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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Niharp: Single Para Deixar com Gosto de “Quero Mais”

Banda paulista estreia com single

Lançar singles físicos hoje em dia talvez não seja muito vantajoso na maioria dos casos (custos, tempo investido, pouca “importância” comparado a um disco completo), mas a banda paulista Niharp pode comemorar com seu “A New Beginning” (2013), single modesto, com apenas 3 faixas (incluindo uma mínima introdução), mas que cativa o ouvinte sem dificuldades.

Apesar de apenas duas composições propriamente ditas, “A New Beginning” e “Tempestatis”, o quinteto formado pelo vocalista Douglas Rovas, os guitarristas Koragem e Murilo Mazza, além do baixista João Oliveira e o batera Karioca, mostra boa capacidade criativa, apostando em algo entre o Thrash e o Prog Metal, soando moderno, mas sem efeitos desnecessários. Os riffs carregados, secos e muitas vezes puro Thrash merecem atenção especial.

Dentre as recentes conquistas do grupo, está a abertura para Warrel Dane (Nevermore) que acontece em 19/04 em Limeira/SP

Com vocais que não chegam a ser guturais (mais “gritados” do que “urrados”) e boas letras, fica difícil dizer qual é a melhor das faixas, pois a qualidade é homogênea e, mesmo com pouco mais de 12 minutos somando as duas, a certeza que fica é que a rapaziada sabe o que está fazendo, mostrando maturidade e pegada firme, elementos que separam bandinhas de bandas de verdade.

De algum modo, ouvindo o single, fui remetido ao Control Denied, última banda de Chuck Schuldiner (Death), já falecido e sempre lembrado como gênio do Metal extremo bem técnico. Quem sabe aí temos uma influência do grupo.

Bela capa feita por Wil Minetto (nachuva.com.br) ajuda a atrair para o single

“Tempestis”, que seria o “lado B” se falássemos de um disco de vinil, é mais variada comparada à faixa-título, onde elementos de Metallica em seus épicos se fazem notar, além de um baixo e bateria destacados. Sabe aquela canção que vai crescendo ao longo dos seus segundos até um ápice? Esta é uma delas e, sem grandes dificuldades, pode-se imaginar que não será esquecida pela banda num álbum completo.

Enfim, Niharp traz um belo single que poderia ter saído com mais faixas no formato EP, mas que, com sucesso, cumpre seu papel, apresentando o grupo e deixando o ouvinte com gosto de “quero mais”, ansioso por mais canções e um trabalho completo. Ficamos no aguardo.

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Niharp
Single: A New Beginning
Ano: 2013 
País: Brasil
Tipo: Prog/Thrash Metal
Selo: Independente

Formação
Douglas Rovas (Vocal)
Koragem (Guitarra e Backing Vocals)
Murilo Mazza (Guitarra e Backing Vocals)
João Oliveira (Baixo)
Karioca (Bateria)


Compre clicando aqui.

Tracklist
01 – Inner Sturm
02 – A New Beginning
03 – Tempestatis



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segunda-feira, 10 de março de 2014

Apoteom: Técnica e Raiva Direcionadas Para Boa Música

Debut album dos gaúchos agradará em cheio fãs de Metal Moderno

Apoteom é um grupo de Santa Maria/RS que chama atenção já pela capa, dando a letra da proposta lírica da banda, que é questionar o sistema vigente social com letras inteligentes e com uma raiva direcionada e fundamentada.

E é com o título de “Alienation” (2013) que a banda estreia com seu álbum completo, que saiu via Ms Metal Records e com distribuição da Voice Music. São apenas 8 faixas, mas com quase uma hora de duração, trazendo um trabalho bastante técnico, pesado, variado e em várias passagens de forma ousada.

Os méritos vão todos para Pedro Ferreira (vocal e guitarra), Maurício Tôrres (baixo), André Licht (guitarra e vocais de apoio) e Pablo Castro (bateria), que compuseram faixas como “Dead Alive” (trazendo elementos que remetem inclusive ao Metallica), “Social Contract”, com uma pegada mais moderna, “Rise”, uma das mais pesadas, com grandes variações e raiva canalizada, assim como “Fake Preacher”, um arrasa-quarteirão de encher os ouvidos, com solos de muito bom gosto.

Há passagens intricadas, com momentos perfeitos ao headbanging e que devem ficar sensacionais ao vivo, como em "Extinction", com vocais guturais, solos rápidos, riffs carregados e a cozinha baixo e bateria fazendo tremer as estruturas (ouça num Home Theater e caia para trás). Quem gosta de Machine Head vai curtir.

