sábado, 5 de dezembro de 2015

Entrevista: Pop Javali - Desbravando Novas Fronteiras



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O Pop Javali é um Power Trio brasileiro com 20 anos de carreira na música, tendo como influências as bandas de Classic Rock e Progressive Rock dos anos 70 e 80, e vem mantendo a mesma formação desde seu início, com Jaéder Menossi (Guitarra), Marcelo Frizzo (Baixo e Vocal) e Loks Rasmussen (Bateria), o que lhes proporciona um entrosamento perfeito.

A banda já dividiu o palco com lendas como Deep Purple e Uriah Heep, além de inúmeras apresentações pelo Brasil, tendo dois álbuns lançados, e o mais recente, "The Game of Fate" (2014), o qual foi produzido pelos irmãos Busic (do também power trio Dr. Sin) vem tendo excelente repercussão com fãs e mídia especializada.

Colhendo os frutos deste excelente álbum e desses anos todos de estrada, o Pop Javali recentemente fez sua primeira tour na Europa, passando por 4 países em 9 shows. Conversamos com o guitarrista Jaéder para nos falar dessa viagem, algumas curiosidades e também sobre esse ótimo momento da banda. Confira a seguir.

RtM: Recentemente a banda retornou de tour no exterior, nos contem como surgiu a oportunidade e também a ideia da tour?  Vocês sentiram que era uma necessidade, inclusive para dar novos passos na carreira, e que também havia uma demanda?

Jaéder Menossi – Primeiramente, agradeço a Road to Metal pela oportunidade. A ideia surgiu em parceria com o Som do Darma, que é responsável pelo nosso Press Management e Gerenciamento de Carreira. Eles fizeram contatos e enviaram material para casas e Festivais tradicionais na Europa, e muitas delas retornaram demonstrando interesse em contratar a banda. A partir disso, foi sendo montado o schedule e logística conforme as disponibilidades de agendas das casas e as distâncias entre elas. Sentimos que era uma ótima oportunidade, vindo de encontro as nossas metas e objetivos profissionais. 


RtM: Como foi a recepção do público? Encontraram um público receptivo, público que conhecia o trabalho do Pop Javali também? Deu pra sentir que há um mercado que pode ser melhor explorado pelas bandas brasileiras, porque, temos outras bandas com visibilidade lá fora, mas ainda vejo que ainda conhecidas por um público restrito.

Jaéder – A recepção foi fantástica! Encontramos um público receptivo que conhecia o trabalho da banda num nível surpreendente. Nos perguntavam porque não tocamos uma determinada música no set, sobre a guitarra que eu usei no clipe de ‘’Healing no More’’, que técnica que eu usei num determinado vídeo no Youtube. Foi muito gratificante ver como eles se interessam pelo trabalho de uma banda que vão assistir ao vivo e também pelo trabalho dos músicos individualmente. 


RtM: E as condições que vocês encontraram para tocar, em termos de locais, equipamentos, etc?

Jaéder – As condições eram excelentes, equipamento de som e luz sempre de primeira. Os locais todos bem estruturados com engenheiros de som prontos para te atender em qualquer necessidade. 


RtM: E quais as grandes diferenças que vocês sentiram entre fazer uma tour aqui no Brasil e lá no exterior?

Jaéder – Com relação a receptividade do publico é muito parecido, fomos sempre muito bem acolhidos tanto aqui quanto lá. Uma diferença importante é que a Europa é o “berço’’ do rock, o rock esta inserido na cultura deles de uma maneira diferente. Poder ter tocado no Cart & Horses que foi onde o Iron Maiden fez as primeiras apresentações, por exemplo, foi um privilégio. Participar de festivais como o Razorblade e Sneeker Metal Meeting, também. Sem falar no intercâmbio com as bandas e com fãs de outros países e as novas amizades que tivemos oportunidades de fazer.


