domingo, 12 de julho de 2020

Requiem’s Sathana: obscuro, experimental e brutal


Resenha por: Renato Sanson


O Black Metal em si é visto não apenas como um estilo musical, mas sim como uma filosofia de vida, trazendo o impacto em sua sonoridade ríspida com letras desafiadoras para muitos. Mas engana-se quem pensa que o estilo se limita, e muito já vimos o experimentalismo se aliar ao som negro e pútrido.

A Requiem’s Sathana de Novo Hamburgo do Rio Grande do Sul traz essa proposta, com a faceta do Black Metal, a velocidade do Death e o experimentalismo, com passagens intrincadas e progressivas, o que deixa o Debut autointitulado – lançado neste ano (20) – bem diversificado.

O trio gaúcho se uniu em 2017, porém experiência é o que não falta em suas lacunas já que os músicos são figurinhas carimbadas do underground extremo com passagens por bandas como: Bloodwork e Dyingbreed.

São apenas cinco faixas com o trabalho tendo a duração de um pouco mais de quarenta minutos, o que você já pode imaginar o que terá das composições ao apertar o play, pois esqueça aquele som sujo e muitas vezes tosco do Black Metal old school de meados dos anos 90, mas sim hinos longos e cheios de variações, tendo até mesmo flerte com o Heavy Metal Tradicional, mantendo a estética obscura, mas com diversificações que fazem toda a diferença em sua sonoridade que vai na contramão do estilo.

A produção do álbum é de alto nível e muito cristalina. Não deixando você perder nenhuma alternância entre as músicas, além é claro, do peso na dose certa para a proposta. A parte gráfica com uma arte em preto e branco traz essa obscuridade e intensidade que a Requiem’s Sathana mostra em sua musicalidade, casando perfeitamente com sua estética.

Fãs de Enslaved, Dimmu Borgir, Paradise Lost e afins, deleitem-se, pois é mais que um prato cheio.

Ótima estreia!


Links:

Formação:
Rex Mendax (baixo)
Rex Guture (vocal)
Rex Inferii (guitarra)

Tracklist:
01 Legion
02 Perfect Silence
03 Now It’s War
04 Mordgier
05 Requiem’s Sathana

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