Grupo tem tudo para se destacar como uma das revelações de 2014, basta maior divulgação

A capa, feita por Sandro Chaves, já cativa quem espera uma sonoridade mais atual, do chamado Metal Moderno, mas o que mais se exalta é a proposta de um Prog/Thrash Metal. O único ponto negativo de “Alienation” é a produção, a cargo da própria banda e de Ricardo Gehlinh e Maykel Rodrigues, que deixou o som um pouco amarrado, soando abafado, com os vocais de Pedro saindo baixos, parecendo que não foram trabalhados devidamente. As guitarras sofreram uma baixa, soando presas. Nada que, no produto final, comprometa seriamente o álbum, mas fica o alerta para futuras gravações, a não ser que esta seja a proposta que a banda quer passar.

Individualmente, cada integrante mostra que é bom no que faz, e como grupo, o Apoteom tem tudo para se destacar nessa sua proposta, precisando apenas de maior divulgação do seu nome (quem sabe um clipe oficial?), pois até há poucas semanas, nunca ouvira falar da banda, apesar de morar apenas alguns KMs de Santa Maria/RS. Bem trabalhados, com futuro trabalho melhor produzido, Apoteom vai dar o que falar. 

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ms Metal Press

Ficha Técnica
Banda: Apoteom
Álbum: Alienation
Ano: 2013 
País: Brasil
Tipo: Prog/Thrash Metal
Selo: Ms Metal Records


Formação
Pedro Ferreira (Vocal e Guitarra)
Maurício Tôrres (Baixo)
André Licht (Guitarra e Backing Vocals)
Pablo Castro (Bateria)



Tracklist
01 – Dead Alive
02 – Social contract
03 – Alienation
04 – Welcome to Insanity
05 – Rise
06 – Fake Preacher
07 – Extinction
08 – Old School

Ouça a faixa "Rise"

Confira o Liryc Video de "Alienation"


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Site Oficial

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Entrevista: Fortress - Quebrando Barreiras

Conversamos com a banda de Florianópolis/SC
De Florianópolis/SC, numa cena em ascensão, encontra-se a banda Fortress, formada por Marcelo Zibetti (vocal), Marcelo Rosa (guitarra), Pierre Buchmann (Baixo), Jarlisson Jaty (bateria), que, em pouco mais de um ano, já mostra que tem uma base sonora impecável.
Donos de um único lançamento até agora, o EP “Shatter This Prision” (2011), a jovem banda passou por mudança na formação, com a chegada de novo baterista, além de vários shows pela capital de Santa Catarina e prepara as gravações de seu debut.
Conversamos com exclusividade com Zibetti, Rosa, Ferreira e Buchmann, que, sempre muito profissionais, responderam algumas perguntas para o Road to Metal, falando da temática do EP, de como foi o trabalho de composição, tanto sonora quanto gráfica (com o renomado artista Gustavo Sazes), a chegada de Jarlisson, a cena de Floripa, e muito mais, que você confere abaixo.
Road to Metal: Olá rapaziada, como estão? Um prazer podermos conversar com a banda, finalmente. Tenho visto que a banda tem se apresentado com certeza regularidade aí em Florianópolis/SC. Como foram os shows e como está a agenda do grupo atualmente?
Marcelo Rosa: Olá Eduardo! Primeiramente gostaríamos de agradecer o convite para esta entrevista e parabenizar o Road to Metal pelo excelente trabalho que vocês estão desenvolvendo em prol do Metal nas suas mais diversas vertentes.
Os shows que realizamos recentemente foram excelentes, pois tivemos uma ótima recepção e interação do público nestes shows. E estes shows têm sido fundamentais, pois estamos testando ao vivo músicas novas que estarão presentes no nosso primeiro álbum.

Banda segue divulgando seu EP e novas composições que estarão no disco de estreia
RtM: Vocês possuem uma história bastante recente, pois surgiram em 2011 e, já de cara, lançaram um EP e trabalharam forte na divulgação. Conte-nos um pouco sobre como a formação da época se encontrou. Como chegaram a formar a Fortress e com qual objetivo?
Marcelo Rosa: A banda completou, agora em junho, 1 ano e 6 meses de existência. Eu, o Pierre Buchmann e o ex-baterista Rafael Dachary já tocávamos juntos em alguns projetos covers, mas paralelamente tínhamos uma vontade muito grande de compor e gravar algo que mesclasse nossas influências, sem seguir uma linha muito específica. Então no começo de 2011, começamos a compor e posteriormente convidamos o Marcello Zibetti para assumir os vocais, pois já conhecíamos o trabalho dele em outros projetos. Com a formação estabelecida focamos em compor e ensaiar, com o objetivo de gravar em setembro de 2011. Porém, após as gravações, sentimos a necessidade de incluir outra guitarra, e na hora pensei no Alvim Ferreira, pois além dele ser um excelente músico é um grande amigo meu de longa data. Posteriormente o Rafael saiu da banda e o Jarlisson assumiu o posto de baterista.

