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domingo, 1 de dezembro de 2024

Cobertura de Show: Satyricon – 13/11/2024 – Carioca Club/SP

Satyricon no Brasil: uma noite épica de Black Metal no Carioca Club

Após sete anos de espera, a icônica banda norueguesa de Black Metal Satyricon retornou ao Brasil para uma apresentação arrebatadora em São Paulo. Com um setlist que transitou entre clássicos de sua carreira e momentos mais recentes, Satyr, Frost e companhia entregaram um espetáculo memorável, repleto de energia, interação com o público e uma produção impecável.

Quer saber como foi essa noite histórica e quais músicas fizeram o Carioca Club tremer? Confira nossa resenha completa e mergulhe na experiência única que marcou o retorno do Satyricon ao Brasil!

Após sete anos, a lendária banda norueguesa de Black Metal SATYRICON finalmente retornou ao Brasil para dois shows. Em São Paulo, o tão aguardado evento ocorreu no dia 13/11/2024 no Carioca Club. Apesar de ser uma quarta-feira, a casa estava bem cheia.

As portas da casa se abriram às 19h30, e o público continuou chegando até o início do show, que começou por volta das 20h35. 

Sob uma intro sombria, Satyr e Frost subiram no palco com muita euforia pelo público, acompanhados dos músicos de apoio Anders Hunstad (teclados), Steinar "Azarak" Gundersen e Ben Ash (guitarras) e do baixista Phil Pieters. No fundo do palco havia uma imagem com corvos em volta, parecida com a capa do EP My Skin Is Cold, mas com um toque visual remetendo à capa do Deep Calleth Upon Deep, seu álbum mais recente de 2017.

Abriram com “To Your Brethren in the Dark”, do “Deep Calleth Upon Deep”. Apesar de ser uma música mais cadenciada, encantou o público, e a bateria de Frost soava poderosa como um tanque de guerra. 

Daí então partiram para a destruição sonora, com o clássico “Nemesis Divina”, faixa título de 1996, empolgando os fãs old school na plateia. Nesse momento a pista já estava bem cheia, e o jogo de luzes do palco estava sensacional, contribuindo para a intensidade da apresentação.

Frost faz um pequeno drum solo carregado de ritmo e groove na introdução de “Now, Diabolical”, faixa título de 2006. Esse som mescla elementos do Black Metal e Rock’n roll, o qual virou sua marca registrada, e que tem sido muito prestigiado pelos fãs, levando a galera à loucura logo nos primeiros acordes.

Logo após, Satyr – visivelmente alegre – faz um discurso cativante, chamando todos da plateia de amigos e falando sobre quando perguntam sobre qual é o seu país e cidade favorita da América Latina nas turnês, ele diz que “nunca é sobre restaurantes ou natureza, e sim o encontro com as pessoas”, arrancando aplausos e gritos da plateia. Ainda diz: “então, na verdade, eu não posso dizer a vocês qual vai ser o melhor show nesta tour latino-americana, porém o que eu posso prometer é que toda noite quando entramos no palco nós damos o nosso melhor, é o que nós fazemos sempre! E isso cabe a vocês a julgar, mas quando nós voltarmos para o outro lado do mundo, a impressão que nós levaremos conosco é o que acontece aqui e agora, então este é o meu pequeno desafio amigável a vocês! Nós já tocamos em Bogotá, Santiago, amanhã Brasília e em 2 dias tocaremos no México, então este é o meu desafio a vocês, vamos fazer desta noite a melhor da tour. E vocês entendem que uma grande parte disso vem do palco, mas a maior parte vem de vocês, então nós podemos fazer nosso melhor, se vocês fizerem o seu melhor.” E então tocam impecavelmente o clássico “Black Crow on a Tombstone”, do álbum “The Age Of Nero”, de 2008, com um público mega animado que respondia prontamente e cantava junto. 

Ao final da música, Satyr diz que essa intensidade do público era exatamente o que ele procurava, e agradeceu a todos. E então o pessoal “corta” ele batendo palmas e gritando “Ole, ole ole ole, Satyricon”, o que deixa os músicos extremamente satisfeitos. E ele continua a falar que a cada  álbum que eles fazem, são conquistas importantes na vida dele. Quando ele pensa na vida dele, ele não pode deixar de pensar nesses álbuns, e que essa “jornada” que envia eles ao redor do mundo também está conectada a estágios importantes de suas vidas que são os álbuns, e na última vez que estiveram aqui, em 2017, promoveram o álbum “Deep Calleth Upon Deep”. E então executaram essa faixa-título. Ao fim da música, Satyr agradece – visivelmente feliz – com a interação do público. 

Seguiram com “Our World, It Rumbles Tonight”, uma das mais emocionantes do álbum “Satyricon” de 2013. 

Logo após tocaram a energética “Repined Bastard Nation”, do álbum Volcano (2002), atiçando a galera que interagia espontaneamente, principalmente nas partes mais rápidas.

Ouvimos agora uma nova intro, que nos prepara para a vigorosa “Black Wings and Withering Gloom”, do Deep Calleth Upon Deep (2017). Destaque para os blasts e bumbos matadores de Frost. A partir desta música, Satyr começou a tocar guitarra em alguns momentos, contribuindo para a intensidade sonora. Devo dizer que o som vindo do palco estava realmente impecável.

Nesse momento rolou um pequeno bloco nostálgico, começando com a intensa “Hvite Krists Død”, do The Shadowthrone (1994), agradando os fãs desta fase em que tocavam um Black Metal mais tradicional. Inclusive alguém ao meu lado gritou “Isso é que é Satyricon car*lho!!”

Em seguida rolou “Walk the Path of Sorrow”, do “Dark Medieval Times” (1994), que começa com uma intro arrepiante. O público parecia em transe, prestando mais atenção e agitando menos.

Então rolou “Filthgrinder”, do Rebel Extravaganza (1999), em que Satyr introduziu essa música contando uma história sobre como eles fizeram uma sonoridade mais direta e agressiva desse álbum, indo ao contrário de muitas bandas da época no fim dos anos 90, em que o Black Metal era feito com excesso de teclados, afirmando que aquilo soava muito gótico e que odeia esse tipo de som gótico, falando que o Black Metal de verdade não é sobre besteiras de vampirinhos e tecladinhos – claramente se referindo a uma certa banda inglesa que sempre flertou com o Gothic e o Black Metal.

Seguiram então com a intensa “Die by My Hand”, do The Age Of Nero (2008). Saíram do palco e retornaram rapidamente para tocar o clássico “To The Mountains”, do “Now, Diabolical”. Satyr também fez a terceira guitarra nessa. “The Pentagram Burns”, ainda com Satyr na terceira guitarra, foi outra paulada do mesmo álbum. O público não parava de interagir com gritos e palmas. Ao fim, pessoal gritou sem parar “Ole, ole ole ole, Satyricon!” enquanto Frost acompanhava no ritmo com a bateria. 

Satyr segue tocando guitarra e fala que se divertiram muito em Bogotá, Santiago e agora em São Paulo, mas que nunca imaginou que teria duas noites seguidas sem um mosh pit decente e que ele espera que role o mesmo nesta terceira noite. E ele continua: “se vocês não estiverem afim de fazer mosh pit, talvez seja a hora de irem se refrescar no bar ou ver o merchan no fundo ou algo do tipo, mas vamos fazer isso!”. E então rolou uma das mais conhecidas e animadas, “Fuel For Hatred”, do Volcano (2002). Ao final o público gritava e aplaudia muito.

Satyr diz que isso foi tão bom quanto o samba que ele gosta, arrancando risos da plateia.  Continua: “Ok, houve um mosh pit, mas agora vocês conseguem cantar?”. E o pessoal responde gritando “Yeahh!” Então começa “Mother North”, um clássico absoluto do álbum Nemesis Divina (1996). Sem dúvidas um hit que fez a banda despontar em sua carreira nos anos 90 com o icônico clipe na MTV e um dos pontos altos da noite, com o público fazendo um grande coro emocionante. 

O público estava em êxtase completo ao final, gritando novamente “Satyricon” sem parar, enquanto Satyr chega a se sentar no PA, assistindo com extrema satisfação e até manda beijo para os fãs. 

E fala: “Lembrem-se, há muitas bandas no mundo todo com certeza, mas a porcentagem de bandas que vem pro Brasil da Noruega é muito pequena, e nós temos feito isso por um longo tempo, então a minha respeitosidade por fazer parte deste pequeno grupo privilegiado é sem fim.“ E ele diz que vai continuar a fazer isso por mais alguns anos, enquanto estiverem fazendo isso de forma bem feita. Então ele não sabe ao certo quando virão novamente, mas ele afirma que virão novamente ao Brasil, e diz ainda: “queremos voltar no ano que vem...eu espero que sim”. Então agradece e anuncia a última música do show, “K.I.N.G.”, mais um clássico do Now, Diabolical (1996), encerrando este espetáculo com chave de ouro às 22h35.

Portanto vamos aguardar e torcer para que voltem mais uma vez em breve, e com mais um novo álbum!




Fotos: Roberto Sant'Anna (Roadie Crew)

Edição/Revisão: Gabriel Arruda


Realização: Estética Torta



Satyricon  setlist:

To Your Brethren in the Dark

Nemesis Divina

Now, Diabolical

Black Crow on a Tombstone

Deep Calleth Upon Deep

Our World, It Rumbles Tonight

Repined Bastard Nation

Interlude (Black Wings and Withering Gloom intro)

Black Wings and Withering Gloom

Hvite Krists død

Walk the Path of Sorrow

Filthgrinder

Die By My Hand

Bis 

To The Mountains

The Pentagram Burns

Fuel For Hatred

Mother North

K.I.N.G.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Cobertura de Show: Enslaved – 14/11/2024 – Fabrique Club/SP

Provando que Black Metal não precisa ser cru e nem de corpse paints

Os noruegueses do Enslaved são um dos nomes mais proeminentes do enorme - e muitas vezes polêmico - cenário do Black Metal no país. Mas, diferente de muitas bandas que ganharam fama por suas atitudes questionáveis, e até condenáveis, o que os torna um ponto fora da curva é sua qualidade técnica nos instrumentos, o som mais limpo, e seu flerte com a parte mais progressiva da música. Por isso, o que se esperava, e o que se teve no show na fria quinta-feira de novembro foi exatamente o que se teve: um show musicalmente incrível, com uma atitude muito positiva por parte de público e banda.


BAIXO VOLUME NA FILA ENGANOU! SHOW FOI SUCESSO DE PÚBLICO:

As portas do Fabrique Club estavam previstas para abrir às 19h30, e pouco antes das 19h, com o céu ainda escurecendo, havia algum movimento de fãs no entorno. Pessoas com suas camisetas de consagradas bandas do Black e Death Metal, coletes e jaquetas cheias de “patches” de bandas bebendo e conversando. Nos bares, ao redor, poucos clientes, mas se divertindo ouvindo sons do próprio Enslaved e outras bandas do gênero. Pontualmente, as portas se abriram e aos poucos esses fãs foram entrando na casa. O ambiente era tranquilo, sem filas, sem confusões.

Do lado de dentro, o pouco volume aglomerado de fora mostrava-se diferente. Gradualmente, o local foi enchendo. Contra todas as probabilidades por conta da “semana caótica” de shows em São Paulo, e por ser uma quinta-feira, já próximo das 20h30, meia hora antes de começar o show - que não teria banda de abertura -, a casa estava já com mais de metade de sua capacidade, e a última camiseta da banca de merchandising havia sido vendida. Para um show de Black Metal, isso é algo notório.


SHOW PESADO, TÉCNICO E AGRESSIVO NA MEDIDA CERTA:

Se a imagem de músicos de Black Metal com seus “corpse paints”, som cru e letras “malvadas” é um estereótipo do gênero, o Enslaved prova que isso não é necessário! A música da banda é técnica, com toques progressivos, uma atitude positiva por parte dos membros e letras completamente focadas na mitologia nordico-germânica. De cara limpa, e com um teclado e sintetizador analógico no palco, os noruegueses abriram o show às 21h10, mais ou menos, ao som de “Kingdom”, single do álbum Heimdal de 2024, o qual estão divulgando no momento. 

O vocalista e baixista Grutle Kjellson, sentindo o público um pouco quieto, falou algumas palavras para tentar agitar. “Isso aqui é um show de rock, de metal, não uma porcaria gospel ou algo assim”, disse o vocalista levando todos a gritar, finalmente. “Homebound” seguiu, e depois “Forest Dweller”, músicas muito longas, mas que nunca perdem a intensidade. Funcionam perfeitamente ao vivo, e demonstram a capacidade técnica do quinteto.

As partes de vocais limpos, para quem olhava de longe, parecia até playback. Mas, na verdade, eram feitas magistralmente ao vivo pelo baterista Iver Sandøy, que impressionantemente tocava de forma rápida, muitas vezes quebrada, e cantava ao mesmo tempo. Outro ponto a se destacar, o vocalista e baixista Grutle muitas vezes parava de tocar e cantar e tocava um sintetizador analógico, fazendo sons curiosos e atmosféricos graves, que não apenas cobriam o que seria o baixo, mas também davam o clima pagão da apresentação. Além disso, a dupla de guitarristas Ivar Bjørnson e Arve Isdal é provavelmente uma das mais entrosadas e harmônicas que se pode ter no gênero mais extremo do metal.

Após a apresentação bem-humorada da banda, até tirando algumas risadas pela diferença de idade do tecladista Håkon Vinje, de 32 anos, em relação aos outros membros, tocaram a climática Congelia. Seguiram com “The Dead Stare”, “Havenless”, e a surpresa da noite, a excelente “Fenris”.

A banda saiu do palco com o público pedindo mais, e o baterista Iver voltou sozinho, tomando a frente, e pedindo para todos agitarem. Fez um curto e bem encaixado solo de bateria, que precedeu a volta dos outros membros ao palco, para tocarem “Isa”, e finalmente, encerraram com chave de ouro a apresentação com Allfǫðr Oðinn. O show relativamente curto, com pouco mais de uma hora e dez minutos de apresentação, foi suficiente para valer a noite e a semana.


