mais de 120 shows, e a passagem pelo Brasil e América do Sul (depois do cancelamento da turnê que passaria por aqui em 2004) de que eles novamente stão no topo da cena Metal, não deixando a desejar e calando a boca de muitos que julgavam que a banda estivesse morte. Se estava, agora podemos acreditar em ressurreição!

Metal Up Your Ass

Texto: EddieHead

Fotos: do site Poa Show

O set-list

Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
The Memory Remains
Fade To Black
That Was Just Your Life
The End Of The Line
The Day That Never Comes
Sad But True
Cyanide
One
Master Of Puppets
Battery
Nothing Else Matters
Enter Sandman

Die, Die My Darling
Phantom Lord
Seek and Destroy

sábado, 6 de março de 2010

Rage: Metal Rápido e Grudento




Depois de um álbum mais tradicional, com riffs mais pesado e não tão rápidos, a banda alemã Rage volta com mais um disco inédito, com os dois pés no Power Metal que se consagrou em fazer, ousando mais uma vez em técnica e na organização das músicas.

“Strings to a Web” (2010) traz de novo a mascote da banda agora como uma aranha. A capa não é original, e o som buscou mesclar a originalidade de álbuns como “Speak to the dead” (2006) e os clássicos da banda que desde metade da década de 80 gravam albuns de Heavy Metal e Power Metal.

Este disco também marca a consolidação definitiva da nova formação (que conta com André Hilgers na bateria desde 2007) e uma evolução em relação a ela do disco anterior “Carved in Stone” (2008) (veja resenha neste blog). Além disso, traz novamente elementos mais progressivos e os refrões marcantes que só o triocomandado or Peavy Wagner (baixo e vocal) sabe fazer.

São 14 faixas e dentro delas a saga “Empty Hollow”: música dividida em cinco partes e trazendo a atmosfera que a banda utiliza com orquestra. É o ponto alto da banda no álbum, ao misturar orquestra, peso e melodia.

Destaques para “Edge of Darkness” que abre o dsico rápida e com refrão grudento. “Into the Light” inicia com riffs do incrível Victor Smolski (Guitarra). “Saviour of the Dead” é pesada e tem uma levada mais Thrsh Metal em certas partes. “Hellgirl” é para bater a cabeça sem compromisso e colcoar no som do carro enquanto você sai com seus amigos encher a cara.

“Through Ages” é a balada acústica do álbum, sendo seguida pela última faixa “Tomorrow Never Comes” que fecha bem o álbum.

Este já é o 18º álbum de estúdio da banda que, mesmo apenas com o baixista e vocalista da formação original, criou um estilo prórpio ao longo desses 25 anos que os colocou como referência principalemnte quando o assunto é o chamado Power Metal com pitadas de progressivo e Thrash Metal.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Rage
Álbum: String to a Web
Ano: 2010
Tipo: Power Metal
País: Alemanha

Formação

Peavy Wagner (Vocal e Baixo)
Victor Smolski (Guitarra e Teclados)
André Hilgers (Bateria)



Tracklist

01 – Edge of Darkness
02 – Hunter and Prey
03 – Into the Light
04 – The Beggar’s of Last Dime
05 – Empty Hollow
06 – Empty Hollow II: String to a Web
07 - Empty Hollow III: Fatal Grace
08 - Empty Hollow IV: Connected
09- Empty Hollow V: Reprise
10 – Saviour of the Dead
11 – Hellgirl
12 – Purified
13 – Through Ages
14 – Tomorrow Never Comes

sexta-feira, 5 de março de 2010

Dark Tranquility Sempre Mesclando Agressividade e Melodia



É com muito prazer quando bandas de qualidade inconstestável como Dark Tranquility lançam material inédito e só aumentam seus atributos, não deixando a desejar em relação à trabalhos anteriores.

Obviamente que sempre há aqueles que preferem os primeiros discos da banda, mas este que vos escreve toma a partir de 2000 a evolução indiscutível da banda suéca.

Os caras estão de volta depois de “Fiction” (2007). Um ano depois lançam uma coletânea com algumas inéditas e versões cover (sem muita novidade), “A Closer End” (2008), além do duplo ao vivo ano passado “Where Death is Most Alive” (2009) (vide resenha neste blog). Em 2010 apontam com o álbum “We Are the Void” (2010).

Nesse disco, a banda continua com seu Thrash Metal/Death Metal Melódico, desta vez com o vocalista Mikael Stanne gritando mais e abusando de agudos, deixando de lado (com exceção de “Iridium”, que fecha o disco) os vocais limpos e caindo de cara no peso e rapidez.

Os elementos sonoros eletrônicos e piano de Martin Brändström, também se fazem presente, como não podia deixar de ser. Você os percebe e de forma agradável (sem abuso) em “in My Absence”, “The Grandest Accusation” e “Her Silent Language”.

