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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Dorian Sorriaux (Blues Pills): O Lado Mais Intimista em EP Solo



Desde muito jovem ligado à música, o guitarrista francês Dorian Sorriaux vem galgando uma bem sucedida carreira na banda sueca Blues Pills, grupo ao qual juntou-se no ano de sua formação, em 2011, aos seus 16 anos de idade. O jovem quarteto (atualmente contam com um quinto membro para as tours e sessões de estúdio, Ryckard Nygren, guitarra e órgão) logo foi chamando atenção pela sua performance de palco e pela sonoridade, influenciada pela música dos anos 60 e 70. Desde então, lançaram vários EPs e Singles, assinaram com a Nuclear Blast, lançando dois Full-Lenghts de estúdio e dois álbuns ao vivo (em novembro do ano passado foi lançado o DVD/Blu-Ray "Lady in Gold - Live in Paris", o qual será lançado em edição nacional pela Shinigami Records), além de extensas tours, passando por vários países como headliners e diversos festivais.  (English Version)

Enquanto o grupo dá uma pausa após cerca de um ano e meio divulgando o mais recente álbum, "Lady in Gold" (2016), o guitarrista Dorian Sorriaux encontrou tempo para trabalhar em seu projeto solo. Conversamos com Dorian para saber mais a respeito desse trabalho, e também sobre sua carreira e claro, o Blues Pills. Confira a seguir:


RtM: Você está lançando seu trabalho solo, então, para começar esta entrevista, conte-nos o que os fãs podem esperar deste EP, chamado "Hungry Ghost", em termos de sonoridade e também as diferenças com relação ao seu trabalho no Blues Pills? Percebi que é mais intimista e acústico. 
Dorian Sorriaux: O projeto solo é bastante diferente do Blues Pills, o que de início também me deixou um pouco receoso de lançá-lo. Eu me inspirei em música Folk dos anos 60, e é muito mais íntimo para mim. Somos 5 pessoas no palco no Blues Pills, e ás vezes, tipo você pode meio que se esconder atrás dos outros musicalmente. É muito mais intimista, pois são músicas que eu escrevi e a música folk é mais suave, soa mais pessoal. Eu escrevi um demo uma vez e enviei a um amigo com o título de "vulnerable as fuck" como uma piada (risos), porque era algo muito vulnerável.
Quando toco sozinho não sinto a vibração tipo "bebendo uma cerveja num show de rock". É mais calmo, com uma audiência às vezes sentada. Ainda adoro tocar com o Blues Pills, claro, ambas as coisas são realmente divertidas!

"O projeto solo é bastante diferente do Blues Pills, o que de início também me deixou um pouco receoso de lançá-lo."
RtM: E para os fãs e interessados, como o EP será disponibilizado? Será lançado por algum selo? Sairá em formato físico e digital? 
DS: Será lançado, assim espero, em abril, nos formatos digital e físicos regulares. Naturalmente, haverá vinil também. Ele será lançado através de um selo, mas não posso dizer mais sobre isso ainda, estou finalizando os detalhes do lançamento no momento. Haverá mais informações muito em breve!

RtM: Você vinha sentindo a necessidade de fazer um trabalho solo? E quais fatores positivos você gostaria de apontar para a oportunidade de um artista lançar um trabalho nesse formato?
DS: Sim, acho que senti a necessidade de fazê-lo. Estive ouvindo música folk há anos e comecei a escrever músicas nesse estilo alguns anos atrás. É divertido, e quando eu escrevo músicas sozinho, elas geralmente são mais "folky". Então eu sabia que queria fazer algo nesse estilo em algum momento.
Então, depois de viajar por 1,5 anos com a tour do álbum "Lady in Gold", decidimos fazer uma pausa de turnês com o Blues Pills. Então, senti que era o momento perfeito para iniciar o projeto solo, típico sentimento  de "agora ou nunca" por algum motivo.

RtM: Eu vejo que você também mostrou sua qualidade como vocalista em seu solo, então eu gostaria que você nos dissesse também se é algo que você deseja desenvolver mais e quais os vocalistas que você mais admira?
DS: Obrigado. Eu costumava cantar quando adolescente, mas parei por alguns anos quando entrei no blues. Então eu comecei a lentamente a cantar novamente, mas foi quando eu comecei a cantar Folk. Eu parei de tentar ter uma voz  mais rock, senti-me mais natural em canções folk e mais suaves.
Alguns dos meus cantores favoritos são Van Morrison, Terry Reid, Curtis Mayfield, John Martyn, Donny Hathaway ..
É muito sobre as músicas e sobre as emoções que eles colocam nelas. Neil young é definitivamente um dos meus cantores favoritos. Não é que ele tenha voz mais incrível do mundo, mas ele escreveu algumas das músicas mais incríveis que ouvi.

RtM: Como foi escolhido o track-list? Quais fatores pesaram na escolha de músicas que estão no EP?
DS: Ele veio de forma bastante natural. Eu sabia qual música deveria ser a primeira e qual deveria ser a última. Então, daí, foi muito fácil finalizar o track-list.
Eu tinha muitas músicas para escolher e acabei não gravando somente duas, que inicialmente pensei que gravaria. Eu e Zach, que produziu o EP, fomos ouvindo minhas músicas e escolhendo aquelas que sentimos que eram as mais fortes à primeira vista. Também sentimos que essas 4 músicas ficavam bem juntas.

