quarta-feira, 24 de junho de 2015

Crossrock: Hard Rock Brasileiro Tipo Exportação!



(Read HERE the English Version)
Formado em 2006, o Crossrock foi amadurecendo seu Hard/Melodic Rock, lapidando sua sonoridade e crescendo como músicos, e todo esse aprendizado pode ser visto neste álbum de estreia, "Come on Baby", e não pode ser dito que a banda demorou a lançar seu debut (que até esteve por sair antes, mas, por alguns problemas acabou não vendo a luz do dia antes), e sim que foi lançado no momento certo, pois puderam trazer o seu melhor, com produção muito bem feita, canções muito bem construídas, com todas as características que um fã de Hard ou Melodic Rock aprecia, ou seja, ótimos refrãos, melodias marcantes, vocal perfeito para o estilo. Afirmo com segurança que é um trabalho de nível internacional, e é ótimo que muitas bandas viram que é preciso ter um nível alto para poder ter uma vida dentro de uma cena tão cheia de ofertas.

A banda bebe na fonte do Hard dos anos 80, e podemos notar influências do lado mais melódico e do mais pesado do estilo, como Mötley Crue, Mr. Big, Dokken, Ratt, Skid Row, Hanoi Rocks, Helix, Kiss (da era pós "Lick it Up"), Stryper, Journey, ou seja, "Come on Baby" é perfeito para os fãs do estilo, e não é exagero dizer que o Crossrock já pode ser considerado o maior expoente do estilo aqui no Brasil (e acredito que na América Latina) e com certeza vai atingir outros mercados, principalmente Europeu. Aliás, a banda recentemente fechou contrato com um selo da Dinamarca para distribuição do álbum na Europa e Japão. 

"Call You" abre muito bem o álbum, Hard de qualidade e refrão com um coro que lembra bastante o Stryper; "Tonight" também vem com ótimas e pegajosas melodias, e se o ouvinte é fã do estilo e das bandas que citei acima, com certeza já está preso no som do Crossrock; "It's All i Need" apresenta ótimo pegada nas guitarras, vindo com mais peso, mas com um refrão bem melodiosos. Aqui já abro parênteses para elogiar a performance de toda a banda, que realmente sabe o que está fazendo, e destacando os vocais de Rane, perfeitos para o estilo, lembrando bastante dois "Martins", o Eric (do Mr. Big) e Tony Martin (principalmente nos seus trabalhos mais Hard, como no The Cage), sendo este em faixas mais pesadas, como a própria "It's All I Need".


Fica difícil destacar algumas faixas, pois o grupo demonstra um nível excelente, e realmente valeu toda a espera pelo debut, toda a experiência adquirida refletiu num grande álbum do estilo, e é difícil não ouvir e já ficar cantarolando ou assoviando os diversos ótimos refrãos e melodias.

"Any Road", que já virou clipe de divulgação, e também possui um poder de assimilação imediato; "So Live" é um Hard pesado, com direito a bases cavalgadas, e com Rane soltando a voz; outra faixa que me remeteu aqueles Hard "metalizados" do Stryper;  "Come on Baby", também é um Hard de pegada (numa veia Whitesnake também, o refrão "Come on Baby!!", me lembrou o mestre Coverdale), com riff bem marcante de guitarra, e aquele refrão pra cantar de punhos cerrados, além de uma citação "God Gave Rock & Roll to You" no final; "Let's Dance" é exemplo daquele Hard mais "festivo", com um solo de harmônica bem legal na abertura, flertando com o Rock & Roll e Sleaze. 

E neste estilo, baladas de qualidade não podem faltar e "When Love Goes Away", é perfeita para aqueles momentos em que as luzes se apagam e é hora de acender a luz dos celulares (nos 80 eram os isqueiros), acústica e com belos arranjos vocais e "Without Love", que já vem na sequência, também outra balada daqueles talhadas para virar hit, com certeza nos anos 80 tocaria direto nas rádios Rock. ótimo refrão e arranjos orquestrais, dando um clima perfeito em uma performance carregada de emoção cortesia de Rane; "Never Give Up", que aparece como bônus, traz arranjos de teclado, flertando com o AOR, e também com excelente refrão.


