sexta-feira, 15 de abril de 2011

Na Mira da Navalha: Metallica - Volta às Origens ou Oportunismo?

Estamos estreando uma nova seção aqui no Road to Metal. Chamada Na Mira da Navalha, a cada postagem você irá conferir um texto que caminha entre o polêmico, o radical e o extremo, onde os redatores "chutarão o balde" ou colocarão "à prova" algum grupo ou assunto, buscando expressar sua opinião. A ideia não é impor verdades absolutas, mas demonstrar o que pensam os redatores sobre assuntos que são pautas nas conversas antes de shows, ou entre amigos num churrasco regado com muito Metal. E, claro, a galera pode comentar! Stay on the Road


A banda é um dos 4 grandes pilares do Thrash Metal mundial

Quem teve o prazer de ler a Roadie Crew (edição 147) desse mês deve ter percebido algumas alfinetadas que as bandas alemãs deram no big four americano, sendo que um dos principais alvos foi o Metallica (de acordo com a produção do show, os principais do evento, já que eram eles que fechavam a noites).

Pois bem, na mesma entrevista, o Mille Petrozza (guitarrista e vocalista do Kreator) dispara algo parecido com “Há algum tempo atrás eles tocavam com o Limp Bikzit e agora voltaram para o Thrash? Pois bem essa citação não saiu da minha cabeça ai decide trocar idéias com os leitores do Road: Até que ponto essa volta do Metallica é positiva?

Vamos aos fatos! Na minha opinião, “And Justice for All” foi o último grande álbum de Thrash propriamente dito do Metallica, mesmo esse já mostranado os caminhos pelo qual os caras iriam seguir (vide a faixa “One” e o seu vídeo clipe).

O que vem depois, são álbuns que possuem algumas boas músicas, mas nunca à altura do que representaria o nome Metallica.

"Triste" época da banda: capa e contracapa de "Load" (1997)

Os trabalhos seguintes foi uma “ladeira abaixo”. A saída do Jason Newsted (baixista da banda entre 1986-2001), a briga com a Naspter, os cortes de cabelo, as baladas, os beijos, as unhas pintadas, tanta coisa que ajudou os fãs a perderem a confiança construída em cima de muito peso e agressividade nos anos 80.

O golpe de misericórdia veio com o álbum “St. Anger” (2003). Confesso que esperei muito esse álbum e desafio alguém a apontar grandes qualidades do mesmo: faltam solos de guiatarra, bateria de tambor de lixo (lembrando bandinhas de shopping que infestavam a cena norte americana, como o Linkin Park e Korn).

Cadê a banda que, ao lado do Iron Maiden, me fez curtir metal???

Porém, no final da década de 90 uma nova onda do Thrash metal se iniciava, sendo que bandas como Hirax, Tankard, Sodom, Kreator continuavam na cena e o Metallica avisa que Rick Rubin iria voltar a trabalhar com eles

Em 2008 sai “Death Magnetic” que marcava esse retorno, sendo um álbum muito, mas muito bom, com faixas que realmente lembravam o Metallica antigo e ao vivo as mesmas não ficavam devendo nada para todo o material do “And Justice...” para trás.. basta ver o DVD no México para comprovar o que eu estou falando.

O boom do Thrash ganha ainda mais força, com o Slayer e o Megadeth lançando verdadeiro petardos, alem das brasileiras Violator e Torture Squad, fortalecendo seus nomes em turnês européias (a segunda foi o gran de destaque do Wacken Open Air em 2007) até que é anunciada a turnê com o Big Four.

Grande álbum lançado em 2008: inicio de uma volta às origens, ou oportunismo?

O Metallica, juntamente com Slayer, Megadeth e Anthrax realizaram uma turnê juntos pelo festival Sonisphere na Polônia, República Tcheca, Romênia, Bulagária e Turquia.

Os shows foram gravados e editados e, em seguida, foi ao ar em mais de 80

0 cinemas em todo o mundo no mesmo dia do festival. Esse show marcou a história do rock, e foi gravado em DVD/Blue-ray ao vivo, intitulado “The Big 4 – Live from Sofia, Bulgaria”. Muito hilário ver uma fila de bangers no cinema e tentando fazer rodas no mesmo.

Na sequencia mais e mais shows sendo que eles se tornam presença confirmada do rock in rio, e boatos de um novo álbum, só que ai voltamos para questão do início do texto como será esse trabalho afinal de contas eles são uma verdadeira lenda do metal mundial e será que depois do ótimo recomeço com o “Death Magnetic” eles vão derrapar para as baladinhas superficiais do “Load” (1997) e o New Metal sem graça do “St. Anger” dando total razão assim para o Mille do Kreator, ou, ao exemplo de seus companheiros de Big Four irão lançar álbuns tão poderosos como “End Game” (Megadeth) e “World Painted Blood” (Slayer).

Kerry King (Slayer), Dave Mustaine (Megadeth), Ian Scott (Anthrax) e James Hetfield (Metallica)

Ficamos no aguardo e na torcida e tomara que essas alfinetadas vindas da Alemanha criem uma disputa saudável entre as bandas para ver que lança o álbum mais fudido do Thrash, assim como foi uma vez a Bay Area.


Texto: Harley

Revisão: Eduardo "EddieHead" Cadore

Fotos: Divulgação


Obs: o conteúdo expresso nessa postagem é de total responsabilidade de seu autor, não sendo, necessariamente, a opinião do autor compartilhada por toda a equipe Road to Metal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Puro fator comercial, algum chefão dando uma boa grana pra junta os quatro, em troca tanto o chefão como as bandas vão receber um belo cache.