"Quando eu escrevo músicas sozinho, elas geralmente são mais "folky", então eu sabia que queria fazer algo nesse estilo em algum momento."
RtM: E você poderia falar um pouco de cada uma das músicas no EP?
DS: Claro!
"Huitoto" foi escrita no meu sofá, veio muito rápida. Tipo, eu simplesmente toquei toda a música enquanto gravava no meu telefone e essa foi a demo. As letras desta música são um pouco mais vagas, o que eu também gosto, para que as pessoas possam colocar seu próprio significado nela. Para mim, é uma música sobre a perda, mais como se perder ao fazer coisas em sua vida que não o fazem feliz.

"Hungry Ghost" ("Fantasma Faminto") também foi escrita no meu sofá! Lembro-me de ter que passar um pouco de tempo descobrindo a parte do refrão, mas uma vez que veio, a música estava completa. O título é inspirado em um livro de Gabor Maté. Para mim, fantasmas famintos é onde estão os desejos intermináveis. É o fantasma faminto em nós que sempre procura mais. Mais dinheiro, mais sucesso, mais bebidas ... É uma coisa diferente para todos e, obviamente, é muito mais forte para algumas pessoas. O fantasma faminto opta por esconder a dor e ter o prazer temporário, então você não consegue parar de procurar esse sentimento temporário e você fica preso naquele caminho.

Eu tive a ideia de "Need to Love" ("Preciso Amar") em Porto (Portugal) enquanto eu estava em turnê com Blues Pills. Acabei andando por uma rua sombria da cidade e passei por sem-teto fumando crack. Essa imagem ficou comigo, não planejei gravar esta música, mas Zach gostou quando mostrei os demos. Então terminamos no estúdio e estou muito feliz com a forma como foi finalizada.

"Hello my Friend" ("Olá meu Amigo") sinto que é a música mais pessoal do EP. É sobre um amigo que estava passando por problemas psicológicos. Costumávamos sair muito e tocar música e, de repente, não pude mais lhe ajudar. Então eu ouvi que ele estava em um hospital mental. Então a música tornou-se mais sobre alguns dos meus amigos que sofreram, alguns que não aguentaram viver mais nesse sofrimento. Então, bastante pesada e pessoal.


RtM: Você tem planos para fazer um álbum completo e talvez para fazer alguns shows ou uma pequena tour para promover seu trabalho solo?
DS: Sim eu quero! Gostaria de lançar um full-lenght este ano. Eu  comecei alguns shows solo, e estou planejando uma tour próxima do lançamento do EP.

RtM: Falando um pouco em influências, gostaria que você nos conte sobre o seu começo na música, quais eram suas principais influências e como o seu interesse pela música e tocar violão e guitarra começou?
DS: ZZ TOP foi minha principal influência quando era um garotinho. Eles se tornaram minha banda favorita em torno de 4/5. Então eu descobri os primeiros álbuns do Status Quo, AC/DC, Rory Gallagher, Jimi Hendrix, Eric Clapton ..

RtM: E quando você adquiriu sua primeira guitarra?
DS: Eu tinha 9 anos, era uma guitarra clássica que minha mãe me comprou em uma loja de artigos usados. Eu ainda a tenho!

RtM: Atualmente, existem muitas novas bandas que fazem música influenciadas pelos clássicos dos anos 70, usando essa sonoridade e até mais visuais "vintage". Há sempre aqueles que seguem esta estrada para tirar proveito de algum movimento ou tendência, mas há bandas que fazem esse tipo de música realmente espontaneamente, como podemos sentir no seu caso e nos Blues Pills. Gostaria que você comentasse sobre isso e como o interesse nesse som clássico surgiu e quais os fatores que você acha que contribuíram para ser tão natural para você compor e tocar este estilo vintage?
DS: Todos nós, no Blues Pills, fomos fortemente inspirados pela música dos anos 60 e 70, e aquelas gravações soavam como uma guitarra ou bateria gravada direta em fita e isso é o que é. Não havia samples, nenhuma edição louca, sem bateria digital ou amplificadores falsos.
Então, queríamos criar um sentimento semelhante e usávamos instrumentos vintage, gravados em fita ...

"Eu acreditei no Blues Pills desde o primeiro dia, mas eu realmente não imaginei esse tipo de 'sucesso'".
RtM: Uma das coisas que chamou a minha atenção para o seu trabalho e dos Blues Pills é o modo como vocês se entregam no palco, é maravilhoso, e esse sentimento e verdade que vocês transmitem é o que também os diferencia de outras bandas que também produzem um som "vintage". Vejo que vocês dão muita importância ao desempenho nos shows, algo que falta em muitos novos grupos, que só soam bons no estúdio.
DS: Obrigado! Os shows ao vivo são realmente importantes para nós.