SOM BAIXO E PÚBLICO TÍMIDO, MAS BANDA CARISMÁTICA E CLIMA NÓRDICO COMPENSAM, E SALDO DA NOITE É MUITO POSITIVO:

Uma parte estranha, digna de menção, foi a frieza do público. Mesmo numeroso, não dá para se dizer que houve um grande barulho por parte do público. Mesmo quando Grutle pedia para todos animarem, o faziam por apenas alguns instantes, mas longe de ser uma plateia calorosa. Para um show de metal extremo, isso é algo curioso.

O som também teve seus problemas. Instrumentos um pouco baixos, especialmente levando em conta o local, conhecido por ter uma acústica que deixa mais alto, e muitas vezes a bateria encobria o resto. Os vocais, por sua vez, todos na medida!

Apesar dessas adversidades, quem foi ao Fabrique Club curtir boa música, saiu completamente satisfeito - em alguns casos, até surpreendentemente satisfeito. Uma banda afiada, um set-list matador, e musicalidade acima do peso, com músicas muitas vezes atmosféricas de oito, nove e dez minutos de duração, mostraram, de uma vez por todas, que Black Metal não precisa ser cru, não precisa ser algo com temática violenta, e o sucesso do show, e da banda, provam que há espaço para a finesse no som extremo.


Texto: Fernando Queiroz 

Fotos: Belmilson Santos (Roadie Crew)

Edição/Revisão: Gabriel Arruda 


Realização: Agência Powerline

Mídia Press: Tedesco Comunicação & Mídia


Enslaved – setlist: 

Kingdom

Homebound

Forest Dweller

Congelia

The Dead Stare

Havenless

Fenris

Isa

Allfǫðr Oðinn

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Tsjuder - Demeaning Nordic obscurity

 
The TSJUDER is one of the few Black Metal bands from Norway that still seeks to keep the flame of that sound more raw and old school. Compared to his early works in which prevailed the speed and widespread bankruptcies, with ‘Antiliv’ the trio stepped over the brakes, bringing a sound with darker and charged ambiences. Anyway, in no way it lost the harshness and evil inherent in them, and there, yes, blast -beats, guitars riffs and a cutting off bass guitar masterfully.


The carnage begins with "Kaos" a striking punch in the head, fast, without concessions; "Krater" confers an underground music aspect, big weight with surrounding guitars, little stops, all led by drums, only to backsliding ass kicking at the end of his little more than seven minutes. Striking chorus; the comes "Norge" with hypnotic riffs, DARK FUNERAL references, hateful vocals, and brought reminiscent of the album 'Desert Northern Hell'; The fourth song is one of the album highlights, "Djevelens Mesterverk" is a typical sound to ‘break neck’ so fast; blast beats, nerve and insane guitars; with "Demonic Supremacy" the tempos are slower, foreshadowing parts of Thrash Metal. Almost seven minutes of sound; "Slumber With The Storm" is no exception of predecessors, with speed switches. Remember the last albums of GORGOROTH;.

 
"Ved Ferdens Ende" the brutal sound comes to crash and crush skull, to the extent that drops to atmospheric riffs. It is certainly one of the best moments of  'ntiliv'; finally closes this opus with the title-track, eight minutes song that dominates cadence with the guitar dictating the tempo with precise riffs. As a bonus, covers from also Norwegian Blackmasters MAYHEM that although with some difference from the original in some parts, got a'll break, a blasphemous insanity; and other cover from BEHERIT, satanically was brutal, with that gloomy atmosphere of the original band. There are also three demo versions for "Kaos", "Slumber With The Storm" and "Antiliv".


There are rumors that account that the band can come to Brazil in 2016. I hope this is confirmed, and they can show in Brazil all its impure and unholy art. By far, the album is far superior to its predecessor ‘Legion Helvete ‘(2011). All songs bring a reference to the beginnings of style, either in aspects of composition or production thereof. The content of the letters is still directed to the anti-Christian theme. Therefore, based on the foregoing, you know what you'll find in this great album, lyrical and musically.



Text: Marcello Camargo
Editing: Carlos Garcia

Release: Season Of Mist
 
Line-Up:
Nag – Vocals/Bass
Draugluin – Guitars/Vocals (backing)
AntiChristian – Drums

Tracklist:
“Kaos”
“Krater”
“Norge”
“Djevelens mesterverk”
“Demonic Supremacy”
“Slumber with the Worm”
“Ved ferdens ende”
“Antiliv”
“Kaos” (Demo)
“Slumber with the Worm” (Demo)
“Antiliv” (Demo)
“Deathcrush” (MAYHEM cover)
“Unholy Pagan Fire” (BEHERIT cover)

Video: Tsjuder - Djevelens Mesterverk (Official Premiere)