quinta-feira, 30 de julho de 2009

Bruce Dickinson: Melhor Vocalista na Carreira Solo


Já era esperado que no maior vocalista entre os citados na enquête sobre os melhores vocalistas de Metal em carreira solo, fosse Bruce Dickinson (com 42% dos votos), atual vocalista do Iron Maiden e que já cantara no inicio de carreira com a banda Samsom.

Bruce Dickinson, inglês, já começou a apavorar o mundo com a Samsom, banda que estava ganhando bastante notoriedade, ao lado de Saxon e do próprio Iron Maiden que tinha ainda nos vocais Paul Di’anno e que até no Japão andava fazendo shows.

Entrou para a banda que iria consegrá-lo como o quase unânime melhor vocalista do Heavy Metal de todos os tempos: Iron Maiden. Com a banda desde 1982, ano em que é lançado o clássico disco “The Number of the Beast”, ele só foi aprimorando seu vocal ao longo dos anos e das apresentações sem fim em todo o mundo.

Mas foi em 1990 que resolve arriscar-se em carreira solo, com o magnífico “Tatooed Millionaire” (1990), que ainda contava com a guitarra de Janick Gers, que substituíra Adrian Smith em 1989.

Nesse álbum, a veia Hard Rock pulsa forte, relembrando os tempos de Samsom e o “quase irmão” “No Prayer For the Dying”(1990), da sua banda Iron Maiden, que não foi bem recebido.

Depois, com uma reformulação na banda de Dickinson (o que foi uma constante até por volta de 1997), lançou “Balls to Picasso”(1994) que entre músicas quase não tocadas ao vivo, o maior sucesso comercial da carreira de Bruce estava nesse álbum, a balada “Tears of Dragon”. Nessa altura ele já saíra da banda para a entrada do desconhecido (amado por uns e odiado por muitos) Blaze Bayley (vindo da banda de Hard Rock Wolfsbane).

Um ano depois sai “Alive in Studio A” (1995) que não acrescentou muito à história. Porém, “Skunkworks” (1996) deu uma guinada de, pelo menos, 180 graus (no som e no visual: cortara o cabelo). O disco era bem diferente de qualquer trabalho anterior, sendo chamado “injustamente” de grunge por muitas pessoas.

Trata-se de um grande álbum, com uma banda tocando diferente do que o Heavy Metal mas em nenhum momento deixando de ser pesada. Além disso, possui as melhores letras do Bruce em toda a sua carreira, letras bem pessoais e cantadas com muito entusiasmo.

No ano seguinte, “Accident of Birth” (1997) trazia uma nova banda e com um integrante muito especial: Adrian Smith. O mesmo tivera a banda Psycho Motel que, embora muito legal (outra Hard Rock), não durou mais que dois discos.

Nesse álbum, Bruce cai de novo no Heavy Metal tradicional que era acostumado no Iron Maiden. Obviamente, influência do Smith. O álbum é ótimo, tendo três clips gravados (Man of Sorrow”, “Road to Hell” e a faixa-título) e sendo muito melhor aceito que seu antecessor. Inclusive tal turnê passou pelo Brasil, com o clássico show no Skol Pro-Rock.

Pela primeira vez desde 1990, a formação continuou a mesma para o álbum seguinte, “The Chemical Wedding” (1998) que seguiu a mesma linha do anterior, mas mais “místicos” (baseado na obra do grande William Blake, inclusive na capa) e pesado. “The Tower” foi o maior sucesso, sendo uma das melhores do show ao vivo “Scream For Me Brazil” (1999), gravado em São Paulo e priveligiando a atual fase da banda. O shw abriu um leque maior de bandas gravando aqui no país.

Som a volta fantástica (mas muito esperada) de Bruce ao Iron Maien nesse mesmo ano (e com o ótimo “Brave New World” em 2000), a sua carreira solo ficou estagnada, sendo lançado em 2001 uma coletânea “The Best of Bruce Dickinson”.

Ele só voltaria ao estúdio ao gravar a clássica “Sabbath Bloody Sabbath” para um tributo ao Black Sabbath e que ficou ótima mesmo.

Em termos de inéditas, o ano de 2005 marcou o último lançamento em carreira solo. “Tyranny of Souls” não sendo um disco superior à muitos anteriores, mas que mostra a clara veia “Iron Maiden”, afinal fora o segundo trabalho solo paralelo à banda desde 1990. Destaques para “Abduction” (possui vídeo clip) e à bela “Navigate the Seas of the Sun”.

Além de outras tantas participações, não podemos deixar de mencionar o álbum do Tribuzy, do brasileiro Renato Tribuzy na faixa “Beast in the Light” (inclusive no DVD ao vivo) e também “The One You Love To Hate”, no álbum da lenda Rob Halford, seu primeiro disco solo.

Além dos trabalhos como músico, recentemente ganhou um prêmio pelo filme que produziu “Chemical Wedding” sobre o “bruxo” Alester Crowley, além de ter escrito dois livros, pilotar aviões (quase ter sido parte da equipe inglesa de esgrima em uma das olimpíadas). E, por fim, apresenta um programa de rádio na BBC de Londres. Ah, também gravou um videoclip para uma música do Alice Cooper junto ao Mr. Bean (!?). aí está a projeção que seu nome tem para além da música.

Bruce Dickinson é sinônimo de sucesso. Desde 1980 ele marca sua presença neste mundo tão acostumado à levantar aos céus ídolos e depois leva-los ao inferno. Parece que o Bruce não quer sair desse céu.

Stay on the Road

Texto:EddieHead

Nenhum comentário: