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sábado, 9 de dezembro de 2017

Cobertura de Show: Tim "Ripper" Owens - Embaixada do Rock 04/10 - Celebração aos anos de Judas Priest


Em mais uma vinda do vocalista Tim "Ripper" Owens em terras brasileiras, a Mitnel Produções trouxe o vocalista, que se tornou conhecido pela sua passagem pelo Judas Priest, para dois shows no RS, parte de sua "Demolition & Jugulator  Celebration Tour"  , sendo a primeira noite no tradicional bar Embaixada do Rock, em São Leopoldo, chamada carinhosamente pelos bangers daqui como "São Hellpoldo".  

Localizada na região metropolitana da capital Riograndense (cerca de 36 km), um bom número de headbangers de vários municípios foram conferir a performance de Ripper, e ainda a abertura com a tradicional banda paranaense Dominus Praelii, na estrada desde 1999, e a Vakan, de Santa Maria.

A Embaixada, apesar de não ter um espaço muito amplo, mostrou ter boa estrutura, bem sinalizada, arejada, e também instalações que favorecem os aspectos sonoros, pois era possível ouvir em qualidade muito boa as bandas, numa boa altura e sem o som "embolar". Vale ressaltar também a campanha da Mitnel produções, que arrecadou ração para animais, as quais foram doadas para o projeto Focinhos de Rua em São Leopoldo (RS).


A Vakan, formada em 2010, que está para lançar seu primeiro full-lenght, e que mistura o Metal, sempre com ênfase nas boas melodias, a outros estilos, como música regional,  e a Dominus Praelii aqueceram o bom número de presentes, embora ainda houvesse muita gente do lado de fora, aguardando a atração principal. A Vakan deixou ótima impressão, e com certeza ganhou novos fãs e despertou curiosidade pelo trabalho que virá. Com performance segura e enérgica a experiente Dominus nos faz pensar que é uma pena tantas boas bandas como esta não possuírem maiores condições de desenvolver seu trabalho e lançar álbuns mais regularmente. O último trabalho de estúdio foi "Keep the Resistance", de 2010.


Após ao muito bom aquecimento com os paranaenses, o público já começa a se aglomerar para aguardar o show principal, parte da tour em que o ex-Priest celebra os álbuns "Jugulator" e "Demolition", e aos gritos de "Ripper! Ripper!", apelido que o vocalista recebeu em seus tempos de Judas Priest por causa de sua performance na clássica "The Ripper", já começam a ovacionar Tim, que estava com problemas de garganta, e isso causou certo temos quanto ao set-list.


Acompanhado por uma banda com excelentes músicos brasileiros, formada por Vulcano (guitarras, Hellish War), Kiko Shred (guitarras, grande talento da nova safra guitarrística nacional, que também está divulgando seu solo "Riding the Storm"), Will Costa (baixista, Higher) e o baterista Rod Rodriguez (Slippery), apesar de estar com a voz um pouco debilitada, Tim "Ripper" mandou ver com "Jugulator" já na abertura, para delírio do público. Esbanjando simpatia e segurança, a toda momento Tim brincava e se comunicava com a galera, sendo que em um momento deu uma pausa e pediu por uma cerveja gelada, e como estava demorando a chegar, desceu do palco e foi se dirigindo ao bar, passando pelo meio da galera, que se divertiu com a situação. O pedido do vocalista foi atendido, e com a garganta refrescada, seguiu com mais faixas dos álbuns homenageados.


Clássicos de outros álbuns do Judas também tiveram vez, e, apesar de não estar 100%, Tim não teve medo de apresentar "Painkiller", para vibração geral, mas o vocalista em tom de bom humor avisou que "Talvez o show acabe depois desta!". Com experiência dos anos na estrada, Tim mandou muito bem, driblando as limitações que o problema na garganta trouxe no dia do show. O vocalista brincou depois, respirando fundo e pedindo um tempo pra recuperar o fôlego, e que talvez era melhor cantar um blues agora.

Como era de se esperar, não faltou também a clássica "The Ripper", a marca registrada de Tim, além de "Electric Eye" e logo depois, seguindo o tom de descontração do espetáculo, o vocalista empunhou uma guitarra e fez as vezes de guitarra base, ensaiou alguns riffs, como da "Highway to Hell", para depois tocar a "Living After Midnight", a qual ele disse que era a única que tinha aprendido a tocar inteira.


Além das citadas, o público também vibrou com várias músicas da fase de Tim no Judas, como "Lost and Found", "Dead Meet" e "Bullet Train".  Após o show, o vocalista ainda atendeu vários fãs para fotos e autógrafos, sempre muito solícito e simpático, mostrando que além de um grande vocalista é também um verdadeiro ídolo. Fica também nossos parabéns à Mitnel Produções pelo evento de qualidade, e também pela bela atitude com a arrecadação de ração para animais, o que também ocorreu em Santa Maria, evento no dia seguinte, contando também com o vocalista Edu Falaschi (confira aqui).