Olha só, quis tentar falar de alguns destaques, mas acabei falando de quase todas as músicas, e com certeza o fãs de Hard Rock e Melodic Rock vai passar pela mesma situação, pois é como se o álbum fosse um "Best Of" de uma banda mais veterana, tantos os bons momentos, proporcionados por uma banda madura, que tem conhecimento e segurança do que faz, lembrando sim, vários grandes nomes da cena 80's, mas imprimindo personalidade. 

Mantendo o nível, o Crossrock vai bem mais além do que ser hoje o potencial maior expoente do Hard aqui na América Latina. Altamente recomendado a qualquer fã de Hard/Melodic Rock!
If you want Hard (Rock), you got it!

Texto: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação e Arquivo pessoal da banda

Banda: Crossrock
Álbum: "Come on Baby" (2015)
País: Brasil
Estilo: Hard Rock, Melodic Rock
Selo: Wikimetal/Voice Music (Brasil)

Line-Up
Israel: Guitars 7 Backing Vocals
J.P.: Drums & Backing Vocals
Rane: Lead Guitars & Lead Vocals
Junior: Bass & Backing Vocals


Track List

01 - Call You
02 - Tonight
03 - It's All I Need
04 - Any Road
05 - My Life
06 - So Live
07 - When Love Goes Away
08 - Without Love
09 - Let's Dance
10 - I Feel Your Cold
11 - Come On Baby
12 - Never Give Up
13 - A Letter 4U





Crossrock: Brazilian Hard Rock For Export



(Leia AQUI a versão em português)

Formed in 2006, the brazilian band Crossrock matured his Hard/Melodic Rock, honing their sound and growing as musicians, and all this learning can be seen in this debut album, "Come on Baby", which wasn't be released before because some problems with studios and producers, but everything has your time, and it was released at the right time, because they could bring their best, producing very well the songs, with all the features that a Hard or Melodic Rock fan appreciates, that is, great choruses, great melodies, vocals that fits perfect on this style. I say with confidence that is a world-class work.

The band drinks at the 80's Hard Rock fountain, and we can see influences from the more melodic side and the heavier style, like Motley Crue, Mr. Big, Dokken, Ratt, Skid Row, Hanoi Rocks, Helix, Kiss (era post "Lick it Up"), Stryper, Journey... well "Come on Baby" is simply perfect for fans of the style, and it is no exaggeration to say that the Crossrock can now be considered the greatest exponent of the style in Brazil (and, I believe that, in Latin America too) and certainly will reach other markets, mainly European. In fact, the band recently signed a contract with a Danish label for distribution in Europe and Japan.


"Call You" opens very well the album, a Hard Rock anthem, great chorus, that closely resembles Stryper; "Tonight" also comes with great and catchy melodies, and if the listener is a fan of the bands I mentioned above, certainly will be caught by the sound of Crossrock; "It's All i Need" presents great riffs on guitars, coming with more punch, but with a very melodious chorus. Here already open parenthesis to praise the performance of the whole band, who really knows what is doing, and highlighting the vocals of Rane Crossrock, perfect for the style, reminding quite two "Martins", Eric (Mr. Big) and Tony Martin (mainly in his work more Hard, as in "The Cage", project with Dario Mollo), in heavier tracks like "It's All I Need".

It is difficult to single out a few tracks, because the group shows an excellent level, and it really worth all the wait for the debut, the whole experience reflected in a great Hard Rock album, and it's hard not to hear and already be humming or whistling the many great choruses and melodies.


"Any Road", which has turned disclosure clip, and also has a power of immediate assimilation; "So Live" is a heavy Hard, complete with a lot of punch on the guitars and galloping riffs, and Rane dropping his voice; another song that sent me those "metallized" Hard Rock in a  "Stryper Style"; "Come on Baby", it is also a Heavy/Hard (a Whitesnake vein of the refrain "Come on Baby !!", reminded me Coverdale), with well marked guitar riff, and that chorus to sing with clenched fists! and with a fragment of "God Gave Rock & amp; Roll to You" at the end; "Let's Dance" is an example of the more "festive" side of Hard Rock, with a cool harmonic at the opening, flirting with Rock & amp; Roll and Sleaze.

And on this style, great ballads are an obligation and "When Love Goes Away", it is perfect for those times when the lights go out and it's time to turn the light of the cell phone (in 80's were lighters), acoustics and beautiful vocal arrangements and "Without Love," which comes right after, is another ballad those tailored to become a hit, certainly in the 80's will be in all Rock radios. great chorus and orchestral arrangements, giving a perfect climate in a  performance full of emotion, courtesy of the singer Rane; "Never Give Up", which appears as a bonus, brings keyboard arrangements, flirting with the AOR, and also with excellent chorus.