RtM: Você ficou surpreso com a receptividade e o sucesso com os Blues Pills? Conte-nos um pouco do que é de repente ter sua banda com 2 álbuns lançados em todo o mundo, sendo convocados para grandes festivais. Penso que é muito importante contar com uma equipe para confiar quando uma banda começa a ter uma maior repercussão, com muitos detalhes a serem atendidos, desde o cronograma de shows e entrevistas até os financeiros.
DS: Eu acreditei no Blues Pills desde o primeiro dia, mas eu realmente não imaginei esse tipo de "sucesso". Eu acho que não pensei em como seria o sucesso. Eu só sabia que tinha muito potencial e foi muito divertido tocar!
Tivemos muita sorte em conhecer as pessoas certas e criar uma boa equipe de pessoas dignas de confiança a nossa volta. Também nós sempre apoiamos e cuidamos uns dos outros nos momentos difíceis, o que realmente ajudou.

RtM: Com a excelente receptividade ao Blues Pills, vocês conseguiram tocar em vários países, eu gostaria que você nos contasse quais foram os shows mais memoráveis ​​para você e qual país você ainda não teve a chance de tocar e você gostaria de visitar em uma próxima turnê? 
DS: Rock Werchter no verão passado foi demais! Uma das maiores plateias para as quais tocamos. Também a última vez que fomos headliners em Londres, no início de dezembro, foi um dos meus shows favoritos que eu posso lembrar. Era um local pequeno, meus favoritos, e a energia da multidão e na sala era simplesmente incrível! Nós nunca tocamos na América do Sul, mas eu realmente adoraria!

RtM: E o que você pode nos contar sobre os planos dos Blues Pills para 2018? 
DS: Nós vamos tocar em alguns festivais neste verão, incluindo Wacken e Woodstock, na Polônia. Provavelmente também trabalharemos em novas músicas.

RtM: Obrigado pelo seu tempo Dorian, esperamos vê-los logo aqui na América do Sul!
DS: Obrigado! Espero logo poder estar aí e tocar para vocês.

Entrevista: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação e Arquivo do artista



Dorian Sorriaux FB Fanpage

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Gojira: Apresentação única em São Paulo no dia 20/09


Os franceses do Gojira estão prestes a retornar ao Brasil para duas apresentações, sendo uma delas em São Paulo no dia 20 de setembro, no Carioca Club. É a segunda vez que o grupo aporta em território tupiniquim, sendo que na primeira a banda participou do Monsters Of Rock em 2013. Apesar da banda não ter lançado nenhum álbum novo desde então (seu trabalho mais recente é "L'enfant sauvage", de 2012), a apresentação na capital paulista tem um gosto especial. Este será o primeiro show da banda fora de um festival, uma vez que a outra apresentação de sua passagem pelo Brasil será no Rock In Rio, o que indica que possivelmente teremos um setlist maior.

O Gojira foi oficialmente formado em meados da década de 90, sob o nome Godzilla e assumindo a alcunha atual somente em 2001, quando foi lançado o Debut "Terra Incognita". A banda sempre destacou-se pela mescla criativa de elementos de Technical Death Metal, Groove, Prog e Thrash Metal, diferenciando-se desde seus primórdios e evoluindo sua sonoridade a cada novo trabalho de estúdio. Seu crescimento ascendente deixou a banda em grande evidência, sendo sempre mencionada como uma das grandes revelações do Metal nos últimos anos por veículos especializados. Mais importante que isso, o quarteto francês ganhou um enorme reconhecimento de seus ídolos também, sendo convidado para abrir uma turnê do Metallica em 2009. O guitarrista/vocalista Joe Duplantier também foi convidado para integrar o Cavalera Conspiracy, gravando os baixos do álbum que marcou o retorno da parceria entre os irmãos Max e Iggor com "Inflikted", de 2008.


Em 2012, lançaram o seu quinto disco de estúdio, o brilhante "L'enfant sauvage", muito bem recebido pelos fãs e aclamado pela imprensa como um dos melhores do ano. O álbum marcou a estreia da banda na Roadrunner Records e foi produzido por Josh Wilbur, conhecido por já ter trabalhado com bandas como Lamb Of God, Trivium, Crowbar, Trans-Siberian Orchestra e vários outros nomes conhecidos do cenário mundial. "L'enfant sauvage" representa um ponto de grande maturidade musical para uma banda que mantém a mesma formação há mais de uma década. Uma turnê bem-sucedida ainda resultou no CD/DVD ao vivo "Les enfants sauvages", lançado em março do ano passado.


Apesar de já estarem preparando seu próximo álbum de estúdio, com previsão de lançamento para 2016, a banda prepara-se para a turnê pela América do Sul que inclui dois shows no Brasil. O show em São Paulo ainda possui alguns ingressos disponíveis, sendo que o primeiro lote esgotou em apenas cinco dias de venda. Para a abertura da noite, contaremos com o Fúria Inc., banda paulista que está em evidência graças ao seu excelente álbum de estreia, "Murder Nature", lançado em 2014.