RtM: E qual o balanço final que vocês fazem dessa tour? Deixaram muitas portas abertas?

Jaéder – Sim, o balanço foi altamente positivo! Nossas performances foram muito boas, cheias de energia, fomos destaque tanto pela interação com o público quanto por sermos a banda brasileira da noite. O pessoal lá respeita e se interessa muito por bandas brasileiras, muito devido aos trabalhos pioneiros de bandas como Sepultura e Angra. Existe um ‘’pré-conceito’’ do bem no ar. 


RtM: Falando sobre “The Game of Fate”, que recebeu muito boa recepção por parte de crítica e público, e continua sendo divulgado, gostaria que vocês falassem sobre os resultados alcançados até agora, se estão dentro do que vocês esperavam, as expectativas foram superadas ou ainda aquém do que vocês planejaram?

Jaéder – Foi um álbum que fizemos com muito carinho e cuidado nos detalhes, claro que esperávamos uma boa recepção, mas a expectativa foi superada em muito. A se destacar a produção impecável dos irmãos Busic que ajudou sobremaneira para atingirmos o resultado que queríamos. 


RtM: E sendo um Power-Trio, uma formação que se popularizou bastante a partir dos anos 60, trazendo como característica a capacidade e virtuosismo dos músicos, com ênfase na parte instrumental. Vocês pensaram o Pop Javali desde o início nesse formato? Tendo em mente essas características e também a maior liberdade que essa formação dá?

Jaéder – Sim, sempre quisemos esse formato, muito até pela afinidade dos três, pessoal e musical. É difícil encontrar pessoas comprometidas com um mesmo ideal, quanto menos gente, menos difícil (risos). Quanto a parte musical, se por um lado dá mais liberdade, por outro, exige maior criatividade para que a banda soe sempre coesa.


RtM: E quais seriam os seus Power Trios preferidos?
Jaéder - Os meus power trios prediletos são Rush, Motörhëad, ELP. Numa outra fase, Prong e Primus.


RtM: Eu vejo o público do Classic Rock, Hard Rock e Metal como um público fiel, e acredito que as boas bandas do estilo sempre terão mercado. Como vocês têm percebido o cenário atual, que inclusive tem revelado novas bandas que fazem música inspirada na sonoridade dos anos 60 e 70, como Blues Pills, Rival Sons e outras?

Jaéder – Sobre as bandas mencionadas, não as conhecia, vou pesquisar, obrigado pela informação. Eu acho ótimo porque onde estamos hoje deve-se muito as referencias dos anos 60 e 70. Tivemos muita influencia de bandas dessas gerações.


RtM: Como curiosidade, gostaria que vocês contassem sobre o nome da banda, como vocês o escolheram e o significado dele?

Jaéder – Queríamos sair do estereotipo dos nomes compostos em inglês, exemplo, “Deformation of Contamination”, “Abominition of Mortification” (risos), etc. Queríamos um nome direto e de fácil assimilação. Quem assiste nossos shows nunca mais esquece o nome da banda. É um nome marcante!


RtM: E os planos do Pop Javali para 2016?

Jaéder – Para 2016 estudamos lançar um CD ao vivo com alguns dos shows que gravamos durante essa turnê pela Europa. Também o próximo de inéditas está bem adiantado e talvez tenhamos um álbum novo saindo do forno no segundo semestre, mais para o final do ano. Estamos também priorizando o lançamento de dois novos clipes pra esse ano. Enfim, muito trabalho e diversão à vista. 


RtM: Pessoal, obrigado pela atenção, parabéns pelos mais de 20 anos fazendo boa música e pelas novas conquistas. Fica o espaço para a sua mensagem aos fãs!

Jaéder – Muito obrigado pelo espaço, ficamos a disposição sempre que quiserem e peço a todos que confiram novidades em nossas redes sociais e website.


Entrevista: Carlos Garcia
Fotos: Arquivo da Banda e Som do Darma



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