De fãs engravatados
a headbangers uniformizados, o DT faz sua segunda noite em Tokyo.
Alguém já viu algum
fã ir a um show de Rock engravatado? Ou ver um fã beirando os 50 anos com um
coturno com cadarços roxos? Não né? Pois é, coisas de Japão. Após a apresentação
no festival Loudpark, no Saitama Arena, o Dream Theater fez o segundo show na
cidade de Tokyo, entrando pontualmente às 19:00 na casa de shows Zepp Tokyo.
Essa é a terceira
casa de shows aqui na cidade que eu vou, e particularmente o som dessa estava
perfeito. Antes do show se iniciar, o vocalista James LaBrie pergunta: “Ontem tivemos somente 90 minutos, hoje
teremos 3 horas, tudo bem para vocês?” Nem preciso dizer que a galera ficou
frenética.
Com set idêntico ao
último DVD: “Breaking The Fourth Wall” a banda abre com “False Awakening”,
seguida de "The Enemy Inside", e há japonesada um pouco tímida,
cantava junto a LaBrie o refrão.
Em “Trial Of Tears”,
Jordan e seu teclado são fantásticos! O cara se junta à Petrucci e Myung, que
trio perfeito! Enquanto rolava a animação de “Enigma Machine”, (fantástica,
diga-se de passagem), Myung parecia ter pulga nos dedos, o cara é rápido e toca
demais! Ouvi alguns fãs comentando que não sabiam se assistiam a animação
exibida no telão, ou se olhavam para os caras tocando. O público estava
encantado!
Mike Mangini não
deixa a desejar, comanda a batera muito bem, interage com os presentes, sorri,
e faz um solo digno.
A galera em alguns
momentos parecia estar anestesiada, alguns esboçavam sorrisos, outros mal
piscavam. Só eram então “acordados” quando o frontman se aproximava. Inclusive
ele faz questão de dizer e agradecer que o novo álbum está em primeiro lugar no
gênero Rock no Japão.
Quando a banda
passa a tocar as músicas recentes (do disco que leva o nome da banda lançado em 2013), dá a impressão que os fãs japoneses não
conhecem as letras, mas quando iniciam “Lie”, seguida por “Lifting Shadows Off
a Dream”, o coro fica bonito. Não rolou nada do “Octavarium”, mas essa
dobradinha do álbum “Awake” foi demais! Chega a hora do bis, e é só aparecer
1928 no telão, que a galera deixa a timidez de lado, pulam e acompanham em coro
os solos de Petrucci em “Overture 1928”. Deu pra ver que o quinto álbum:
“Metropolis Pt2: Scenes from a Memory” é o preferido dos japoneses.
Já se passam mais
de duas horas e meia de show, mas ainda a banda tem fôlego para “Finally Free”
(com LaBrie em uma performance irretocável), tirei o chapéu. A banda se despede
de Tokyo com “Illumination Theory (Outro)”, e os fãs aplaudem de pé, gritam e ovacionam.
Realmente foram 3 horas de show para japonês nenhum botar defeito.
Infelizmente não
pude registrar o show com fotos, pois aqui no Japão é extremamente proibido
câmeras profissionais, semi-profissionais e pasmem, até câmeras de celulares
não é permitido. Não havia ninguém registrando o momento, mas não resisti e dei
meu “jeitinho brasileiro”.
Cobertura por: Jennifer Yanaguita
Fotos: Jennifer Yanaguita
Edição/revisão: Renato Sanson
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