Confira o serviço completo do evento:

GOJIRA

Data: Sábado, 20 de Setembro

Local: Carioca Club

Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiros – São Paulo/SP

Informações: (11) 3168-9595

Abertura da casa: 18h

Banda de abertura: Furia Inc

Cartões: Visa, Mastercard, Elo, American Express e Dinners

Débito: Visa Electron, Maestro, Rede Shop

Censura: 16 anos

Vendas Online:

Pontos de vendas: Manifesto Bar

Manifesto Bar –


Não deixe de conferir o vídeo da apresentação do Gojira no Ressurection Fest 2014. Impossível conferir este vídeo e não ficar ansioso pela apresentação da banda!



Texto por: Tiago Alano

Revisão/edição: Renato Sanson

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Cobertura de Show - Mars Red Sky: Trazendo o Clima anos 60 de Volta! (27/05/15 - Signos Pub, Porto Alegre/RS)


E no dia 27/05 (quarta-feira) a capital gaúcha recebia pela segunda vez os franceses do Mars Red Sky, que voltaram para mais uma tour pelo país que totalizaram cinco shows.

Claro que Porto Alegre não poderia ficar de fora, sendo o primeiro show da tour nacional, onde se apresentaram no Signos Pub.

Para aquecer a noite psicodélica tivemos duas ótimas bandas de abertura, Cattarse da própria capital com seu Stoner Rock de primeira, e a banda que acompanha o Mars Red Sky na turnê, o duo mineiro Muñoz e seu Rock/Sotner/Blues.

A primeira a subir no palco foram os mineiros do Muñoz, com o trabalho de aquecer o pessoal já que se tratava de uma típica noite chuvosa e fria da capital.

Muñoz
Com um público ainda restrito (com o pessoal chegando ao local), o Muñoz deu conta do recado, e agradou aos poucos presentes que puderam ver sua bela apresentação. Mostrando muita energia e sintonia. Uma pena a casa não estar um pouco mais cheia, mas certamente passaram sua mensagem e ganharam mais alguns fãs.

Cattarse
Em seguida era hora dos porto-alegrenses do Cattarse entrarem em cena com seu Stoner Rock sujo e porque não pesado. Agitaram o público e esquentaram ainda mais a noite, mostrando muita precisão em sua sonoridade e já com diversos fãs espalhados pela plateia. O trio mostrou grande competência e surpreendeu positivamente quem não os conhecia.

Após uma troca rápida de palco, era hora dos headliners da noite, o trio francês Mars Red Sky, que estava divulgando seu mais recente trabalho “Stranded in Arcadia” (2014).

Com a casa um pouco mais cheia (um pouco mais de 100 pessoas), todos aguardavam ansiosamente, e o trio não decepcionou, mostrando seu Psychedelic Stoner Rock variado e intenso, agradando até os mais saudosistas.


A simpatia do trio impressionava, assim como o feeling que esbanjavam em cada composição, mostrando ser uma banda que merece uma atenção maior do público, pois competência e talento os franceses tem de sobra, com composições fortes e marcantes, e com muitos presentes cantando suas músicas.

Certamente o Mars Red Sky fez a alegria dos fãs de um bom Rock Psicodélico e Stoner, trazendo a aura dos anos 60 de volta, nem que seja por apenas uma hora, mas valeu cada minuto.


Uma grande banda que merece uma atenção maior por parte da mídia e de muitos que se dizem fãs de Stoner e Psicodélico.


Cobertura por: Horácio Rodrigues
Fotos: Marlon Scopel
Revisão/edição: Renato Sanson

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Karne: Bons Frutos Negros Vindos da França



Se você precisa de doses cavalares de riffs ríspidos, dissonantes e furiosos gritos de agonia como os da vocalista Eingeweide, não deixe de conferir o primeiro full leght da Horda Francesa Karne, intitulado “Faith in Flesh” (2014 -  Shinigami Records).

Com um trabalho calcado em nomes de sucesso mundial como Marduk, Dissection e pitadas de melodia como Dark Funeral e até mesmo Hypocrisy, esse play com certeza fará a sua cabeça.

As letras carregam assuntos ligados ao sexismo, sadomasoquismo, violência, sangue e blasfêmias. E a capa, obscura por si só nos adentra para o clima denso.


A produção e mixagem à cargo de Grind-Vince, também é aprovada, apesar de que eu deixaria a bateria e baixo um pouco mais presentes.

De todas as composições as que me chamaram mais a atenção seriam "Kill me Again" e "Carnage Path",  pela sua introdução macabra.

Fuja correndo se espera encontrar modernidade, pois esse full é algo nada moderno.

Longe, muito longe claro, de ser algo cru e mal feito. Se fosse atribuir uma nota seria um  7.0


Texto: Nanda Vidotto
Revisão/Edição: Carlos Garcia

Adquira o CD

Artwork – Ars Goetia
Bass – Hraesvelg
Composed By – Karne
Design – Ars Goetia

Drums – Bael
Guitar – H. K. A., R.
Lyrics By – Eingeweide
Mastered By – Grind Vince
Mixed By – Grind Vince
Recorded By – Grind Vince

Vocals – Eingeweide



01. Agony
02. Darkest Fear
03. The Mass Grave
04. Karne
05. Kill Me Again
06. Carnage Path
07. C.R.U.D.
08. Gore Me
09. Day & Night (Agony, Part II)
10. Hidden track
















Acesse os canais oficiais:
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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Nightmare: Igualando Novo Trabalho ao Insuperável Antecessor



Quando uma banda lança um disco muito bom, apesar de ser algo desejável, também coloca uma responsabilidade maior e uma pressão dos fãs para que seu sucessor o supere, ou pelo menos, consiga impressionar tanto quanto o famigerado álbum.