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Diogo Nunes

Agradecimentos: Mitnel Produções e Heavy & Hell Press

Mitnel Produções Facebook

Veja mais fotos do evento AQUI




sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Cobertura de Show: Tim Owens e Edu Falaschi – Santa Maria (05/10/17)


Quando anunciado o show do lendário ex-vocalista do Judas Priest, Tim Owens, ninguém imaginaria que a apresentação iria ser grandemente complementada com a participação do show de outro vocalista de nível internacional, Edu Falaschi. Isso aconteceu no centro do estado do Rio Grande do Sul que recebeu esses dois gigantes em uma noite quente de quinta-feira.

Primeiro há que se parabenizar a iniciativa da Mitnel Produções em apostar nesse evento, haja vista que Santa Maria, cidade com cerca de 270 mil habitantes, há certo tempo não recebia artistas de tamanha expressão do mundo Metal. Apesar de algumas mudanças de última hora, atrasos e certa confusão com a sessão de autógrafos e Meet & Greet, a verdade que tiro o chapéu para a organização, pois sei de perto como é difícil apostar em evento desse porte atualmente no Brasil.

Mas vamos ao que interessa. A banda responsável por iniciar uma verdadeira ode ao Heavy Metal foi a clássica banda paranaense Dominus Praelli. Apesar de 18 anos de estrada, muitos dos presentes não conheciam o trabalho do grupo e certamente saíram com uma ótima impressão e a certeza de que é uma excelente banda de Heavy Metal.


Iniciando com o público ainda tímido, foram precisos umas duas a três músicas para o público começar a chegar perto do palco e a dar alguma resposta durante o show.

Um aspecto que atrapalhou foi a qualidade do som entregue ao público. Vários presentes apontaram o volume excessivamente alto que acabou “embolando” o som, especialmente nos vocais, tanto que em todo o show da Dominus ficou difícil compreender as vozes. Porém, sabemos que um dos pontos que dificultam também é a falta de “habilidade”, digamos assim, por parte dos responsáveis pelo som, como se não fosse possível dar uma qualidade melhor quando se trata de show de Metal. Mas isso é um ponto que certamente não tirou o brilho da grande noite, mas que deveria ser observado em qualquer evento seja pequeno, médio ou grande porte.

Ao som de “Jugulator”, Tim Owens e banda mostraram a força da fase do vocalista no Judas Priest, cobrindo parte da década de 90 e início da seguinte. Se a volta de Rob Halford foi comemorada pela grande maioria dos fãs, verdade seja dita: Tim Owens fez seu legado na banda e a prova foi sentida pelos presentes neste show da “Jugulator & Demolition Latin American Tour”.
Obviamente que a seleção de músicos que o acompanhou, dentre eles o guitarrista Vulcano (Hellish War), também foi decisiva para fazer com que o show do também ex-Iced Earth fosse o melhor da noite.


Fazendo uma mescla entre as principais faixas dos dois discos e clássicos, como “Burn in Hell” (a mais clássica da sua fase na banda), “Bullet Train” (que inclusive concorreu como melhor música do Metal no Grammy na época, segundo informou o vocalista ao apresentá-la), “Hell is Home”, “Lost and Foud” (lindíssima balada Heavy) e encerrando com “One on One” (segundo Owens a sua faixa preferida do “Demolition”), o show foi recebido muito bem pelo público, claro que reagindo com mais ênfase nas mais populares, incluindo clássicos absolutos que ficaram imortalizados na voz do Owens, mesmo que tenham sido gravadas pelo Halford, como “Painkiller” (para mim o ponto alto de todo o show), “Hell Bent for Leather”, “Grinder” (que riff fenomenal) e “Living for the Midnight” (cantada a plenos pulmões por todos os presentes).

Outros destaques do show foram a interação do vocalista com o público que, não poucas vezes, fazia poses para as fotos, cumprimentando as dezenas de mãos que se erguiam na primeira fila a frente do palco. Também tivemos uma “palinha” de “Heaven and Hell”, clássico do Black Sabbath imortalizada por Ronnie James Dio (aliás, Owens canta no Dio Disciples e é empresariado por Wendy, viúva de Dio) e o vocalista chegou a arriscar tocar guitarra em clássico do AC/DC. Ocorre que o que provavelmente seria uma música inteira, acabou no início, pois a microfonia era imensa. Infelizmente o vocalista sofreu com problemas de retorno e equipamento (um momento trágico-cômico foi quando o microfone “desmontou” no meio de uma das músicas, mas que foi contornado com bom humor pela estrela).


