sábado, 11 de julho de 2020

Initiate Decay: aguardando o fim de um caos para o caos sonoro continuar


 Entrevista por: Renato Sanson


Músico entrevistado: Tiago Vargas (baixo/vocal) – Banda: Initiate Decay de Esteio/RS

Dois anos já se passaram desde o lançamento do EP “Awaken the Extinction”. Teremos material novo em breve?

Teremos sim. Na verdade, antes deste imprevisto relativo ao covid-19 já tínhamos planejado para esse ano a gravação de um full-lenght, o qual estávamos com mais de 80% do material concluído. A ideia é retomar a pré-produção deste trabalho o quanto antes. Porém, estamos aguardando uma normalização deste atual cenário de pandemia, que infelizmente pegou desprevenido não apenas nós, mas também muitas outras bandas e produtores.

De quarteto a trio (a banda teve a saída do guitarrista/vocalista Diego Araújo). O que muda esteticamente no som da banda?

Esteticamente o nosso som se compõe para duas guitarras. Trabalhamos bastante com dobras intervalares, e levadas polifônicas com as guitarras trabalhando de forma bastante abrangente. Nossa ideia é adicionar novamente um quarto integrante. Durante algum tempo, o Wagner Santos da banda Revogar esteve substituindo o Diego Araújo, chegou a fazer alguns shows conosco, mas infelizmente não conseguimos conciliar as agendas.

Após a saída do Wagner chegamos a realizar alguns shows como trio, adaptamos alguns arranjos no baixo para cobrir a ausência desta segunda guitarra. Mas pretendemos em breve anunciar um novo integrante para a segunda guitarra.


Musicalmente o som do Initiate Decay é o mais ríspido Death Metal, mas com passagens altamente técnicas e estruturadas. Como funciona o processo criativo?

Parte do processo ocorre individualmente e parte em estúdio. Contudo, dentro de estúdio. Geralmente eu e o Aires trazemos uma estrutura mais maturada para as músicas e o Alexandre realiza os arranjos em estúdio. Nós gostamos muito de trazer vida e significado à música tanto nas variações rítmicas quanto riffs alternados, para moldar a música de fato, diferente do padrão convencional de composição.

2020 e a pandemia. Um ano praticamente para se esquecer – ou não – o que vocês tiraram de positivo de todo esse caos?

Como eu consigo ficar em casa sem tornar isso um problema, eu consegui me organizar para me focar de forma produtiva tanto na música quanto em outros projetos pessoais que estavam na gaveta. Musicalmente tenho trabalhando letras e composições tanto do Initiate Decay quanto do Carcinosi (que é a outra banda que eu atuo), além também de gravar áudio e vídeo de covers no molde “at home” com amigos de outras bandas. Além da música, no âmbito tecnológico sigo também trabalhando em projetos como edição de vídeos, lyric vídeos, elaboração de sites, lojas virtuais, etc. Tudo uma questão de tentar utilizar o tempo da forma mais produtiva possível.

Entre nós da banda, mesmo que a distância, seguimos conversando constantemente. O Aires e o Alexandre também seguem utilizando o tempo disponível de forma produtiva.


O EP “Awaken the Extinction” foi lançado de forma independente no formato físico. Qual a importância de ainda ter o lançamento físico ao meio das facilidades do mundo digital?

O formato físico ainda se faz necessário. Principalmente para boa parte do nosso público que ainda considera o material físico um artefato de valor. Eu particularmente vejo o CD físico como algo necessário. Estamos numa fase de transição, mas o CD físico ainda é necessário. Embora não mais como antes, ainda assim, existem números expressivos de vendas de CDs tanto em lojas físicas quanto lojas virtuais.

Em termos de repercussão, o EP alcançou o seu objetivo?

Podemos dizer que sim. Pois conseguimos dar ênfase ao nome da banda que foi formada em 2016. Conseguimos divulgar o EP em muitos países da América Latina e Europa. Inclusive o encarte do EP foi destacado como um dos melhores das bandas da américa latina. Tivemos resultados muito positivo e expressivos para uma banda com pouco tempo de vida.


Pensando lá na frente em 2021, quais os planos futuros para o Initiate Decay?

Queremos dar continuidade a composição das novas músicas e a produção deste novo full-lenght. E assim que possível divulgar novidades do nosso line up e principalmente voltar a pisar nos palcos novamente.


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