Banda pretende iniciar gravação do disco de estreia ainda este ano
RtM: O baixista Pierre Buchmann vivia em Ijuí/RS. Muitos anos atrás vi sua antiga banda, a Horyon, tocar e lembro que era uma “revolução” sonora o que os caras faziam por aqui. Fiquei positivamente surpreso em saber que o cara seguiu tocando, agora com a Fortress. Como tem sido conviver agora numa realidade de uma capital e fazendo esse Metal encorpado que a banda apresenta?
Pierre Buchmann: Naquela época eu era bem moleque e só queria saber de tocar, não me preocupava com mais nada. Com a Horyon gravamos um EP, tocamos em vários festivais e nos preocupávamos em fazer a coisa bem feita, mas não entendia como funcionava o mercado musical, nem ligava pra isso, só queria tocar. Agora é tudo muito diferente, morei um período em São Paulo e atualmente em Florianópolis, e hoje me vejo mais maduro, consigo compreender melhor as coisas. No Fortress é tudo muito profissional, nos preocupamos com mínimos detalhes, temos reuniões semanais, cada passo é discutido por todos, isso é o grande diferencial.
Pierre Buchmann (baixo)
RtM: O EP “Shatter This Prison” saiu com duas composições, uma arte gráfica incrível de Gustavo Sazes (famoso mundialmente por trabalhar com as maiores bandas da atualidade) e uma produção de alto nível do Adair Daumfenbach (trabalhou com Hangar, Holiness, Trayce, etc). Como foi o processo de gravação das canções? E conte-nos um pouco como é trabalhar com esses dois grandes nomes da arte e da produção, respectivamente?
Marcello Zibetti: O processo de gravação foi, ao mesmo tempo, muito agradável e trabalhoso. Nós chegamos em São Paulo após uma viagem de ônibus que durou 11 horas e algumas horas depois já estávamos no estúdio para iniciar a gravação das baterias. Isso reflete como foram os cinco dias que ficamos por lá. Muito trabalho e pouco descanso. Íamos para o hotel de madrugada apenas para dormir, pois ficávamos o dia inteiro gravando. Mas com certeza, todo esse empenho valeu a pena, pois o resultado final nos agradou bastante.
Bom, falando sobre o Gustavo Sazes. Eu fico impressionado com a capacidade criativa que esse cara tem. E isso pode ser percebido nos inúmeros trabalhos que ele fez, sempre com alta qualidade. No nosso caso, deixamos livre para ele criar o que quisesse. Enviamos a letra da faixa título do EP e, em cima disso, ele criou todo o conceito baseado em sua própria interpretação sobre a mesma. Com certeza, foi uma ótima escolha e ao ver os clientes que o Sazes possui, pois você percebe que o reconhecimento dele não é por acaso. 
Sobre o Adair, podemos dizer que ele tem grande influência na estética final das músicas. Ele é um cara que sabe extrair o melhor de cada um e consegue tirar timbres absurdos dos instrumentos. Além de tudo, é uma pessoa muito atenta ao que vem acontecendo no mercado e sabe dar um direcionamento ideal para cada banda. Além de todas essas qualidades, é um cara muito engajado na união da cena metal.

