Ricardo Batalha é um nome muito conhecido e respeitado no cenário metálico brasileiro, e, claro, também lá fora, principalmente pelo seu trabalho na Roadie Crew, o garoto que entrou de cabeça no Metal depois de "descobrir" o álbum "Vol 4" do Sabbath, e como muitos profissionais da área, começou fazendo fanzines, e, o sonho que tinha, tornou-se realidade, com a RC sendo hoje a principal publicação de Classic Rock e Metal no Brasil, e uma das melhores do mundo com certeza, sem querer ser "bairrista". Além disso, Batalha também possui uma assessoria de imprensa, colabora com programas de TV e rádio.
Muito ativo em prol da cena, sempre está, com o perdão do trocadilho, "batalhando" por alguma causa nobre, como o projeto "Peso Brasil", que depois transformou-se no "Super Peso Brasil", evento que reuniu 5 grandes nomes do Metal brasileiro, que surgiram nos anos 80 e voltaram as atividades, lançando novos trabalhos e fazendo shows. Esse evento foi gravado e como forma de viabilizar o lançamento do material para o público, juntamente com André Bighinzoli, do Metalmorphose, foi criado o projeto de crowdfunding no site Catarse, e agora está na sua reta final. Conversamos com Batalha para contar um pouco mais sobre a ideia, e também levar aos fãs a oportunidade de, faltando poucos dias, não perderem a oportunidade de adquirir esse material, e também para os que não estão acostumados com esse tipo de projeto, ou se sentirem inseguros, verem que é algo seguro e sério. Confira!
RtM: No começo do ano passado, você idealizou um projeto que até então era chamado de “Peso Brasil”. Conforme foram passando os meses, surgiu a ideia de fazer uma edição, que de “Peso Brasil” passou para “Super Peso Brasil”, chamando os principais nomes do Heavy Metal nacional pra tocarem no mesmo dia. O que passou pela tua cabeça de montar toda essa celebração que, imagino, deve ter sido muito difícil?
Batalha: A ideia simplesmente veio porque
eu via com frequência as pessoas falando do trabalho das bandas pioneiras com
entusiasmo, recordando aquele início do Metal brasileiro e mencionando sempre
discos que se tornaram clássicos. Muitas delas retomaram as atividades,
começaram a fazer shows e lançaram material novo. Apesar disso tudo, eu nunca
tinha visto uma celebração, uma homenagem a elas e daí veio a ideia de fazer o
'Super Peso Brasil'. O evento foi o nosso 'muito obrigado' aos que abriram
caminho para as gerações que vieram depois. A concepção foi minha e a produção
executiva foi do André Bighinzoli do Metalmorphose, que viabilizou a ideia para
sair do papel para o palco. Todas as bandas ajudaram e entenderam o sentido do
evento, que foi muito legal! Uma pena que quando você ajuda a organizar não dá
tempo de ver. (risos)
RtM: Colocar o Stress, Metalmorphose, Taurus, Salário Mínimo e Centurias pra
tocar no mesmo dia não é uma coisa que acontece sempre, afinal essa reunião,
até mesmo nos anos 80, nunca aconteceu, conforme declararam os próprios
músicos. Fazer uma reunião inédita
dessas te deu uma motivação extra?
Batalha: A motivação foi a mesma desde
quando surgiu a ideia. Eu precisava agradecer todos que deram início ao que
temos hoje. O motivo foi este, simplesmente este. Eu queria e precisava dar o
'muito obrigado' aos pioneiros e mostrar que eles estão vivos e atuantes.
RtM: Como a maioria sabe, antes do “Super Peso Brasil” ser realizado você já
estava reunindo bandas pra tocas nos domingos no Manifesto Bar, com a ajuda do
Silvano, proprietário do local, e que levava o nome de “Peso Brasil”. Mas no
caso do Super Peso Brasil, a situação já era outra e teria que ser realizado em
um local mais amplo. Aqui no Brasil, onde tem vários shows internacionais
acontecendo, foi complicado achar um lugar para realizar o evento, que no final
acabou sendo o Carioca Club?