Look, I did try to talk about some highlights, but just talking about almost every song, and certainly the fans of Hard Rock and Melodic Rock will go through the same situation, it is as if the album was a "Best Of" a more veteran band, so many good moments, provided by a mature and secure band, reminding yes, several big names from the 80's scene, but printing personality.
 
Keeping the debut's high quality, Crossrock is now the largest potential exponent of Hard here in Latin America. Highly recommended to any  Hard/Melodic Rock fan!
If you want Hard (Rock), you got it!


Text: Carlos Garcia
Photos: Disclosure and  band's Archive


Band: Crossrock
Album: "Come on Baby" (2015)
Country Brazil
Style: Hard Rock, Melodic Rock
Label: Wikimetal/Voice Music (Brazil)


Line-Up
Israel: Guitars 7 Backing Vocals
J.P.: Drums & Backing Vocals
Rane: Lead Guitars & Lead Vocals
Junior: Bass & Backing Vocals



Track List


01 - Call You
02 - Tonight
03 - It's All I Need
04 - Any Road
05 - My Life
06 - So Live
07 - When Love Goes Away
08 - Without Love
09 - Let's Dance
10 - I Feel Your Cold
11 - Come On Baby
12 - Never Give Up
13 - A Letter 4U
 










segunda-feira, 22 de junho de 2015

Cobertura de Show: Marduk + Symphony Draconis + Revogar (Sociedade Orpheu - São Leopoldo/RS - 20/04/15)


Eis que o dia 20/04 reservou aos headbangers uma noite de pura destruição, pois teríamos a lenda sueca MARDUK de volta ao RS, mas desta vez visitando São Leopoldo, em um evento extremamente organizado e bem produzido pela Makbo.

Revogar
Então o REVOGAR abriu o evento com sangue nos olhos, mostrando o seu afiado Death/Black Metal. A banda se mostrou bastante coesa, haja vista que tem em sua formação músicos experientes e de talento. Apesar do curto set, em face do atraso no início do evento, a banda conseguiu despejar uma boa leva de sons.

Symphony Draconis
A horda porto-alegrense SYMPHONY DRACONIS veio em seguida, e a despeito do pouco tempo que teve para mostrar seu Black Metal sinfônico de respeito, desferiu um forte soco na cara dos presentes, mostrando que se trata de uma banda fadada a crescer cada vez mais no undergroud e, porque não, inclusive na gringa. Espera-se que tenham novas oportunidades para mostrar mais do seu trabalho. E que venha logo o substituto de The Supreme Art Of Renunciation.

Vale ressaltar a boa qualidade sonora e de iluminação que as bandas tiveram, todas soando perfeitamente, e sem algum empecilho técnico.


MARDUK então em ação...

Então era hora de uma das hordas mais respeitadas do Black Metal devastar “São Hell”. E coube à música que dá nome ao mais recente álbum, Frontschwein, começar o massacre, da forma mais ímpia possível; por ser uma banda extremamente experiente e profissional, não foi difícil prender a atenção do público presente.

O problema seria escolher um setlist que caísse no gosto da audiência. Fato este que, na opinião do redator, foi satisfatório. Mas seguindo... Na sequência rolaram sons do quilate de Slay The Nazarene (que ensandeceu os presentes), 502 (outro grande som), Serpent Sermon, Burn My Coffin, Warschau e Panzer Division Marduk, que fechou o set de maneira avassaladora.


É sempre salutar ver uma banda do porte do MARDUK mostrando novos trabalhos aqui em nossas terras, mas, talvez devido ao fato da frequência com que nos visita, o público pudesse ser melhor. Outro fato que pode contribuir, de alguma forma, é a mudança pela qual o som da banda passou depois da entrada de Mortuus, sendo que uma grande parcela dos fãs ainda é partidária do ex-vocal Legion (inclusive este que vos escreve), e preferia a antiga sonoridade. Enfim, todos os três shows foram altamente positivos, ficando o único ‘porém’ quanto à postura fria da banda para com o público, especialmente do vocalista. Mas convenhamos, não é nenhuma novidade se tratando de MARDUK.


Cobertura por: Marcello Camargo
Fotos: Diogo Nunes
Edição/revisão: Renato Sanson