sábado, 18 de novembro de 2017

Prong: Thrash, Groove e Caminhos Mais Acessíveis



Na estrada com o seu Prong desde 1986, salvo o hiato entre 1997 e 2002, Tommy Victor tem produzido muito, pois além de quatro álbuns de estúdio e um ao vivo nos últimos 5 anos, ainda gravou dois discos com Glenn Danzig. Quantidade não é sinônimo de qualidade, mas Tommy tem apresentado um material interessante, principalmente em "Carved into Stone" (2012). Neste "Zero Days", temos novamente um bom trabalho, onde o guitarrista e vocalista experimenta algumas novidades.

O Prong teve ótima repercussão com seus álbuns nos anos 90, onde faziam parte já de uma nova geração do Thrash, com novos ingredientes, mais moderno, utilizando-se de muito groove e elementos industriais. O grupo ainda mantém muitas das características principais, e em "Zero Days" temos elementos do Thrash Old School, o groove, e claro, os vocais e rifferama características de Tommy, com os elementos industriais aparecendo muito pouco, e o que está mais evidente em termos de novidade, é o direcionamento mais melodioso e pop de algumas faixas, por vezes lembrando grupos como Linkin Park e Slipknot.

Temos então a abertura "However it May End", uma peça com andamento meio tempo, bateria compassada e bastante groove; "Zero Days", a faixa título, além dos vocais característicos da banda, tem nuances do Thrash old school e andamento mais veloz, muito boas faixas, já prendendo o interesse.


O lado mais "pop" e "comercial" podemos ouvir em faixas como "Divide and Conquer", com melodias de fácil assimilação na guitarra e vocais, principalmente no refrão, e em "The Whispers", que também possui aquele tipo de melodia que gruda na mente e são "assoviáveis". O groove da cozinha e os riff são muito cativantes. Sempre interessante tentar coisas novas, apesar de algumas vezes soar bem diferente do som mais característico da banda.

O lado mais Thrash e pesado aparece a contento, como na veloz e agressiva "Operation of the Moral Law", com seus riffs e "paradinhas" tradicionais do estilo, e em "Forced Into Tolerance", mais direta e vibrante. As nuances industriais e efeitos aparecem em "Waisting of the Dawn" (os elementos industriais bem mais nesta) e "Rullers of the Collective", que é uma das que trazem essa roupagem na linha das citadas Linkin Park e Slipknot, ou seja, tem um certo peso, mas mescla linhas melodiosas, quase pop e efeitos eletrônicos, além de refrão buscando esse lado mais comercial e "catchy".

Tommy Victor: Camiseta de bom gosto!
 "Zero Days" é um mix de peso, groove e nuances mais comerciais e cativantes, trazendo faixas bem características do Prong, vários bons riffs, como é de praxe de Tommy Victor, e se você não curtir as faixas com esse lado mais pop e "comercial", pelo menos deve dar crédito à tentativa da banda de buscar não trazer somente mais do mesmo, e dar atenção às faixas mais "tradicionais", que estão bem interessantes. Possivelmente vai chamar atenção de novos seguidores, que acompanham grupos desse lado mais moderno e "pop".

Texto: Carlos Garcia

Ficha Técnica
Banda: Prong
Álbum: "Zero Days" 2017
Estilo: Groove Metal, Thrash Metal
País: EUA
Produção: Tommy Victor e Chris Collier
Selo: SPV/Shinigami Records


Line-Up
Tommy Victor: Guistarras e vocais
Art Cruz: Bateria
Mike Longworth: Baixo

Tracklist:
01. However It May End
02. Zero Days
03. Off the Grid
04. Divide and Conquer
05. Forced Into Tolerance
06. Interbeing
07. Blood Out of Stone
08. Operation of the Moral Law
09. The Whispers
10. Self Righteous Indignation
11. Rulers of the Collective
12. Compulsive Future Projection

13. Wasting of the Dawn
14. Reasons to Be Fearful (faixa bônus)


     

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