quinta-feira, 31 de março de 2011

Clássicos Brasil: “Bio Violence” (Drowned) - Os Verdadeiros Herdeiros de “Roots”



Lançado em 1996, o álbum “Roots” do Sepultura abala as estruturas do Metal mundial, sendo que nem mesmos os próprios membros sabiam do estrago que estavam causando. Pois bem, o que veio depois na história do Sepultura todo mundo já sabe, o importante agora é saber agora o que houve depois na cena.

Muitos foram aqueles que tentaram roubar o titulo de sucessor dessa obra: tivemos o Soulfly nos seus primeiros CDs, que na minha opinião são álbuns descartáveis de New Metal vindo melhorar a partir do “Dark Ages” (2005), temos também o Ektomorf, mas vamos combinar que batidas brasileiras sendo feita por caras da Hungria soa muito estranho, por mais que os irmão Zoltán Farkas (vocal/guitarra) e Csaba Sarkas (baixo) sejam bastante talentosos.

Entretanto, as influências brasileiras no Metal são sempre bem vindas e quando elas encontram o Metal extremo, a coisa fica ainda melhor. É exatamente isso que os mineiros do Drowned fizeram no seu álbum “Bio Violence” (2006) que, por uma coincidência que só os deuses do Metal explicam, foi gravado uma década após o “Roots” (1996).

A banda é uma das mais respeitadas da cena brasileira no exterior

A temática do “Bio-Violence” enfoca em suas letras os conflitos e guerras atuais, a degradação ambiental, o Brasil e seus problemas, passando pela ingerência e o imperialismo das grandes nações. Embora seja árida a realidade vislumbrada pela banda, a intenção do Drowned é alertar e levar as pessoas a refletirem. Ainda há tempo para que seja construído um futuro menos sombrio.

Esse, tecnicamente, é um álbum bastante polêmico para os fãs mais antigos, isso porque, mesmo sem deixar de lado sua agressividade de álbuns como “Back From Hell” (2002, EP), ele acrescenta elementos novos como vocais limpos e passagens que lembram trabalhos de bandas como Machine Head e Trivium, por isso mesmo assustou os mais conservadores. Porém, é exatamente isso que torna o álbum tão legal: o fato dele ser extremamente diversificado e principalmente energético.

Sendo assim, é quase um sacrilégio citar algumas faixas, mas nos enche os olhos, ou melhor dizendo, os ouvidos, porradas como: “New Rome Arise”, ‘’Bio Violence’’, “The Fossil Target” (podia muito bem estar em um CD do Trivium, já que a mesma tem uma pegada de Thrash moderno, mas ao contrário da banda americana, o Drowned não reduz a agressividade), “Genesis of Chaos” mostra um lado mais melódico, com uma linha de refrão com vocal limpo, “Hypnosis Against the Tribes” é Death Metal puro e as influências brasileiras mais presentes do que nunca, sendo que no final há uma citação a música do programa A Voz do Brasil, que fecha o álbum lhe causando uma sensação de orgulho do Metal nacional.

Resumindo, faça um favor para vocês mesmo e entre no site dos caras que lá tem todos os álbuns pelo preço em média de 10 reais, ou seja, não tem desculpas para não ouvir essa grande obra do Metal nacional.


Texto: Harley

Revisão do Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação e Sérgio Vilhena (ao vivo)


Ficha Técnica

Banda: Drowned

Álbum: Bio Violence

Ano: 2006

País: Brasil

Tipo: Thrash Metal

A formação do álbum conta com:

Fernando Lima - vocal

Kerley Ribeiro - guitarra

Marcos Amorim - guitarra

Wesley Ribeiro - baixo

Beto Loureiro – bateria


Tracklist

1. New Rome Arises
2. Bio-Violence
3. The Fossil Target
4. Genesis Of Chaos
5. Dead Sunshine For A Better World
6. People Born To Hate People
7. Eyes Bent For Own Navel
8. Drown The Revolution
9. The Friendly Oppressor
10. Hypnosis Against


Visite o Myspace da banda

http://www.myspace.com/drownedmetal

Veja o site oficial

http://www.drowned.com.br/

Veja Vídeos oficiais do álbum:

“New Rome Arises” http://www.youtube.com/watch?v=hqCpWzk05Gk

“Bio Violence” http://www.youtube.com/watch?v=qmX2dNefwg0&feature=related

Um comentário:

Caco Garcia disse...

Grande Banda!!!tive o prazer de fazer 2 entrevistas com a Banda, uma para o Zine Barulho, na época do lançamento da demo, e outra para o site All The Bangers, já na época do Bonegrinder!!em cada trabalho a Banda sempre procurou inovar!