Mesmo com São Paulo enfrentando problemas de energia elétrica, nada foi capaz de parar a noite intensa e memorável no Burning House. A casa cheia e o público entregue provaram que a cena gótica e post punk segue mais viva do que nunca.
O Gene Loves Jezebel entregou um show vibrante, carismático e extremamente próximo do público. Michael Aston foi o grande destaque da noite, comunicativo, afetuoso e totalmente disponível, interagiu o tempo todo, dentro e fora do palco, cantando junto, conversando, agradecendo e criando uma conexão real com os fãs. Os outros membros acompanharam essa energia, sorrindo, respondendo ao público e curtindo cada reação da plateia. O público cantou, dançou e respondeu com entusiasmo durante o show todo.
O set do Gene Loves Jezebel foi direto e envolvente, passando por Heartache, Flame, Downhill, Cow, 20 kHz, Loving You, Bruises, Beyond Doubt, Suspicion, Gorgeous, Motion of Love e Desire, reforçando o clima nostálgico e emotivo que marcou a apresentação.
Já o Christian Death trouxe a atmosfera mais sombria e ritualística da noite. Formada por Valor Kand (vocal e guitarra), Maitri Nicolai (baixo), Matthew Anderson (guitarra) e Steve Kilroy (bateria), a banda entregou um show à altura de sua história, denso, hipnótico e intenso, mergulhando o público em sua estética gótica clássica e mantendo todos completamente envolvidos do início ao fim.
O set passou por Tales, Penance, Drowning, Become, New Messiah, Forgiven, Abraxas, Beautiful, Warning, Rise and Shine, Elegant Sleeping, Four Horsemen, Blood Moon, Romeo, Church e Heresie, sustentando uma atmosfera densa e hipnótica durante toda a apresentação.
A interação da banda com o público foi um dos pontos mais marcantes da noite. A baixista Maitri Nicolai interagiu diversas vezes, cantou junto com o público e ainda chamou fãs para subir ao palco, criando momentos espontâneos e muito próximos. Tudo isso deixou o show ainda mais especial.
A presença de palco de Valor Kand foi forte e envolvente, conduzindo o público com segurança e intensidade do início ao fim. Para fechar a noite chuvosa e escura de São Paulo de forma histórica, God Save The Queen reuniu Christian Death e Gene Loves Jezebel no palco, com todos tocando e cantando juntos. Um encerramento simbólico, emocionante e memorável, que transformou o show em um verdadeiro marco no Burning House.
Tanto o Christian Death quanto o Gene Loves Jezebel deixaram claro, em diversos momentos, o quanto foi especial tocar para o público do Burning House. A resposta calorosa da plateia, a casa cheia e a entrega dos fãs criaram um clima de proximidade que as bandas sentiram do palco.
O Gene Loves Jezebel se mostrou visivelmente à vontade. Michael Aston falou mais de uma vez sobre o carinho recebido, agradeceu o público e demonstrou entusiasmo genuíno em estar ali. A banda tocou solta, sorrindo, interagindo e aproveitando cada reação, como quem realmente estava curtindo aquele momento com os fãs brasileiros.
Já o Christian Death também deixou evidente o quanto se sentiu acolhido. A conexão com o público foi intensa e constante, com trocas diretas durante o show e uma atmosfera de respeito e entrega mútua. A banda absorveu a energia da casa e devolveu em forma de um show forte, emocional e próximo, mostrando gratidão por cada resposta da plateia.
Foi uma noite em que ficou claro que o público do Burning House não foi apenas espectador, mas parte ativa do espetáculo. A troca entre bandas e fãs transformou o show em algo maior, especial e inesquecível para todos os envolvidos. Uma noite pesada, íntima e inesquecível.











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