Dia
28/12/2015, uma notícia que atingiu à todos os fãs como uma bomba, a morte de
um dos poucos verdadeiros ícones do Rock & Roll e Heavy Metal que ainda
restam. A morte física, pois a lenda permanece viva, e Ian Fraiser Kilmister, o
Lemmy, nascido em 24/12/1945, passou o último natal aqui entre os mortais.
Diagnosticado com um câncer agressivo no dia 26 (segundo fontes oficiais, câncer no cérebro e pescoço, e diante de vários problemas de saúde que vinha passando, não havia sido detectado essa doença antes), o corpo debilitado de Lemmy
não resistiu, e aos 70 anos, 20 dias depois de finalizar a tour do Motörhead
pela Europa, deixou este mundo fazendo o que sempre disse que faria, tocar até
que a vida se esvaísse do seu corpo. Pouco mais de um mês atrás, 12/11, Phil "Animal" Taylor, que foi baterista do Motörhead por muitos anos, tendo participado de clássicos como "Ace Spades".
Dia 30 de
abril de 2015, foi um dia muito esperado por mim e muitos outros que estavam no
estádio do Zequinha em Porto Alegre, durante a “Monster Tour”, pois sabíamos que
provavelmente seria a última chance de ver Lemmy e o Motörhead nos palcos, pois
com a saúde debilitada, tudo indicava que se aproximava a aposentadoria de Mr.
Kilmister, ou no mínimo, faria shows muito esporadicamente, e provavelmente
ainda gravaria novas músicas.
A apreensão e
ansiedade aumentou por conta das notícias de que a saúde de Lemmy piorava, e
foi um grande susto o cancelamento do show em São Paulo, poucos dias antes. Mas
o dia 30 chegou, e foi um daqueles dias que ficam marcados para sempre. Estar
ali, ao lado de amigos de longa data, familiares (meu irmão e meu filho), os
companheiros e amigos do Road to Metal, e mais uma nação de fãs que ali estavam
para vibrar a cada palhetada de Lemmy no seu Rickenbacker, e mesmo que o corpo
já não lhe permitisse a mesma vibração de outrora, ele deu tudo de si, e a cada
gesto, cada palavra, sabíamos que ali estava um verdadeiro ícone, uma lenda que
viveu o Rock, foi roadie de Jimi Hendrix, sempre se doou em prol da sua
música e dos fãs, não enriqueceu monetariamente, como muitos astros, inclusive muitos
até com menos brilho e merecimento, mas com certeza acumulou uma riqueza maior,
a de ser um cara autêntico e por isso merecidamente idolatrado, a lenda entre as lendas.
Lembro do
final do show, quando ele se despediu, largou o baixo, virou e foi caminhando
lentamente, sumindo ao fundo do palco. Comentei com o amigo ao lado que era um
momento emblemático, parecia um adeus mesmo, e seria o provável último show
dele que veríamos. Esperávamos, claro, que o velho Lemmy, osso duro, durasse
mais alguns anos, e lembrei do que ele disse ao entrevistador em seu
documentário, “Lemmy”, quando
perguntado sobre qual o segredo para sua longevidade, principalmente devido à
vida desregrada e cheia de excessos, ele respondeu: “Dont’ Die!” (Não Morra!).
Partiu mais
uma lenda para sua última grande tour.
Descanse em paz Lemmy...You Are Motörhead!
Abaixo,
mais algumas imagens que pudemos presenciar, e registradas pelas lentes do Diogo
Nunes, durante a cobertura do Road na Monster Tour.
Nenhum comentário:
Postar um comentário