sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Machine Head: Evolução Constante!


Desde The Blackening (2007), o Machine Head vem mantendo um nível de qualidade excelente em seus trabalhos. Claro que, se olharmos pros primórdios da banda, Burn My Eyes (1994) foi uma estréia em grande estilo, seguido pelo bom The More Things Change (1997). Mas depois disso, parecia que a banda havia perdido o rumo. Troca de integrantes, inovações na parte musical, trouxeram desconfiança aos fãs.
               
Em The Blackening, o grupo voltou à boa forma e na seqüência, mais um trabalho excepcional, Unto the Locust (2011). E a questão que ficou na mente dos fãs, foi: Teria como a banda melhorar ainda mais? Resposta: Bloodstone & Diamonds! Um álbum que mantém a genialidade da banda no ápice.


Um Metal denso, pesado, e por que não dizer, inteligente. Assim pode ser descrito o oitavo álbum de estúdio do grupo. Abrindo com a magistral "Now We Die", cujo clipe teve partes censuradas, a banda mantém aquela pegada carregada por um riff pesado e com refrão no melhor estilo Machine Head. Vale um registro para a técnica do baterista Dave Mclain. Nem sempre lembrado, o músico é um dos grandes bateristas da atualidade. "Killers & Kings" é dona de um forte refrão e traz todas as características do Thrash vigoroso e moderno praticado pela banda; Com belos riffs, "Ghosts Will Haunt My Bones" mantém o alto nível do trabalho. Destaque para o vocal de Robb Flynn.

Em um álbum bastante homogêneo fica complicado citar destaques, mas um dos grandes momentos do trabalho é "Sail Into The Black", uma faixa “difícil”, mas que traz á tona toda a capacidade de composição do grupo, em especial de Robb Flynn. Com seus mais de 8 minutos, a música é a prova viva de que o MH não é apenas mais um grupo comum dentro do Heavy Metal; "Eyes Of The Dead" recheada de riffs e solos tipicamente Thrash, é uma porrada na boca do estômago. " In Comes the Flood", mais cadenciada e com um pé na velha escola do Metal (leia-se Black Sabbath), também merece ser citada.


"Game Over" é outro grande momento, com um vocal carregado de sentimento, um dos diferenciais de Robb Flynn, um convite ao headbanging, a faixa tem um excelente trabalho de guitarras, onde o guitarrista Phil Demmel demonstra que é parte fundamental da banda. Cabe também destacar o trabalho do baixista Jared MacEachern, que substituiu Adam Duce, que deixou o grupo em 2013. O álbum encerra com "Take Me To The Fire", que fecha o trabalho de forma grandiosa.


Sem nenhuma dúvida, um dos grandes álbuns lançados em 2014. Produzido pelo próprio Robb Flynn em parceria com Juan Urteaga, "Bloodstone & Diamonds" vem ratificar e consolidar o nome da banda como um dos gigantes do Heavy Metal atual. Longa vida ao MACHINE HEAD!


Resenha por: Sergiomar Menezes
Edição/revisão: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Tracklist:

01 Now We Die        
02 Killers & Kings    
03 Ghosts Will Haunt My Bones     
04 Night of Long Knives      
05 Sail into the Black            
06 Eyes of the Dead             
07 Beneath the Silt    
08 In Comes the Flood         
09 Damage Inside     
10 Game Over           
11 Imaginal Cells (Instrumental)                 
12 Take Me Through the Fire


Conheça mais a banda:

 



Nenhum comentário: