segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Resenha de Show: Destruction Retorna a Porto Alegre/RS Para Mais Uma Destruição!



Dia 27/01/2013, a data que marcou os gaúchos, devido a tragédia que ocorreu em Santa Maria/RS, no incêndio da Boate Kiss, foi o dia em que Porto Alegre/RS recebia pela 4° vez a lenda do Thrash Metal germânico, o Destruction retornava a capital gaúcha depois de 5 anos de sua 3° passagem pelo Sul.

O local escolhido para destruição foi o Beco, uma das casas mais tradicionais da região, que já esta acostumada a receber grandes nomes do Metal extremo mundial. O show ainda contava com a abertura da banda Carniça, que acabou de lançar seu 3° álbum "Nations Of Few".


O Destrucion retorna a capital para divulgação de seu novo álbum "Spiritual Genocide", que foi lançado no final de 2012, e que apresenta seu novo baterista o monstruoso Vaaver. A abertura da casa estava prevista para as 19h, porem houve um pequeno atraso, e perto das 20h o acesso é liberado, e antes do inicio do show da Carniça um bom público já estava presente na casa, e após alguns ajustes a Carniça entra em cena com "Liars" faixa que pertence ao seu novo álbum, mostrando riffs furiosos e com uma cozinha pesadíssima e agressiva de Marlo e Mauriano.

Também foi executada a faixa que da nome ao 1° álbum da banda "Rotten Flesh", mostrando muita diversificação, e com a banda mandando ver no palco com Mauriano cuspindo a letra, com seu vocal agressivo e poderoso. Dando sequência a divulgação do novo álbum tivemos "Nations Of Few" com seu refrão grudento, "Diablo Politician" com Parahim mandando ver nos riffs animalescos e para fechar o show "Prayes Before The Death", que no estúdio contou com a participação do guitarrista Claudio David do Overdose.


Uma apresentação consistente e segura, que agradou e muito aos presentes, mas fica aqui minha reclamação em relação a qualidade sonora do som, já está na hora das bandas de abertura terem melhor qualidade ao tocar, na maioria dos casos temos bandas excelentes abrindo shows, como foi o caso deste evento do Destruction, onde os gaúchos da Carniça abriram os trabalhos, com seus mais de 20 anos de estrada. Em minha opinião as bandas de abertura merecem uma atenção melhor, pois estão ali para divulgar seu trabalho, mas como vão divulgar se o som for ruim? Fica a dica aos produtores, valorizar não é só dar a oportunidade de abertura, mas sim dar condições de fazerem sua apresentação com uma qualidade melhor.

Com a casa praticamente lotada, era hora dos alemães subirem ao palco, e passando das 21h, as lendas Schmier (baixo/vocal) e Mike Sifringer (guitarra), acompanhados de seu novo baterista, Vaaver, entram em cena e despejam sem dó "Thrash Till’ Death" e "Spiritual Genocide", faixa que dá nome a seu novo álbum, duas pedradas que acenderam a galera, que logo em seguida receberia um dos clássicos da fase atual da banda, "Nailed To The Cross", que fez a galera cantar seu refrão a todo vapor.


Schmier não é um frontman que interage muito com a galera, porém a sua presença de palco é marcante, e sempre despejando seus berros olhando para os fãs, e se movimentando a todo instante nos três microfones que tinha em palco, já Sifringer alem de ser um riffmacker nato, interage mais com a galera, ganhando os presentes pela sua simpatia e simplicidade.

Dando sequência ao show, Schmier pergunta aos presentes se eles gostariam de ouvir algo do EP "Sentence Of Death" de 1984, deixando todos alvoroçados e para o delírio old school (me incluo nesta euforia) "Satan’s Vengeance" é tocada, e ai o bicho pegou de vez, a roda comeu solta, e foi executada com uma maestria absurda, vale ressaltar a qualidade sonora do show, que estava perfeita, deixando a música ainda mais brutal.

E como todos sabem, shows do Destruction são recheados de clássicos e "Mad Butcher" vem para transformar o Beco em um caldeirão, e após "Carnivore", que pertence ao novo álbum, tome enxurrada de clássicos com "Eternal Ban", "Life Without Sense" e "Death Trap", matando a saudade dos bangers que estavam sedentos pelo Thrash Metal potente do trio.


E antes de encerrarem a primeira parte do show, mais duas gratas surpresas "Antichrist" e após o solo de bateria de Vaaver (que se mostrou um monstro nos bumbos o show inteiro), "Tormentor", ambas do clássico absoluto "Infernal Overkill", de 1985, matando a saudade dos fãs mais old school da banda.

Chegando a 2° parte do show, mais dois clássicos atuais da banda, "Hate Is My Fuel" e "Butcher Strikes Back", que fizeram os presentes cantarem seus refrões ao comando do mestre Schmier e com Mike debulhando riffs avassaladores, mostrando o poder de fogo desta banda ao vivo, que não peca em absolutamente nada.

Chegando ao final do show uma trinca no mínimo esmagadora: "Total Desaster", Bestial Invasion (como Mike consegue fazer esses riffs?!) e um de seus maiores clássicos, "Curse The Gods", levando os bangers ao headbanging total, e a pura satisfação, em um show de quase 2 horas.


Mais uma vez o Destruction mostra sua competência, e destrói tudo pela frente, com um show fantástico e enérgico, que brindou a todos com musicas de varias fazes do grupo, e cheio de clássicos para matar a vontade dos fãs.

Parabéns a Abstratti Produtora por mais um excelente evento na capital gaúcha, trazendo grandes nomes do Metal mundial e fazendo a a alegria dos bangers em geral.


Cobertura: Renato Sanson
Revisão: Mad Butcher
Fotos: Aline Jechow



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