Quando da primeira saída do vocalista Udo Dirkschneider, substituído por David Reece, os resultados foram o que eu esperava: Já não se tratava da mesma banda, e os caras deviam ter mudado o nome!!! "Eat The Heat" foi feito para atender os padrões comerciais que membros e produtores queriam, e achavam que renderiam mais naquele momento. Não foi um mau disco, mas não devia ter levado o nome Accept! Afinal, como imaginar o Accept sem a voz do baixinho Udo??? Sempre é muito traumática a troca de um vocal, ainda mais em uma banda clássica, em que o vocal representa uma característica marcante!!! Judas Priest sem Halford??? Ripper é um grande vocalista...mas....
Bom, o Accept chegou a encerrar as atividades, para posteriormente voltar com os vocais de Udo novamente, para em seguida nova separação, após o álbum "Predator", de 1996, e o afastamento de Wolf Hoffmann da cena Metal.
Houveram reuniões da formação clássica em show memoráveis, nos idos de 2005, e todos esperavam um novo trabalho, mas Udo não queria abandonar a carreira que construíra com a U.D.O., além de alguns outros motivos. Wolf Hoffmann, devidamente recuperado e remotivado, metralhando riffs e mais riffs, e os demais membros decidiram prosseguir e tentar mais uma vez, mas agora sem o erro de mudar a sonoridade clássica, de álbuns como "Restless & Wild", "Breaker" e "Balls To The Wall", porém com a temerária missão de encaixar uma nova voz no Accept, com a desconfiança dos fãs, que, em sua maioria (e eu sou um deles!), não viam outro "frontman" no microfone do ícone metálico alemão.
Porém, também a maioria (também estou entre estes) se rendeu a escolha da banda, que, em 2009, apresentou Mark Tornillo (ex-TT-Quick) para o posto de vocalista, e o ótimo "Blood of Nations" trouxe toda a aura e a força do Accept de volta, num disco que todos com certeza esperavam, com Tornillo mostrando que a escolha foi acertada! Claro, tem alguns que ainda não aceitam, que mantém a posição que Accept sem Udo não é Accept, mas mesmo esses não torceram o nariz para o grande álbum de Metal que foi concebido. As características da lenda Germânica foram mantidas, e o som tem o que os fãs querem ouvir, e além de tudo soa poderoso e moderno.
A parceria vitoriosa com o produtor Andy Sneap, que soube dar ares atuais a esta nova fase, mantendo a identidade sonora da banda intacta, prosseguiu em "Stalingrad (Brothers in Death)", e o CD vem, se não com o mesmo poderio de fogo de seu antecessor, muito próximo a ele, consolidando a era Tornillo!
A gravadora, a Nuclear Blast, também apostou muito neste álbum, movida pelo grande sucesso do anterior, trazendo a bolacha em várias versões, que farão a alegria dos fãs, como edições com DVD e vinil colorido!
Realmente uma bela produção, em todos os sentidos, e o que é melhor, a parte que mais importa, que é a sonoridade, está excelente!
O álbum, que conta em suas dez faixas a história da batalha de Stalingrado, considerada a mais sangrenta batalha de todos os tempos, ocorrida na Segunda Guerra, onde os alemães e seus aliados lutaram contra os russos pela posse da cidade, e foi o marco do início da derrocada da Alemanha nazista, traz novamente tudo que os fãs de Accept esperam (menos aqueles que ainda querem o Udo de volta! he he he!), os riffs poderosos de Wolf, os refrãos com aquele efeito que parece ser cantado por uma multidão, a cozinha forte e pesada, e, além disso, a banda está mais segura e mais a vontade, trazendo algumas novidades com relação a "Blood Of Nations", como temas mais épicos e mais melodiosos. Mark também, muito mais seguro da sua posição, arrisca mais variações.
A faixa "Hung Drawn And Quartered" soa maravilhosa e já deixa o ouvinte com aquele sorrisos no rosto, já faz o sangue ferver, se é que você me entende! Bom, a primeira coisa que veio na minha mente foi: "é isso que eu quero ouvir !", e, sem querer me repetir, mas já fazendo, os caras fizeram o que a gente espera do Accept!!! E a diferença que senti, é a banda mais a vontade e trazendo mais melodias. A segunda é a faixa título, "Stalingrad", que tem aquelas características das grandes faixas títulos da banda, com os refrãos épicos e solo de guitarra com direito a citação do hino Russo (algo que Wolf costuma fazer, como no solo da "Metal Heart", por exemplo, com a parte de "Für Elise", de Beethoven).