A coesão da banda é incrível, mesclando os elementos do death metal, indo pelo Progressivo e Gótico, além dos efeitos eletrônicos. A dupla de guitarra Niklas Sundin e Martin Henriksson conseguiram tirar um dos seus melhores ritmos na banda.

Ao longo das 11 faixas, também se destcam o baterista Anders Jivarp e baixista Daniel Antonsson que colocam muito peso ao som da banda.

Destaques para “At The Point of Ignition”, cujo inicio já mostra que se trata da banda responsável por clássicos como “Monocromatic Stains” e “There In”. Além dessa, “The Fatalist” é a melhor do álbum e a que mais pega o espírito de todo o disco.

Na verdade, toda sas faixas são ótimas, dentro do que se espera quando o assunto é Dark Tranquility, esta banda que é o primeiro nome que vem à cabeça quando se fala em peso e melodia, usando vocais guturais, riffs de guitarra marcantes, bateria e baixo simultâneos e fortes e, claro, elementos eletrônicos, que muitas bandas tem medo de utilizar, mas esses suecos não e jamais devem abandoná-los.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Dark Tranquility
Álbum: We Are the Void
Ano: 2010
Tipo: Death Metal
País: Suécia

Formação

Mikael Stanne (Vocal)
Niklas Sundin (Guitarra Líder)
Martin Henriksson (Guitarra Ritmica)
Anders Jivarp (Bateria)
Martin Brändström (Electronicos/Piano)
Daniel Antonsson (Baixo)



Tracklist

01 - Dream Oblivion
02 – Shadow in Our Blodd
03 – The Fatalist
04 – In My Absence
05 – The Grandest Accusation
06 – At The Point of Ignition
07 – Her Silent Language
08 – Arkhangelsk
09 – I Am The Void
10 – Surface The Infinite
11 - Iridium

Dream Theater no Brasil!!


Não é a primeira vez que vocês encontram matéria sobre a banda de Progressive Metal Dream Theater no blog, mas é a primeira vez que podemos aqui anunciar a passagem da banda pelo Brasil daqui há alguns dias.

Com quatro datas marcadas a partir de 16 de março, a banda norte-americana vem divulgar seu novo álbum, o aclamado “Black Clouds and Silver Linings” (2009) (vide resenha nste blog).

O primeiro show será em Porto Alegre (no Pepsi On Stage), dia 16 de março. O interessante que nessa mesma noite a lendária (ou já nem tanto) banda de Hard Rock Guns ‘n Roses também se apresenta, o que pode atrapalhar em termos de público, afinal, é a primeira vez que Axel e sua nova trupe tocam na capital gaúcha.

Mike Portnoy (bateria), John Myung (baixo), Jordan Rudess (teclados), John Petrucci (guitarra) e James LaBrie (vocais) tocam também em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, nessa que é a maior passagem da banda pelo país.

A banda já tem confirmada a presença nos maiores festivais de Metal da Europa, como Wacken Open Air, na Alemanha, e vem de uma turnê Européia de muito sucesso.

É a chance para muitos fãs verem essa lendária banda em ação, tocando surpresas no palco, afinal, cada apresentação o set list é modificado. Obviamente que os fãs esperam ouvir clássicos como “Pull Me Under”, “Glass Prison”, “A Change of Season” e “Trail of Tears”. É só esperar para ver.

Estaremos no show em Porto Alegre e em breve publicaremos resenha do show que, com toda certeza, será de uma maestria que só o Dream Theater pode proporcionar.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Mar 16, 2010 Porto Alegre, Brazil Pepsi On Stage
Mar 18, 2010 Curitiba, Brazil Master Hall
Mar 19, 2010 Sao Paulo, Brazil Credicard Hall
Mar 20, 2010 Rio de Janeiro, Brazil Citibank Hall

quarta-feira, 3 de março de 2010

Uma Aula de Verdadeiro Power Metal

Este início de ano está repleto de lendas do Power Metal lançando material inédito (vide Helloween e Gamma Ray abaixo), e outras que ainda procuram um grande reconhecimento também.

É o caso de Freedom Call, banda que conta em seu cast nada menos que Dan Zimmermann, baterista há 15 anos do Gamma Ray e que, em seu tempo livre, dedica-se ao Freedom Call, tendo-o fundado.

A banda acaba de lançar “Legend of the Shadowking” (2010) e partirá como banda de abertura do Gamma Ray, na turnê que esta para se iniciar na Europa e que com certeza passará pela América do Sul, além de ser a badna de abertura também de Axel Rudi Pell.