Batalha: Não, porque tudo foi feito com
muita antecedência. A partir do momento que fechamos o cast, o André Bighinzoli
foi ao Carioca Club e fechou a data em um sábado. O 'Peso Brasil' era no
Manifesto Bar, mas a organização do 'Super Peso Brasil' não teve relação com a
casa. Aquele foi um encerramento do ano em grande estilo, com a presença de
bandas autorais pioneiras.
RtM: O evento foi um sucesso de críticas e opiniões, com o Carioca Club tendo
a lotação máxima, e para muitos, foi um dia histórico do Metal nacional. Até
hoje eu me arrependo em poder não ter ido, porque estava meio que sem
condições. Mas devido algumas pessoas morarem distantes, ou em outros Estados,
os shows foram registrados para um futuro DVD, que só vai depender dos fãs para
ser lançado, pois, juntamente com o André, da Metalmorphose, foi criado o
projeto de crowdfunding no site Catarse. Conte um pouco de como surgiu a ideia.
Batalha: Bem, a ideia do crowdfunding no
site Catarse, a concepção do material e da campanha foram do André Bighinzoli,
já que não houve interesse por parte de gravadoras para lançar o material. As
bandas se reuniram e como o material já estava gravado em vídeo, o Bighinzoli
criou a campanha e colocou no ar (http://www.catarse.me/pt/superpesobrasil).
Isto não é algo tão novo, porque o Velhas Virgens, Raimundos, Dorsal Atlântica,
Hugo Mariutti e muitos outros artistas brasileiros lançaram material através do
financiamento coletivo.
RtM: Também conversamos com o Ravache
e o China Lee, em entrevista para o Road, e comentamos também que acreditamos
que o projeto Super Peso Brasil também servirá para mostrar algumas coisas,
como o quanto os fãs de Metal no Brasil realmente apóiam as grandes bandas que
temos, e que também para termos uma noção de como o público está reagindo a
iniciativas e caminhos diferentes, como é o caso do crowdfunding. O que você
pensa a respeito?
Batalha: Uma coisa
não tem a ver com outra porque ninguém é obrigado a participar de nada. Quem
quer comparece aos shows, assim como quem se interessa compra o material das
bandas. Existem pessoas que entendem mais a profundidade de ações como esta,
mas não acredito que as pessoas que não apoiam estejam contra o Metal
brasileiro. Por outro lado, acredito que muitos ainda não têm conhecimento do
que seja esta modalidade de financiamento coletivo. Não se trata de 'dar
esmola', mas de viabilizar um lançamento. Se a pessoa tiver interesse, ela
entra no projeto e recebe o material em casa. É até bem simples.
RtM: Bom, obrigado Batalha, fica o
espaço para sua convocação final aos Headbangers!!!
Batalha: Vou mudar aqui a letra da 'Rock
Na Cabeça' do Centúrias: 'Não deixe o Metal faltar / Neste caso, ele é como o
ar!'.
Facebook do Projeto
Entrevista: Gabriel Arruda
Colaborou: Carlos Garcia
Introdução/edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
É Até dia 06/07!!!!!!
Vamos lá pessoal! é a arrancada final para garantir este material histórico! O Road to Metal está nessa também! Abaixo o link, só para refrescar a memória, e também o caminho de forma ilustrada! E como diz a música "Sobreviver", do Centurias, "A máquina não vai parar!"
ACESSE AQUI E PARTICIPE
Facebook do Projeto
Entrevista: Gabriel Arruda
Colaborou: Carlos Garcia
Introdução/edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
É Até dia 06/07!!!!!!
Vamos lá pessoal! é a arrancada final para garantir este material histórico! O Road to Metal está nessa também! Abaixo o link, só para refrescar a memória, e também o caminho de forma ilustrada! E como diz a música "Sobreviver", do Centurias, "A máquina não vai parar!"
ACESSE AQUI E PARTICIPE
Nenhum comentário:
Postar um comentário