Aqui ocorreu algo muito legal. Alguém do público, após reclamação do vocalista, falou “Brasil!”, no sentido de que por ser aqui que ocorriam esses problemas, ao que foi respondido por Owens dizendo que não se pode dizer algo assim do Brasil, que podem existir problemas em todo lugar do mundo e que o Brasil é o melhor lugar para tocar e que estava muito feliz com a turnê em todas as inúmeras vezes que veio, o que foi recebido muito bem pelo público.

Por fim, um momento especial foi em “Breaking the Law” com a participação de Edu Falaschi que logo após subiria ao palco. Os dois vocalistas dividiram a canção aclamada mundialmente e também pelo público que via certamente uma das melhores apresentações de Heavy Metal que poderiam desejar.


Poucos minutos depois Falaschi retorna ao palco com a banda de músicos locais (excelente, diga-se de passagem) para executar clássicos do Metal de bandas como Iron Maiden, Deep Purple, Metallica, Ozzy Osbourne, dentre outros. Dois pontos se destacam: a voz do Edu estava excelente (considerando que houve período em que teve alguns problemas com ela, mas que parece ser passado) e a simpatia do músico que, entre uma música e outra, conversava com o público, contava histórias engraçadas e interessantes da sua experiência.

Como a proposta era de uma noite de clássicos, deixou de fora músicas de seus outros shows (no momento tem trabalhado com a Rebirth of Shadows, tocando músicas da fase Angra), apesar de pedidos do público (mas o vocalista pediu apoio da cidade para poder retornar com essa turnê de clássicos do Angra). Mas o vocalista atendeu o público que pedia “Pegasus Fantasy”, música tema do Cavaleiros do Zodíaco, cantando-a a capela e acompanhado pelo público em coro, algo bem legal de presenciar, emocionante até.


Devido a atrasos e compromissos dos demais artistas, subiu ao palco a banda local Vakan como última atração, já quase no meio da madrugada, o que os prejudicou em termos de público, já que uma boa parcela deixou o Clube ao término do show de Falaschi. Apesar disso, a banda cumpriu muito bem seu dever, executando suas músicas autorais (deve-se dar crédito e valorizar muito isso!) que são composições de grande inteligência, mas que ficaram um pouco prejudicadas pelos problemas de som que ocorreram toda a noite. Ponto alto foi a apresentação de uma das partes de uma canção que estará no debut e que tem tudo para ser, literalmente, épica.

Com a sensação de ter visto 4 ótimos shows e com a alma lavada por poder ver Tim Owens pela primeira vez em alto nível, deixamos o local muito satisfeitos e contentes por ver, mias uma vez, Santa Maria reunindo pessoas de todo estado para um evento desse nível e que teve uma boa resposta do público. Para este redator, que na adolescência ouviu incontáveis vezes “Demolition”, jamais imaginaria que poderia ver de perto, conversar e tirar fotos com esse que é, sem dúvidas, uma das grandes vozes de todos os tempos da música pesada: Tim Owens.


Texto e fotos: Eduardo Cadore


Adendo: meus agradecimentos aos colegas do Road to Metal por manterem firme e cada vez mais forte este site que ajudei a criar. Uma honra e emoção, passados anos desde que deixei a área, retornar, pelo menos para este singelo registro, apesar de estar um pouco enferrujado (risos). Obrigado a você, leitor, que acompanha o trabalho desses caras e que leu esta escrita até aqui.

domingo, 7 de setembro de 2014

Resenha de Shows: Tim Ripper Owens (Judas Priest) e Blaze Bayley (Iron Maiden) no Clash Club (São Paulo) - 26/07/14

Vocalistas das lendárias bandas Judas Priest e Iron Maiden dividem palco em São Paulo

Eram 19h e já havia um pessoal dentro do Clash Club, aguardando o show do cantor norte-americano Tim Ripper Owens (Judas Priest, Beyond Fear, Iced Earth, Yngwie Malmsteen), marcado para 20h. Enquanto isso, Blaze atendia todos os fãs com sua simpatia e paciência inquestionáveis.

Com set recheado de clássicos do Judas Priest, Tim Owens agradou fãs da lendária banda

E então alguns minutos após o prometido, sobe Ripper Owens no palco, acompanhado pelos membros do tributo ao Judas Priest chamado Jaw Breaker.

Eles começam com o clássico “Painkiller”, animando o público logo de início. Como sempre, Tim pergunta seu nome pro seu público, introduzindo “The Ripper”. Segue maravilhosamente com “Victim of Changes”, “Burn In Hell”, “A Touch Of Evil”. Após afirmar que o Brasil tem o melhor público do mundo, chega o momento de executar uma música do Beyond Fear, “Scream Machine”. Músicos muito competentes acompanharam Tim, dando o apoio necessário para que Ripper soltasse sua voz, e que voz!! Continua cantando todas as músicas com a perfeição de sempre. 

Em grande fase da carreira, Owens impressiona pela qualidade do seu vocal ao vivo

Voltando à sessão de clássicos do Judas Priest, “Metal Gods”, “Turbo Lover”, “Desert Plains” e um dos momentos mais emocionantes do show foi quando Tim cantou a linda balada “Diamonds and Rust”.

Apesar de passagens por bandas como Iced Earth e Charred Walls of the Damned, set trouxe somente Judas e Beyond Fear

Seguiram mais clássicos como “Breaking the Law”, “Hell Bent For Leather”, “One on One”, “Electric Eye”, com o público curtindo e cantando junto, e o show se encerra alegremente com “Living After Midnight”.

Ex-Iron Maiden retornou ao Brasil para turnê e passou pelo Clash Club

Chegou a hora de descansar e guardar energias para ver Blaze Bayley (Iron Maiden, Wolfsbane). E o ele subiu no palco às nove e meia, pontualidade britânica. Neste momento a casa estava mais cheia, e Blaze realmente soube conduzir a plateia, como sempre muito animado e com um carisma contagiante. Seu apreço pelo público brasileiro é incontestável.

Acompanhado dos competentes músicos da Tailgunner, Blaze não poderia estar melhor.

O show começa com a maravilhosa “Lord Of The Flies”. Na sequência, uma música de sua carreira solo “The Lauch”, e voltando ao repertório de seus anos no Iron Maiden, a animada “Futureal” e a balada “Como Estais Amigos” vieram mostrar duas faixas do álbum “Virtual XI” (1998). Blaze está acompanhado dos músicos da banda Tailgunner, conhecidamente fãs da Donzela. Após “Judgement Of Heaven” e a clássica “The Sign Of The Cross”, com um público empolgado que participava fielmente cantando as músicas, Blaze estava visivelmente satisfeito, se divertindo no palco. Então chamou Ripper Owens para cantar com ele o clássico “Wrathchild”, sem dúvida um momento inesquecível desta noite! 

Momento descontraído após clássico "Wrathchild" ao lado de Owens

Após Ripper se despedir alegremente de Blaze, segue o show com “Voices From The Past” e “Watching The Night Sky”, de sua carreira solo. Como sempre, Blaze declara seu amor pelo Brasil e agradece aos fãs por sua dedicação e que sem eles, ele não existiria e não poderia realizar seu sonho. E segue até o final com músicas do Iron Maiden: “The Clansman” e “Virus”. Vale mencionar que Blaze se apresentou com competentes músicos que realmente encarnaram o Iron Maiden. 

Com set focando na sua fase no Iron Maiden, músicas da carreira solo também não foram esquecidas.

Outro grande momento foi em “Fear Of The Dark”, nota-se que Blaze está cantando cada vez melhor músicas que não são originalmente cantadas por ele. E pra fechar com chave de ouro, a agitada “Man On The Edge”. Foi um verdadeiro espetáculo de Heavy Metal.

Blaze agradece o apoio de sempre do público brasileiro

Texto: Juliana Novo
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Tacio Philip Sansonovski

CONFIRA mais fotos na nossa página no Facebook. Clique aqui!

Agradecimentos: Muito obrigado a nossa colaboradora Juliana Novo pela resenha, ao fotógrafo Tacio Philip pelas ótimas fotos e às produtoras Open the Road e Fame Enterprises (valeu Miky! o/) por nos receber oficialmente neste grande evento. Até a próxima!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Blaze Bayley e Tim Owens: Gigantes do Metal no Mesmo Palco em São Paulo/SP (Fame Enterprises/Open the Road)



Os nomes Blaze Bayley e Tim Owens dispensam apresentações, afinal de contas, foram vocalistas, respectivamente, do Iron Maiden e do Judas Priest. Ambos têm algo em comum: substituíram em cada grupo vocalistas tidos como “a voz da banda”, gravando dois álbuns até o retorno triunfal do dos vocalistas que substituíram.

Apesar de uma passagem duvidosa pelo Iron Maiden, lançando discos odiados por muitos, amados por alguns, Blaze Bayley construiu, desde “Silicon Messiah” (2000), uma sólida e indiscutível carreira solo, lançando inúmeros discos inéditos e ao vivo, passando pelo Brasil onde tocou em cidades que nunca imaginaram ter um ex-Maiden presente, como Santo Ângelo/RS, show que acompanhamos de perto.

Já Tim Owens pouco arriscou em carreira solo, mas passou por grupos como Iced Earth (até hoje seu disco de estreia na banda é o mais vendido do grupo), Malmsteen, Charred Walls of the Damend e Dio Disciples (este apenas ao vivo como tributo ao Dio).

Com uma bagagem imensa, dois vocalistas detonarão clássicos de suas ex-bandas e carreira

Apesar de ambos se apresentarem com certa regularidade no Brasil, pela primeira vez realizarão algumas apresentações conjuntas e a cidade de São Paulo/RS receberá show duplo dessas lendas vivas do Metal no Clash Club (Rua Barra Funda 969) na noite de 26 de julho, em evento promovido pela Fame Enterprises e a Open the Road Agency, numa parceria que tem tudo para ser um sucesso.

A expectativa é de um grande público para prestigiar esse show inédito e você pode participar dessa noite histórica garantindo os últimos ingressos via Ticket Brasil (clique aqui).

O Road to Metal estará fazendo cobertura desse grande evento e, desde logo, parabeniza as produtoras pelo evento. Nos vemos por lá!

Stay on the Road

Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação


BLAZE BAYLEY + TIM RIPPER OWENS, SÃO PAULO, SP 26.07.2014 - SABADO
 
CLASH CLUB
RUA BARRA FUNDA 969, SÃO PAULO, SP
Ingressos:
R$90 - Pista Meia / Antecipada
R$ 120 - Mezzanino Meia / Antecipado
R$140 - Camarote Meia / Antecipado
CENSURA: 16ANOS / OU 14ANOS ACOMPANHADOS
 
 
 
OUTRAS OPÇÕES DE PAGAMENTO:
FAME: DEPOSITO OU TRANSFERENCIA NA CONTA - PAGSEGURO: BOLETO - DEBITO DIREITO - CARTÃO


Mais informações

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Entrevista: Tim Owens – A Máquina de Gritar Heavy Metal

Entrevistamos com exclusividade Tim "Ripper" Owens
Check out the interview in English by clicking here.

Vocalista do Judas Priest aos 28 anos. Somente isso já nos mostra a força que o então jovem Tim “Ripper” Owens já tinha nos anos 90, quando substituiu Rob Halford na lendária banda Judas Priest, banda que é um dos pilares criadores do Heavy Metal.

Sua história de vida rendeu o filme “Rockstar” e sua passagem pela banda inglesa rendeu 2 gradnes discos. A saída acabou acontecendo para a volta de Halford, mas a ascensão de Owens continuou ao montar o Beyond Fear e aceitar o convite para cantar no Iced Earth.

Também foram 2 discos de estúdio e turnês, sua saída do Iced Earth culminou com trabalhos com a lenda da guitarra Ygwie Malmsteen, partindo também para projetos e bandas, como Hail! e Dio Disciples.

Tim Owens é uma lenda viva. O atual vocalista do Charred Walls of the Damned, Hail! e Dio Disciples há muito é considerado um dos maiores vocalistas de todo os tempos e, muito requisitado em bandas, projetos, programas e entrevistas, concedeu um tempo para entrevista exclusiva ao Road to Metal.

À véspera de iniciar nova turnê, Tim respondeu algumas perguntas, sem papas na língua e enrolação (você notará nas respostas). Demos uma geral na carreira do vocalista que promete: virá ao Brasil não apenas com o Dio Disciples (show no Metal Open Air, em abril), mas também com carreira solo e mais surpresas.

Com você, a máquina de gritar TIM “RIPPER” OWENS!

Judas Priest lançou "Jugulator" e "Demolition" com Owens nos vocais

RTM: Você tem se dedicado a várias atividades, desde gravando álbuns com o Charred Walls of the Damned, está cantando com o Dio Disciples e até mesmo possui um bar próprio onde se apresenta. Como organizar a agenda para as turnês e quando teremos uma turnê mundial?

TR: É realmente difícil... Eu estou um pouco ocupado, mas eu acho que é uma coisa boa! Eu gosto de lidar com tudo isso eu mesmo... Quer dizer, principalmente em turnê solo e já é bastante.

RTM: O Charred Walls of the Damned é o novo projeto de vida do Richard Christy e ele revelou em entrevistas de que não abria mão de tê-lo como vocalista. Como está sendo a experiência de voltar a tocar com Richard seu ex-companheiro de Iced Earth e o talentoso Steve Di’orgio, nessa nova empreitada?

TR: É ótimo... Eu e Richard somos amigos há muito tempo, ele é um cara ótimo e é também um incrível baterista e compositor. Nunca havia trabalhado com Steve até o Charred Walls of the Damned... Wow, ele é incrível, ele é matador!

