sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Evergrey define som da banda com o novo disco


A banda sueca Evergrey está se estabilizando na cena Metal do mundo com seu som pesado e progressivo. Encaixada no estilo progressive metal, apresenta, durante sua carreira que iniciou em 1996 e que marcou, em 1998, o lançamento do primeiro registro da banda, “The Dark Discovery”.

Embora hoje conte apenas com o vocalista e guitarrista Tom Englund do primeiro disco, a banda foi se desenhando ao longo desses poucos mais de dez anos primando as letras e peso, principalmente nas guitarras.

Com um vocal único, Tom vai aos poucos se destacando pela presença no palco, com um vocal que não desafina e traz um pouco de hard rock ao som, pois ele não abusa de agudos ou guturais. Mas só ouvindo para saber do que estou falando.

Então, ao longo da última década lançam 6 discos de estúdio e o ótimo ao vivo duplo “A Night to Remember”, que foram mostrando a todos que esses suecos são uma das grandes forças do estilo em todo mundo.

Agora com uma formação mais estabilizada, lançaram ontem na Alemanha (estamos em 20 de setembro) “Torn”, o novo e sétimo disco da banda. O que posso dizer sobre o disco é que ele acaba por definir o som da banda, pois escutá-lo após ouvir o álbum de estréia e até mesmo seu sucessor pode-se notar uma grande diferença e um maior amdurecimento nas composições, o que era de se esperar.

Nesse novo disco, a banda segue mais ou menos o som adotado principalmente em “The Inner Circle” (2004), mas que já se desenhava em “Recreation Day” um ano antes. Ou seja, riffs acompanhando os demais instrumentos, ora com solos melódicos ora com outros primando pela técnica. Bateria abusando (no bom sentido) dos bumbos, baixo utilizando das notas mais graves para dar um peso ao som. Tom cantando mais “emocionado”.

Outra característica que a banda tem apresentado e que se acentuam no disco são os reftões, sempre destacados do restante da música, o que não acontecia frequentemente nos primeiros discos. Além disso, mais backing vocals para acompanhar Tom, embora neste disco a banda não tenha utilizado os corais, o que é uma pena.

Destaque para a primeira música, “Broken Wings”, que abre muito bem o disco, sendo seguida por aquela que mostra o quanto Tom tem se dedicado nos vocais, “Soaked”. A seguinte, “Fear”, se destaca pelo peso e melodia no solo das guitarras ao final da música e pelo refrão marcante, que fica na cabeça após uma escutada. "In Confidence” segue a mesma linha e é um dos destaques do disco. A faixa-título traz mais partes calmas, mas destacando novamente os refrões.”These Scars” encerra o disco com a participação novamente de Carina Englund (ela participara do disco de 2004).

No geral, mais um ótimo disco da banda. Não há uma só música que tenha me decepcionado, embora as que citei antes tenham se sobresaído às demais. A banda, na verdade, começa a recolher os frutos de seu desenvolvimento ao longo dos anos, trabalhando sem parar para conseguir um lugar no cenário Metal mundial, o que tem conseguido, inclusive tendo vindo ao Brasil e superlotado os shows.

Com certeza álbum para os amantes do Prog Metal, em especial quem gosta dos 3 discos anteriores da banda. Assim, a banda parece se definir nesse som que já lhe é característico. Espero, particularmente, que a banda continue nesse ritmo e que venha a crescer, pois merece se tornar a nova referência do estilo, que é muito dominado pela magnífica banda Dream Theater.

Stay on the Road

Texto: EddieHead


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Track list "Torn":

01. Broken Wings
02. Soaked
03. Fear
04. When Kingdoms Fall
05. In Confidence
06. Fail
07. Numb
08. Torn
09. Nothing Is Erased
10. Still Walk Alone
11. These Scars

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