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sábado, 14 de abril de 2012

Entrevista: Drowned & Fernando Lima: Do Inferno A Terra Para Quebrar Ossos


Os mineiros do Drowned já são sinônimo de excelência no underground nacional, não só pelos seus lançamentos, mas sim pelo tempo que se mantém vivos na cena, sempre inovando e mostrando que se pode sim fazer Metal Extremo no Brasil. Tivemos o prazer de conversar com o vocalista Fernando Lima que nos conta sobre o momento atual da banda, algumas adversidades do passado e também sobre nossa cena. Com vocês o “quebra ossos” Fernando Lima:


RTM: Quando se fala em Metal mineiro é claro que os saudosos anos 80 nos remetem a memória. Mas atualmente que bandas vocês destacam para os bangers ouvirem vindos do histórico triangulo mineiro?  E como vocês avaliam o papel da gravadora Cogumelo Records no desenvolvimento desta cena?

F. Lima: Com certeza a Cogumelo Records tem investido em bandas e dado uma boa condição para elas desenvolverem um bom trabalho. Nestes tempos de mudança da música isto é algo difícil de ver na cena Metal brasileira. Aqui realmente temos muitas bandas boas. Recomendo o Scourge, banda de Death Metal de Uberlândia; o Expurgo, banda de Grind aqui de BH; o In Nomine Belialis e o Defacer, Black Metal de BH; O Facínora, banda de Thrash Metal de BH também; Sarcasmo, banda de Death Metal aqui de BH e muitas outras... No interior de Minas também temos muitas bandas excelentes.


RTM: O álbum "Bio Violence" (2006) é um marco na carreira de vocês, e ele trouxe novos elementos para a já rica sonoridade da banda e essa tendência vem só sendo ampliada nos lançamentos recentes.  Na visão do Drowned como foi essa evolução? E pelos fãs mais conservadores como foi à receptividade?

F. Lima: Na época, queríamos um álbum de Metal diferente do que já havíamos feito antes. Nós começamos a compor com este objetivo e tentamos soar o mais original possível. No final das contas, acho que desenvolvemos ainda mais a personalidade da banda e o “Belligerent”, apesar de ser muito mais agressivo e rápido que o “Bio-violence” tem as características do Drowned muito presentes. Alguns fãs mais acostumados com o som do “Bonegrinder” e do “Butchery Age” estranharam um pouco no início, mas logo foram se acostumando e embora não seja o preferido por estes fãs, tem seu valor na discografia.


RTM: É tradição da banda sempre disponibilizar alguns CDs e demos para o download no site de vocês. Prova disso é o novo lançamento da banda “Belligerent Part I” que está disponível no site para download. Bem, tomando essas atitudes, como vocês vêm à questão dos downloads ilegais? Até que ponto eles prejudicam a carreira das bandas?

F. Lima: Nós sempre gostamos de disponibilizar um material extra para nossos fãs. Muitas coisas não valem mais a pena serem lançadas em formato de CD como EP’s, demos e materiais de pré-produção. Eu não sei bem o que dizer com relação à pirataria ou downloads ilegais... Eu sempre compro CD ‘s das bandas que gosto. Eu gosto de ter o álbum. E acho que muitos fãs de Metal também gostam. Um exemplo disso é o nosso álbum “Belligerent part 1” que ficou 2 meses disponível para download gratuito no site oficial do Drowned, e mesmo assim muitas pessoas perguntaram se nós lançaríamos a versão física em CD. Recebemos até proposta de lançamento do álbum no exterior.



RTM: Uma pergunta que vocês já devem ter ouvido muitas vezes: por que lançar “Belligerent Part II” antes do “Belligerent Part I”? E quais as semelhanças e diferenças entre esses álbuns? Podemos considerar ambos como uma obra conceitual?