Isso acontece com o recentemente lançado “The Aftermath” (2014), que, se não supera “The Burden God” (2012) (confira resenha aqui), certamente se iguala em ótimas composições da banda francesa, num dos melhores discos da sua carreira de mais de 35 anos (considerando o período inativa).

Novo trabalho dos franceses mantém a alta qualidade do disco de 2012

O grupo já há alguns álbuns tem apostado num Power Metal mais pesado, carregado, e menos em algo melódico, o que favorece para que tenhamos discos maduros e com grande personalidade.

São 11 faixas, incluindo a intro, que mostram um vocal da escola Dio de Jo Amore (no começo da banda ele era baterista), riffs inspirados, pesados e cavalgados de Franck Milleliri e Matt Asselbergs. Aliás, esta dupla deve causar inveja a qualquer banda que se preze, basta ouvir sons como “Ghost in the Mirror” (duelo de guitarras fenomenal) e “Necromancer” para atestar que os “velhinhos” não estão para brincadeira.

Álbum deve agradar ouvintes de bandas como Iced Earth e Nevermore

A faixa musical propriamente dita que abre o trabalho é “Bringers of No Man’s Land” e traz grande melodia no refrão, aliado aos momentos pesadíssimos, algo que vai ficando corriqueiro nos trabalhos da banda, sobretudo neste disco. Ouça faixas sensacionais como “Invoking Demons” (é de tirar o fôlego e uma das melhores do disco) e “Digital DNA”, esta mostrando a complexidade sonora do grupo, sem soar técnicos, mas com muita energia. “The Bridge is Burning” é bem no estilo de Nocturnal Rites e Nevermore e traz como destaque os vocais de Jo Amore.

Vocalista Jo Amore começou como baterista e comanda os vocais há anos
Nightmare, em algum momento da carreira, pecou ao ter encerrado as atividades, pois caso contrário, provavelmente seria um nome à altura de grupos como Grave Digger e Iced Earth em termos de respeito e popularidade. Infelizmente, apenas agora começam a colher modestos frutos, apesar de terem lançados dois discos impecáveis seguidos, coisa que as duas bandas citadas apenas agora conseguiram fazer. Confira e comprove.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Nightmare
Álbum: The Aftermath 
Ano: 2014
País: França
Tipo: Power/Heavy Metal
Selo: AFM Records

Formação
Jo Amore (Vocal)
Franck Milleliri (Guitarra)
Matt Asselbergs (Guitarra)
Yves Campion (Baixo)
David Amore (Bateria)



Tracklist
1. The Aftermath
2. Bringers of a No Man's Land
3. Forbidden Tribe
4. Necromancer
5. Invoking Demons
6. I Am Immortal
7. Digital D.N.A
8. Ghost in the Mirror
9. The Bridge Is Burning
10. Mission for God
11. Alone in the Distance

Confira o teaser oficial do disco


Acesse e conheça mais sobre a banda

Leia entrevista exclusiva com a banda na divulgação do álbum anterior AQUI.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Lançado Debut Álbum da Banda Internacional Achillea

Lançado "Fight or Fall", primeiro trabalho da nova banda de Humberto Sobrinho


Depois de meses de preparo, a banda Achillea finalmente lança seu álbum de estreia. Batizado de “Fight or Fall”, o disco já se encontra disponível para compra em formato digital no site da banda (confira abaixo), onde também se pode ouvir trechos das faixas.

Brasileiro H.Sobrinho (Glory Opera, ex-Hangar) à frente da banda internacional Achillea

O grande atrativo deste trabalho e ponto forte do mesmo é o vocalista Humberto Sobrinho que, já conhecido do público brasileiro, sobretudo pelos discos gravados com Glory Opera (onde segue como integrante) e Hangar (onde é ex-integrante), foi oficializado como novo vocalista do grupo dia 27 de junho de 2012, já gravando o primeiro single “Imprisoned” que foi lançado um mês depois.

Cartaz do show de gravação do DVD  da banda no Brasil
Achillea é o que se chama de banda internacional, não por ser de fora do Brasil, mas por contar com integrantes de várias nacionalidades.

Aliás, a banda chegou a gravar DVD ao vivo no Brasil (no interior de São Paulo) em novembro passado, pretende lançar dois vídeos clipes em breve, além de ter sido anunciada como trilha sonora de uma série norte-americana cujo nome ainda não foi divulgado. Ou seja, muito trabalho para fazer o nome Achillea rodar o mundo.

