terça-feira, 14 de julho de 2009

Resenha de Show: Sepultura e Angra na Casa do Gaúcho, Porto Alegre 24 de Maio de 2009

Abertura Tierramystica

Naquele dia o público foi surpreendente na Casa do Gaúcho, não pelo número excessivo de pessoas mas pela rídicula falta de público nesse foi um dos shows mais importantes para a história do Metal nacional.

O Tierramystica subiu ao palco após 50 minutos de atraso, mostrando a desorganização do pessoal responsável pela organização do evento. Nem todos tiveram a oportunidade de acompanhar todo o show do Tierramystica, devido a precariedade da organização, as filas estavam rigorosamente lentas, mas quem, mas quem conseguiu entrar desde o início assistiu a um show com performance a cima do esperado Do Tierramystica.

O pessoal não era muito íntimo das letras do Tierramystica (e nem das músicas) mas não pelo fato da falta de qualidade, mas sim por simplesmente não conhecer.

O Tierramystica fez, digamos, um bom show em termos de metal melódico, explorando bastante seus instrumentos andinos (aqueles parecidos com flautas) tocados pelo peruano Hernando, convidado especial do show da banda e o charango (parecido com cavaquinho) tocado por Jesus Hernandes.

O pessoal foi entrando e dando apoio ao Tierramystica. Tierramystica começou o show com músicas próprias e recebendo um retorno bom do público, mas quando os acordes de Run to the Hills, (clássico do Iron Maiden) começou o público se empolgou cantando toda a música junto com o vocalista André Nascimento, este sendo o ponto alto do show do Tierramystica.

Depois de algumas músicas, a galera se acalmou até que outro clássico do rock foi executado, a monstruosa Burn, clássico do Deep Purple. Logo depois desse clássico a banda prosseguiu o show com o público mais calmo, porém, porque todos já estavam ansiosos para o show do Angra, logo após o show O tierramystica se despediu agradecendo a todos e saindo aplaudido do palco.

Essa é a formação completa do Tierramystica: André Nascimento (voz), Fabiano Muller (guitarra e violões), Alexandre Tellini (guitarra e violões), Rafael Martinelli (baixo), Luciano Thume (teclado), Rafael Dias (bateria) e Jesus Hernandes (quenas, zampognas, ocarinas e charango).

Não demorando muito o Tierramystica sair, começaram os gritos enlouquecidos de boa parte da platéia, gritando ANGRA, ANGRA...

Angra

Após 20 minutos (já com o público bem maior), sobe ao palco a banda de metal melódico brasileira mais consagrada no exterior, o ANGRA, já começando com toda empolgação de Carry On, um dos clássicos que o Angra nunca cansa de tocar recebendo até críticas da mídia e de alguns fãs. O fato e que a performance de Carry On naquela noite foi perfeita, lembrando os velhos tempos de Angra.

Depois vieram Waiting Silence e Lisbon que mantiveram a empolgação da galera no máximo.

Depois vem o clássico Angels Cry com todos cantaram juntos o refrão fantástico dessa música, tendo até depois o clássico grito “ole ole ole angra angra” .

Após Angra continuou o show com “The Course of Nature”, “Make Believe”, “Acid Rain”, todas sem intervalos entre si. Arrancando energia da galera e a vibração do público.
Logo após “Metal Icarus” arrancou muita vibração da galera, fazendo todos pogarem.
Após veio a emocionante “Bleeding Heart”, e depois “Nothing to Say”.

Quando todos os integrantes do Angra fizeram a despedida, todo mundo com jeito de quero mais começou em coro “mais um, mais um, ole ole ole Angra Angra” sensibilizando os músicos com o carinho, os integrantes voltaram e Edu disse: “agradeço o carinho, e vamos tocar mais uma que a gente não toca a muito tempo, e acho que vocês conhecem...”