F. Lima: Quando fizemos o Belligerent, tínhamos músicas para fazer dois álbuns e chegamos à conclusão que não era viável soltar um álbum duplo, pois ficaria caro e mesmo que conseguíssemos excluir algumas músicas, um álbum de Death Metal de mais de uma hora ficaria cansativo, e como as músicas estavam em um bom nível, dividimos em duas partes. Decidimos lançar o “Belligerent Part II” primeiro porque achamos que os fãs deveriam ouvir estas músicas antes e não quisemos mudar a numeração depois que tudo estava definido. Isto também despertou curiosidade das pessoas e acho que aumentou a procura pela Part I. Um álbum complementa o outro e possuem a mesma ideia musical, mas as músicas são bem diferentes umas das outras. Pode-se dizer que é um trabalho conceitual... O tema principal é a máquina de guerra que o mundo se tornou ao longo do tempo. Somos partes desse maquinário e o dinheiro é o sangue que corre nas veias desta sociedade corrupta, cruel e sem valores a não serem os financeiros. Tudo é valido pelo dinheiro, até mesmo extermínio e invasões. Cada um de nós tem sua parcela de culpa nisso, por alimentar este capitalismo carniceiro e agindo sem pensar nos outros. Somos todos parte da engrenagem.


RTM: Ainda sobre o ultimo lançamento “Belligerent Part I”, ele foi lançado somente em formato virtual até o presente momento. Vocês pretendem lançá-lo em formato físico? E por que da decisão de disponibilizá-lo para download gratuito?

F. Lima: Sim, o CD deverá sair ainda este ano. Foi uma surpresa receber a proposta de lança-lo físico depois que ficou disponível para download por 2 meses no nosso site. A decisão de disponibilizar o “Belligerent Part I” para download gratuito foi porque queríamos que os fãs conhecessem o trabalho por inteiro.


RTM: Nos últimos anos tivemos muitas manifestações de músicos e da critica especializada “dando um puxão de orelha” nos headbangers devido à cena nacional não estar indo bem, e em muitos momentos tivemos declarações que foram polêmicas e até ofensiva para os fãs. O que vocês pensam a respeito?

F. Lima: O Brasil no que diz respeito às bandas, está na melhor fase. Elas estão produzindo álbuns cada vez melhores com produções de boa qualidade. A audiência em shows é que é o problema... Parece que grande parte dos fãs de Metal no Brasil não gosta de Metal feito aqui. E isso é inexplicável... Quando fizemos nossa tour Europeia, o organizador que colocava no cartaz um destaque dizendo que o Drowned é uma banda brasileira ou colocava uma bandeira do Brasil, os shows eram insanos, bem cheios. As pessoas queriam ver a banda do Brasil porque para os europeus, Metal do Brasil é sinônimo de Metal de qualidade, Metal de personalidade.


RTM: O Drowned ao longo de sua carreira sempre enfrentou alguns problemas com estabilidade na formação e até mesmo com o grave acidente automobilístico que Marcos Amorim (guitarra) sofreu no ano 2000 bem na tour de divulgação do 1° álbum “Bonegrinder”. Porém, ao meio destes problemas, sempre se manteve forte o trio Fernando Lima (vocal), Marcos Amorim (guitarra) e Beto Loureiro (bateria) desde sua formação. Como é para vocês darem continuidade neste excelente trabalho com a banda ao meio de tantas adversidades?

F. Lima: Ter uma banda de Metal é algo que você realmente tem que gostar e o convívio tem que ser o melhor possível entre os músicos. As pessoas que estão em uma banda precisam estar com o pensamento focado no mesmo objetivo. Todos que passaram pela banda, durante seu tempo de permanência, estavam bem sintonizados conosco e somaram forças neste período. Isto foi importante para o Drowned prosseguir. O retorno do Rafael à banda foi muito bom, pois ele já conhece bem como funciona a banda. Na época saiu por motivos pessoais e pôde retornar agora no baixo. O Drowned é sempre motivo de muito orgulho para nós, pois conseguimos muitas coisas nesses anos todos de banda e nossa carreira é bem sólida.


RTM: Vocês sempre tiveram a chance de fazer turnês fora do país para divulgação dos álbuns, com isso vocês criaram uma base solida de fãs. Nos dias de hoje até que ponto é importante divulgar seu material lá fora?

F. Lima: É importante porque quanto mais pessoas conhecem a banda, mais a banda vai crescendo e se tornando popular entre o underground. Acho bom fazer turnês e tocar o máximo que conseguir. É a melhor maneira de divulgar o trabalho. Tocar no exterior é importante, pois além de tocar para outro público e, adquirimos experiência.  As turnês na Europa têm shows quase todos os dias. É viajar e tocar a maioria do tempo. Às vezes temos alguns day-off’s  e fazemos algum turismo, mas no geral é ralação... rs...


RTM: Desde o 1° álbum o Drowned sempre contou com a parceria da gravadora Cogumelo Records, como surgiu o convite para entrar no cast da Cogumelo?

F. Lima: Em meados de 1998, começamos a ensaiar com mais empenho e fazer músicas. Nosso objetivo era gravar uma demo e divulgar a banda ao máximo. Em 1999 saiu a demo Where Dark And Light Divide e começamos divulgar e fazer shows. Estávamos em um pique alucinante e conseguimos vender mais de 2000 demos sem contar as que distribuímos e as que as pessoas copiavam e distribuíam para nós. Foi a partir daí que a Cogumelo se interessou pela banda e nos convidou para gravar o Bonegrinder em 2001.


RTM: Voltando um pouco ao passado, no ano de 2005 vocês se apresentaram em um dos maiores festivais de música do país, o “Porão Do Rock” em Brasília, para cerca de 30 mil pessoas. Como foi esta apresentação para vocês? E quais os benefícios que trouxeram a banda?

F.Lima: Foi um show diferente e muito positivo para nós, tanto por tocar para mais de 30 mil pessoas quanto pela produção que era muito profissional. Com este show foi possível mostrar nosso trabalho para muitas pessoas que não nos conhecia ou só conhecia de nome. Os grandes festivais que não priorizam o Metal em seu cast têm estas vantagens... Nós subimos ao palco para alinhar o equipamento e o som enquanto uma banda, não me lembro qual, estava no meio de sua apresentação. Quando começamos, vimos aquele mar de pessoas para nos ver. Foi muito louco... Nunca tínhamos tocado para tanta gente!


RTM: O ano de 2012 começou a mil com grandes lançamentos tanto na parte nacional e internacional. Quais bandas o Drowned recomenda para os bangers ficarem de olho neste ano?

F. Lima: Pelo que eu já ouvi dos lançamentos, o novo Toxic Holocaust “Conjure and Comand” ficou muito bom. O Unearthly “Flagellum Dei”, o Desecrated Sphere “The Unmasking Reality”, o Vulcano “Drowning in Blood” e o ByWar “Abduction” são ótimos lançamentos. Estou ouvindo também o Split “Burial Dreams” das bandas The Black Coffins e Infamous Glory.


RTM: O que podemos esperar da banda para ano de 2012?

F. Lima: Este será o ano de divulgar a banda, fazer muitos shows. Esperamos rodar bastante pelo Brasil antes de fazer a tour fora do país. Quem quiser agendar show com o Drowned é só entrar em contato pelo email drowned@drowned.com.br.


RTM: Bom, gostaria de agradecer em nome de toda equipe Road To Metal por esta bela entrevista e deixo o espaço final a você.

F. Lima: Eu é que agradeço pelo apoio que o Road To Metal sempre deu ao Drowned e a todas as bandas brasileiras.

Aos fãs, espero ver vocês em breve nos shows. Apoiem as bandas nacionais!!!


Entrevista: Luiz Harley Caires e Renato Sanson
Introdução: Renato Sanson
Revisão & Edição: Eduardo Cadore e Renato Sanson
Fotos: Divulgação


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Veja nossas matérias sobre a banda clicando aqui.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Drowned: Diversificado, Inovador e Sempre Muito Agressivo



Desde que a banda se formou no inicio do ano de 1998, o Drowned sempre apresentou uma sonoridade consistente voltada  para a perfeita mescla de Thrash e Death Metal, entretanto os caras não podem ser acusados de ficar na zona de conforto, pois a cada trabalho lançado, novos elementos são agrupados na sua massa sonora, seja passagens mais extremas, como em “Back from Hell” (EP lançado em 2002), ou em partes que nos remetem a cultura brasileira, como no irreparável “Bio-violence” (2006).

Tendo essa percepção, não foi nenhuma surpresa para os fãs quando a banda anunciou que seu novo trabalho seria uma peça conceitual dividida em 2 partes e, como nada vindo desses guerreiros do triângulo satânico mineiro é típico, foi lançado primeiramente a segunda parte da obra, o álbum "Belligerent - Part Two: Death And Greed Are United" (leia a resenha aqui). Sendo que, como foi divulgado a parte 1, a mesma foi disponibilizada para download no site oficial da banda e é sobre esse trabalho que estaremos falando agora.

Denominada de “Part I – The Killing State Of The Art”, fica evidente que esse não é apenas uma sobra de estúdio do trabalho anterior, e arrisco a dizer que após ouvir esse CD várias vezes fica fácil saber porque a parte 2 foi lançada primeiro, pois esse trabalho é extremamente difícil de ser assimilado de primeira, pois o leque de sonoridades é impressionante e cada audição novos elementos vão sendo percebidos.


Méritos totais para a formação da banda que está cada vez mais coesa e segura, o que permite desenvolver uma sonoridade original, nota-se isso nas passagens mais intrincadas da dupla de guitarras assumidas por Marcos Amorim e Kerley Ribeiro, o virtuose Beto Loureiro (bateria) e, o bom filho que a casa retorna, Rafael Porto (baixo), e é claro Fernando Lima, que sabe muito bem dosar os vários timbres da sua voz partindo de gritos mais rasgados a verdadeiros momentos de urso raivoso, sensacional sem sombra de dúvidas.

O disco abre com a poderosa “All hope leads us to the end”, que apresenta um ar de modernidade muito bem-vindo fazendo uma ponte com a faixa título do trabalho, apresentada na parte 2 da obra. Sem dar descanso vem a frenética “Ask for a gun a gift”, uma pancada com inspirado refrão, destaque sem dúvida. “Blood Raid” é um belíssimo interlúdio movido a violões e guitarras beirando o Jazz, sendo esse o único momento mais leve da banda porque o que vem depois é só porrada, nenhuma faixa passa dos 4 minutos e meio, o que dá um certo ar de urgência ao trabalho, como as músicas “Tomorrow belongs to death” e  “Save the Last Tyrant”.


Para finalizar, o Drowned conseguiu fazer uma obra marcante, pois as duas partes se completam. Um conselho de amigo?! Ouça esses dois trabalhos seguidos e tenha uma verdadeira overdose de Metal Extremo brasileiro.

Hail Drowned.



Texto: Luiz Harley Caires
Revisão/edição: Alexandre Ferreira
Fotos: Divulgação



Ficha Técnica

Banda: Drowned

Album: Part I – The Killing State of The Art

Ano: 2012

País: Brasil

Tipo:  Thrash / Death Metal

Gravadora/selo: Cogumelo Records



Formação

Marcos Amorim (Guitarras)

Kerley Ribeiro(Guitarras)

Fernando Lima (Vocal)

Rafael Porto (Baixo)

Beto Loureiro (Bateria)


Track List:

01) All hope leads to the end

02) Ask for a gun as a gift

03) Blood raid

04) Independence is on Market

05) Knocking on the hell’s door

06) Labels for mass murders

07) Save the last tyrants

08) The miserable end begins

09) The payback engine

10) Tomorrow belongs to death

11) United we can be killers

12) Violence is a profitable trade


Acesse e conheça mais sobre a banda



Veja o novo clipe para música "Belligerent".


sábado, 19 de novembro de 2011

Drowned: Herdeiros de “Roots” Lançam Seu Melhor Álbum

Herdeiros da cena mineira do Thrash arrasam em novo disco


Dono de uma discografia invejável com seis álbuns de estúdio, dois EP's, um álbum ao vivo e um DVD, os mineiros do Drowned retornam neste ano de 2011 com o melhor lançamento da carreira.

Estou falando de “Belligerent Part Two – Where Death And Greed Are United” que também marca o retorno de Rafael Porto, mas agora como baixista (Rafael foi guitarrista nos dois primeiros lançamentos da banda, “Bonegrinder” - 2000 e “Back From Hell” – 2002)

Em 2006, quando a banda lançou “Bio-Violence” pensei que o grupo tinha chegado ao limite de amadurecimento e perfeição, mas me enganei, pois o que ouvimos em “Belligerent” é uma evolução ainda maior, mostrando realmente que o Drowned não para no tempo, sempre se aperfeiçoando e cada vez mais fazendo seu som soar atual, contando com uma produção de primeira e cristalina, onde pode se ouvir cada instrumento.

Com seu Thrash/Death característico, o álbum abre com uma pedrada na cara: “The War Remains The Same” com um inicio suave com uma bela intro no violão, abre as portas para uma violência sem fim, com bumbos insanos de Beto Loureiro e um senso de melodia incrível dos guitarristas Marcos Amorim e Kerley Ribeiro, sem contar nos riffs e solos inspiradíssimos da dupla e nos vocais característicos de Fernando Lima, sendo que o baixo de Rafael não fica para trás acompanhando de perto cada nota com um grande destaque.

“Belligerent” e “Human Rights For The Rats” mostram que pode se aliar melodia a muita pancadaria, fazendo uma combinação perfeita e dando um equilíbrio fantástico, e mais uma vez destaque a essa dupla de guitarras, que sabem onde botar cada melodia com perfeição.

Ainda temos a bela intro instrumental “Blood Trail” tocada no violão, dando um clima especial ao álbum, para vir na seqüência a faixa mais violenta do play: “Universal Killing Portion” com toda a violência que conhecemos do Drowned, riffs rápidos e intrincados, blast beats insanos e vociferações alucinantes, em outras palavras, você perderá o pescoço nesta faixa.

Aí estão alguns destaques deste grande álbum, que vale ser conferido na integra, pois estamos diante de um dos melhores lançamentos de 2011, já que esta grande banda nacional merece maior destaque na cena, pois já mostraram que tem qualidade e capacidade de se manter vivo no underground, não precisando provar nada para ninguém.

E os mineiros do Drowned não param por aí, lançando de forma inversa, janeiro de 2012 é data marcada que saíra “Belligerent Part One - The Killing State Of The Art” que estará disponível de forma gratuita para download no site oficial da banda, junto com a parte gráfica, até o momento este lançamento estará disponível somente em formato digital.

Se você tem sérios problemas no pescoço, por favor, tome cuidado ao ouvir o álbum e se você não tem, pode ter certeza que ao final do CD vai entender o que estou dizendo! ALTAMENTE RECOMENDADO!

Texto: Renato Sanson
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Ficha Técnica
Banda: Drowned
Álbum: Belligerent - Part II: Where Death And Greed Are United
Ano: 2011
País: Brasil
Tipo: Thrash Metal/Death Metal
Distribuição: Cogumelo Records

Formação
Fernando Lima (Vocal)
Rafael Porto (Baixo)
Marcos Amorim (Guitarra)
Kerley Ribeiro (Guitarra)
Beto Loureiro (Bateria)

Tracklist
01 The War Remains The Same
02 Belligerent
03 World’s Full Cartridge
04 Before You Try To Kill Me
05 Human Rights For The Rats
06 Where Have Pleasure To Watch You Die
07 Corrupted Side By Side
08 Blood Trail
09 Universal Killing Portion
10 A Death Is Worth A Thousand Words
11 Terror’s Costumers
12 The King Can Do No Wrong

Acesse os links abaixo e conheça mais sobre essa grande banda
Site Oficial (com audição completa do álbum)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Made in Brazil: Drowned – Disponibilizando Material Acessível de Qualidade


Drowned é uma banda natural de Belo Horizonte/MG, formada em 1994 que executa um Thrash/Death Metal moderno e de muita qualidade, mas só após um hiato de quatro anos conseguiram lançar sua primeira demo intitulada de “Where Dark And Light Divine...”.  Nesta época a banda contava com Fernando Lima (vocal), Thiago Rodrigues e Marcos Amorim (guitarras), Rodrigo Nunes (baixo) e Beto Loureiro (bateria). Este primeiro registro obteve excelente repercussão, levando o Drowned a participar de diversas coletâneas brasileiras.

Mas foi no ano de 2000 que eles conseguiram contrato com seu primeiro selo, o selo mineiro Cogumelo Records, uma parceria que levaria o Drowned a ser uma das bandas mais conhecidas do Metal nacional. Neste mesmo ano antes da gravação de seu primeiro álbum, Thiago Rodrigues deixa a banda e dá lugar a Rafael Porto. Após está pequena mudança, o Drowned lança no mercado seu primeiro álbum, “Bonegrinder”, com uma proposta de som não muito comum no Brasil, fazendo uma mescla de agressividade com muitas melodias e até mesmo incluindo algumas partes vocais limpas em seu som, não se prendendo a estilos, mas sendo original e criativo, ganhando muito status com a critica especializada.
Após o lançamento de “Bonegrinder” o Drowned parte para sua primeira excursão nacional passando por diversas partes do Brasil, mas está turnê acabou sendo interrompida devido o grave acidente de automóvel sofrido pelo guitarrista Marcos Amorim, sendo assim o Drowned só retomou suas atividades no ano de 2002.

Com a volta de Marcos, a banda lança um mini álbum chamado “Back From Hell”, onde contém algumas regravações e alguns covers, dando continuidade a turnê de divulgação do álbum “Bonegrinder”.

Eis que os anos de 2003, 2004 e 2005 seriam mais do que especiais para os mineiros, que entrariam numa seqüência matadora de lançamentos, começando pelo seu segundo álbum completo “Butchery Age”, com uma produção de alto nível e contando com o total apoio da Cogumelo Records, levando o Drowned a se tornar uma das primeiras bandas do país do gênero a ter um circuito de shows programado e controlado, que resultou em um total de 27 shows em todo o Brasil. Após esse estardalhaço na cena é lançado seu terceiro disco, “By The Grace Of Evil” onde é apresentado o novo guitarrista da banda, com a saída de Rafael Porto (após a turnê de divulgação de “Butchery Age”) dando lugar a Kerley Ribeiro, este novo petardo ainda mais agressivo e melódico consegue inovar e adicionar novos elementos em seu som, mas sem perder suas características agradando cada vez mais seus fãs. 

No ano de 2005 ainda divulgando seu terceiro trabalho o Drowned fez uma apresentação histórica no festival Porão do Rock, tocando para cerca de 30 mil pessoas e logo em seguida participou do show comemorativo de 25 anos da Cogumelo Records em Belo Horizonte, tendo um diferencial este show foi gravado pela Rede Minas e foi ao ar em horário especial dedicado ao evento, além de render para o Drowned o EP ao vivo “By The Evil Alive”.

Após mais uma mudança de formação com a saída do baixista Rodrigo Nunes sendo substituído por Wesley Ribeiro, o Drowned lança mais um grande álbum “Bio Violence” em 2006, um álbum que dividiria seus fãs, pois o Drowned sempre inovou a cada disco e nesse não seria diferente, sempre mantendo a agressividade característica do grupo, mas ainda mais melódico com grande variação rítmica e grande complexidade nos arranjos, levando os mineiros a um grande crescimento musical.

Este novo lançamento levaria o grupo a uma turnê fora do país para tocar em cinco países europeus entre março e abril de 2008 (Alemanha, Bélgica, República Tcheca, Áustria e Suíça).

Neste mesmo ano de 2008 o Drowned completava 10 anos de existência e para comemorar esta data tão importante, foram disponibilizados vários materiais raros em seu site para download gratuito.

Em 2009 a banda lança pela Cogumelo Records o álbum “Box Of Bones” onde contem gravações de diversas épocas e ainda contendo um DVD bônus, com vários registros ao vivo coletado durante as ultimas turnês.

No ano 2010 o Drowned em parceria com a banda Necroskinner lança em Portugal pelo selo Metal Soldiers o split – “Bone’s Out”, onde contem sete músicas inéditas da banda.

Neste ano de 2011 o Drowned sofre mais uma mudança de formação: o baixista Wesley Ribeiro deixa a banda e quem retorna é o ex-guitarrista Rafael Porto, mas agora assumindo o posto de baixista. Em março deste ano, os mineiros retornaram ao estúdio para lançar mais um grande álbum no mercado que já tem o nome de “Belligerent”, que tem previsão para sair em outubro deste ano.

Bom, você que não conhecia esta grande banda, fica ai um pouco da história destes guerreiros do Metal nacional que passaram por grandes dificuldades, mas nunca abandonaram seus sonhos se mantendo forte na cena e se tornando uma das bandas brasileiras mais respeitadas fora do país.

Banda é um dos maiores nomes do Thrash brasileiro

Estes guerreiros estão disponibilizando em seu site uma incrível promoção de seu merchandising oficial, com um preço que realmente vai espantar até o headbanger mais otimista, o Drowned disponibilizou sua discografia completa a venda por menos de 15 reais cada álbum e ainda uma super promoção contendo todos os discos mais as camisetas oficiais por um preço super acessível, e ainda são disponibilizados para download gratuito os dois álbuns ao vivo da banda.

Então você, headbanger que gosta de ter coleções completas, corra atrás da sua, pois sai mais barato comprar os álbuns originais do Drowned do que fazer o download. Corra a trás da sua, pois eu já garanti a minha!