Banda diante de um ótimo público
RtM: E o nome do EP? Qual a prisão que vocês querem quebrar, ou que o mundo precisa quebrar?
Marcelo Rosa: A letra está relacionada com o fato de você ir à busca do que acredita e derrubar certos muros, grades ou de “quebrar prisões” psicológicas que te impedem de realizar um objetivo, um sonho...
RtM: A faixa-título do EP mostra a banda apresentando uma sonoridade bastante complexa, mas construindo bem cada uma das partes com técnica e melodia. Quem a compôs e qual é a relação com a arte gráfica?
Marcelo Rosa: O responsável pelo embrião da parte instrumental da música foi o Pierre. Ele trouxe os riffs principais, eu adicionei alguns riffs e cuidei dos arranjos. O embrião da letra é de minha autoria, mas de uma maneira geral todos contribuíram tanto na parte instrumental como na construção da letra. E o responsável por fazer a conexão entre o conteúdo abordado na letra com a arte gráfica foi o mestre Gustavo Sazes, como o próprio Marcello Zibetti falou anteriormente.
O novo integrante
RtM: Como tem sido tocar com um novo integrante, o baterista Jarlisson Jaty?
Marcelo Rosa: Tem sido muito legal tocar com o Jarlisson, pois ele tem uma técnica e pegada excelentes. A única dificuldade que temos enfrentado é a distância, pois ele mora em Curitiba(PR) e nós em Florianópolis(SC), então é difícil ensaiar com a frequência que gostaríamos. Mas sempre fazemos o possível para driblar qualquer eventual obstáculo.
RtM: Falando nos membros da banda, sabemos que o Marcelo Rosa (guitarra) e o baterista Jarlisson Jaty também dão aulas de música em instituições. Quais são as atividades relacionadas à música dos integrantes da Fortress fora da banda?
Alvim Ferreira: Os outros membros desenvolvem atividades não relacionadas à música. Eu sou empresário do ramo de alimentação animal, Marcello Zibetti (Vocal) trabalha com Design gráfico e o Pierre Burchmann (Baixo), trabalha em uma rádio AM de Florianópolis. Porém todos os três sempre desenvolveram, em paralelo, atividades relacionadas à música tocando com outras bandas, organizando eventos culturais, sempre trabalhando em prol da cena underground da região.
RtM: “A New Consciousness” traz um lado mais pesado da banda. Nota-se influências de Thrash Metal, especialmente nos vocais mais agressivos. Qual a proposta da canção na parte lírica?
Marcello Zibetti: Acredito que a agressividade presente em "A New Consciousness" reflete a sua mensagem central. Porém, apesar de agressiva, essa mensagem é, em sua essência, positiva, serve como alerta para as pessoas. Um alerta que evidencia como as coisas são impostas à sociedade atualmente seja através de crenças intolerantes, de padrões estéticos e comportamentais ditados pela mídia, de políticos inescrupulosos, entre tantos outros. Os vocais agressivos sintetizam o sentimento de insatisfação, revolta e desprezo por todos esses pontos negativos, enquanto os trechos com vocal limpo tratam de mensagens de reflexão, sugerindo que as pessoas acordem para uma nova consciência, e busquem uma identidade própria, sendo elas mesmas.
RtM: Para quem talvez nunca os tenham ouvido, como vocês poderiam apresentar o som e filosofia do grupo? Que influências vocês possuem que poderiam dar uma ideia aos ouvintes?
Pierre Buchmann: Cada integrante da banda tem uma identidade própria, os gostos são muito variados, e o interessante disso é que a gente consegue misturar tudo, todas as influências e o resultado é o som do Fortress. Na banda todos tem abertura para criar e trazer suas ideias, sempre foi à filosofia do grupo, procuramos não nos rotular embora tenhamos elementos que passam pelo Heavy, Thrash, Metalcore e até mesmo Death Metal.
Marcelo Zibetti
RtM: Como está a cena Metal na região de Florianópolis? Quando estive aí pude conferir uma edição de um festival gospel e pipocaram bandas de qualidade dessa filosofia. De um modo geral, como vocês veem a cena dessa região?
Alvim Ferreira: Infelizmente a cena da grande Florianópolis sempre foi um pouco deficiente, eram poucas bandas de qualidade, consequência da falta de espaço para este tipo de som, a cena acabava se reduzindo a shows de som cover.
Porém, nos últimos dois anos, com o início das atividades da Célula Cultural Mané Paulo, uma casa de show e cultura na ilha, a cena começou a se modificar lentamente e tem conseguido agregar pessoas interessadas em fomentar a cultura underground de Florianópolis.
RtM: Por fim, quais são os planos para este resto de ano e o próximo? Podemos esperar para quando o primeiro disco completo da Fortress? Agradecemos a acolhida e deixem uma mensagem final para quem leu a entrevista. Stay on the Road!
Marcelo Rosa: Pretendemos entrar em estúdio em dezembro deste ano para gravar nosso primeiro álbum, e a previsão de lançamento do mesmo é para o começo do ano de 2013. Mais uma vez gostaríamos de agradecer a você Eduardo Cadore, toda a equipe do Road To Metal e todas as pessoas que sempre estão nos apoiando de todas as formas. Todo esse apoio tem nos dado muita força para seguir em frente. Fiquem ligados nas novidades na nossa página no Facebook (www.facebook.com/FortressBR).

Entrevista: Eduardo Cadore
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação e Rock no Tobata

Capa de Gustavo Sazes
Leia a resenha do EP aqui.

domingo, 20 de maio de 2012

Espalhando o Metal Extremo: Sacredeath Trazendo Força Direto do Paraná

Grupo de Curitiba/PR tem se destacado na cena underground com merecimento


Numa embalagem simples, mas com uma arte gráfica ótima, recebi o álbum “Spreading Death” (2011) da jovem banda Sacredeath.
            
De cara, o material mostra a preocupação da banda em oferecer um trabalho objetivo e de baixo custo para quem quiser adquirir o material (distribuído pela Tornhate), sem pecar na beleza gráfica.
            
Já o som, que é o que interessa, o grupo de Curitiba não deixa pedra sobre pedra. Calcado entre aquilo que bandas como Kreator (fase mais atual) e Children of Bodom fazem, mesclando o Thrash com os vocais rasgados e agudos de Marcelo Lima, aliado aos riffs trabalhados e alfinetados do próprio vocalista, que também é guitarrista e de Alessandro Martins. Junta-se a isso o peso e agilidade do baterista Cristiano Hanysz. No álbum, o baixo foi gravado pelos demais integrantes, sem membro fixo, sendo que no posto atualmente retornou o antigo baixista da banda, Yuri Giacommeli.
            
"Spreading Death" é um álbum que empolga da 1º à 10º faixa

“Spreading Death” traz dez faixas que apresentam até mesmo algumas passagens acústicas, como na introdução “Apocalypse” e em “Punishment of Gods”. Embora os títulos das canções possam soar regulares, a sonoridade mostra o contrário, que a banda é clara admiradora de grupos como Death e os já citados anteriormente, pois dosa o peso do Thrash com o lado mais progressivo e melódico. Mas não confundir com muitas firulas. O instrumental da banda é certeiro e as quebras de ritmo só vem contribuir para uma sonoridade mais marcante e elaborada.
            
Tampouco estou dizendo que a banda não inova, pelo contrário, já que caminhando entre o Heavy, Thrash e Death Metal, os curitibanos sabem empolgar em todas as faixas, deixando-nos a imaginar como deve ser um show ao vivo dos caras (no mínimo matador).
            

“In the Earth Becomes Dark” é uma dessas canções que em cima de um palco deve gerar muitos mosh pits. Incrível a capacidade da Sacredeath em soar pesado e sem excessos, ao mesmo tempo que se mostra melódica, sem ser piegas.
            
Os riffs alucinantes de “Bestial Nights” merecem destaque, assim como os solos no melhor estilo Thrash Metal, fazem também com músicas como “Lacerate the Mortal Soul” e “Emperor of Souls” se destaquem como grandes composições do gênero. “Empty Soul” fecha o disco de forma magistral.
            
Não é de graça que o grupo já abriu shows de bandas como Torture Squad, Circle II Circle, Death Angel, Destruction, dentre várias outras, além de receber ótimas críticas de fãs e da mídia especializada. Portanto, esta matéria vem apenas somar à tantas outras que dizem, sem medo, que Sacredeath é mais um dos grandes achados da cena brasileira.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Revisão: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Sacredeath
Álbum: Spreading death
Ano: 2012
Tipo: Heavy/Thrash/Death
País: Brasil
Selo: Tornhate

Formação
Marcelo Lima (Vocal e Guitarra)
Alessandro Martins (Guitarra)
Cristiano Hanysz (Bateria)
Yuri Giacommeli (Baixo) (não gravou o disco)




Tracklist
01 – Apocalypse
02 - Spreading Death
03 - Violation the Rules
04 - In the Earth Becomes Dark
05 - Bestial Nights
06 - Punishment of Gods
07 - Lacerate the Mortal Soul
08 - Bearer the Plague
09 - Emperor of Souls
10 - Empty Soul


Acesse abaixo e conheça mais sobre a banda

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Embrião de um Monstro: Fortress

Jovem banda tem tudo para estourar em 2012

Dentro da cena musical, sobretudo da música pesada, um ano é praticamente nada. Ninguém melhor do que a Fortress, que completa um ano agora, para mostrar que, com trabalho duro e competência, pode fazer muito em tão pouco tempo.

Falo muito porque uma a cada 100 bandas conseguem compor, gravar e lançar algum material inédito e próprio em poucos meses de existência e, ainda mais raro, com a qualidade perfeita como é o EP “Shatter This Prison”, primeiro registro da jovem Fortress.

EP de estreia da banda sulista tem tirado o sono de quem o ouviu

Formada em 2011, conta com cinco competentes músicos da cena metálica do sul do Brasil (a banda surgiu em Florianópolis/SC), contando com alguns membros que saíram do Rio Grande do Sul.

Marcelo Rosa (G)
Rafa Dachary (Bateria)
Para quem possa estar mais ligado, trata-se da nova banda do baterista Rafael Dachary, que ficou conhecido por ter ganho o concurso do Hangar Day (e tocando com o Hangar ao vivo) e por fazer parte da Drunk Vision, banda que encerrou as atividades. 

O que temos na banda formada por Marcelo Rosa (guitarra), Alvim Ferreira (guitarra), Marcello Zibetti (vocal), Pierre Buchmann (baixo) e Rafael Dachary (bateria) é algo que muitas bandas tem apostado ultimamente no Brasil, tendo uma “safra” que eu já considero a melhor do mundo: o Prog Metal com levadas pesadas, alguns vocais mais agressivos e riffs e passagens beirando o Thrash Metal.