Nova banda com o Richard Christy

RTM: “Cold Winds On Timeless Days” é um disco ainda mais melódico que seu antecessor que, de cara, mostrou a banda tocando rápido, pesado, mas com muita melodia, especialmente a partir dos seus vocais. A banda pretende continuar com esse direcionamento nos próximos lançamentos e, se sim, podemos esperar novos discos da banda?

TR: Eu não acho que só eu fui assim... O Richard compôs e foi assim que o disco saiu... Eu fui ao estúdio e cantei e cantei e cantei e, ao final do dia... BAM!

RTM: A morte de Dio talvez seja a maior perda da história do Heavy Metal. O Dio Disciples surgiu como uma forma de prestar uma homenagem e mostrar para o mundo uma pequena parcela de grandes músicos que foram influenciados por ele e sua música, seja aonde for que ele tenha cantado. Como tem sido essa experiência de tocar com grandes músicos os grandes clássicos de Dio?

TR: Dio foi e é o melhor... Eu sinto falta dele, mas ele sempre estará comigo... Sempre.

Dio Disciples mantando vivo a música do mestre Ronnie James Dio

RTM: Ainda em relação a Dio, você fez uma apresentação especial em seu bar cantando inúmeras músicas do vocalista, desde o Rainbow. Fica claro que você gosta de cantar aquelas canções, mas qual delas você poderia citar que lhe causa maior emoção, que lhe lembra algo importante a partir da mensagem que ela lhe passa?

TR: Sim... Cada vez que eu canto Ronnie mexe muito com meu emocional... Se você me ver cantando no Dio Disciples irá se surpreender... Confira no Youtube... É DE CORAÇÃO.

RTM: Você esteve no Brasil, pela última vez, divulgando seu disco solo. Recentemente o Dio Disciples foi confirmado como uma das atrações do Metal open Air, já considerado como o maior evento destinado ao Metal que o Brasil já teve. Quais são os planos para essa vinda ao Brasil com a banda e haverá possibilidade de mais shows pelo país? E quanto ao Charred Walls of the Damned, poderemos vê-los no Brasil em breve?

Winter's Bane
TR: Com o Charred Walls of the Damned não temos nada em mente, mas eu tenho a Hail!, carreira solo e também o Dio Disciples... Vai ser um bom ano para todos vocês... LOL

RTM: Voltando um pouco ao passado, você gravou um grande álbum com a banda Winter’s Bane em 1993, que revelou você ao mundo, principalmente pelas características vocais agudas e potentes, houve alguns rumores após sua saída do Iced Earth de que a banda retornaria a ativa, o que temos de verdade nestes rumores?

TR: Sim foi um grande cd... Nada comparado como eu canto agora... Vocalmente estou bem melhor agora... Eu ouvi o álbum esses tempos e meio que quis rir... Eu quero dizer, sim eu cantava notas altas, mas o alcance e a substância que tenho agora é léguas acima daquela época... Eu gostaria de gravá-lo novamente... Eu queria tentar fazer a banda novamente, mas NÃO houve interesse dos outros músicos... Estranho, mas essa é a verdade.

Quando vocalista do Judas Priest. Sua entrada na banda rendeu o famoso filme "Rock Star"

RTM: Muitos dizem que o filme Rock Star foi baseado em sua historia na entrada para o Judas Priest, devido você ter tido por anos junto com a Winter’s Bane uma banda cover de Judas chamada British Steel, o que você acha deste filme? Realmente tem haver com sua historia de entrada ao Judas Priest?

TR: Sim, foi! Não é a história do Judas Priest... Mas sim a minha história... Eu acho que foi aí que os problemas começaram!


Iced Earth na época de "The Glorious Burden"

RTM: Em 2003 quando você deixou os vocais do Judas, logo em seguida você assumiria mais um posto importante dentro do Heavy Metal, sendo o substituto de Matt Barlow no Iced Earth. Como foi a sua entrada para banda? E como foi para você assumir os vocais de uma banda com estilo diferente do seu?

Ao vivo com Iced Earth
TR: Eu apenas canto… qualquer banda que eu estou eu apenas canto… John me convidou para entrar na banda [N.T: John Schaffer, da banda Iced Earth] e eu disse “claro”, talvez eu tenha dito isso muito rápido, todos ao meu redor não estavam interessados nisso, empresário do Judas Priest e outros músicos e tal, mas eu fiz a escolha certa e fiz alguma grande música.

RTM: Você lançou dois excelentes álbuns com o Iced Earth “The Glorious Burden” em 2004 e “Framing Armageddon” em 2007, sendo o último de grande sucesso entre a critica e os fãs, mas no meio deste sucesso todo é anunciada sua saída e a volta de Matt Barlow, sua saída foi planejada? Ou você, assim como os fãs, foi pego de surpresa?

