Vindo da turnê do elogiável “Machine Messiah”, lançado em
janeiro, eis que, finalmente, chega o tão esperado documentário da banda que
levou o Brasil para o mundo: o Sepultura. Nomeado de “Endurance”, o registro
cinematográfico, que levou 8 anos de espera, irá ser visto pelos brasileiros
durante o mês de junho, com pré-estreia no dia 14 e oficialmente em cartaz no
dia seguinte em vários cinemas do Brasil, sendo que a première mundial aconteceu
no último dia 21 de maio na Califórnia, Los Angeles. Mas antes de chegar essa
data, nós, do Road To Metal, tivemos o privilégio, junto a outros jornalistas,
conferir este marcante registro na manhã do dia 29/05, no Cinelopis JK, através
da parceria com o Adoro Cinema!
Dirigido por Otávio Juliano, “Sepultura Endurance” absorve a rotina da banda em turnês
por vários cantos do mundo, mas resgatando toda a trajetória desta instituição
desde os seus primórdios, apanhando cada etapa da carreira até chegar ao
momento que estão hoje em menos de duas horas, contando com depoimentos
ilustres de David Ellefson (Megadeth), Corey Taylor (Slipknot,
Stone Sour), Phill Anselmo (ex-Pantera, Down), Lars Ulrich (Metallica), Scott
Ian (Anthrax), o antigo empresário Todd Singerman, o produtor Ross Robinson e o
apresentador/jornalista Serginho Groisman, enquadrando também nomes nacionais
como Jairo Guedz (antecessor guitarrista da banda), João Gordo (Ratos de
Porão), Vladimir Korg (Chakal) e Silvio “Bibika” Gomes (ex-roadie e
empresário).
Os momentos especiais, de início, ficam por conta da cena
rara da banda gravando na tribo Xavantes (MT), na aldeia Pimentel Barbosa, para
o álbum “Roots” (1996), a convivência da banda na estrada (distanciando-se de suas famílias, causando saudade); bastidores de estúdio; a casa de Paulo
Jr., local onde a banda ensaiava em BH, que hoje está totalmente reformada,
citando, no meio disso, a importância da Cogumelo Records, pra anos mais tarde
assinar com a conceituada Roadrunner Records, ganhando o reconhecimento mundial
com o “Arise” (1991) e “Chaos A.D” (1993), influenciando o Slipknot com os
elementos percussivos e chocando Scott Ian com Refuse/Resist.
Entre outras coisas, não podia deixar de lado a fase mais
complicada da banda, deixando explicito a perda da gravadora, a saída do Max
Cavalera e dos bateristas Iggor Cavalera e Jean Dolabella, evidenciando toda a
pressão do vocalista Derrick Green, que foi alvo de criticas após substituir
Max, mas que deu a volta por cima com sua performance, ganhando elogios do
lendário vocalista/baixista do Motörhead, Lemmy Kilmister, além de exibir fotos/vídeos
perdidos e cenas do show comemorativo de 30 anos, que foi realizado em 2015, na
Audio Club.
Poderiam ser mais de duas horas de duração, mas
“Sepultura Endurance” alinha caminhos bem diretos, informando detalhe por
detalhe dos principais fatos, que só assistindo pra entender, claramente, o que
realmente aconteceu pelas palavras de cada membro, finalizando, trazendo o
clima ao vivo da banda, com “Under My Skin” (música dedicada aos fãs do
Sepultura) e da obrigatória “Roots Bloody Roots”, creditados pela instrumental
“Iceberg Dances”, presente no mais recente disco.
Após o encerramento da sessão, fomos transferidos a Arena
Webedia para a coletiva de imprensa, antecedido por um coquetel organizado pela
equipe do Adoro Cinema! para, logo em seguida, Derrick Green, Andres Kisser,
Paulo Xisto Jr. e Eloy Casagrande responder as perguntas dos jornalistas.
Infelizmente, por conta de atraso com o vôo, o diretor Otávio Juliano e a
produtora Luciana Ferraz, não estiveram presentes na coletiva. Quem acabou
representando os dois, de ultima hora, foi Igor Kupstas, da O2 Play,
distribuidora do filme. “Não é fácil levar um documentário de música pros
cinemas, todo mundo sabe das dificuldades do mercado. E está sendo muito legal
a aceitação dos seguidores por ser um trabalho diferente!”, declarou Igor.
“É meio inacreditável colocar isso em salas de cinema, porque desde moleque via filmes do AC/DC e Led Zeppelin." (Andreas) |
Depois de rápidas perguntas e respostas, Andreas Kisser
respondeu, ao Road To Metal, durante a entrevista que irá ao ar em breve, sobre
a conquista de o documentário estar presente nos cinemas: “É meio inacreditável
colocar isso em salas de cinema, porque desde moleque via filmes do AC/DC e Led
Zeppelin. E ter essa possibilidade de colocar o filme do Sepultura nos cinemas,
principalmente pra essa geração que nunca viu a banda, é mais uma linguagem que
pode chegar em pessoas que nunca poderiam escutar, por exemplo, o Sepultura”,
refutou Andreas.
Bom, não vou estender mais e ficar dando "spoilers". Se
quiser saber mais, garanta o seu ingresso para o dia 14 e 15 de junho aqui no
link: https://www.cinetks.com.br/sepultura
Cobertura/Fotos:
Gabriel
Arruda
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