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O Pop Javali é
um Power Trio brasileiro com 20 anos de carreira na música, tendo como
influências as bandas de Classic Rock e Progressive Rock dos anos 70 e 80, e
vem mantendo a mesma formação desde seu início, com Jaéder Menossi (Guitarra),
Marcelo Frizzo (Baixo e Vocal) e Loks Rasmussen (Bateria), o que lhes
proporciona um entrosamento perfeito.
A banda já
dividiu o palco com lendas como Deep Purple e Uriah Heep, além de inúmeras
apresentações pelo Brasil, tendo dois álbuns lançados, e o mais recente,
"The Game of Fate" (2014), o qual foi produzido pelos irmãos Busic
(do também power trio Dr. Sin) vem tendo excelente repercussão com fãs e mídia
especializada.
Colhendo os
frutos deste excelente álbum e desses anos todos de estrada, o Pop Javali
recentemente fez sua primeira tour na Europa, passando por 4 países em 9 shows.
Conversamos com o guitarrista Jaéder para nos falar dessa viagem, algumas
curiosidades e também sobre esse ótimo momento da banda. Confira a seguir.
RtM: Recentemente
a banda retornou de tour no exterior, nos contem como surgiu a oportunidade e
também a ideia da tour? Vocês sentiram
que era uma necessidade, inclusive para dar novos passos na carreira, e que
também havia uma demanda?
Jaéder
Menossi – Primeiramente,
agradeço a Road to Metal
pela oportunidade. A ideia surgiu em parceria com o Som do Darma, que é responsável
pelo nosso Press Management e Gerenciamento de Carreira. Eles fizeram contatos
e enviaram material para casas e Festivais tradicionais na Europa, e muitas
delas retornaram demonstrando interesse em contratar a banda. A partir disso, foi
sendo montado o schedule e logística conforme as disponibilidades de agendas
das casas e as distâncias entre elas. Sentimos que era uma ótima oportunidade, vindo
de encontro as nossas metas e objetivos profissionais.
RtM: Como
foi a recepção do público? Encontraram um público receptivo, público que
conhecia o trabalho do Pop Javali também? Deu pra sentir que há um mercado que
pode ser melhor explorado pelas bandas brasileiras, porque, temos outras bandas com visibilidade
lá fora, mas ainda vejo que ainda conhecidas por um público restrito.
Jaéder
– A recepção foi fantástica!
Encontramos um público receptivo que conhecia o trabalho da banda num nível
surpreendente. Nos perguntavam porque não tocamos uma determinada música no set,
sobre a guitarra
que eu usei no clipe de ‘’Healing no More’’, que técnica que eu usei num
determinado vídeo no Youtube. Foi muito gratificante ver como eles se
interessam pelo trabalho de uma banda que vão assistir ao vivo e também pelo
trabalho dos músicos individualmente.
RtM: E
as condições que vocês encontraram para tocar, em termos de locais,
equipamentos, etc?
Jaéder
– As condições eram
excelentes, equipamento de som
e luz sempre de primeira. Os locais todos bem estruturados com
engenheiros de som prontos para te atender em qualquer necessidade.
RtM: E
quais as grandes diferenças que vocês sentiram entre fazer uma tour aqui no Brasil e lá no
exterior?
Jaéder
– Com relação a
receptividade do publico é muito parecido, fomos sempre muito bem acolhidos
tanto aqui quanto lá. Uma diferença importante é que a Europa é o “berço’’ do
rock, o rock esta
inserido na cultura deles de uma maneira diferente. Poder ter tocado no Cart
& Horses que foi onde o Iron Maiden fez as primeiras apresentações, por
exemplo, foi um privilégio. Participar de festivais como o Razorblade e Sneeker Metal Meeting, também. Sem
falar no intercâmbio com
as bandas e com fãs de outros países e as novas amizades que
tivemos oportunidades de fazer.
RtM: E
qual o balanço final que vocês fazem dessa tour? Deixaram muitas portas
abertas?
Jaéder
– Sim, o balanço foi
altamente positivo! Nossas performances foram muito boas, cheias de energia,
fomos destaque tanto pela interação com o público quanto por sermos a banda brasileira da
noite. O pessoal
lá respeita e se interessa muito por bandas brasileiras,
muito devido aos trabalhos pioneiros de bandas como Sepultura e Angra. Existe
um ‘’pré-conceito’’ do bem no ar.
RtM: Falando
sobre “The Game of Fate”, que recebeu muito boa recepção por parte de crítica e público,
e continua sendo divulgado, gostaria que vocês falassem sobre os resultados
alcançados até agora, se estão dentro do que vocês esperavam, as expectativas
foram superadas ou ainda aquém do que vocês planejaram?
Jaéder
– Foi um álbum que
fizemos com muito carinho e cuidado nos detalhes, claro que esperávamos uma boa
recepção, mas a expectativa foi superada em muito. A se destacar a produção impecável dos irmãos
Busic que ajudou sobremaneira para atingirmos o resultado que queríamos.
RtM: E
sendo um Power-Trio, uma formação que se popularizou bastante a partir dos anos
60, trazendo como característica a capacidade e virtuosismo dos músicos, com
ênfase na parte instrumental. Vocês pensaram o Pop Javali desde o início nesse formato? Tendo em mente essas características e também a maior
liberdade que essa formação dá?
Jaéder
– Sim, sempre quisemos
esse formato, muito até pela afinidade dos três, pessoal e musical. É
difícil encontrar pessoas comprometidas com um mesmo ideal, quanto menos gente,
menos difícil (risos). Quanto a parte musical, se por um lado dá mais liberdade, por
outro, exige maior criatividade para que a banda soe sempre coesa.
RtM: E quais seriam os seus Power Trios preferidos?
Jaéder - Os meus power
trios prediletos são Rush, Motörhëad, ELP. Numa outra fase, Prong e Primus.
RtM: Eu
vejo o público do Classic
Rock, Hard Rock
e Metal como um público fiel, e acredito que as boas bandas
do estilo sempre terão mercado. Como vocês têm percebido o cenário atual, que
inclusive tem revelado novas
bandas que fazem música inspirada na sonoridade dos anos 60 e
70, como Blues Pills, Rival Sons e outras?
Jaéder
– Sobre as bandas
mencionadas, não as conhecia, vou pesquisar, obrigado pela informação. Eu acho ótimo
porque onde estamos hoje deve-se muito as referencias dos anos 60 e 70. Tivemos
muita influencia de bandas dessas gerações.
RtM: Como
curiosidade, gostaria que vocês contassem sobre o nome da banda, como vocês o
escolheram e o significado dele?
Jaéder
– Queríamos sair do
estereotipo dos nomes compostos em inglês, exemplo, “Deformation of
Contamination”, “Abominition of Mortification” (risos), etc. Queríamos um nome direto e de fácil assimilação.
Quem assiste nossos shows nunca mais esquece o nome da banda. É um nome
marcante!
RtM: E
os planos do Pop Javali para 2016?
Jaéder
– Para 2016 estudamos
lançar um CD ao vivo
com alguns dos shows que gravamos durante essa turnê pela Europa. Também o próximo
de inéditas está bem adiantado e talvez tenhamos um álbum novo saindo do forno
no segundo semestre, mais para o
final do ano. Estamos também priorizando o lançamento de dois
novos clipes pra esse ano. Enfim, muito trabalho e diversão à vista.
RtM: Pessoal,
obrigado pela atenção, parabéns pelos mais de 20 anos fazendo boa música e pelas novas conquistas.
Fica o espaço para a sua mensagem aos fãs!
Jaéder
– Muito obrigado pelo
espaço, ficamos a disposição sempre que quiserem e peço a todos que confiram novidades
em nossas redes sociais e website.
Entrevista: Carlos Garcia
Fotos: Arquivo da Banda e Som do Darma
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