TR: Não, eu precisava sair... Eu precisava sair para fazer os meus projetos, por mim mesmo. Foi uma boa passagem e me diverti bastante, mas não era o mesmo tempo que eu tinha no Judas Priest, e não é como agora, agora é a melhor época da minha vida... Mas o Iced Earth ainda era grande e me ensinou algumas coisas para minha carreira de como fazer e como não fazer algumas coisas... lol

Hail! com o Andreas Kisser (Sepultura)
RTM: Em 2009 você estreou com seu álbum solo “Play My Game”. Devido aos seus inúmeros projetos e participações, podemos esperar um novo álbum solo de Tim Owens?

TR: Não tenho certeza... Eu adoraria fazer outro álbum, talvez com uma banda mais estável e não com músicos convidados... Mas é um grande cd... Eu acho que eu vou regravar algumas faixas deste primeiro álbum e fazer algumas coisas do meu jeito e colocar alguns extras nele e lançá-lo para que as pessoas possam comprá-lo... Você sabe que o primeiro álbum nunca foi realmente posto para fora.

RTM: Após essa saída conturbada do Iced Earth, você se tornou um dos vocalistas mais concorridos da cena sendo convidado para vários projetos e integrando a banda de Yngwie Malmsteen. Como surgiu o convite para gravar com o mago da guitarra?

TR: Nós fizemos uma versão de Mr. Crowley [N. E.: clássico de Ozzy Osbourne] e o resultado final ficou muito legal... Nós conversamos um pouco e cai de cabeça na ideia... Tipo de uma coisa legal... Eu realmente poder aparecer e dar o meu melhor... Você sabe que eu tenho um monte de outras coisas na minha carreira que me deixa sempre ocupado... Mas é divertido ser requisitado!

Tim Owens já gravou dois discos com o mago da guitarra Malmsteen

RTM: O que podemos esperar de Tim “Ripper” Owens para 2012?

TR: Um monte de coisas... Shows com o Yngwie na Rússia em fevereiro, então Hail! na América do Sul em fevereiro/março, Dio Disciples na América do Sul e Bulgária, em seguida, turnê solo no México e na Austrália em maio... Turnê solo na Europa em setembro/outubro, turnê solo na América do Sul em novembro, hahaha ocupado e para finalizar vamos começar as gravações do novo álbum do Beyond Fear... Realmente louco!

RTM: Tim, agradecemos pela atenção e deixe um recado aos seus fãs do Road To Metal que aguardam ansiosamente por sua volta ao Brasil.

TR: AMO TODOS VOCÊS... VEJO-OS EM BREVE... E VENHAM JOGAR MEU JOGO!

Keep it heavy!

Entrevista: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Tradução: Renato Sanson
Texto de Introdução: Eduardo Cadore
Revisão/edição: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação


Acesse os links abaixo

Monster Energy

Veja alguns vídeos das várias bandas por onde Owens cantou

Judas Priest

Iced Earth


Beyond Fear


Malmsteen


Interview With the Scream Machine Tim "Ripper" Owens


Tim Owens gave us a brief interview. In this great interview, the former lead singer of Judas Priest and Iced Earth talked about many things involving his old band, commented on the Charred Walls of the Damned and Dio Disciples, and plans for 2012. See below!

Road to Metal:  You have been devoted to various activities, from recording albums with Charred Walls of the Damned, singing with the Dio Disciples and even has its own bar where he appears. How to organize the agenda for the tours and when we have a world tour?

Tim Owens: It is real hard..I am a bit too busy but I guess that is a good thing! I like to handle it all myself as well..I mean I tour mainly solo and it is a lot



RtM: The Charred Walls of the Damned is the new project of Richard Christy life and he revealed in interviews that would not give to have him as a vocalist. How is the experience of returning to play with Richard, his former comrade Iced Earth and Steve Di'orgio, this new venture?

Tim Owens: It is great… I mean Richard and I have been friends for a long time now, he is a great guy to be around and an amazing drummer and song writer. I have never worked with Steve until CWOTD… Wow… he is amazing, he just kills it!!

RtM: "Cold Winds On Days Timeless" is more melodic album than its predecessor that face, saw the band playing fast, heavy, but with a lot of melody, especially from his vocals. The band intends to continue with this direction in the next release and if so, we can expect new albums from the band?

Tim Owens: I don’t think it just went that way… Richard just wrote and that is how it came out… I went in the studio and sang and sang and sang and at the end of the day… BAM!

RtM: The death of Dio is perhaps the greatest loss in the history of Heavy Metal. The Dio Disciples originated as a way to pay tribute and show the world a small portion of great musicians who were influenced by him and his music, where ever it is that he has sung. How has that experience been of great musicians playing with the great classics of Dio?

