No fim de 2013, supergrupo lança 2º trabalho estabelecendo identidade |
Supergrupos com grandes nomes da música pesada sempre atraem atenção mesmo antes de soltar a primeira canção. Isso aconteceu com o Kill Devil Hill, trazendo Rex Brown no baixo (Pantera) e Vinnie Appice na bateria (Dio, Black Sabbath, Heaven and Hell), causando alvoroço que se materializou no ótimo debut álbum homônimo de 2012.
Passados quase dois anos e agora que já estamos familiarizados com o até então desconhecido vocalista Dewey Bragg e o guita Mark Zavon, o supergrupo (que ainda precisa cativar maior número de headbangers) chega com “Revolution Rise” (2013) que, apesar do nome, não revoluciona, mas qualifica ainda mais a personalidade do grupo.
Dewey canta de forma mais melódica em boa parte das músicas |
Se o disco anterior trazia mais faixas rápidas e com certa aceleração, embora com passagens aqui e acolá mais arrastadas (afinal, estamos falando de um ex-Sabbath nas baquetas), neste novo trabalho a banda parece ter quisto segurar o som na maior parte das faixas, deixando-o mais arrastado, pesado e sombrio. O que não ocorre na faixa de abertura “No Way Out”, que traz certa velocidade, ótimos riffs de Mark e o baixo marcante de Rex (mas não é uma “War Machine”), nem em “Crown of Thorns” com a batera com algumas quebras do grande Appice e um vocal de Dewey que chega a remeter a fase James Hetfield (Metallica) no fim dos anos 90.
Dispensado do Sabbath com a volta de Ozzy, Vinnie investe com sucesso na nova banda |
Há melodia nos vocais, o que tirou um pouco aquela agressividade que alguns pontos lembravam Phil Anselmo (Pantera, Down), com grandes momentos melódicos (Dewey está mais preocupado em cantar bem do que em gritar) como “Wake Up the Dead” e “Long Way From Home”.
A melhor faixa, disparada, é a própria música de trabalho do disco, “Leave It All Behind”, trazendo uma sonoridade inspirada e que recebeu um baita vídeo clipe (confira abaixo).
Rex considera "Revolution Rise" um de seus melhores trabalhos. Será? |
Individualmente, cada músico mostra sua qualidade, indiscutível, sobretudo quando falamos dos mundialmente famosos Rex e Vinnie, mas a verdade que é como um grupo que o quarteto mostra sua grande força e ainda mais neste disco, fica evidente que não vivem nas sombras de sua história, mas estão pavimentando seu caminho passo a passo, disco a disco, como uma nova banda, claro que parcialmente impulsionada pela fama de seus integrantes.
“Revolution Rise” é um novo passo, o que não quer dizer que é melhor que a estreia (pois não é), mas mostra um amadurecimento como banda desse grupo. Quem sabe num próximo disco o grupo venha com músicas um pouco mais rápidas, mas sem esquecer essa identidade própria formada nos dois álbuns já lançados. Para quem não conhece, fica a dica: ouça o primeiro álbum e depois parta para este lançamento.
Stay on the Road
Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Ficha Técnica
Banda: Kill Devil Hill
Álbum: Revolution Rise
Ano: 2013
País: EUA
Tipo: Heavy/Groove Metal
Selo: Century Media Records
Formação
Dewey Bragg (Vocal)
Mark Zavon (Guitarra)
Rex Brown (Baixo)
Vinnie Appice (Bateria)
Tracklist
1. No Way Out
2. Crown Of Thorns
3. Leave It All Behind
4. Why
5. Wake Up The Dead
6. Long Way From Home
7. Where Angels Dare To Roam
8. Stained Glass Sadness
9. Endless Static
10. Stealing Days
11. Life Goes On
Assista "Leave It All Behind"
Ouça "Crown of Thorns"
Ouça "Why"
Acesse e conheça mais sobre a banda
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