Este é o 10º lançamento da banda desde sua fundação em 1998. Confesso que estou começando a acompanhá-los a partir deste ano, então é perigoso fazer alguma comparação com material anterior. Mas uma coisa pode ser dito: este álbum é uma verdadeira aula de Power Metal. Nele você encontra todos os elementos do estilo, como guitarras rápidas, bateria com bumbo duplo, vocal melódico, um baixo que acompanha à galopadas. Porém, além disso, também uma cosia que várias bandas da atualidade parecem não saber ou querer fazer, que é colocar alegria na música.

Alegria!? Isso mesmo. Para quem conhece o Helloween, pai do gênero, lá do seu inicio, sabe do que estou falando, assim como Heaven’s Gate e até mesmo Gamma Ray ali nos anos 90. Quando falo em alegria, estou dizendo de um som sem aquela forçada atmosfera obscura (como o Helloween estava fazendo), mas com refrões grudentos, daqueles que te fazem acordar de manhã meio megalomaníaco.

Isso você encontra no Freedom Call. Só basta escutar “Thunder God” e “A Perfect Day”, esta última parecendo ter saído de um dos discos esquecidos da banda Heaven’s Gate. Simplesmente perfeita (sem trocadilho com o nome da música). Chega a causar nostalgia.

Mas, claro, tratando-se de um álbum conceitual, que fala d eum reino das sombras e de um tirano que o controla, não temos só músicas bobinhas. Uma das melhores canções é “Tears of Babylon”, cujo coral dá uma atmosfera medieval.

“Merlin - Legend Of The Past” é show, lembrando Avantasia e algum jogo dos Senhor dos Anéis, mesclando melodia e peso. “Merlim – The Requiem” retoma a melodia, sendo uma balada do álbum.

Outra puro Power Metal é “Remember!”. Impossível ficar parado com esse som, assim como em “The Shadowking”. “Kingdom of Madness” tem uma levada Hard Rock nas guitarras e vocais, essa sim levanta até defunto.

É incrível o trabalho desses caras nesse álbum. Eles demonstram que sabem fazer o Power Metal desta nova década soar como o dos anos 80, mas sem parecer velho e ultrapassado, fazendo uso dos refrões característicos, além das temáticas das letras.

Sugiro a todos os amantes do Power Metal, inclusive os fãs de Gamma Ray, para curtirem essa banda que não é mais apenas “a outra banda de Zimmermann”, para estar crescendo sempre e logo logo tornar-se tão referência quanto outras do cenário, como mesmo Gamma Ray.

Stay on the Road

texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Freedom Call
Álbum: The Legend of the Shadowking
Ano: 2010
Tipo: Power Metal
País: Alemanha


Formação

Chris Bay (Vocais e guitarra)
Dan Zimmermann (Bateria)
Samy Saemann (Baixo)
Lars Rettkowitz (Guitarra)






Tracklist

1 - Out Of The Ruins
2 - Thunder God
3 - Tears Of Babylon
4 - Merlin - Legend Of The Past
5 - Resurrection Day
6 - Under The Spell Of The Moon
7 - Dark Obsessions
8 - The Darkness
9 - Remember
10 - Ludwig II. - Prologue
11 - The Shadowking
12 - Merlin - Requiem
13 - Kingdom Of Madness
14 - A Perfect Day

Tributos: Homenagem aos Metal Gods em Dose Dupla




Já estava mais do que na hora de falarmos sobre um dos melhores tributos prestados à uma das bandas responsáveis pela criação e consolidação do Heavy Metal. Estamos falando dos Metal Gods Judas Priest.

A banda surgiu na Inglaterra, ainda nos anos 60, tocando uma mistura de blues com rock and roll, sonoridade abandonada já no segundo álbum, pisando firme no Heavy Metal tradicional que os colocariam no topo e os fizeram uma das bandas mais influentes de todos os tempos.

Para comprovar isso, temos aqui o tributo “Legends Of Metal - A Tribute To Judas Priest Vol. I & II”, lançado em 1997 e que trazem vários grandes nomes do Metal atual e outros não tão atuais ainda, o que reflete o alcance que o grupo conquistou ao longo dos anos.

O volume I abre com nada menos que Helloween, com Deris nos vocais de “Eletric Eye”, um dos maiores clássicos do Metal. Fates of Warning segue após com a menos conhecida “Saints of Hell”, mas não decepciona.

“Victim of Changes” ganha uma versão espetacular do Gamma Ray, com Hansen (guitarras/vocais) numa performance que com certeza faz desta uma das melhores de todo tributo. Mercyful Fate é uma surpresa, cantando nada menos que “The Ripper” e detona nesse clássicos com o vocal que só ele tem.

A banda alemã Rage, que já gravou covers de banda como Iron Maiden e Black Sabbath, aqui aparece com “Jawbreaker” , também uma das melhores do disco. Sem grandes novidades instrumentais, o vocal dá a cara da banda.

