quarta-feira, 3 de abril de 2024

Entrevista - Alchimist: “Painkiller” do Judas Priest é o álbum que mais traduz o que é heavy metal

Por: Renato Sanson

Músico entrevistado: João Lobo (baixista)

A ideia sonora do Alchimist vai além do Thrash Metal em si. Tendo uma linha bem tênue com o Heavy Metal mais tradicional. O que deixa a sonoridade bem interessante. A ideia sempre foi essa?

Primeiramente, obrigado pela oportunidade dessa conversa e sim, a ideia inicial era mesclar várias vertentes do heavy metal fazendo com que o nosso sonho fosse o mais autêntico possível. Para que pudéssemos criar uma identidade forte e até hoje essa identidade ela é bem reconhecida pelos fãs e tem dado bons frutos.

Quais influências tiveram para criar a arquitetura sonora?

Nossa influência não foge muito das bandas mais tradicionais de heavy metal. Adicionado claro, as bandas do metal nacional e musicalmente nós temos muita influência da música brasileira na parte melódica e em outros elementos, que giram em torno do metal.

Em 2016 nascia o debut “The Wisher”. Com uma gama sonora forte e marcante. Conte-nos a respeito da parte criacional do mesmo.

Na época nós não tínhamos tanta experiência em composições e gravações então estávamos à procura desse formato, dessa identidade, dessa forma de compor e dessa forma de expressar. Desde lá até aqui fomos criando experiência e fomos também gravando com outras bandas, tocando com outros projetos e ampliando a nossa gama sonora.

Como foram as críticas do trabalho na época? Acredito, que até hoje repercute positivamente para a banda.

Em geral positivas! A análise girou em torno do que realmente parece ser o “The Wisher” como trabalho que é: uma mistura entre metal progressivo e power metal. Então na época essas não eram as nossas influências mais presentes, mas temos muito orgulho de ter feito dessa forma. 

Na época próxima ao lançamento saímos em muitos sites e atendemos a muitas entrevistas então a repercussão foi bem positiva e logo após o lançamento nós fizemos muitos shows, principalmente no ano seguinte em outras cidades perto da nossa cidade Natal.

Oito anos se passaram do primeiro álbum. Existe uma previsão de lançamento para o sucessor?

Durante todos esses anos estivemos compondo e fazendo músicas novas. Nosso próximo trabalho sairia durante a pandemia ali em 2020, no entanto, pelo próprio acontecimento da pandemia nós tivemos que postergar tudo isso e só agora em 2024 temos previsão para lançar um novo álbum. Com single novo saindo durante o mês de abril. 

Tivemos também algumas mudanças de formação na banda e tudo isso leva bastante tempo para reestruturar e consolidar o que já tem como trabalho. O próximo álbum será um trabalho conceitual muito robusto e que traduz verdadeiramente o momento atual da banda.

Em 2023 foi lançado o live “The Ritual”. Tocando na integra “The Wisher” com a adição da composição “Obsessed”. Comentem sobre a ideia de lançar um disco ao vivo. Eu particularmente sou muito fã dos lives.

O disco ao vivo sempre expressa bem o som de uma banda e eu também sou muito fã de trabalhos ao vivo, e a ideia foi justamente aproveitar o momento de lives e shows ao vivo pela internet para fazermos um registro e deu muito certo! O material ficou com uma qualidade decente (não ficou extremamente profissional), mas o registro é muito válido e a ideia é fazer com que todos os álbuns tenham álbum ao vivo após o lançamento em estúdio.

 Eu particularmente gostei bastante do resultado e acho que mostrou bem a pegada do Alchimist. A faixa “Obsessed” já era tocada ao vivo e estará presente no próximo álbum e decidimos colocar no trabalho ao vivo por mostrar esse nosso lado mais atual.

Em relação aos shows, vocês tocarão com o Angra em breve. Como está a expectativa? O que estão planejando para este grande momento?

A expectativa é a melhor possível! Vamos tocar duas músicas novas e além de trocar experiência com a equipe do Angra e experimentar um novo setlist nesse segundo show com um novo baterista o Pedro Isaac. Vai ser um grande show e esperamos fazer isso mais e mais vezes.

Finalizando, gostaria de saber os próximos passos da banda e se pudesse criar um ranking dos cinco melhores álbuns de Heavy Metal de todos os tempos, quais seriam? Obrigado pela participação!

É difícil criar um ranking dos 5 melhores álbuns, mas vale a tentativa: Iron Maiden (The Number of the Beast), Black Sabbath (Paranoid), Sepultura (Beneath the Remains), Angra (Temple of Shadows) e em primeiro lugar tem que ser o “Painkiller” do Judas Priest que em minha opinião é o álbum que mais traduz o que é heavy metal.



 

 

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