segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

W.A.S.P. - "Golgotha": Digno do Top 5 da Banda, e Disponível no Brasil via Shinigami Records



Comemorando o lançamento de "Golgotha" no Brasil, álbum muito esperado pelos fãs do W.A.S.P., reeditamos nossa matéria, porém "vitaminada" por mais algumas informações, detalhes e links! Confira:
 
O W.A.S.P. é sem dúvidas uma banda que ainda possui relevância na cena Metal, e segue lançando álbuns de qualidade e com músicas capazes de empolgar os fãs, ou seja, é daqueles grupos que o tempo não lhes tirou a gana, ao contrário de muitos que parecem lançar álbuns apenas para cumprir contrato, ou por saber que com o apelo "comercial" que possuem, vão vender os discos e os produtos como água no deserto!

Com o tempo, aquela banda com visual e letras mais chocantes, com direito a shows repletos de exageros, efeitos pirotécnicos, carne crua e modelos nuas, que tanto incomodou puristas e órgão como a PMRC nos anos 80, foi amadurecendo, e tanto o visual como o conteúdo das letras também foi mudando, e podemos colocar aí o álbum "The Headless Children" (89) como um divisor, marcando essa mudança na sonoridade e atitude (embora seguindo uma linha mais "comercial", um bom álbum), claro, tudo isso em função do seu mentor, Blackie Lawless, pois o WASP é Lawless, não podemos negar. No mesmo ano a banda se separou, e em 1992, o que era para ser um álbum solo de Lawless, foi lançado sob o nome WASP, tornando-se a sua obra-prima, o aclamado "Crimson Idol", trabalho conceitual.



Desde então, entre diversas trocas de integrantes, Lawless vem lançando álbuns regularmente, e mantendo a banda relevante, com bons álbuns como as duas partes de "The Neon God" (2004) e "Babylon" (2009), o último álbum de estúdio até 2015, onde finalmente vê a luz do dia o novo trabalho, "Golgotha", que vem sendo produzido desde 2011 (nesse ínterim Lawless ainda teve que se submeter a uma cirurgia, devido a fratura na perna).

Sobre o processo de composição, abro parênteses para algumas palavras bem legais de Blackie Lawless: "Uma coisa que você aprende ao longo dos anos no processo de composição, é que depois das músicas começarem a tomar forma, elas começarão a falar com você e elas vão te dizer onde elas querem ir. O truque é aprender a ouvir quando elas falam."


Lutando contra a ansiedade e expectativa de ouvir um novo trabalho de pois de 6 anos, hora de colocar a bolacha rodar. Pois bem,  nos primeiros acordes de "Scream", a faixa de abertura de "Golgotha", já é possível identificar que é W.A.S.P. que está tocando, as melodias, a voz característica de Lawless, os backing vocals, o refrão ganchudo e uma pegada pesada, ótima escolha para abertura. Nada de invenções ou complicações, é W.A.S.P.! e é muito bom! 


"Last Runaway" tem uma melodia mais "leve", numa levada bem Hard Rock, agradável e cativante, e a na letra Lawless fala a respeito dos tempos que passou dificuldades em Hollywood, sendo praticamente um sem-teto por um período; "Shotgun" também vem bem "comercial", com melodias até bem manjadas, porém muito legais, e mostrando que o velho Lawless forjou uma bela coleção de melodias e refrãos "grudentos" nesses últimos tempos, coisa que sempre foi um mestre.

"Miss You" é o que podemos chamar de "baladaça", interpretada com bastante emoção, naquela conhecida fórmula das baladas Metal, começa melodiosa, e cresce no refrão, aquele solo mais longo, melódico e profundo, aliás, um belo solo de autoria de Doug Blair. Uma curiosidade, conforme o vocalista conta no site oficial, ela foi a primeira música que escreveu para "Crimson Idol", que junto a mais duas outras, não entrou no álbum, e agora foi a primeira a ser gravada para este novo álbum.


"Fallen Under" soa introspectiva e vai ganhando em emoção e peso, destacando um belo trabalho de Dupke na bateria, bom...do refrão nem preciso falar; "Slaves of the New World Order"  começa com melodias de vocais acompanhadas pelo teclado (tem uns hammonds bem colocados, que aliás, aparecem em várias faixas), para em seguida entrar em um andamento cavalgado, riffs, bases e alternância de ritmos bem tradicionais, e até um coro "hey hey! hey hey!", com certeza você já ouviu algo assim, inclusive em álbuns do próprio WASP, mas é isso, é feito por quem sabe!

"Eyes of My Maker", traz mais boas melodias e refrãos, e também um ar "saudosista", presente por todo o trabalho, o que quero reafirmar é o que disse no início, é WASP, com todas aquelas características que conhecemos. Cadenciada, a música segue o padrão do álbum, que é mais introspectivo num todo, com as canções seguindo esse ritmo mais cadenciado, mais "balada", mas jamais sendo cansativo, assim como "Hero of the World", que segue uma levada semelhante.



"Golgotha", a faixa título, é épica, praticamente uma "power ballad", com estrutura e melodias de certa forma simples, assim como as demais músicas do álbum, porém com um senso melódico feito por quem realmente sabe, destacando o grande refrão e os vocais marcantes de Lawless, que, se não tem grandes variações ou recursos, tem o principal que é a personalidade e o feeling.

Um álbum em que o fã do WASP vai encontrar tudo o que espera, refrãos e melodias cativantes, Heavy/Hard sem invenções ou instrumental mirabolante, afinal, quem disse que música boa precisa ser complicada? Muito pelo contrário! E 33 anos de carreira não são 3! Obrigado Blackie Lawless por nos dar o que esperamos, mais um grande álbum do velho e bom W.A.S.P.!

Texto: Carlos Garcia

Banda: W.A.S.P.
Álbum: Golgotha (2015)
País: EUA
Estilo: Heavy/Hard
Selo: Napalm Records - Licenciado para Shinigami Records
Adquira o álbum AQUI


Line-up:
Blackie Lawless - Vocals, Guitarist
Mike Duda - Bass Guitar
 Doug Blair - Lead Guitar
Mike Dupke - Drums

Track listing
Scream
 Last Runaway
 Shotgun
 Miss You
 Fallen Under
 Slaves Of The New World Order
 Eyes Of My Maker
 Hero Of The World
 Golgotha




Álbuns de Estúdio

Ano       Álbum

1984      W.A.S.P.

1985      The Last Command

1986      Inside the Electric Circus

1989      The Headless Children

1992      The Crimson Idol

1995      Still Not Black Enough

1997      Kill Fuck Die

1999      Helldorado

2001      Unholy Terror

2002      Dying for the World

2004      The Neon God: Part 1 – The Rise

The Neon God: Part 2 – The Demise

2007      Dominator

2009      Babylon

2015      Golgotha



Live Álbuns

    Live...In the Raw (1987)

    Double Live Assassins (1998)

    The Sting: Live at the Key Club L.A. (2000)

 
Coletâneas

    First Blood Last Cuts (1993)

    The Best of the Best 1984-2000 vol. 1 (2000)

    The Best of the Best (2007)

 
Videos

    Live at the Lyceum, London (1984)

    Videos... In The Raw (1987)

    First Blood Last Visions (1993)

    The Sting: Live at the Key Club L.A. (2000)
 



Assista aos lyric vídeos oficiais nos links abaixo: 

Scream

Golgotha






 

Nenhum comentário: