terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dark Witch: Reescrevendo o passado de forma homogênea


O Heavy Metal Tradicional nunca foi vamos dizer “forte” no Brasil, ainda que em décadas passadas o Metal Extremo sempre teve força em terras tupiniquins, Na Europa e EUA por exemplo nomes hoje considerados “old school” davam passos largos nessa vertente sonora.

Porém as décadas foram passando e o Brasil acabou se tornando um pouco mais forte nesse seguimento, tendo diversas bandas se aventurando nesta vertente altamente qualificada. E mais um bom nome surge, o Dark Witch de São Paulo, que acabou de colocar no mercado nacional via Arthorium Records o excelente “Circle of Blood”.

Sim a linha seguida é o Heavy Metal old school, com ótimas referencias de Running Wild, Helloween (mais precisamente o primeiro disco) e Accept. Mas não pense em uma sonoridade datada ou apenas uma cópia, o Dark Witch mostra muita energia e toques bem particulares em suas composições.


De cara o que chama a atenção é o quanto o disco soa marcante, melodias bem encaixadas assim como refrões que grudam na cabeça, e com um certo toque moderno, o que traz um sopro de vida a mais, mesmo que não apresentem nada de novo, mas reescrevem o passado de forma inteligente e autentica.

Assim como as guitarras as linhas vocais são exuberantes, o que torna o material ainda mais interessante. A parte gráfica criada por Ygor Gatti Alves é fantástica, priorizando tons escuros, trazendo um ar mais obscuro, que casa perfeitamente com a sonoridade.

A produção sonora é simplesmente excelente, timbres bem casados, assim como o ar moderno que aparece, o que deixa cada tom em sintonia.


Não há o que dizer a respeito, apenas que é um dos grandes discos nacionais de 2015. Pois reflete o passado, mas sem soar como uma mera cópia. Se hoje em dia é praticamente impossível criar algo novo dentro do Heavy Metal, fazer o que já está consagrado é o único caminho, mas reescrever com qualidade poucos fazem, e o Dark Witch entra neste seleto rol.


Resenha por: Renato Sanson

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Tracklist:
01 Circle of Blood
02 Wild Heart
03 Master of Fate
04 Cauldron
05 Firestorm
06 Stronghold
07 Blood Sentence
08 Liberty is Death
09 Lighthouse Reaper
10 Death Rain
11 Siegfried
12 To Valhalla We Ride
13 Voz da Consciência

Formação:
Bil Martins (Vocal/Baixo)
Décio Andolini (Guitarra)
César Antunha (Guitarra)
André Kreidel (Bateria)

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