Desde The Blackening (2007), o Machine Head vem mantendo um nível de qualidade excelente em seus
trabalhos. Claro que, se olharmos pros primórdios da banda, Burn My
Eyes (1994) foi uma estréia em grande
estilo, seguido pelo bom The More Things
Change (1997). Mas depois disso,
parecia que a banda havia perdido o rumo. Troca de integrantes, inovações na
parte musical, trouxeram desconfiança aos fãs.
Em The Blackening, o grupo
voltou à boa forma e na seqüência, mais um trabalho excepcional, Unto the
Locust (2011). E a questão que ficou
na mente dos fãs, foi: Teria como a banda melhorar ainda mais? Resposta: Bloodstone & Diamonds! Um álbum
que mantém a genialidade da banda no ápice.
Um Metal denso, pesado, e por que
não dizer, inteligente. Assim pode ser descrito o oitavo álbum de estúdio do
grupo. Abrindo com a magistral "Now We Die",
cujo clipe teve partes censuradas, a banda mantém aquela pegada carregada por
um riff pesado e com refrão no melhor estilo Machine Head. Vale um
registro para a técnica do baterista Dave
Mclain. Nem sempre lembrado, o
músico é um dos grandes bateristas da atualidade. "Killers & Kings" é dona de um forte refrão e traz
todas as características do Thrash vigoroso e moderno praticado pela banda; Com
belos riffs, "Ghosts Will Haunt My Bones" mantém o alto nível do trabalho. Destaque
para o vocal de Robb Flynn.
Em um álbum bastante homogêneo
fica complicado citar destaques, mas um dos grandes momentos do trabalho é "Sail Into The Black", uma faixa “difícil”, mas que
traz á tona toda a capacidade de composição do grupo, em especial de Robb Flynn. Com seus mais de 8 minutos, a música é a prova viva de que o
MH não é apenas mais um grupo comum dentro do Heavy Metal; "Eyes Of The Dead" recheada de riffs e solos tipicamente Thrash, é uma porrada na
boca do estômago. " In Comes the Flood", mais cadenciada e com um pé na velha escola do Metal
(leia-se Black Sabbath), também merece ser citada.
"Game Over" é outro grande
momento, com um vocal carregado de sentimento, um dos diferenciais de Robb Flynn, um convite ao headbanging, a faixa tem um excelente trabalho
de guitarras, onde o guitarrista Phil
Demmel demonstra que é parte fundamental
da banda. Cabe também destacar o trabalho do baixista Jared MacEachern, que
substituiu Adam Duce, que deixou o grupo em 2013. O álbum encerra com "Take Me To The Fire", que fecha o
trabalho de forma grandiosa.
Sem nenhuma dúvida, um dos grandes
álbuns lançados em 2014. Produzido pelo próprio Robb Flynn em parceria
com Juan Urteaga, "Bloodstone & Diamonds" vem ratificar e consolidar o nome da banda como um dos
gigantes do Heavy Metal atual. Longa vida ao MACHINE HEAD!
Resenha por: Sergiomar Menezes
Edição/revisão: Renato Sanson
Fotos: Divulgação
Tracklist:
01 Now We Die
02 Killers & Kings
03 Ghosts Will Haunt My Bones
04 Night of Long Knives
05 Sail into the Black
06 Eyes of the Dead
07 Beneath the Silt
08 In Comes the Flood
09 Damage Inside
10 Game Over
11 Imaginal Cells (Instrumental)
12 Take Me Through the Fire
Conheça mais a banda:
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