
2. Lady Lust
3. U R Deleted
4. Faster Than a Bullet
5. Train of Pain
6. Seven Sins
7. Pray for Tomorrow
8. The King
9. Heroes
10. Life
11. Drifter
12. Those Days
13. Witness
14. May The Force Be With You
15. Ninja
O Dismember, um dos grandes percussores do que veio a se chamar Death Metal sueco, anunciou o fim de suas atividades. É com muito pesar que os fãs foram informados que a apresentação do grupo no Death Metal Open Air na Alemanha foi seu último show.
Quem curte Death Metal sabe da importância desse grupo sueco formado em Estocolmo em 1988, sendo que suas influências sempre foram um mistura entre Autopsy com Iron Maiden, ou seja, ao lado do Carnage foram um dos percussores do que veio a ser chamado de Death Metal melódico.
A mensagem de despedida foi dada pelo baixista Tobias Cristiansson de uma maneira bem rápida e informava:
"Depois de 23 anos, o Dismember decidiu terminar. Agradecemos aos nossos fãs pelo apoio."
O adeus pode ter sido rápido, mas o mesmo não podemos dizer de sua discografia que foi marcada por 2 DVDs e 8 CDs, entre eles álbuns marcantes como “Like an Ever Flowing Stream” (1991) e seu primeiro trabalho extremamente agressivo, “Massive Killing Capacity” (1995) que fez a banda fretar com elementos mais melódicos mas sem perder suas principais características. Ouça o clássico “Casket Garden” (EP 1995) e comprove.
“Death Metal” (1997) é um álbum que você já sabe o que esperar: porrada muito bem dada, tendo como sequencia “Hate Campaign” (2000) e “Where Ironcrosses Grow” (2004) sendo que o canto do cisne veio em 2008 com o álbum auto intitulado que mantinha a evolução e a sonoridade do grupo sueco.
Não se sabe ainda os motivos pelo qual a banda encerrou as atividades, mas é bem provável que se deva ao fato de que o Dismember nunca teve a atenção que merecia, pois em tempos que vocais limpos invadem o Death, é muito bom sabermos que tínhamos bandas que honravam o som pesado.
Texto: Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Formação atual
Matti Kärki (Vocal)
David Blomqvist (Guitarra)
Martin Persson (Guitarra)
Tobias Christiansson (Baixo)
Thomas Daun (Bateria)
No Youtube
Clipe da clássica “Casket Garden”
No dia 09/10/11, os headbangers tiveram a oportunidade de presenciar um grande evento realizado no Bar Opinião, em Porto Alegre/RS, a gravação do primeiro CD/DVD da banda gaúcha Tierramystica, que desde sua formação em 2008 vem crescendo e se destacando na cena ano após ano.
Mas para essa grande celebração, foram convidados ainda os dinossauros da Spartacus e uma das grandes revelações do Heavy Metal nacional, o projeto Soulspell liderado pelo grande baterista Heleno Vale.
Com meia hora de atraso as portas do bar são abertas, para um pouco mais de 400 headbangers.
Eis que por volta das 20h, entram em palco os veteranos da Spartacus executando seu Heavy Metal tradicional cantado em português e mostrando muita qualidade e carisma. Destaques para “Encontro de Almas” que saíra no seu segundo álbum e para o cover de “Starchildren” (Bruce Dickinson) fielmente executado pela banda que mostra muita competência e que realmente o Heavy Metal pode ser cantado em português.
Pela segunda vez em POA, o Soulspell vem para mostrar porquê é uma das melhores bandas do Metal nacional (mesmo sendo projeto).
“The Entrance” invade os PA’S da casa para dar inicio a “The Labyrinth of Truths” com uma formação diferente de sua ultima apresentação na capital (que aconteceu ano passado) o Soulspell não decepciona e traz músicos a altura do grupo, com Leandro Caçoilo (ex-Eterna, atual Seventh Seal) e Daísa Munhoz (Vandroya) comandando os vocais desta primeira música que ainda contou com a participação de Jefferson Albert (Dio Cover) e com os vocais de apoio de Juliana Kurokawa, mantendo fielmente o que ouvimos no álbum desde os refrões mais do que inspirados até os solos de guitarra altamente técnicos que ficou a cargo de Rodolfo Pagoto e Marco Lambert.
Soulspell foi convidado especial e não desapontou contando com grandes nomes ao vivo
Nesta formação a banda ainda conta com Gabriel Magioni (teclado), Daniel Guirado (baixo e vocal) e Heleno Vale (bateria).
Em seguida “Dark Prince s Dawn” com toda melodia e sentimento levando os presentes à loucura e Leandro Caçoilo, Jefferson e Daísa dando um show à parte nas interpretações e mostrando um poder vocal fora do comum.
“Age of Silence”, do primeiro álbum (A Legacy Of Honour), mostrando um Power Metal rápido e visceral com Heleno quebrando tudo no pedal duplo e ainda contando com a primeira participação da noite Iuri Sanson (Hibria) é anunciado para delírio dos headbangers e com todo seu carisma e presença de palco leva os demais à loucura e sem falar na sua parte na música que é de arrepiar, realmente presenciar no mesmo palco dois vocalistas desumanos: Leandro Caçoilo e Iuri Sanson com agudos e técnica mais do que apurada foi realmente impressionante.
Após este grande momento, mais uma surpresa para os fãs: a segunda participação da noite Dan Rubin (ex-Magician) sobe ao palco para cantar a épica “Forest of Incantus” e faz uma interpretação de arrepiar, dividindo o vocal com Leandro Caçoilo e Daniel Guirado sendo mais um dos grandes momentos do show.
“Into the Arc of Time (Haamiah s Fall)” com certeza a música mais emocionante do show com Leandro e Jefferson brilhando de forma inexplicável, pois fazer as partes vocais de Zak Stevens e Jon Oliva não é para qualquer um.
“Amon’s Fountain” vem para quebrar tudo com mais uma participação de Iuri no show e vale destacar o grande refrão desta música que é de emocionar qualquer um com melodias vocal mais do que belas e também o grande trabalho de Gabriel nos teclados.
Se aproximando do final do show e com o público de queixo caído com apresentação da banda, para acalmar os ânimos a bela “Milvian Bridge” para brilhar novamente a estrela de Leandro Caçoilo mostrando que é um dos melhores vocalistas do MUNDO, contando com ainda com o apoio de Daísa Munhoz que da um show aparte e Jefferson Albert que dispensa comentários.
“Adrift” vem para encerrar a apresentação antes do bis, com Daísa dando um show nos vocais e com a participação do baixista Daniel Aguirre com uma bela interpretação.
Para fechar essa grande apresentação “Ace High” (Iron Maiden) onde todos estão juntos no palco mostrando o porquê é uma das revelações do Heavy Metal nacional. Todos estão de parabéns pelo profissionalismo e humildade que todos esses grandes músicos têm e parabéns a Heleno Vale por dar continuidade a este sonho que se tornou realidade.
Após está grande apresentação do Soulspell, era hora da atração principal da noite: os gaúchos do Tierramystica que misturam a música latina com o Metal melódico. Era visível a euforia dos presentes, pois não era um simples show, mas sim a gravação do primeiro CD/DVD da banda.
Com uma grande produção de palco, as luzes se apagam e inicia a intro “Nueva Castilla” abrindo as portas para “New Eldorado” levando os fãs a cantarem do começo ao fim e com Gui Antonioli comandando os vocais junto Ricardo Durán, dando um show à parte.
Banda prepara novo disco para 2012 além do álbum ao vivo
“Celebration To The Sun” vem para tirar todo mundo do chão com a dupla de guitarra Fabiano Muller e Alexandre Tellini mostrando muita técnica e entrosamento, sem contar na grande presença de palco que Ricardo Duran tocando seus mais de mil instrumentos, essa com certeza foi cantada com toda força dos presentes, pois seu refrão é contagiante grudando na cabeça dos bangers.
A bela “Wide Open Wings” entra em cena para deixar todos emocionados e sem contar na sua bela introdução no teclado feita por Luciano Thumé e com a grande interpretação de Gui Antonioli.
Agora um momento que já é tradicional nos shows do Tierramystica, “Fear Of The Dark” (Iron Maiden) é executado com os elementos latinos deixando a versão muito interessante e ainda de quebra o duelo clássico entre Antonilo e Durán para ver qual o lado que grita mais alto memorável e ainda antes da volta para terminar a música uma casquinha de “Enter Sandman” (Metallica).
“Winds Of Hope” vem para mostrar o poder do Tierramystica sobre seus elementos latinos, pois o que chama muita a atenção é que os próprios músicos executam os instrumentos.
Após esse momento mais do que especial do show, vamos para o primeiro solo da noite. Duca Gomes vai ao centro do palco com um Bombo Leguero para surpresa dos presentes e realiza mais do que um solo, mas sim um momento emocionante com muita técnica e mostrando total domínio e, para fechar este solo com chave de ouro, Ricardo Durán entra em cena com seu Charango e os dois proporcionam um duelo de arrepiar deixando todos boque abertos.
Duca ainda retorna para sua bateria e realiza mais um solo mostrando também total domínio e precisão do instrumento.
“Golden Courtyard” e “Away from the Dream” dão continuidade ao alto nível do show mantendo os presentes cantando cada verso executado e destacando o baixista Rafael Martinelli que com muita precisão e presença de palco cativou os demais.
Um momento especial acontece quando é anunciado que iram tocar mais uma música e Ricardo Durán oferece este som “a todos os problemas que temos na sociedade, pois indiferente de crenças ou religiões precisamos de PAZ, pois cada vez que ligamos a televisão ou olhamos um noticiário é somente noticias ruins ou tragédias e o que o mundo precisa são de vibrações positivas”. Ricardo foi literalmente ovacionado pela platéia. Então é executada uma música instrumental chamada “Yanur” e em seguida a música da noite “Spiritual Song” levando todos a loucura cantando do começo ao fim esta que já é um clássico da banda.
Sonoridade da banda é única na cena nacional
Antes do bis, a rápida “Final Rest” vem para mostrar toda técnica do septeto e, para o final, uma grata surpresa “Burn” (Deep Purple) com Ricardo e Gui dividindo os vocais deixando o show ainda mais especial fechando em grande estilo.
Grande apresentação destes gaúchos que tem tudo para ganhar o mundo, mantendo um nível altíssimo de qualidade e o principal: a humildade e o respeito com seus fãs.
Tierramystica se afirma como um dos grandes nomes do Power Metal brasileiro dos últimos anos
Fica ai o agradecimento a produtora Urânio que proporcionou ao Road To Metal espaço para a cobertura exclusiva deste evento e também por ter apostado em mais um grande momento em nome do Metal nacional.
E um puxão de orelha aos headbangers, pois tivemos uma noite com três grandes bandas, um preço de ingresso mais do que justo e mesmo assim não tivemos casa cheia. Temos que apoiar o que é nosso, pois temos uma das melhores cenas metal do MUNDO.
Texto: Renato Sanson
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Renato Sanson/Road to Metal
SET LIST - Soulspell
01 – The Entrance (Intro)
02 - The Labyrinth of Truths
03 - Dark Prince s Dawn
04 – Age of Silence
05 - Forest of Incantus
06 - Into the Arc of Time (Haamiah s Fall)
07 – Amon s Fountain
08 – Milvian Bridge
09 - Adrift
10 – Ace High (Iron Maiden Cover)
Formação
Guitarras: Rodolfo Pagoto e Marco Lambert
Vocais: Leandro Caçoilo, Iuri Sanson, Dan Rubin, Jefferson Albert, Daniel Guirado e Daísa Munhoz
Vocal de Apoio: Juliana Kurokawa
Baixo: Daniel Guirado
Teclado: Gabriel Magioni
Bateria: Heleno Vale
SET LIST - Tierramystica
01 - Nueva Castilla
02 - New Eldorado
03 - Celebration To The Sun
04 - Wide Open Wings
05 - Fear Of The Dark (Iron Maiden)
06 - Winds Of Hope
07 - Solo - Bombo Leguero/Charango
08 - Solo - Bateria
09 - Golden Courtyard
10 - Away From The Dream
11 - Yanur / Spiritual Song
12 - Bis: Final rest
13 – Burn (Deep Purple)
Formação
Alexandre Tellini – Guitarra e Zampoñas
Fabiano Muller – Guitarra e Queñas
Gui Antonioli – Vocal e Percussão
Duca Gomes – Bateria e Bombo Leguero
Ricardo Durán – Vocal, Charango, Guitarra Acústica e Ocarinas
Rafael Martinelli – Baixo
Luciano Thumé - Teclado
Power Metal é uma sonoridade que pode ser muito ingrata. Quantas bandas lançaram discos considerados clássicos do genêro, mas cujo feito não se repete com regularidade? De cara penso no Edguy, essa banda alemã que chegou ao décimo disco da carreira.
Quando Tobias Sammet (vocal) pôs em prática seu ousado projeto Avantasia, inevitavelmente precisou que o Edguy expandisse sua sonoridade, já que corria o risco de ser ofuscado pelo sucesso do projeto gigante do seu vocalista.
Começando como o mais genuíno Power (pedais duplos, riffs rápidos, vocais agudos, pomposos, etc), o Edguy foi se tornando referência, alcançando no ínicio da década passada o seu auge, com discos como “Theater of Salvation” (1999) e “Mandrake” (2001), mas acabou investindo em outras sonoridades, não se prendendo mais ao clássico Power, como mostrou nos discos “Hellfire Club” (2004) e “Rocket Ride” (2006).
Embora o Edguy continue sendo uma das principais bandas do Power, os 3 ou 4 últimos discos dividiram muito as opiniões dos fãs, chovendo críticas, de um lado, e expandindo os fãs, em outro.
A verdade é que apenas agora, em 2011, que a banda conseguiu lançar um disco com um diferencial positivo, sendo até possível encontrar declarações positivas de pessoas que não gostavam do grupo, mas foram capturados por “Age of the Joker” (2011), 10º disco da banda.
A banda, mais que nunca, caminha por entre as fileiras do Heavy Metal oitentista, com riffs grudentos e fáceis de “cantar”, indo ao Power e com um pé e meio no Hard Rock, com aquela levada estilo Van Halen em algumas passagens, como em “Two Out of Seven”.
A verdade é que Tobias Sammet, Jens Ludwig (guitarra), Dirk Sauer (guitarra), Felix Bohnke (bateria) e Tobias Exxel (baixo) fizeram mais um grande trabalho que, se não será nenhum divisor de águas, conseguiu superar significativamente seus últimos discos.
Destaques para “The Arcane Guild” (aquele Power Metal que já conhecemos), “Nobody's Hero” (riffs Heavy anos 80) e “Rock Of Cashel” (grudenta).
Quinteto liderado por Tobias Sammet lança disco inédito após 3 anos
A música de trabalho “Robin Hood”, que tem um dos vídeos mais engraçados do Heavy Metal, abre o disco, e mesmo que apresente bem a proposta do disco, não é nem de longe a melhor do CD, disco esse que tem bastante presente teclados executados pelo próprio Tobias, muitas vezes esse sobressaindo sobre os demais instrumentos, o que é algo relativamente novo na banda.
Este ano de 2011 não está sendo lá muito bom para o Power Metal mundial (poucos lançamentos de grande relevância), mas o Edguy mostra que há saída se os grupos buscarem outras influencias para o gênero que, não dá para negar, é um dos mais saturados do Metal.
Stay on the Road
Texto: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Ficha técnica
Banda: Edguy
Álbum: Age of the Joker
Ano: 2011
País: Alemanha
Tipo: Power Metal/Hard Rock/Heavy Metal
Selo: Nuclear Blast
Formação
Tobias Sammet (Vocal e Teclados)
Dirk Sauer (Guitarra)
Tobias Exxel (Baixo)
Felix Bohnke (Bateria)
Jens Ludwig (Guitarra)
Tracklist
1. Robin Hood
2. Nobody s Hero
3. Rock Of Cashel
4. Pandora s Box
5. Breathe
6. Two Out Of Seven
7. Faces In The Darkness
8. The Arcane Guild
9. Fire On The Downline
10. Behind The Gates To Midnight World
11. Every Night Without You
Assista o vídeo clipe oficial de “Robin Hood” aqui.