Falando da parte mais melódica e épica, temos "Shadow Soldiers" e "Twist Of Fate", que seguem aquela linha de clássicos como "Neon Nights", "Princess Of The Dawn" e "Head Over Heels", aliás, as bases de guitarra na "Shadow Soldiers", lembram esta última; "Against The World", é meio termo, com refrão pegajoso (aliás, grandes riff e refrãos é o que o Accept sempre soube fazer muito bem!), enquanto que faixas como "The Quick And The Dead" e "Flash To Bang Time" são aqueles típicos Power/Speed da banda, carregados de adrenalina, bem na veia de "Fast As a Shark", por exemplo; "The Galley", que fecha o trabalho, e é a mais longa, mas longe de ser cansativa devido as variações, culminando em um solo melancólico e melodiosos, acompanhado de guitarras acústicas, com a música diminuindo de volume aos poucos. Típico "Gran Finale" !
Em algumas edições do álbum, também pode ser encontrada a bônus "Never Forget", também mantendo o padrão de qualidade, e, já que falei de quase todas as faixas, as duas que faltaram, "Hellfire", que também tem aquela pegada mais Power/Speed e "Revolution", que tem um começo crescendo, e vai ser bem indicada para chamar o público nos shows ao vivo, mais cadenciada, com muito peso nos riffs. Fui apontar algumas das músicas que mais me chamaram a atenção, e no final, acabei citando todas as faixas! Pudera, tal a qualidade do álbum.
Resumindo, um álbum tão poderoso quanto seu antecessor, porém mais melódico, sendo também bem balanceado. Se ficou melhor que "Blood Of Nations"? Ouça e tire suas conclusões, mas uma coisa tenha certeza, a banda está numa grande fase!
Texto e Edição: Carlos Garcia
Revisão: Valdemar Dirkschneider
Falando da parte mais melódica e épica, temos "Shadow Soldiers" e "Twist Of Fate", que seguem aquela linha de clássicos como "Neon Nights", "Princess Of The Dawn" e "Head Over Heels", aliás, as bases de guitarra na "Shadow Soldiers", lembram esta última; "Against The World", é meio termo, com refrão pegajoso (aliás, grandes riff e refrãos é o que o Accept sempre soube fazer muito bem!), enquanto que faixas como "The Quick And The Dead" e "Flash To Bang Time" são aqueles típicos Power/Speed da banda, carregados de adrenalina, bem na veia de "Fast As a Shark", por exemplo; "The Galley", que fecha o trabalho, e é a mais longa, mas longe de ser cansativa devido as variações, culminando em um solo melancólico e melodiosos, acompanhado de guitarras acústicas, com a música diminuindo de volume aos poucos. Típico "Gran Finale" !
Em algumas edições do álbum, também pode ser encontrada a bônus "Never Forget", também mantendo o padrão de qualidade, e, já que falei de quase todas as faixas, as duas que faltaram, "Hellfire", que também tem aquela pegada mais Power/Speed e "Revolution", que tem um começo crescendo, e vai ser bem indicada para chamar o público nos shows ao vivo, mais cadenciada, com muito peso nos riffs. Fui apontar algumas das músicas que mais me chamaram a atenção, e no final, acabei citando todas as faixas! Pudera, tal a qualidade do álbum.
Resumindo, um álbum tão poderoso quanto seu antecessor, porém mais melódico, sendo também bem balanceado. Se ficou melhor que "Blood Of Nations"? Ouça e tire suas conclusões, mas uma coisa tenha certeza, a banda está numa grande fase!
Texto e Edição: Carlos Garcia
Revisão: Valdemar Dirkschneider
Ficha Técnica
Banda: Accept
Álbum: Stalingrad
Ano: 2012
País: Alemanha
Tipo: Heavy Metal Tradicional/ Power Metal
Gravadora/Selo: Nuclear Blast
Formação
Mark Tornillo (Vocal)
Wolf Hoffmanm (Guitarra)
Herman Frank (Guitarra)
Peter Baltes ( Baixo)
Stefan Schwarzmann (Bateria)
Herman Frank (Guitarra)
Peter Baltes ( Baixo)
Stefan Schwarzmann (Bateria)
Tracklist:
1. Hung, Drag And Quartered
2. Stalingrad
3. Hellfire
4. Flash To Bang Time
5. Shadow Soldiers
6. Revolution
7. Against The World
8. Twist Of Fate
9. The Quick And The Dead
10. The Galley
Um comentário:
Segundo álbum da fase mais recente do Accept, muito bem resenhado aqui no blog. Embora seja inferior ao super-aclamado álbum anterior (Blood of the Nations, 2010) e bastante diferente dele, Stalingrad é ainda assim um baita trabalho. Só ressalto que não gostei muito da faixa-bônus "Never Forget" lançada em outras edições deste álbum, me contento com as 10 faixas originais de Stalingrad mesmo. Sem contar o conceito por trás deste disco, que é interessante. Pra quem estudou a batalha de Stalingrado em seus tempos de escola, sem dúvida este discaço do Accept é uma boa pedida para relembrar estes bons tempos.
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