Mas o que tinha para ser apenas mais uma banda, se destaca pela ousadia e pela empolgação que as duas faixas do EP, a faixa-título e “A New Consciousness”, acabam por apresentar esse grupo que, ainda semi-embrionário, tem tudo para se transformar em um monstro.

Alvim Ferreira (G)
Pierre Buchmann (B)
Estando disponível para download, você poderá conferir o grande e marcante vocal de Marcello, aliado aos riffs pesados e certeiros da dupla de guitarristas, que não medem esforços para nos brindar com uma enxurrada de notas. Não vai ficar parado diante da cozinha formada por Dachary e Buchmann (este, aliás, tocava na extinta banda Orion, de Ijuí/RS, que tive oportunidade de ver ao vivo certa vez), que destroem tudo, sobretudo em “A New Consciousness”.

Falei até agora apenas dos músicos, mas o trabalho também é de mérito do produtor Adair Daufembach, conhecido pelo ótimo trabalho com as bandas Hangar, Project69, Holiness, Traycey e outros (grandes e novos nomes da cena pesada brasileira) e, como não poderia faltar quando o assunto é qualidade, a arte desenvolvida por ninguém menos que Gustavo Sazes que deveria dispensar apresentações, já que é um dos artistas da Century Media e responsável pelas melhores e principais capas de Heavy Metal dos últimos anos (já falamos dele várias vezes aqui no blog).
Marcello Zibetta (V)

Não vou ficar descrevendo as canções, pois se você teve paciência de ler esta postagem, com certeza já está curtindo o som da banda ou irá direto conferir de perto o EP, na certeza de que esse pequeno monstro poderá se tornar uma referência e se destacar já agora em 2012. Não vai ficar de lado, certo?

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Fortress
Álbum: Shatter This Prison (EP)
Ano: 2012
País: Brasil
Tipo: Prog Metal/Heavy Metal/Thrash Metal

No estúdio
Formação
Marcello Zibetti (Vocal)
Marcelo Rosa (Guitarra)
Alvim Ferreira (Guitarra)
Pierre Buchmann (Baixo)
Rafael Dachary (Bateria)

Tracklist
01. Shatter This Prison
02. A New Consciousness

Acesse os links abaixo e conheça mais sobre essa promissora banda
Hotsite (para download do EP gratuito)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Entrevista: Dynahead - Complexidade e Feeling

Dynahead está em processo de divulgação de seu disco "Youniverse"

A admiração que a equipe Road to Metal tem bela banda brasiliense Dynahead não é a toa. Um grupo que com apenas dois discos já se destaca por uma sonoridade verdadeiramente única, ao mesmo tempo que mescla inflências que vão do Heavy Metal, passando pelo Thrash, pisando firme no Metal Progressivo, além de elementos como o Jazz e a música brasileira, numa sonoridade tão complexa, mas que nos capta justamente pelo feeling.

Não é fácil uma banda misturar técnica com groove. Mas a banda formada por Caio Duarte (Vocal), Pablo Vilela (Guitarra), Diogo Mafra (guitarra), Diego Teixeira (Baixo) e o recem chegado Deth Santos (Bateria) mostra que isso é possível, desde sua primeira gravação, passando pelo debut album “Antigen” (2008) (aclamado internacionalmente) e agora o segundo e mais recente trabalho, “Youniverse” (2011), que segue a proposta da banda com novos elementos e maior complexidade e peso.

Na entrevista que segue, Caio Duarte nos conta um pouco sobre a banda, dando uma geral na carreira e falando sobre a nova formação, novo disco e a cena brasileira, entre outras coisas, como seu trabalho como produtor. Confira!


RtM: Vamos começar pela fase atual. “Youniverse” saiu este ano, numa ótima versão digipak e, à exemplo do primeiro trabalho completo, tem obtido grandes e positivas impressões. Qual é o atual momento da banda em relação ao disco? Estão em turnê, tem alguma nova música de trabalho, etc?

Caio Duarte: Saudações aos leitores, e muito obrigado por nos receber! Estamos naquele bom e velho processo de divulgação do disco. Infelizmente não é um lance assim tão estruturado, pois no mercado de hoje é meio impossível de se falar em turnês ou música de trabalho sem que se esteja, digamos, 'pagando o preço'. Assim vamos buscando meios de continuar tocando e espalhando nossa música, colhendo os frutos pouco a pouco.

RtM: Na época do lançamento do debut “Antigen” (2008), a banda declarou que o álbum tem um eixo em comum, mas que não pode ser visto como conceitual. Essa mesma declaração serviria para “Youniverse”?

Caio Duarte: Não seria o caso, pois o 'Youniverse' é um álbum conceitual pra valer. Ele não segue uma narrativa com personagens, mas as músicas obedecem a uma ordem natural e se interrelacionam diretamente.


