Formada por músicos experientes e que agregam em seu background influências que vão além do Metal e Rock em geral, muito pela sua experiência ao lado de outros artistas, e com intenção de forjar sua identidade, Mike Polchowicz (vocal), Renato Larsen (bateria), André Carvalho (guitarra) e Daniel Mueller (baixo), vem há algum tempo trabalhando duro para o lançamento do seu debut, "Venus Attack 1", que trará o resultado das experiências, influências e inspirações dos músicos, prometendo ser, não uma surpresa, pois pela capacidade dos músicos, já existem grandes expectativas, mas uma nova afirmação dentro do cenário e um dos grandes lançamentos do ano, e pelo que o Road já pode conferir, podem esperar material de grande qualidade!
Conversamos com a banda, para adiantar um pouco sobre o trabalho, como foi o processo criativo e produção, segundo adiantaram, a bolacha já está pronta, deverão estar no álbum 9 faixas e mais uma "hidden track" surpresa, e em breve, certamente estaremos voltando a conversar com a banda, após o lançamento! Confira o que mais eles tem a nos adiantar!
RtM: Em breve então, teremos o início da
invasão! Vocês já tem uma previsão para o lançamento do “Venus Attack 1”? Sairá
por algum selo?
Renato: Em primeiro lugar, é muito bacana poder
participar desta entrevista. Agradecemos desde já a atenção de vocês do Road to
Metal e, em especial, aos leitores que têm aguardado pacientemente o lançamento
do nosso primeiro trabalho, que sairá de forma totalmente independente.
André: Estamos
aguardando a prensagem, esperamos lançar ate o meio de junho. Fiquem ligados na
fanpage oficial da banda no Facebook, no Twitter, MySpace e Site.
RtM: Ainda
sobre a invasão “Venusiana”, com o álbum “Venus Attack 1”, gostaria que vocês
falassem um pouco sobre o que podemos esperar em termos de sonoridade, e o que
vocês apontariam como os grandes diferenciais da banda para buscar seu espaço
neste concorrido cenário musical?
Renato: Desde
o princípio, em 2009, sempre tivemos a ideia de desenvolver uma identidade
própria utilizando a linguagem do Metal como veículo de expressão. O próprio
Mike nos primeiros ensaios e encontros que tivemos pra criarmos as músicas
sempre procurou enfatizar esta necessidade de seguirmos um jeito nosso de nos
expressarmos, sem esquecer o que de bom já fora feito, bebendo dessas muitas
influências.
Contudo, estamos antenados às boas ideias de
outros estilos de música e para o que tem sido feito hoje em dia. Soma-se a
isto a formação de cada um dos músicos da banda, que transita do erudito,
passando pela música brasileira, pop rock internacional até o fusion e o jazz.
O trabalho que vamos lançar será a tradução do que é a Venus Attack como grupo,
de como todos estes fatores andam juntos.
Da esquerda para direita: Daniel, Mike, André e Renato |
RtM: O público
já teve amostras de músicas da banda, em shows, nas redes sociais e no EP
virtual “Take It! Is For Free”, disponibilizado em seu site oficial. Podemos
constatar que é um tanto complicado rotular a Venus Attack. O que vocês
poderiam nos dizer sobre isto?
Renato: Isto é
ótimo! É sinal de que começamos no caminho certo! (risos). É natural você se espelhar nos seus artistas
preferidos pra apreender deles o melhor, como se faz e depois procurar fazer do
seu jeito, se aprimorar pra poder criar a sua própria voz artística. Tentar
encaixar um trabalho artístico num rótulo é muito complicado, pois dependendo
das circunstâncias, você pode se ver submetido a certas regras que, não raro,
podem acabar se impondo sobre o fazer artístico. É necessário que se busque um
equilíbrio entre estes fatores porque, no nosso entendimento, rótulos acabam
sempre embotando a criatividade, de um jeito ou de outro.
Mike: Concordo
com o Renato! É ótimo que seja difícil rotular-nos, pois trabalhamos duro para
termos um estilo diferente das outras bandas. Apesar de cada um ter suas
influências, tentamos abstrair isso para soarmos o mais original possível. A
verdade é que, a Venus Attack é um mix de cada integrante!
RtM: E quais
foram as influências que ajudaram a construir este trabalho?
Mike: Na
verdade, eu diria inspiração! Nos inspiramos nas grandes bandas de rock, hard,
heavy e até punk... Em algumas bandas de pop e new age dos anos 80. E bandas
atuais de metal core.
Daniel: Cada
músico da banda tem uma "escola musical" diferenciada e isto soubemos
usar em favor de um novo material sonoro, com músicas que, apesar de
"banhadas" no Heavy Metal, trazem um pouco do histórico musical de
cada integrante.
RtM: Contem-nos um pouco sobre o processo de
produção e gravação do álbum. A Concepção visual também está muito legal!
Daniel: O
processo de produção ocorreu de forma natural, as ideias musicais eram testadas
e definidas em conjunto, geralmente durante os ensaios.
Quanto ao
trabalho de gravação... Podemos considerar que foi um tanto demorado. Cada
integrante gravou sua parte isolada, inclusive em estúdios diferentes, o que
possibilitou um aprofundamento, uma lapidação tranquila do material. Isto
trouxe, porém, um grande "atraso" nas entregas dos áudios. Não saía
de nossas cabeças a frase "ainda dá para ficar melhor" e acabávamos
por deletar tudo e recomeçar todo o projeto. Eu mesmo gravei todo o álbum
quatro vezes!
Mike: Sobre a
concepção visual, geralmente sai da minha cabeça, tenho as ideias, às vezes
faço um esboço a mão, mostro para os outros venusianos e tento convence-los de
que aquilo é legal! O mais difícil de se convencer é o André! Sempre acha tudo
ruim, mas daí acaba ficando 3 contra 1... (risos) Depois, quando vai para um
designer pra fazer a arte final, ele acaba gostando. No caso da arte do Venus
Attack 1, ficou à cargo da grande artista Vanessa Döi, que também já fez alguns
trabalhos para o Hangar.
RtM: Como
vocês compõem as músicas? Como surge a inspiração e sobre o que falam as
letras?
Mike: Um dos
quatro aparece com uma ideia de melodia, ou uma passagem, já tento encaixar
alguma letra que vem à cabeça e depois começamos a trabalhar em cima. Às vezes
alguém idealiza uma música inteira, mostra para os outros e cada um começa a
dar o seu toque.
Agora sobre as
letras... As do Venus Attack 1, escrevi todas. Sempre tento falar sobre coisas
reais, às vezes alguma experiência pessoal, geralmente coisas pelas quais
qualquer pessoa sem poderes mágicos e sem amigos míticos, como fadas, duendes e
elfos, vivenciam. Sou Brasileiro e já chega o fato de ter que cantar em inglês
para ter maior aceitação, não vou falar sobre coisas que não fazem parte da
minha cultura.
André: Fui o
último integrante a ingressar na banda, já havia participado com o Mike em
outro projeto em que compomos algumas músicas e que estarão no "Venus Attack 1".
Quando entrei para a Venus Attack, a banda já tinha um trabalho pronto, apenas
fiz os solos de guitarras de acordo com a minha personalidade.
RtM: A maioria
das bandas nacionais ainda reclama da dificuldade em tocar ao vivo e alguns
produtores até falam que muitas vezes ficam receosos de promover shows com
bandas daqui. A falta de público, e a quantidade de shows internacionais que
tem passado pelo Brasil, geram um pouco de dificuldade. Como vocês veem essa
situação? O que pode ser feito para melhorar?
Mike: Sinceramente,
não percebo isto! Vejo os meus amigos que tem banda tocando direto! Este mito
começou com um artista que expôs o seu fracasso em rede nacional, porque ele
mesmo direcionou sua carreira para chegar a tal ponto, fazendo com que as
pessoas perdessem a credibilidade em seu trabalho.
A Zerodoze do
Cristiano Wortmann, por exemplo, vem fazendo um monte de shows e já está com
vários agendados, o pessoal do Tierramystica também, estão toda hora tocando
pelo Brasil... André Matos anunciou uma tour recentemente... E fora a
experiência que tive com o Hangar no ano passado, na tour comemorativa de 15
anos de banda...
Tem uma história
bem legal que cabe aqui: "...Um senhor que tinha uma carrocinha de
hot-dogs em uma cidade do interior, vendia cerca de 100 hot-dogs por dia, nunca
havia escutado sobre crises econômicas mundiais. Mas um belo dia, algum cliente
resolveu falar sobre o assunto... Aquele senhor começou a ficar assustado e
também começou a falar sobre a tal crise, o medo o tomou de uma forma, que ele
já não dormia mais. Deixou de fazer coisas que costumava, em função da crise.
Mas no entanto ele continuava vendendo os seus 100 hot-dogs por dia.. Saca! Nós
mesmos geramos este problema.
E enquanto
estava escrevendo aqui, um produtor me ligou querendo um show da Venus Attack
para o mês de agosto. Algumas pessoas podem dizer: "- Ah! Pra ele é fácil!
Já tem o nome consolidado!..." Não é fácil, eu tenho que trabalhar! Tenho
que pegar o telefone, oferecer o meu trabalho e mostrar o porque vale a pena
ter o meu produto! As coisas não caem do céu! Ninguém vai correr atrás de você!
Ainda mais em um mercado extremamente competitivo. É preciso trabalhar!
RtM:
Finalizando, para quem ainda não os conhece, gostaria que vocês falassem das
suas influências pessoais e sobre seu background musical, bandas que já
trabalharam, etc. O Mike todo mundo já conhece pelo seu trabalho com o Hangar!
Daniel: Tenho
formação erudita ao violão, mas participei de várias bandas nos últimos 10
anos, tocando e conhecendo vários estilos musicais, indo do samba, passando
pelo jazz e pop rock e, finalmente, chegando ao rock (Hard, metal, etc.)! Minha
formação, ao contrabaixo, deu-se em um contrabaixo acústico (sim, eu toquei em
orquestra também), mas por vários motivos acabei "migrando" para o
contrabaixo elétrico, seguindo agora as influências de grandes músicos deste
instrumento, tais como Jaco Pastorius, Billy Sheehan, Nico Assumpção, John Paul
Jones e muitos outros, dentre os que mais admiro.
André: Minhas
influências são: Yngwie Malmsteen, Steve Vai, Joe Satriani, Greg Howe e todos
os grandes guitarristas. Escuto de tudo um pouco.
E trabalhei em
alguns projetos de bandas como Artheria (junto com o Mike), P49 no álbum
"O Verbo", e como músico de apoio para Luciano Manga, ex-vocalista do
Oficina G3.
Renato: Estudei
com grandes bateristas como, Thabba, Argus Montenegro, que mudou minha vida,
como músico, com filho dele, Zé Montenegro, que ajudou a “entortar” ainda mais
a minha cabeça! E pra "espiroquear” de vez, fui estudar com o neto do
Argus, Matheus Montenegro, onde tive contato com o que existe de mais atual em
termos de estudo para dois bumbos. Junto a este “clã”, tive acesso a muita coisa
que vai da música brasileira até o jazz, que foram incorporados definitivamente
na minha formação.
Toquei com
bandas e artistas como: Zumbira e os Palmares, Necessidade Humana, Kband,
Jottagá & Fróide Explica, The Taylors, Eduardo Berdichevski, Léo Jesus,
Orquestra Doce Compasso e Grupo Artístico Legato. Além da Venus, toco com
Irmãos Berga e os Camaradas e Edu Kremer e as Camonianas.
Como
influências cito, além da Família Montenegro, Neil Peart, Dave Lombardo, Art
Blakey, Buddy Rich, Gene Krupa, Tony Williams, Richard Christy, Jorge
"Samba" Gomes, Adriano de Oliveira e Aquiles Priester.
Mike: Tenho
influências na música Erudita contemporânea, no popular e no rock 'n' roll.
Cantei com a
Hangar de 1997 até 2005 e ainda participo de alguns eventos com os integrantes
da banda. Tenho atuado com a Riffmaker, projeto de Nando Mello, faço parte do
Coro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e sou professor de canto.
RtM:
Obrigado pela atenção pessoal, ficamos no aguardo do lançamento e aí vamos combinar
de conversar novamente, falando mais sobre o álbum e o que vocês preparam para a divulgação dele! Agora deixem uma mensagem
para os leitores!
Renato: Mais
uma vez, obrigado a vocês e aos leitores da Road to Metal pela gentileza e
esperamos que vocês gostem do CD.
Mike: Muito
obrigado ao meu grande amigo Carlos Garcia que está sempre dando força para as
bandas, a Road To Metal pelo espaço e a todos os fãs pelo apoio e carinho. Sem
vocês, não teríamos propósito.
Daniel: O “Venus
Attack 1” já está chegando!!! Fiquem
ligados.
André: \m/
Por: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação
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