Texto: Renato Sanson
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Confira estas grandes promoções nos liks abaixo:
Confira também a resenha do álbum “Bio Violence” feita aqui no Road To Metal

quinta-feira, 31 de março de 2011

Clássicos Brasil: “Bio Violence” (Drowned) - Os Verdadeiros Herdeiros de “Roots”



Lançado em 1996, o álbum “Roots” do Sepultura abala as estruturas do Metal mundial, sendo que nem mesmos os próprios membros sabiam do estrago que estavam causando. Pois bem, o que veio depois na história do Sepultura todo mundo já sabe, o importante agora é saber agora o que houve depois na cena.

Muitos foram aqueles que tentaram roubar o titulo de sucessor dessa obra: tivemos o Soulfly nos seus primeiros CDs, que na minha opinião são álbuns descartáveis de New Metal vindo melhorar a partir do “Dark Ages” (2005), temos também o Ektomorf, mas vamos combinar que batidas brasileiras sendo feita por caras da Hungria soa muito estranho, por mais que os irmão Zoltán Farkas (vocal/guitarra) e Csaba Sarkas (baixo) sejam bastante talentosos.

Entretanto, as influências brasileiras no Metal são sempre bem vindas e quando elas encontram o Metal extremo, a coisa fica ainda melhor. É exatamente isso que os mineiros do Drowned fizeram no seu álbum “Bio Violence” (2006) que, por uma coincidência que só os deuses do Metal explicam, foi gravado uma década após o “Roots” (1996).

A banda é uma das mais respeitadas da cena brasileira no exterior

A temática do “Bio-Violence” enfoca em suas letras os conflitos e guerras atuais, a degradação ambiental, o Brasil e seus problemas, passando pela ingerência e o imperialismo das grandes nações. Embora seja árida a realidade vislumbrada pela banda, a intenção do Drowned é alertar e levar as pessoas a refletirem. Ainda há tempo para que seja construído um futuro menos sombrio.

Esse, tecnicamente, é um álbum bastante polêmico para os fãs mais antigos, isso porque, mesmo sem deixar de lado sua agressividade de álbuns como “Back From Hell” (2002, EP), ele acrescenta elementos novos como vocais limpos e passagens que lembram trabalhos de bandas como Machine Head e Trivium, por isso mesmo assustou os mais conservadores. Porém, é exatamente isso que torna o álbum tão legal: o fato dele ser extremamente diversificado e principalmente energético.

Sendo assim, é quase um sacrilégio citar algumas faixas, mas nos enche os olhos, ou melhor dizendo, os ouvidos, porradas como: “New Rome Arise”, ‘’Bio Violence’’, “The Fossil Target” (podia muito bem estar em um CD do Trivium, já que a mesma tem uma pegada de Thrash moderno, mas ao contrário da banda americana, o Drowned não reduz a agressividade), “Genesis of Chaos” mostra um lado mais melódico, com uma linha de refrão com vocal limpo, “Hypnosis Against the Tribes” é Death Metal puro e as influências brasileiras mais presentes do que nunca, sendo que no final há uma citação a música do programa A Voz do Brasil, que fecha o álbum lhe causando uma sensação de orgulho do Metal nacional.

Resumindo, faça um favor para vocês mesmo e entre no site dos caras que lá tem todos os álbuns pelo preço em média de 10 reais, ou seja, não tem desculpas para não ouvir essa grande obra do Metal nacional.


Texto: Harley

Revisão do Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação e Sérgio Vilhena (ao vivo)


Ficha Técnica

Banda: Drowned

Álbum: Bio Violence

Ano: 2006

País: Brasil

Tipo: Thrash Metal

A formação do álbum conta com:

Fernando Lima - vocal

Kerley Ribeiro - guitarra

Marcos Amorim - guitarra

Wesley Ribeiro - baixo

Beto Loureiro – bateria


Tracklist

1. New Rome Arises
2. Bio-Violence
3. The Fossil Target
4. Genesis Of Chaos
5. Dead Sunshine For A Better World
6. People Born To Hate People
7. Eyes Bent For Own Navel
8. Drown The Revolution
9. The Friendly Oppressor
10. Hypnosis Against


Visite o Myspace da banda

http://www.myspace.com/drownedmetal

Veja o site oficial

http://www.drowned.com.br/

Veja Vídeos oficiais do álbum:

“New Rome Arises” http://www.youtube.com/watch?v=hqCpWzk05Gk

“Bio Violence” http://www.youtube.com/watch?v=qmX2dNefwg0&feature=related