Daí começaram os acordes de “Rebirth” emocionando a todos que cantaram do começo ao fim, analisando os gestos de Edu Falaschi no palco, o Angra se despediu novamente, e quando as luzes se apagaram todos pensaram que teria acabado, mas surpreendentemente o Angra ressurgiu como um relâmpago e finalizaram o show com a empolgante “Spread your Fire”. No refrão dessa sensacional música do álbum “Temple of the Shadows” de 2004 nem era possível escutar a voz de Edu Falaschi pois todos cantaram em coro “Srpeeeead your Fireeee”.

Logo após os integrantes do Angra se reuniram no centro do palco, agradeceram o público, e o apoio, e logo após Edu invocou o SEPULTURA direto das profundezas do inferno para subir ao palco!


Sepultura

Após alguns minutos de intervalo do show do Angra, todos aproveitaram para recarregar suas energias , pois sabiam que o Sepultura estava chegando.
Começou a introdução de uma faixa do álbum A-LEX, um som meio psicótico, deixando a galera empolgada, sobem os integrantes ao palco, só faltando Derrick Green, após um tempo de gritos e vibração do público, surge Derrick Green, pegando a todos de surpresa, com a faixa “Moloko Mesto” estremecendo a Casa do Gaúcho (muitos fãs do Angra se refugiaram fora do público!). Logo após vieram “Filth Root” em um ritmo mais cadenciado, e logo após “What I Do!” que fez até os mais tímidos agitarem, era uma bela cena, todos quase sem excessão fazendo uma roda do caralho!

Depois veio o clássico indestrutível do Sepultura, conhecido no mundo inteiro, virando um hino em certos países (por exemplo Finlândia) “Refuse-Resist” com seu refrão sendo cantando pro todos do público fazendo ensurdecer a Casa do Gaúcho.
Depois vieram “Manifest” “Convicted in Life” “Atittude” quebrando o pescoço de todo mundo de tanto agitar.

Depois “We''ve Lost You”, “The Treatment” os ânimos baixaram um pouco, mas não pararam. Depois de “D.E.C” veio a clássica “Troops of Doom” da época de Max Cavalera.
Um clássico indispensável que agitou todo mundo.

Logo após vieram “Sepctic Schizo/Escape to the Void” e outro clássico da época Max Cavalera “Inner Self” reavivando todos e fazendo as rodas explodirem.
Depois “Sepulnation” considerado um clássico da época Derrick Green veio a tona, provocando a vibração do público com o nível de agitação muito alto!

Depois o clássico monstruoso que qualquer fã que se preze do Sepultura conhece: “Territory”,
tendo seu refrão ecoando a quilômetros de distância da Casa do Gaúcho.

Depois veio outro clássico imortal, “Arise” levando todo mundo a loucura e a fazer dezenas de vezes o símbolo do metal com as mãos.

Depois veio a novata do álbum A-LEX, “Conform”baixando um pouco o entusiasmo.
Derrick até falou, “que ta havendo ai porra?! Estão gostando? Ta fraco, mas essa vocês vão gostar!
Ai com o clássico grito “ sepultura do Brasil” começa a humilhante “Roots Bloody Roots” levando a Casa do Gaúcho a baixo!
Encerrando assim o show do Sepultura.

Sepultura & Angra

Após alguns minutos , e algumas pessoas indo embora... as duas bandas voltam juntas ao palco, para a execução de alguns clássicos do rock, como “Immigrant Song” de Led Zeppelin, The Number of the Beast do Iron Maiden ( com Edu errando a letra), e depois fazendo uma surpresa a todos o baterista do Angra, Ricardo Confessori canta ‘Back in Black” do AC/DC, “Paranoid” do Ozzy (cantanda muito bem por Derrick Green) encerra a noite. Após agradecimentos as bandas se despendem muito ovacionadas deixando a todos com gosto de quero mais, e com a certeza que a noite foi fantástica para o heavy metal brasileiro.



Texto: Mateus Fiuza; Michel Tomassoni

2 comentários:

Débora Reoly disse...

Gostei da resenha Mateus!! Parabéns, ficou ótima!! Gostaria muito de ter ido neste show, unindo dois ícones do Metal Brasileiro \m/

Eduardo Cadore disse...

Ficou boa sim. Dupla de futuro no blog essa.hehehehe
Vlw galera