domingo, 29 de abril de 2012

Pronto Para o Headbanging? Supersonic Brewer Garante Peso e Groove

Banda de Bento Gonçalves mostra que no Rio Grande do Sul temos todas as vertentes do Metal

Estou me repetindo pela milésima vez ao dizer que temos uma das melhores cenas Heavy Metal do mundo e, apesar desse “baque” negativo que foi o Metal Open Air e todo seu fracasso, não podemos deixar a bola parada e pensar que tudo acabou.

O. Durli comanda os vocais e baixo
Quando recebemos material de bandas que ainda não possuem um nome consolidado (que muitas vezes precisarão de muitos anos e de trabalho duro para isso), sempre temos uma grande responsabilidade, por isso às vezes é preciso um bom tempo ouvindo e pesquisando sobre o grupo.
            
Tenho escutado muito o álbum de estreia da banda Supersonic Brewer, lançado em 2011, “Broken Bones”, enviado pela banda na tentativa louvável de mostrar seu som.
            
A banda existe desde 2004 em Bento Gonçalves/RS e na luta por manter uma formação fixa, conseguiu gravar e finalizar seu disco de estreia somente sete anos depois, algo lamentável, por um lado, pois poderíamos ter mais material já disponível tivesse a banda maior apoio, mas por outro também deve ter preparado a banda para oferecer essas oito músicas do seu debut.
            
Primeiro que o grupo caprichou na arte, com encarte com as letras e num estilo que casa muito com a proposta sonora da banda, que é um som pesado, com riffs Thrash, caminhando pelo Groove Metal, naqueles moldes que o Pantera fazia, mas com um peso que lembra Metallica fase Cliff Burton (baixista nos três primeiros trabalhos). Uma diferença, porém, são os vocais de Vini Durli (também baixista), que são guturais como em uma boa banda de Metal extremo.
            
Abra uma cerveja e ponha para tocar "Broken Bones" e garanta um ótimo Thrash/Groove Metal


Numa audição inicial, você pode até pensar que a banda deveria optar por vocais mais limpos. Com o tempo, passa a perceber que ficou algo bem interessante, marcando um diferencial em relação às outras bandas de proposta semelhante.
            
É nítido a influência de Dimebag Darrel (guitarrista do Pantera morto em 2004) nas palhetadas de Rodrigo Fiorini e Maurício Menegotto. Não soam como meras cópias, mas irão agradar quem curte esse tipo de riffs, com certeza. Para garantir o peso extra, Evandro Carlos senta o braço na bateria, mostrando que está preparado para tocar esse tipo de som sem problema nenhum, caprichando nas viradas e fazendo uso constante dos mais diversos pratos.


Evandro Carlos senta o braço na batera

Nas oito faixas de muito Thrash/Groove Metal, que versam sobre diversos temas, ajudado pelos guturais não tão extremo, mas sujo, temos uma banda com muito energia e “sujeira”, um som que se ouve batendo cabeça com uma garrafa de cerveja na mão.
            
Músicas como “Dead Men Make no Shadow” e “Destruction Overtruck” te faz lembrar a capa do “Vulgar Disply of Power” do Pantera: um soco na cara! Aliás, essa é a característica quase total durante os 40 minutos do álbum.
            
Abrir o álbum com “Last Call” foi uma boa ideia, afinal é uma grande canção, com muitos riffs pesados e energia que faz cabeça nenhuma ficar parada. A canção que foge um pouco da proposta, mas só no seu início, para depois cair numa enxurrada de solos, riffs cadenciados é “Blood Washed Hands”, uma das minhas favoritas do disco e ótima para começar o dia ouvindo-a.

Fiorini e Menegotto são os responsáveis pelos riffs empolgantes e sujos

Um detalhe interessante e honroso é a homenagem que a banda faz, na última página do encarte, para o ex-baterista Vinicius Vacari, já falecido, que, segundo me contou o Durli, foi o responsável pela sua entrada na banda e era quem mais desejava que “Broken Bones” fosse gravado. Infelizmente, partiu antes da banda começar a gravá-lo, agora com o Evandro.
            
Parabéns à banda pelo ótimo trabalho nesse primeiro registro completo. Que tenham o apoio necessário dos headbangers para que o grupo siga em frente e nos brinde com discos tão ou ainda melhores que “Broken Bones”.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Supersonic Brewer

Ficha Técnica
Banda: Supersonic Brewer
Álbum: Broken Bones
Ano: 2011
País: Brasil
Tipo: Thrash/Groove Metal
Selo: Independente





Formação
Vinícius O. Durli (Vocal e Baixo)
Rodrigo Fiorini (Guitarra)
Maurício Menegotto (Guitarra)
Evandro Carlos (Bateria)



Tracklist
01- Last Call
02 – Extermination
03 – Illusion
04 – Ready For Another Bings
05 – Dead Men Make No Shadow
06 – Blood Washed Hands
07 – Destruction Overtruck
08 – Society in Ruins

Acesse e conheça mais sobre a banda

Adquira o álbum através do email vinikilmister@hotmail.com

Nenhum comentário: