sábado, 24 de maio de 2025

Arch Enemy: Em Seu Reinado Mais Maduro

Por Eduardo Okubo Junior 

Com trinta anos de carreira, o Arch Enemy lançou seu 12º álbum, Blood Dynasty, que traz músicas que refletem bem essa longa trajetória: a agressividade e velocidade do baixo (Sharlee D'Angelo), guitarras poderosas (Michael Amott e o estreante Joey Concepcion), uma bateria pesada e rápida, cheia de blast beats (a cargo de Daniel Erlandsson), além da voz cada vez mais madura e forte de Alissa White-Gluz.

O álbum já começa com tudo, na faixa "Dream Stealer", que tem uma introdução sinfônica com órgão gótico, seguida de uma pancada rápida, pesada, com um refrão que gruda nos ouvidos.

Depois vem "Illuminate the Path", uma música que lembra o Power Metal, como se fosse uma faixa do Hammerfall. A voz limpa de Alissa fica maravilhosa aqui (sei que tem quem goste e quem não goste).

"March of the Miscreants" é cheia de mudanças de ritmo e passagens diferentes. Começa no Death Metal, passa pelo sinfônico e termina com solos de Death. É interessante prestar atenção nas várias vozes que Alissa interpreta nessa faixa.

"A Million Suns" mostra como o Arch Enemy evoluiu, incorporando mais melodia e harmonia ao som. Além das guitarras, há arranjos de cordas nesta música. As guitarras no começo são incríveis, trabalhando juntas de forma espetacular.

"Don’t Look Down" é uma das músicas que, se tocada ao vivo, certamente vai fazer o público rodar. Começa bem rápida e agressiva, com destaque para os rugidos de Alissa.

Temos também "Presage", um interlúdio instrumental só com cordas, que serve como uma bela introdução para a faixa-título, "Blood Dynasty". Essa é menos rápida, mas tem riffs contagiantes e solos lindos do Michael Amott.

"Paper Tiger" lembra quase um Heavy Metal clássico, tanto na parte instrumental quanto na interpretação de Alissa, que alterna entre vocal limpo e gutural, trazendo um pouco do estilo da Angela Gossow no passado.

Vem ainda "Vivre Libre", que é algo bem único na discografia da banda: um cover gravado em estúdio, uma balada com a voz limpa de Alissa em destaque, cantada em francês — claro, por ser um clássico (de 1985) da banda francesa de Heavy Metal Blaspheme. Essa é minha música favorita do álbum (me julguem!). Lembro até hoje do meu primo me apresentar a essa faixa antes mesmo de muitos leitores nascerem, e foi com encantamento que ouvi essa música pela primeira vez.

Outra faixa que mostra como o Arch Enemy vai além do Death Metal é "The Pendulum". Aqui há uma pegada mais próxima do Metal Sinfônico, lembrando o Iron Maiden. A bateria tem um toque de Power Metal e os solos do Michael Amott estão incríveis.

Por fim, temos "Liar & Thieves", que fecha o álbum. É uma música rápida e ótima para abrir rodas no show. Depois ela desacelera um pouco com guitarras melódicas. E, por ironia do destino, já tenho visto essa faixa abrindo alguns shows da nova turnê. Ah, sim... a turnê... #ComeToBrasil




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