Tim Owens: Dio was and is the best… I miss him but he will always be with me… always.

Owens with Dio Disciples: keeping Dio's Memories alive


RtM: In connection with Dio, you made a special presentation at his bar singer singing many songs from the Rainbow. Clearly you like to sing those songs, but which you can recite it causes more emotion, something important that you remember from the message that she is?

Tim Owens: Yea… singing Ronnie is very emotional… if you all see me in Dio Disciples it will blow you away… check it out on Youtube… FROM THE HEART.

Hail! includes Andreas Kisser from Brazil
RtM: You've been in Brazil for the last time, releasing his solo album.  Was recently the Dio Disciples confirmed as one of the attractions of Metal Open Air, already considered the biggest event for the metal that Brazil has ever had. What are the plans for this trip to Brazil with the band and will be able to play more shows across the country? What about the Charred Walls of the Damned, we see them in Brazil soon?

Tim Owens: Nothing with Charred walls, but I have Hail, SOLO and with Dio Disciple..gonna be a good year for you all…LOL

RtM: Going back a bit to the past, you recorded a great album with the band Winter's Bane in 1993, which showed you the world, especially the vocal characteristics of acute and powerful, there was some talk after his departure from Iced Earth that the band would return to active we have the truth in these rumors?

Winter's Bane
Tim Owens: Yea it was a great cd… nothing like I sing now… vocally I am WAY, WAY better now… I listen to it and kinda laugh… I mean yea I sing High notes but the range and substance I have now is leagues above it... I would love to record it again… I wanted to try and do the band again but there was NO interest from the labels… Strange but that is the truth.

RtM: Many say that the movie Rock Star was based on his history at the entrance to Judas Priest because you have had for years along with the Winter's Bane a cover band called British Steel Judas, what do you think of this movie? It really has to do with its history of admission to Judas Priest?

Tim Owens: Yes it was!  And not the history of Judas Priest… this history of me… I think that is where the problem was!

Owens in the band that inspires him: JUDAS PRIEST!

RtM: In 2003 when you left the vocals of Judas, soon after you assume a more important position in the Heavy Metal, and the replacement of Matt Barlow in Iced Earth. How was your entry for the band? And how did you take the vocals for a band with his different style?

Tim Owens: I just sing… any band I’m in I just sing… John asked me to join and I said sure thing, maybe I said it to fast, all around me wasn’t keen on it, JP’s management, and other musicians and others, but I made the right choice and made some great music!!

Iced Earth in 2004

RtM: You released two excellent albums with Iced Earth "The Glorious Burden" in 2004 and "Framing Armageddon" in 2007, the latter being of great success among critics and fans, but amid all this success is announced his departure and the return of Matt Barlow, his departure was planned? Or you, as fans, was caught by surprise?

Tim Owens: No, I needed out.. I needed to do stuff, for myself and finically! It was a good ride and I had fun, but it wasn’t the same as my time in Judas Priest, it just missed some kind of spark… and it isn’t like now, right now is the best time in my life… But Iced Earth was still great and it taught me somethings to do and something not to do… lol

RtM: In 2009 you debuted with his solo album "Play My Game". Due to its numerous projects and investments, we can expect a new solo album from Owens?

Tim Owens: No sure.. I would love to do another, maybe with a more stable band and not as many guest… but it is a great cd… I think I am gonna re record it and do somethings my way and put some extras on it and get it out there so people can buy it… you know the first one was never really put out.

Owens with Ingwie Malmsteen

RtM: You became one of the busiest vocalists in the scene being invited to various projects and integrating the band Yngwie Malmsteen. How did the invitation to record with guitar wizard?

Tim Owens: We did a tune Mr Crowley together and I think it got the wheels turning…we talked and I jumped on it..kind of a cool thing..I really just show up and do it if I can..You know I gotta a lot of other things on my plate so I can always do it..but It is fun

RtM:: What can we expect from Tim "Ripper" Owens in 2012?

Tim Owens: A lot… Yngwie shows in Russia in Feb (I leave tomorrow) Then Hail in South America in Feb/March Then Dio Disciples in South America and Bulgaria, then Solo in Mexico, then Solo tour in Australia in May… then Solo tour in Europe in Sept/oct… then Solo tour in South America in Nov… hahaha Busy. Recording Beyond Fear CD and Tred CD...crazy…

Road to Metal: Tim, I thank for your attention and leave a message for fans of the Road To Metal eagerly awaiting his return to Brazil.

LOVE YOU ALL..SEE YOU SOON…AND COME PLAY MY GAME!!
Keep it heavy

Ripper


Interview: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Intro: Eduardo Cadore

Links

Watch some videos 

With Iced Earth

With Judas Priest


With Beyond Fear

With Dio Disciples