quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Resenha de Shows: Zoombie Ritual Festival - A Confirmação do Metal na Região Sul do País (Parte I)

Esse é um dos melhores festivais do país, é com essa certeza que saímos ao final da quarta edição do Zoombie Ritual Festival na cidade de Rio Neginho em Santa Catarina. Estava visível no semblante de todos os metalheads que além do cansaço todos estavam satisfeitos por estarem ali e terem 3 dias de muito metal. Todos os detalhes você confere agora.


Saiba tudo sobre o festival nas nossas três matérias


Antes de mais nada deve ser comentado a infra estrutura do evento desde a entrada você já percebe a atmosfera do lugar, centenas de bangers espalhados por cabanas, ou então em pequenos galpões de madeira com áreas para churrasco, tirolesa, barracas de comida, venda de materiais oficiais da bandas, etc...

A organização dava o sangue para manter tudo funcionando, méritos para Geléia e sua esposa Suelen que não paravam um minuto correndo para todos os lados e tratando todos os músicos e público em geral com muito respeito e dedicação. Vale dizer que o Zoombie Ritual não tem patrocínios de grandes corporações de “rock in rios” da vida, é tudo feito na garra com coração de banger para banger um evento que deve ser apoiado e prestigiado por todos que tem o Metal no sangue.

Como rolou muita coisa e queremos contar tudo, a resenha sairá em três partes. A primeira você confere agora!

O Primeiro Dia

Sexta-feira, 9 de dezembro de 2011: O evento se inicia com a banda de São Bento do Sul/SC, Fried Host que tinha o organizador do evento Geléia nos vocais, mas se engana quem pensa que a banda entrou no festival por causa disso, já que o Thrash Metal apresentado pela banda é  muito competente, o vocalista anuncia que esta se separando a banda por não conseguir se dedicar 100% para a mesma então o show teve um ar de despedida e comemoração. Como destaque, além dos covers  de Testament, Sepultura, Torture Squad, fica  para as composições próprias cantadas em português como a poderosa “Pior Que Tá Não Fica”. Ótimo inicio.

O mentor e principal organizador do festival, o Geléia, detonando com a Fried Host abrindo a 4º edição


A banda D.F.C.veio representar o Hardcore e fez um show rápido, energético e extremamente violento levando todos os presentes a abrirem rodas punks e dezenas de moshes, criando o cenário perfeito para musicas como “Sou o Mesmo fdp”, “Mundo Canibal” e “Petróleo Maldito”, músicas muito românticas, como diria o vocalista Túlio.

Punk também tem lugar no Zoombie: mas a banda tem que ter história como a Garotos Podres


Muitos bangers torciam o nariz para os Garotos Podres, mas foi só o vocalista Mal e seus comparsas entrarem no palco e começarem com “Vomitaram no Trem”  para a festa começar. Era um show de Punk mas alem da agitação rolou muita diversão e boas risadas, como Mal usando um gorrinho vermelho para cantar a clássica “Papai Noel” e uma intro de “Garota de Ipanema” para executar “Bosta Nova”. O vocalista no meio do show falou “29 anos sem fazer sucesso”, mas naquela noite ele convenceu todos os presentes.

A Agression foi responsável pelo primeiro ataque  Death Metal satânico do festival, vindo do Mato Grosso   não deixaram por menos. Com uma postura de palco forte entraram com capuzes e uma cruz negra invertida e perpetuaram um verdadeiro massacre cujos destaqies vão para as variações de vocais entre Eduardo e Jeferson que alternaram letras com muita blasfêmia, o que provocou muitas rodas.
Agression desferiu seu Death Metal massacrante em Santa Catarina

O único representante do Doom Metal veio com moral, afinal de contas são 11 anos na estrada e uma base fiel de fãs.  O Lachrimatory executou uma mescla de seus  dois álbuns  “Anamnesic Voices Phenomena” (2009) e o sensacional “Transient” (2011) criando a atmosfera perfeita para o final da noite. A banda recentemente deixou de usar o violoncelo em suas apresentações, mas mesmo assim impressionou a todos e o vocalista Ávila parece o irmão do Aaron do My Dying Bride,  tanto é que no final rolou um cover matador de “Forever People”. Após o show fui trocar uma idéia com os caras e futuramente teremos entrevistas com eles aqui no Road.

Fim da primeira noite e eram mais ou menos quatro e meia da madrugada, hora de se recuperar para o sábado o dia mais brutal do festival. Aguarde na segunda parte.

Texto: Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Maicon Leite (Wargodspress

Agradecimentos: Às bandas pela grande festa e ao Maicon Leite por nos ajudar com as fotos. Valeu!

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