Disco tem recebido criticas positivas de fãs e mídia especializada em todo o mundo


RtM: A faixa “Circles” não ganhou um vídeo clipe comum, e sim um filme. Como veio essa idéia, e a banda pretende repetir essa experiência em lançamentos futuros?

Caio Duarte: É um desejo nosso que o trabalho do Dynahead seja uma experiência além da música. Sempre falamos sobre fazer versões audiovisuais de músicas nossas, como uma forma de surpreender e aumentar a profundidade do trabalho. Infelizmente uma banda de classe trabalhadora como nós não pode se dar a tantos luxos, mas quando surgiu a oportunidade de inserir uma música da banda em um filme experimental, não pensei duas vezes. Sinceramente torço para que no futuro possamos fazer mais e mais experiências como essas.


RtM: No canal do Youtube da banda encontramos alguns vídeos sobre o processo de gravação de “Youniverse”. É notável a integração do grupo e o interesse de todos pelo disco. Dá para sentir o tesão que toda a banda sente ao falar desse grande trabalho. É isso que toda banda precisa para ter sucesso na criação de um disco?

Caio Duarte: Com certeza! Outra coisa importante é respeito mútuo, e manter a mente aberta às experiências e idéias mais loucas de todos. É um privilégio trabalhar com músicos tão talentosos e criativos, por isso procuramos sempre explorar tudo o que cada um pode oferecer.


RtM: Quem acompanha a carreira do Dynahead foi pego de surpresa com a saída de Rafael Dantas, que foi brilhantemente substituído por Deth Santos. Como foi esse processo de transição? E qual o perfil de um músico do Dynahead? Acredito que o ecletismo é uma peça fundamental, certo?

Caio Duarte: Foi um choque para todos, mas não chegou a ser triste pois o motivo foi bom, um passo importante para o futuro do Rafael. Ficamos preocupados diante da necessidade de substituir um baterista tão competente e que contribuiu tanto para criar o som da banda, mas tivemos a sorte de encontrar o cara certo na hora certa. Ele tem o ecletismo, a autenticidade e a personalidade tranquila que são essenciais para tocar com a gente. E ser tecnicamente foda não atrapalha também (risos)!


Nova formação em foto bastante descontraída


RtM: “Unknown”, a primeira demo, já mostrava um trabalho único, mas muitas criticas apontavam como uma banda que exagera na dosagem de vários estilos musicais. Isso em algum ponto chegou a preocupar vocês, o fato de muitos bangers não entenderem a proposta do grupo inicialmente?

Caio Duarte: Tanto não nos preocupa que de lá pra cá só aumentamos nosso experimentalismo (risos). Gostamos de confrontar essa mentalidade conservadora, o rock e o metal nunca foram provincianos! Todos os estilos musicais surgiram da experimentação, do ímpeto criativo. Infelizmente muita gente acha que esse trabalho não deve continuar, e que a função da música no século XXI é reproduzir os padrões do século passado, mas isso não passa de um pensamento colonial criado pelo mercado.


RtM: Ainda citando “Antigen” como vocês chegaram em James Murphy (Testament, Death) para fazer a mixagem ao lado da Dynahead? Um cara de fora auxilia ou atrapalha nesse momento tão importante para uma banda?

Caio Duarte: Conheci o James em fóruns pela internet, e fiquei surpreso com a qualidade do trabalho dele como engenheiro de som. Naquele momento foi crucial contar com o trabalho de alguém de fora, pois não sentia segurança para cuidar da masterização de um trabalho que já tinha tanto de mim. Aprendi muito de lá para cá e hoje sinto mais firmeza e confiança, por isso cuidei eu mesmo da masterização do 'Youniverse'.
Recentemente fiquei muito triste ao saber que o tumor cerebral do James, que havia sido contido anos atrás, está voltando. Ele é freelance e não tem plano de saúde, então sua família está fazendo uma campanha online para arrecadar fundos. Caso o leitor deseje ajudar com uma doação, pode obter informações neste link.


RtM: O mercado internacional soa muito mais receptivo para a sonoridade do Dynahead, certo? O que justifica essa triste realidade? Sendo você, Caio Duarte, um produtor, como você avalia o mercado musical nacional que ignora bandas excelentes e engole verdadeiras aberrações coloridas?

Caio Duarte: Muitas coisas justificam essa realidade, mas a principal é a submissão cultural do brasileiro à mídia e ao que vem de fora. A mídia pode fazer praticamente qualquer coisa vender se quiser: Agora são os coloridinhos, mas poderia ser qualquer outra coisa. A cultura popular é totalmente dominada pelo corporativismo.

Como produtor eu enxergo que existe música enquanto mercadoria: Os emos, duplas sertanejas, pop stars, são produtos fabricados e vendidos como sapatos ou brinquedos. Isso é música que movimenta a economia e alimenta famílias, e mesmo discordando muito dos mecanismos pelos quais isto é 'injetado' no gosto popular, não posso culpar um músico que toca algo assim para pagar as contas.

