Na quarta feira, dia 08/10, a Embaixada do Rock em São Leopoldo, foi sede de uma noite de celebração ao underground. Um excelente público compareceu ao show que teve como principal característica a união entre a cena Punk e Metal da região. Com um pouco de atraso, o evento teve como bandas de aberturas o Thrash Metal da Decimator e o Grindcore da máquina de destruição chamada Finally Doomsday.
Decimator |
Após um breve intervalo, sobe ao palco a Finally Doomsday. Um massacre sonoro, no melhor sentido da palavra! A banda
formada por Sebastian Carsin (guitarra e vocal), Rafael Giovanoli (guitarra),
Felipe Nienow (baixo) e Márcio Jameson Kerber (bateria) trouxe ao palco da Embaixada toda a podreira e
agressividade do Grindcore em músicas como Raven’s
Circle, Subhuman Conditions, Post Nuclear
Armaggedom e no cover do grande Napalm Death, From Enslavement to Obliteration. Destaque
para a comunicação do vocalista Sebastian Carsin que volta e meia soltava
pérolas como: “Vamos se mexer galera, isso aqui não é show do Dream Theather...”
Como se fosse possível ficar parado perante a porradaria perpetrada pela banda.
Em certo momento, o batera Márcio Jameson destacou a união do público naquela
noite, ressaltando que: “aquela era a vibe tanto da banda quanto do próprio Toxic Holocaust, pois não vale de nada ficar Punk contra Metal, thrasher
contra hard rocker se no fim o governo acaba nos f...” Sábias palavras!
A banda ainda chamou ao palco
uma das grandes figuras do Metal gaúcho, Maicon
Leite, pra executar um dos maiores
clássicos do Ratos de Porão:
Vida Animal! E com o perdão do trocadilho, ficou animal! Na minha
opinião, sem sombras de dúvidas, o melhor show da noite!
Finally Doomsday |
Após mais um intervalo (um pouco mais demorado,
diga-se), eis que surgem Joel Grind (guitarra e vocal), Philty Gnaast (baixo) e
Nikki Rage (bateria) pra colocar a máquina Thrash TOXIC HOLOCAUST em
funcionamento. Entrando com o jogo ganho, e abrindo com uma música do seu mais
recente trabalho, Awaken the Serpent,
a banda mostrou logo de cara que o entrosamento faz a diferença. In the
Name of Science, Reaper’s Grave e Death Brings Death deram seqüência ao show, fazendo com que a galera abrisse
rodas e mais rodas. Destaque para o baterista Nikki, com uma pegada digna dos grandes bateristas de Thrash. Já o
baixista Philty, apesar de bom
músico, se mostrou um tanto “poser”, se é que ainda pode-se usar essa palavra.
Enquanto Joel Grind se comunicava e interagia com o
público, o baixista por vezes se mostrou indiferente à histeria de alguns fãs,
chegando ao ponto de em certo momento, acontecer um incidente envolvendo alguém
da platéia e o baixista. Fato esse que causou um problema técnico no
equipamento, o que fez com que Joel tirasse da cartola o riff the Balls to the Wall do Accept... Não é preciso dizer que a galera foi ao delírio...
Problema resolvido e o show teve seqüência com War is Hell, 666, Gravelord e Acid Fuzz
foram mais alguns dos destaques do bom show executado pelo grupo. O final com a
“clássica” Nuke the Cross já emendou com Metal Attack e Bitch,
encerrando o show. Após o término, a banda ficou um tempo tirando fotos com a
galera.
Toxic Holocaust |
Um bom show. Mas que a meu ver, não foi o melhor da noite...
Fica o registro do empenho da galera em comparecer ao
evento, pois mesmo sendo em uma quarta feira, a presença de público foi
excelente, mostrando que o underground segue vivo e forte! Parabéns ao pessoal
do Storm Festival, á Makbo e
também a Embaixada do Rock
pelo organização do evento.
Cobertura por: Sergiomar Menezes
Fotos: Sergiomar Menezes/Valter Borba
Edição/revisão: Renato Sanson
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