segunda-feira, 14 de junho de 2021

Nasty n’ Loaded: "... não descartamos a modernidade, apenas nos expressamos das duas formas"

Entrevista por: Renato Sanson


Músico entrevistado: Miro Cheyenne (vocal) – Banda:  Nasty n’ Loaded de Rio Grande/RS.

 

A Nasty n’ Loaded tem pouco tempo de estrada, mas o seu foco sempre foi as composições autorais. Como foi moldar a sonoridade da banda?

Sim, nosso foco sempre foi esse, a banda tem pouco tempo de estrada, mas todos nós temos passagem e experiências de outras bandas de estilos diferentes, então a sonoridade surgiu naturalmente, digo que fazemos composições orgânicas e colocamos nossas influencias latentes nesse caldeirão de sonoridade que se chama Nasty n’ Loaded!

 

Ainda que relativamente nova no cenário, não podemos dizer o mesmo dos músicos que já são experientes no underground. Mas as inconstâncias nas formações acabam sendo inevitáveis. Chegar ao line up atual foi muito complicado?

Foi de certa forma como todas bandas que fiz parte, que alguns não se adequaram ou não se sentiam inteiramente na ideia. Quando conheci o Maikão, fundamos a banda e tínhamos ideias similares do que queríamos fazer. Leandro Sabbath já havia tocado com ele e conhecia o potencial e que se encaixaria na proposta. Então o Leandro trouxe o Fabricio Barba Negra a qual tocou com ele e que eu já havia visto tocar também aqui da cidade, então a química se deu e estabilizamos a formação.

 

Musicalmente falando a Nasty N’ Loaded é calcada no Hard Rock, mas em seu Debut não consta aquela balada clichê como em todos os discos do estilo, algo que me chamou muito a atenção, já que muitas dessas baladas soam descartáveis. Foi algo proposital?

Não foi algo proposital, tenho baladas escritas, apenas não surgiu a melodia exata para elas. Outro fator, que apenas eu venho da vertente do Hard Rock, Leandro vem do Metal, Maikão da cena Punk e Barba Negra tem uma formação mais de Rock Clássico, então, essa mistura deixa nosso som mais Hard n’ Heavy e com alguma pegada do Sleaze.

Compor e lançar um disco ao meio a pandemia. Quais os prós e contras?

Começamos a gravar o disco em outubro de 2019 e nem sonhávamos com a pandemia. Dezembro daquele ano lançamos o single chamado “Nasty n´Loaded” que teve uma ótima repercussão nas rádios e então prosseguimos. Em fevereiro 2020 estava tudo pronto e quando lançamos na forma digital em março, veio a pandemia, o disco já estava sendo prensado no selo Som De Peso, só finalizamos. Os prós foram intensificar a divulgação pela web, rádios web e entrevistas, não só no Brasil, mas pela América Latina completa, USA, Europa e Austrália e os contras foram a não divulgação e venda dos CD’s físicos em shows.

 

Como está sendo esse momento de crise mundial para a banda em si?

Esse momento está sendo difícil como para maioria das bandas, saudades dos palcos, shows e contato com público. Porém compensamos através desse contato com a web, esperamos que logo acabe a pandemia para retomarmos nossas atividades normais.

 

Mesmo estando em mundo totalmente dominado pelos streamings vocês optaram também pela versão física do álbum. Qual a importância do material físico na visão da Nasty N’ Loaded?

Optamos pelo CD físico porque ainda acreditamos na arte de uma forma palpável. Existem muitos colecionadores e que o CD físico nos shows é uma forma dos fãs levarem a banda para casa e de estarmos nas estantes e nos CD players dos carros. É diferente de um computador que para você entrar em contato e lembrar da banda necessita acessar a web ou alguma plataforma digital para nos ouvir, não descartamos a modernidade, apenas nos expressamos das duas formas.  

As lives e colives tem dominado o cenário atual onde shows estão fora de cogitação. Mesmo que em breve o mundo retorne ao “normal”, essa tendência seguirá com força?

Creio que seja algo positivo e que vai conviver com os shows ao vivo, nunca substituirá o contato com o público, mas creio que os shows ao vivo das bandas quando passar a pandemia vão ser de uma forma que não só os fãs que estão presentes vão ter a chance de ver, mas sim transmitido também em streaming para o resto do mundo assistir pela web.


Qual o planejamento para 2021 e qual a expectativa para um retorno aos palcos ainda esse ano?

Estamos compondo o segundo disco e nos reunindo quando podemos para ensaiar ou gravar algum vídeo para programas e festivais de streaming. O retorno ao palco depende da vacinação e a segurança para voltarmos a tocar ao vivo quando vierem a ter shows e festivais, que sinceramente acredito que só terão em 2022.

 

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