A bela e obscura “A Touch of Evil”, primeira música aqui do clássico “Painkiller” (1991), recebe sua homenagem com Lions Share, também sem ousar modificar a versão original. Depois da calmaria, vem Testament com a paulada “Rapid Fire”, deixando-a, como era de se esperar, mais pesada e rápida.

Ainda nesse primeiro volume, fecham o disco U.D.O., banda do ex-vocalista do Accept com “Metal Gods” (música que caiu como uma luva no vocal de Udo) e Saxon com “You’ve Got Another Thing Comin’”, também uma das melhores versões para músicas do Judas Priest, afinal, é do vocal Biff Byford que estamos falando.

A Parte II

No mesmo ano de 1997 sai a parte dois do tributo que já se tornara um xodô dos fãs de Metal em geral.

Nessa segunda parte, temos a repetição de “The Ripper”, agora interpretada por nada menos que Iced Earth, ainda com Matthew Barlow nos vocais. Ficou ótima e contrasta com a versão do Mercyful Fate que era mais aguda.

Blind Guardian também dá as caras na bela “Beyond of Realms of Death”, uma das melhores de todo o tributo, tamanho o talento dos músicos da banda.

Ainda circulando entre bandas de Power Metal (que parece ter sido o tipo de metal mais influenciado pelo Judas Priest), temos a surpresa de Heaven’s Gate, banda já extinta de um dos maiores produtores atuais Sascha Paeth. Eles trazem a clássica e perfeita “The Sentinel”. Para quem escreve, com certeza a melhor das duas partes do tributo (Halford deve ter ficado boquiaberto).

Agora, talvez a versão mais original de um som dos ingleses neste tributo tenha sido a dos estadunienses de Thrash Metal Nevermore. Eles simplesmente deram uma roupagem nova, mais carregada e lenta para “Love Bites”. Só ouvindo para saber que ficou muito interessante.

Gamma Ray retorna com “Exciter”, agora da época ainda que contava com Ralf Scheepers numa evrsão ao vivo muito legal. Aliás, para quem não sabe, quando Scheepers saiu da banda na metade dos anos 90, esperava ser chamado para ocupar o lugar de Halford, que saira da banda (mas ficou só querendo e quem o conseguiu foi o desconhecido Tim Owens).

Como não podia deixar de ser, Angra aparece para representar o Brasil na coletânea. Além de ser a única brasileira, toam nada menos que o maior clássico Metal de todos os tempos, “Painkiller”. Simplesmente a banda dá um show. Kiko e Rafael arecem terem saído do Judas e Andre Matos até parece ter feito aula diretamente com o Metal God carecão.

Pisando mais pesado, Overkill grava “Tyrant” e detona tudo, assim como Kreator, com a groove “Grinder”. Amabdas as bandas mostram que o Thrash Metal também deve muito à esses velhinhos ingleses.

Skyclad dá toda uma atmosfera especial para a pouco conhecida “Dreamer Deceiver”, seguida por “Bloodstone” interpretada por ninguém menos que Stratovarius. Ficou ótima.

Fechando o álbum, Virgin Steele toca “Scream for Vengeance” com fôlego e energia, Leviathan fecha com a balada “Night Comes Down”.

Ambos volumes são de tamanha qualdiade que é difcil dizer qual o melhor. O critério para isso é bem pessoal e você pode escolher qual o seu preferido de acordo com as bandas ou músicas. Para este que escreve, o volume dois é o melhor, por contar com muitas bandas de renome, mas que a primeira parte faz estrondoso estrago (no bom sentido), também faz.

Este não é o único tributo ao Judas Priest, mas com certeza o melhor.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Ficha Técnica

Banda: Várias
Álbum: Legends Of Metal - A Tribute To Judas Priest Vol. I & II
Ano: 1997
Tipo: Metal
País: Vários

Tracklist



Legends Parte I

01. Helloween - The Hellion/Electric Eye
02. Fates Warning - Saints In Hell
03. Gamma Ray - Victim Of Changes
04. Devin Townsend - Sinner
05. Mercyful Fate - The Ripper
06. Rage - Jawbreaker
07. Radaka - Night Crawler
08. Doom Squad - Burnin' Up
09. Lions Share - A Touch Of Evil
10. Testament - Rapid Fire
11. U.D.O. - Metal Gods
12. Saxon - You've Got Another Thing
Comin'

Legends Parte II



1. Iced Earth - The Ripper
2. Blind Guardian - Beyond the Realms of Death
3. Heaven’s Gate - The Sentinel
4. Nevermore - Love Bites
5. Gamma Ray - Exciter
6. Forbbiden - Dissident Aggressor
7. Angra - Painkiller
8. Overkill - Tyrant
9. Kreator - Grinder
10. Skyclad - Dreamer Deceiver
11. Stratovarius - Bloodstone
12. Virgin Steele - Screaming for Vengeance
13. Leviathan - Night Comes Down