O grupo surgiu com o guitarrista Paul Jupe e o baterista Garry King (Joe Lynn Turner, Jeff Beck), passou por algumas mudanças de integrantes e se prepara para divulgar “Fight or Fall”, que foi gravado e mixado em vários países dos integrantes, como Brasil, França, Inglaterra e Grécia.

Matéria sobre o álbum em breve

Tivemos a oportunidade de ouvir o álbum na íntegra e, de antemão, podemos afirmar que este é o primeiro grande lançamento do Metal mundial neste ano, sem correr risco de cair no exagero. Acontece que a proposta de um Symphonic/Power Metal/Metal Melódico, que é um caminho arriscado aonde muitas bandas não conseguem desenvolver um trabalho que impressione, é o traçado pelo grupo de forma magistral, diga-se de passagem. 

Mas deixemos a avaliação do álbum para matéria completa que já está a caminho. Até lá, adquira o álbum e ouça grandes composições com a ótima interpretação do brasileiro, que mostra outras facetas da sua voz que pouco foram exploradas nas suas outras bandas.

Confira o tracklist e tempo das faixas:
1. Fight or Fall 4:11
2. Imprisoned 4:03
3. The Wish 6:03
4. Wild Flower 5:43
5. Bring Me Down to Earth 5:33
6. Darker Side of Me 5:29
7. Re Incarnation 6:16
8. Torn 4:37
9. Stronger 4:01
10. Wish You Well 3:50
11. Contemplation 2:57

Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Acesse e conheça mais sobre a banda

Ouça teaser do single do álbum abaixo


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Entrevista: Nightmare - Uma Entidade do Metal Francês

Entrevista exclusiva com a banda francesa Nightmare
(Check out the English version here)

Formada em 1979, em Grenoble na França, o Nightmare encerrou prematuramente suas atividades em 1987, mas em 1999 renasceu com um novo line-up, tendo Jo Amore, o baterista fundador, agora assumindo os vocais, e seu irmão mais novo David na bateria, lançando neste ano o EP "Astral Deliverance".

Em 2001 sai o álbum "Cosmovision", com excelente aceitação, e a partir daí a banda vem lançando trabalhos de qualidade, mostrando uma evolução a cada novo lançamento, mas fazendo questão de dizer que fazem Heavy Metal, que fazem a música que sentem, sem se preocupar com rótulos ou tendências comerciais!

Confiram a entrevista exclusiva com Jo e Yves, que falaram sobre o novo álbum, a história da banda e a vontade de tocar no Brasil em breve!



Road to Metal: Olá! É um prazer para nós entrevistar a banda. Obrigado pelo seu tempo!

Jo & Yves: Nós que agradecemos vocês!

Road to Metal: A banda está no meio de sua turnê europeia de divulgação de "The Burden of God" (2012). Como estão sendo os shows e recepção às canções do álbum novo que está sendo apresentado?

Jo & Yves: Tudo está indo muito bem! Tivemos alguns shows no Benelux com o Crimson Glory (EUA), que foi um primeiro passo e muito emocionante para nós... É claro que temos que focar nosso setlist com músicas do “The Burden of God”, e o mínimo que podemos dizer é que o público está dando uma resposta muito boa para ele até agora...

Novo álbum busca levar a banda a maior reconhecimento mundial

Road to Metal: Este novo álbum, "The Burden of God", traz um novo trabalho de estúdio, o último havia sido em 2009! Contem como foi o processo de composição do álbum?

Yves: Foi muito efetivo... Temos trabalhado com o nosso amigo de longa data e produtor Patrick Liotard, que nos ajudou muito no processo. Por exemplo, nós gravamos vocais com as guitarras guias, o que significa que poderíamos mudar muitas coisas e arranjos! E nós registramos as guitarras finais depois de tudo isso, e depois dos vocais, o que é muito melhor para polir e fortalecer as músicas.

Road to Metal: O vídeo "Sunrise in Hell" foi lançado para divulgação do álbum, e sem dúvida podemos dizer que a banda fez uma ótima escolha para um single. Qual é a mensagem que a banda tentou passar com a história contada no vídeo?

Yves: “Sunrise In Hell” conta a história de um viciado que pensa que as drogas que ele toma o fazem viver em um mundo perfeito e celestial, mas a realidade é outra coisa... "o nascer do sol no inferno", e ele está indo para o seu suicídio no final!


Jo largou da bateria para investir como frontman!
Road to Metal: A música "Children of the Nation" lembra "Cosmovision" . Você usou material antigo ou que foi deixado de fora outros discos, ou o que ouvimos é algo de novo, mesmo para a banda?

Jo: Eu não concordo muito, eu acho que "Children of the Nation" é mais uma canção mid-tempo, enquanto "Cosmovision" é mais rápida quando se trata do tempo...

Yves: "Children of the Nation" é uma música escrita muito mais nos padrões que usamos para escrever músicas deste novo álbum.

Road to Metal: Neste novo álbum, houve a participação de Magali Luyten (Epysode / Beautiful Sin) para terminar a trilogia de "The Dominion Gate-Part III", que começou em 2005. Quão importante é uma música que segue uma linha por anos? Este terceiro marca o fim da saga?

Jo: Foi muito interessante para nós ter Magali como convidada especial nessa música, porque ela é uma mulher que canta “com culhões” e a combinação foi estupenda!

Yves: Era o fim de uma saga que começou com “The Dominion Gate Part I”, com um mundo muito bonito que vai se acabar com o apocalipse no final da trilogia. Deixamos para o ouvinte descobrir por si só com a letra da trilogia completa e fazer suas próprias interpretações...

Álbum lançado em 2005

Road to Metal: Historicamente, a Nightmare é considerada a banda mais importante da França. Quando se trata de Metal francês, Nightmare é o primeiro nome que vem à mente dos brasileiros, e acreditamos que em outras nações aconteça a mesma coisa. Como a banda vê a história do Metal na França? Como foi a cena e como é hoje?

Jo: Muito obrigado pelos elogios! Nós realmente gostaríamos de ir para o Brasil assim que puder! Agora cabe aos promotores verificar esta oportunidade!

Yves: Sim, é estranho isso, mas parece que temos um melhor retorno em países exóticos do que em casa, na França, por exemplo! Temos apenas de Israel, onde o público foi incrível conosco, como sempre... A cena francesa, sempre está evoluindo através dos anos em diferentes etapas e, claro, novas bandas surgiram como Gojira, mas na década de oitenta tinha algo especial com muitas bandas cantando em francês e que se tornaram cult com o tempo, como Sórtilege, H Bomb e Vulcain, que ainda estão lá hoje em dia...

"Não havia sentido em seguir com isso, continuar sob o nome Nightmare e então decidimos nos separar!"

Road to Metal: Vocês poderiam contar-nos sobre as razões que levaram a banda a encerrar suas atividades em 1987? O fim da banda foi positivo ou teria sido melhor se o grupo pudesse ter continuado ativo?

Jo & Yves: Em 1987, a completa mudança de formação acabou fazendo com que nos perdêssemos! Só eu (Yves) e um dos ex-membros (Nicolas de Dominicis), fomos os sobreviventes e musicalmente estávamos completamente perdendo o espírito da banda e se tornando uma banda de AOR.... Não havia sentido em seguir com isso, continuar sob o nome Nightmare e então decidimos nos separar!

Road to Metal: Jo, poderia falar sobre o que você fez durante esse hiato da banda, retornando em 1999, e como foi a reformulação do Nightmare, tendo você nos vocais e seu irmão na bateria? Você sempre acreditou que a banda terminou prematuramente? O que o motivou para reativar a banda?

Jo: Durante o tempo em hiato do Nightmare, eu comecei a minha carreira como cantor e então decidi parar com a bateria. Então eu comecei a aprender e melhorar meu vocal em uma banda chamada Temple. É claro que eu sempre acreditei que o Nightmare terminou prematuramente e quando voltamos eu senti que estávamos em um processo de renascimento para uma vida nova!

O show de reencontro em nossa cidade, Grenoble, em outubro de 1999, foi uma grande ideia e o sucesso deste concerto, que era para ser um show único e exclusivo, nos trouxe até onde estamos hoje e foi definitivamente uma verdadeira motivação para reativar a banda!

O EP lançado no ano do retorno da banda (99)
Road to Metal: A banda sempre optou por um Power Metal mais pesado.Você acredita que esta foi uma evolução natural do estilo ou algo pensado para atrair também um público de um som mais pesado e agressivo?

Yves: Não estamos tocando música para seguir uma tendência, só para entrar num processo comercial, por isso que eu diria que é mais uma evolução lógica do nosso sentimento no momento... nós sempre fomos uma banda de Heavy Metal e nos consideramos ainda como uma "banda de Heavy Metal"!

Road to Metal: O Nightmare nunca realizou shows no Brasil. O grupo nunca foi contatado para negociações de shows aqui? Existe a possibilidade de ver o grupo mais cedo ou planos para uma turnê mundial que ainda não foi planejada? Saiba que vocês têm muitos fãs que seguem o grupo, especialmente hoje, com acesso à Internet.

Yves: Isso é algo que definitivamente estamos trabalhando! Se você conhece um promotor que é capaz de nos levar até ai seria demais para nós ir para o Brasil!!! E nós estamos olhando pra frente! Nosso novo agente na Alemanha está trabalhando em opções diferentes e, claro, o Brasil está na mesa!

"Queremos encontrar os fãs brasileiros o mais breve possível!"

Road to Metal: Gostaríamos de agradecer pela entrevista. Utilize este espaço para uma última mensagem para nossos leitores em todo o mundo, especialmente os brasileiros.

Yves & Jo: Muito obrigado pelo apoio! Estamos olhando adiante, e queremos encontrar os fãs brasileiros o mais breve possível!

Por favor, siga as nossas notícias e atualizações por meio das redes sociais: www.nightmare-metal.com e www.facebook.com/nightmareofficial


O Nightmare é:

Jo Amore (Vocal)
Franck Milleliri (Guitarra)
Matt Asselbergs (Guitarra)
Yves Campion (Baixo)
David Amore (Bateria)


Tradução: Fernanda Nascimento
Edição/revisão: Eduardo Cadore/Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

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Contato: contato@roadtometal.com


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Nightmare Lança Vídeo Clipe

Primeiro vídeo/single de "The Burden of God" ganha vida


A banda francesa Nightmare divulgou o vídeo clipe da musica “Sunrise in Hell”, música que faz parte do mais recente trabalho, o marcante “The Burden of God”.

Esse é o oitavo álbum de estúdio da banda, lançado em maio deste ano pela AFM Records, cuja resenha você confere aqui.

Novo álbum marca a carreira dos franceses positivamente

Nightmare é uma das pioneiras bandas de Heavy Metal francês. Foi formada no início dos anos oitenta, mais precisamente em 1979, tocando um Heavy Metal tradicional. Mas em 87 a banda se separou, retornando no início dos anos noventa, após uma reformulação na sua formação.  Desde então, a banda começou a tocar um Power Metal Sinfônico, mas não esquecendo a sua base tradicional.

Assista ao vídeo abaixo!

Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Acesse abaixo e conheça mais sobre a banda

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Nightmare: A Melhor Exportação do Heavy Metal Francês

Pioneiros do Heavy Metal francês com força total


A França não é um dos países mais tradicionais do Heavy Metal, mas tem lá seus méritos, afinal, é de lá que saiu aquele que é, provavelmente, o principal nome do Metal francês: Nightmare.
Infelizmente um hiato de dez anos sem atividades (do fim dos anos 80 ao fim dos 90) fez a banda cair no esquecimento (mas jamais entre seus fãs). A volta fenomenal com “Cosmovision” (1999), que inclusive foi o disco que me apresentou à banda, foi ajudada por grandes discos que se seguiram na última década, para culminar com seu mais recente lançamento, o magnânimo “The Burden of God” (2012), 8º disco da banda.

Banda caprichou muito em "The Burden of God"

Impossível ser imparcial diante do trabalho deste quinteto formado por Jo Amore (vocal), Franck Milleliri (guitarra), Yves Campion (baixo e vocais de apoio), Matt Asselberghs (guitarra e vocal de apoio) e David Amore (bateria e vocais de apoio), irmão de Jo. “The Burden of God” traz exatamente a proposta que se espera dessa pioneira banda francesa, a saber, Heavy Metal com Power Metal clássico, com muitos riffs certeiros, refrãos grudentos e de fácil assimilação, aliado à modernidade sonora que se confunde com a própria maturidade das composições que, embora simples, não são levianas, e sim bem construídas.
A produção é um passo à frente, contando com o trabalho de Patrick Liotard, além de ter sido gravado no já conhecido estúdio de Marseille.

A inconfundível voz e presença de Jo Amore 

Aqui cabe um desabafo: porque a banda precisou esperar quase três décadas (surgiu em 1979) para começar a obter reconhecimento fora de seu país de origem? A sonoridade é de gente grande, coisa que só os principais nomes de um país são capaz de fazer.
Impossível ouvir canções como “Sunrise in Hell” (que, após uma intro interessante, abre o disco), “The Preacher” (riff muito simples, mas grudento como cimento seco), “Crimson Empire” (está parece “sobra” de “Cosmovision”) e não ficar extasiado. Para isso, basta você gostar de Heavy/Power Metal (não confundir com sons de bandas como Gamma Ray ou Blind Guardian, a proposta é bem diferente) e pesquisar mais sobre o grupo.

Nightmare direto da França

Os grandes destaques ficam para, “The Dominion Gate (Part III)”, “Final Outcome” e “Afterlife”, curiosamente estas duas últimas foram compostas pelo produtor do álbum, mas a banda gostou tanto que gravaram e colocaram no álbum (para a alegria dos nosso ouvidos o/). As duas canções são obras-de-arte pura. Te pegarão na primeira audição!

O trabalho fenomenal dos vocais de Jo Amore (o cara deixa muitos “grandalhões” no chinelo, sendo que começou na banda como baterista) e da dupla de guitarristas Asselberghs e Milleliri merece destaque absoluto, pois o que fazem beira o absurdo (no bom sentido).
Nightmare mostra que, pelo menos na França, domina o país e, se os grandões não se cuidarem, Nightmare tomará a Europa mostrando que experiência não é sinônimo de acomodação. Forte candidato a melhor álbum do ano.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação e Jedrig Leon

Ficha Técnica
Banda: Nightmare
Álbum: The Burden of God
Ano: 2012 
País: França
Tipo: Heavy/Power Metal Clássico
Selo: AFM Records

Formação
Jo Amore 
Franck Milleliri (Guitarra)
Yves Campion (Baixo e Vocais de Apoio)
Matt Asselberghs (Guitarra e Vocal de Apoio)
David Amore (Bateria e Vocais de Apoio)


Tracklist
1 - Gateways To The Void
2 - Sunrise In Hell
3 - The Burden Of God
4 - Crimson Empire
5 - Children Of Nation
6 - The Preacher
7 - Shattered Hearts
8 - The Doomsday Prediction
9 - The Dominion Gate part III
10 - Final Outcome

Acesse e conheça mais a banda
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