sábado, 25 de fevereiro de 2012

Manilla Road: Playground of The Damned, Novo Trabalho dos Cultuados Mestres do Epic Metal


Quando ouço o termo "True", logo um dos primeiros nomes que me vem a mente (não, não é o Manowar! hehehehe), é Manilla Road, e já dá aquela vontade de ouvir álbuns como "Cristal Logic" e "Open The Gates"(um dos lps que mais ouvi, com certeza. Para quem não conhece, ouça Road of The Kings e Witches Brew, por exemplo, e duvido que não se torne um novo apreciador da Banda e vá procurar mais material).

A razão principal de lembrar da banda norte americana, oriunda de Kansas, com certeza não é por bradar que são deuses do Metal, erguer espadas, ou coisa do gênero, e simplesmente porque desde seu início, em 1977, mantém-se fiel ao mais puro Metal, sem fazer concessões ou se render a modismos, tendências ou "modernismos", além disso, o Manilla criou sua própria identidade, liderada pelo lendário Mark Shelton, a banda, que chegou a receber o título de "Mestres do Epic Metal" na época dos lançamentos de álbuns memoráveis, nos áureos anos 80, como o citado "Open The Gates" e "The Deluge".


Mesmo depois de uma parada de quase dez anos, que durou de 1992 a 2001, Mark retornou, mantendo consigo o nome Manilla Road, e desde então, vem lançando discos a altura do nome construído junto aos fãs do seu Metal épico, com pegadas Speed e Thrash, os riffs e variações da guitarra, que são praticamente a extensão do vocal (já há algum tempo divididos com Bryan Patrick, que canta bem parecido com o timbre anasalado de Mark) , contando as histórias escritas por Mark "The Shark", histórias essas que também lhes valeram a denominação "The Riddle Masters" (Os mestres do enigma).


Em "Playground of the Damned", Mark e seus companheiros, apesar de canções até mais diretas, mantém as características da identidade que forjou, Metal épico, de certa forma cru, principalmente pelas gravações vintage, com agressividade, mas apresentando climas e melodias que ajudam a construir o ar épico das canções. O único senão, é a produção sonora, que poderia ser melhor, e que acentuaria as músicas, e, ao meu ver, esse sempre foi o motivo do Manilla não alcançar um patamar maior, pois, com algumas exceções, sempre careceu de melhor produção (seria proposital?perguntarei isso ao Mark em entrevista que está sendo feita para o Road to Metal). Mas isso não chega a ser algo que prejudique a apreciação ou a análise do trabalho em questão, longe disso (não entenda que você vai encontrar uma gravação amadora!), porque eles tem qualidade, e mesmo com produções mais cruas, cometeram álbuns magistrais, e um fato a ressaltar é que o que ouvimos em "Playground", não tem nada de triggers, colagens ou samples, tudo feito de forma honesta e verdadeira.


Já na abertura "Jackhammer",  que inicia com bom trabalho de guitarras, seguindo de riffs quebrados que são acompanhados pelo baixo e a quebradeira da bateria, com a canção ora soando mais rápida e ora mais melodiosa, como no refrão uma bela amostra do estilo "Manilla"; a seguinte, "Into the Maelstrom" (a letra é baseada em conto de Allan Poe), que começa com um dedilhado na guitarra, com riffs que pegam pesado, com palhetada alternada, realmente parecemos estar em um "turbilhão", como sugere o título; a faixa título, é a seguinte, e não deixa a qualidade cair, com bases com slides, pesada e com refrão mais melódico, que é também uma característica da Banda; "Grindhouse", a mais longa do álbum, com 7:27 minutos (o cd tem ainda mais duas faixas que que chegam 7 minutos de viagem épico/metálica), começa bem climática com solo viajante e melódico de Mark, com a música crescendo em seguida, e com final culminando em cerca de 3 minutos de viagem instrumental!!

O Manilla, ainda trio, nos anos 80.
"Abbatoir de la Mort", começa porrada na orelha, com riff agressivo e quebradeira na bateria, mas sem deixar os climas mais melódicos de lado no decorer da música, no melhor estilo Manilla; "Fire of Ashurbanipal", que fala sobre o último grande rei do novo império Assírio, é a mais melódica do álbum, com belos climas criados pela guitarra de Mark; "Brethren of the Hammer", mostra uma pegada mais Thrash, vocais rasgados e riffs poderosos; a última faixa, "Art of War", com seus 7 minutos, fecha o álbum com louvor. Mais cadenciada, melódica, com dedilhados e o vocal quase narrativo, segue climática até ao 4:30 minutos aproximadamente, para finalizar com mais uma viagem instrumental épico/metálica. 


Um álbum puramente "Manilla Road". Os apreciadores da Banda certamente aprovaram, e para que não conhece ainda, ouça, e sobretudo, corra trás dos clássicos, pois você está desafiado a ouvir "Open the Gates", "The Deluge" e "Cristal Logic", e não se tornar um novo fã. "Up the Hammers!"


Texto: Caco Garcia
Edição/Revisão:Caco Garcia
Fotos: Divulgação


Ficha Técnica
Banda: Manilla Road
Álbum: Playground of the Damned
Ano: 2011
País: EUA
Tipo: Epic Metal
Selo: Shadow kingdom Records


Formação

Mark "The Shark" Shelton (Guitars/Vocals)
Bryan "Hellroadie" Patrick (Vocals)
E. C. Hellwell (Bass)
Cory "Hardcore" Christner (Drums)
OBS: Cory deixou a banda em dezembro, sendo substituído por Andreas Neuderth.



Tracklist

01. Jackhammer
02. Into The Maelstrom
03. Playground Of The Damned
04. Grindhouse
05. Abattoir De La Mort
06. Fire Of Ashurbanipal
07. Brethren Of The Hammer
08. Art Of War



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Site Oficial



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