quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Dream Theater: Mantendo o Caminho Glorioso

12° álbum de estúdio não traz nada de novo, mas mantém o Dream Theater no topo
Passados dois anos de seu último lançamento ("A Dramatic Turn of Events"), os reis do Prog Metal lançaram em 2013 seu 12° disco de estúdio, que vem sob o nome da própria banda.

Muita expectativa estava sendo criada, pois seria o primeiro trabalho que o baterista Mike Mangini iria compor junto com a banda. Pois bem, e o que chega aos nossos ouvidos é nada mais que o Dream Theater em sua pura essência, talvez soando mais pesado e rápido (grandes influências de Power Metal são encontradas), com riffs mais diretos, mas não menos intrincados, quebras de tempo na medida certa, teclados perfeitos, com a cozinha formada por Mangini e Myung funcionando muito bem (falando sobre Myung, não seria nada mau se o baixo do "ice man" aparecesse mais) e com Labrie em plena forma, mostrando estar em um de seus melhores momentos.

Tanto se falou de Mangini na banda, de como seria ele compor, se iria se adaptar e etc... Porém ao ouvir "Dream Theater" isso se consolida, mas falando dele em si, Mangini não mostra nada mais do que o Dream Theater precisa, então seria um exagero dizer que ele é melhor que o Portnoy ou que deu um feeling novo (até porque de feeling e criatividade Portnoy esbanjava e esbanja ainda nos seus atuais projetos).

Depois de estrear com a banda em 2011, Mangini agora compõe junto com o grupo, mas mostra somente o que o Dream necessita, sem inovar ou fazer algo que o diferencie  
Musicalmente os americanos mantém sua base (mesmo soando diferente dos demais discos, suas características continuam intactas), e a instrumental "False Awakening Suite" (detalhe, desde "Train of Thought" (2003) a banda não lançava uma música instrumental) mostra o lado mais direto e melódico do grupo, com destaque a Mangini, que se mostra muito preciso nos bumbos.

Em seguida "The Enemy Inside" e "The Looking Glass" mostram riffs pesados e poderosos, aliado a quebras de tempo interessantíssimas, sem contar as linhas de teclado de Jordan Rudess que dispensa qualquer comentário.


Outro destaque é "Enigma Machine" (mais uma instrumental), onde os instrumentistas mostram toda sua técnica e variação rítmica, um prato cheio para quem aprecia passagens extremamente técnicas e intrincadas, mas certamente o ápice do álbum é o épico "Illumination Theory", com seus mais de 22 minutos, onde Labrie dá um show de interpretação e precisão, sem contar as passagens que vão do Jazz ao Hard Rock setentista, uma faixa que faz valer o disco.

Seguindo seu caminho glorioso, o Dream Theater lança mais um excelente trabalho, mostrando que seu novo baterista está mais do que adaptado e que continuam sendo os reis do Prog Metal.

Texto: Renato Sanson
Revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Dream Theater
Álbum: Dream Theater
Ano: 2013
Estilo: Prog Metal
Gravadora: Roadrunner

Formação:
John Myung (Baixo)
John Petrucci (Guitarra/Backing Vocal)
James LaBrie (Vocal)
Jordan Rudess (Teclado)
Mike Mangini (Bateria)



Track List:
01 False Awakening Suite:
I Sleep Paralysis
II Night Terrors
III Lucid Dream

02 The Enemy Inside
03 The Looking Glass
04 Enigma Machine
05 The Bigger Picture
06 Behind the Veil
07 Surrender to Reason
08 Along for the Ride

09 Illumination Theory:
I. Paradoxe de la Lumière Noire
II. Live, Die, Kill
III. The Embracing Circle
IV. The Pursuit of Truth
V. Surrender, Trust Passion

Acesse e conheça mais a banda:

Assista ao vídeo clipe "The Looking Glass"

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