Mas também existe música artística, feita por paixão, criatividade: Antigamente esse nicho também era rentável, agora não é mais. O que me incomoda é que nesse universo ainda tem muita gente com mentalidade comercial, querendo ganhar dinheiro e colocando o mercado acima da música, o que no underground chega a ser estúpido. São essas pessoas que geram as modinhas, rivalidades, e a longo prazo afundam tudo.

RtM: É engraçado quando lhes pedem para citar influências que são abrangentes, já que os nomes vão de System of a Down, passando por Alice in Chains, Dream Theater e Pantera, além da música brasileira e do jazz. Na hora de compor existem bandas que de certa forma influenciam vocês diretamente, ou vocês não pensam nisso claramente?

Caio Duarte: No começo até que pensávamos, mas não fazemos mais isso... É muito limitante. Claro que sempre pinta um riff que a gente dá risada e fala "caramba, isso é muito X banda", mas nunca procuramos aludir a nenhum artista ou estilo. Compor assim se torna muitíssimo mais difícil e desafiador, mas é daí que surgem os momentos verdadeiramente criativos. Infelizmente isso não é muito valorizado no mercado, que confunde cópias bem feitas com qualidade, mas não nos impede de continuar desafiando o ouvinte.

RtM: Caio, você é conhecido pelo seu trabalho como produtor, tendo tido importante papel na produção dos discos da sua própria banda, além de outros nomes da cena brasileira. Como andam os trabalhos da BroadBand Productions? E qual álbum recente você gostaria de ter masterizado?

Caio Duarte: Ultimamente tenho trabalhado principalmente mixando e masterizando álbuns de bandas de outras cidades ou países. Já tive o privilégio de trabalhar com grandes bandas, e espero poder continuar fazendo isso por um bom tempo! Um disco que gostaria de ter masterizado é a versão em CD do último do Foo Fighters, "Wasting Light". O disco é brilhante, a mixagem maravilhosa, mas a masterização ficou tão exageradamente comprimida que a audição chega a ser dolorosa. Infelizmente as gravadoras têm exigido isso, o que é uma pena.


RtM: Quando quero apresentar o Dynahead para alguém que nunca ouviu a banda, mostro canções como “Layers of Days” e “Inception” que são fantásticas. Se alguém pedisse uma dica, quais são as músicas que melhor apresentam a sonoridade do Dynahead?

Caio Duarte: Acho essas bem representativas pois mostram duas facetas bem diferentes do nosso som: A "Layers of Days" mostra nosso lado direto, simples até, é bem pesada mas melodicamente inusitada. Já a "Inception" mostra um lado experimentalista, maluco e complicado, apesar de ter algumas partes quase 'comerciais'. Se fosse para juntar tudo em uma música só, diria que talvez a mais representativa seja a "Ylem".


Formação que gravou "Youniverse"


RtM: Sendo as músicas do grupo complexas, algumas deixam de ser executadas nos shows por isso, ou vocês compõem já pensando na possibilidade de tocá-las em um palco?

Caio Duarte: Nenhuma das nossas músicas são impossíveis, particularmente não sou muito fã da abordagem "Pro-Tools Metal" tão comum hoje... Mas não deixa de ser verdade que algumas dão muito trabalho (risos). Muitas vezes o que determina se uma música vai entrar no set list ou não são coisas como tempo de show, ou o quão bem ensaiada ela está. Gostamos de fazer shows intensos, por isso acabamos dando prioridade a músicas mais diretas... Mas quando pinta uma chance, é legal tocar um disco na íntegra por exemplo.

RtM: Quais são os planos do Dynahead para esse fim de ano e início de 2012?
Caio Duarte:
Continuar tocando, divulgando nosso novo álbum e levando o trabalho da banda para o máximo de pessoas possível. Também temos um videoclipe estreiando na TV, merchandise novo, entrevistas e muitas coisas para nos ocupar até o ano que vem. Estamos super empolgados para trabalhar em material novo, e se tudo der certo 2012 será um ano fantástico!


RtM: Obrigado pela entrevista e pela sua parceria Caio, que sempre se mostra bastante aberto a contatos. Gostaria de deixar um recado para os leitores do Road to Metal?

Caio Duarte: Sempre é um enorme prazer. Muito obrigado pelo interesse e por apoiar a patrimônio nacional, espero que tenham um sucesso cada vez maior! Ao leitor que tiver curiosidade, conheça, ouça, baixe e adquira nosso material no nosso site - www.dynahead.com.br - aonde você encontra também links para nossos canais nas redes sociais. Um grande abraço a todos, e força sempre!


Entrevista: Harley e Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


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